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elevare
Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas
Qualidade, segurança
e ambiente
«Segurança no setor dos ascensores»
Legislação
«A legislação e o seu papel na
regulação do setor de elevação»
DOSSIER
EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA
Notas técnicas
«A nova legislação de Segurança
contra Incêndio em Edifícios»
Figuras
«Resumo biográfico de
Amadeu Ferreira da Silva»
Mínimo espaço com máxima precisão na detecção
Série PA/ PH18:
detectores fotoeléctricos
compactos de elevada
fiabilidade para ambientes
adversos
Com microprocessador integrado a
gama PA/PH18 garante um sistema
de detecção e de filtragem avançado,
que permite soluções personalizadas,
seguras e flexíveis.
Além disso, estes sensores podem
suportar pressões de água até 100
bar assim como agentes de limpeza,
em conformidade com ECOLAB, IP67,
IP69.
CARLO GAVAZZI UNIPESSOAL LDA
tVelocidade de detecção: 500 imp/
seg
tTensão de alimentação: 10-30 VDC
tCorrente de carga: 100 mA
tVersões NPN ou PNP com saídas
NA e NF.
Rua dos Jerónimos, 38B 1400-212 Lisboa - Tel. 213 617 060 - [email protected] - www.gavazziautomation.com
Ficha técnica
Sumário
elevare
DIRETOR
Fernando Maurício Dias
[email protected]
Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas
COLABORAÇÃO REDATORIAL
Fernando Maurício Dias, Luís Reis Neves, José Pirralha,
Marco Pereira, Ângelo Mota Almeida,
Francisco Craveiro Duarte, Carlos Dias Gens,
2
EDITORIAL
Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal
Aníbal de Almeida, João Fong,
Miguel Leichsenring Franco, Matti Turtiainen,
Mika Alakotila, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino.
3
COORDENADOR EDITORIAL
ARTIGOS TÉCNICOS
[3]
Armazém Automático – Otimização do Binómio Performance/Custo
[8]
Comparação entre GSM e linha fixa
Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628
[email protected]
10
NORMALIZAÇÃO
A emenda A3 à EN 81-1/2
DIRETOR COMERCIAL
Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626
14
Segurança no setor dos ascensores
[email protected]
CHEFE DE REDAÇÃO
QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE
18
NOTAS TÉCNICAS
A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios
Helena Paulino
[email protected]
22
LEGISLAÇÃO
A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação
ASSESSORIA
João Miranda
[email protected]
25
DOSSIER
[25]
Eficiência energética
DESIGN
[28]
Regeneração… O que é e como funciona
Luciano Carvalho
[30]
Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes
na União Europeia – Projeto E4
[email protected]
[34]
Normalização sobre eficiência energética em ascensores
WEBDESIGN
Martino Magalhães
39
Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva
[email protected]
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
FIGURAS
40
INFORMAÇÃO TÉCNICO-COMERCIAL
[40]
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®
A subir! Os fabricantes de elevadores atingem um novo patamar
com o elevado desempenho do drive de máquina ABB
Grupo Publindústria
Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629
[43]
Igus: Segurança em altura
[email protected] · www.cie-comunicacao.pt
[44]
Schneider Electric Portugal apresenta “Revamping de elevadores”
[46]
Schmersal: Há alguma coisa que seja absolutamente segura?
[48]
Weidmüller: Soluções inteligentes para uma moderna tecnologia
Os trabalhos assinados são da
de elevadores
exclusiva responsabilidade dos seus autores.
Capa Foto © Claytron
50
PRODUTOS E TECNOLOGIAS
elevare
1
Editorial
Pretende-se um olhar para
a atualidade e para os problemas
do setor em Portugal
A informação é, atualmente, um recurso de extrema importância para a atividade humana.
Num mundo altamente globalizado, a partilha de informação revela-se como um instrumento potenciador da produtividade, da economia, da inovação e da integração dos indivíduos e das organizações na sociedade.
O setor da elevação é caraterizado por uma forte componente de inovação tecnológica e
por uma constante atualização da sua Normalização bem como da sua Legislação. Este
Fernando Maurício Dias
facto obriga a que todos os participantes tenham necessidades prementes de serem co-
Diretor
nhecedores das alterações previstas ou em curso que influenciam a atividade direta ou
indiretamente.
No sentido de proporcionar ao mercado informação rigorosa, fiável e atualizada, nasce o
projeto "ELEVARE" (do latim elevare - “erguer”, formado por ex-, “fora”, mais levare, “tornar
leve, fazer subir”, de levis, “leve, de pouco peso”). Pretende-se um olhar para a atualidade e
para os problemas do setor em Portugal.
Neste suplemento, e tendo como linha orientadora a promoção e melhoria do setor da elevação, todos os intervenientes são convidados a participar na criação dos seus conteúdos,
nomeadamente através da partilha de experiências, preocupações, anseios e sugestões.
Hoje, neste primeiro número, oferecemos aos leitores um vasto conjunto de artigos técnicos, de elevada qualidade, que certamente serão do interesse do leitor. O tema em destaque
neste número é a "eficiência energética", um assunto atual na nossa sociedade e que no
nosso setor começa a dar os primeiros passos impulsionado pela, cada vez maior, pressão
para racionalizar os consumos, a consciencialização da necessidade de maior respeito pelo
ambiente, a ameaça de esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, são alguns dos
fatores que promovem a procura de soluções que deem resposta aos asseios da sociedade
e que é nosso dever responder afirmativamente de forma a contribuirmos para a garantia
de um futuro melhor para as gerações vindouras. Neste sentido, a revisão do Decreto-lei
n.o 320/2002 de 28 de dezembro já traduz essa preocupação.
Para finalizar desejo que este suplemento vá ao encontro das expetativas dos leitores e
que possamos contar com as suas sugestões e críticas de forma a podermos melhorar a
nossa Elevare.
Boa leitura.
2
elevare
Artigo técnico
Armazém Automático – Otimização
do Binómio Performance/Custo
Eng.o Luís Reis Neves
Diretor Técnico da SEW-EURODRIVE PORTUGAL
1. INTRODUÇÃO
2. O PROBLEMA/DESAFIO
Os armazéns automáticos são sistemas
Devido à geometria da máquina, existem
complexos de elevado desempenho que
elevadas forças de inércia durante as fases
implementam um conceito logístico, tendo
de aceleração e desaceleração. No início da
em conta o fluxo de materiais, fazendo uso
aceleração a coluna move-se momentane-
de um controlo totalmente automático e
amente em sentido contrário ao do movi-
de tecnologia de informação “state-of-the-
mento, devido à sua inércia e, em seguida,
art”. Este conceito, geralmente, maximiza
executa pequenas vibrações naturais ligei-
›
Tempo de vida útil;
as saídas com uma utilização perfeita do
ramente amortecidas sobre a sua posição
›
Precisão de posicionamento;
espaço. O seu desempenho é medido atra-
central quasi-estática.
›
Comportamento no arranque e na
saída por unidade de tempo. A estratégia e
Estas vibrações restringem a operação de
›
Suavidade de operação, comportamen-
disponibilidade de armazenamento são de-
posicionamento, tendo assim um impacto
cisivamente determinadas pela velocidade
negativo no tempo de ciclo da unidade uma
›
Tipo de alimentação;
e aceleração dos acionamentos utilizados.
vez que, primeiro, têm que baixar para um
›
Consumo energético, eficiência, energia
Compatibilidade eletromagnética;
vés do número de entregas de entrada e de
paragem;
to devido à vibração;
nível admissível antes do ciclo poder ser
regenerativa;
Num armazém automático é possível identi-
feito. Aumentar o desempenho e reduzir a
›
ficar vários movimentos, nomeadamente, a
carga dinâmica são os requisitos de opera-
›
Índice de Proteção;
translação, a elevação e o movimento dos
ção do sistema, para que as vibrações se-
›
Comissionamento, segurança funcio-
braços telescópicos. Frequentemente, estes
jam evitadas ou corrigidas.
nal, manutenção.
eixos são complementados por eixos adicionais que fazem a interface do armazém com
Adicionalmente, as seguintes condições am-
o exterior. Os eixos principais são a elevação
2.1. Critérios de dimensionamento
bientais devem ser tidas em consideração:
e a translação, a qual será abordada mais
A interação entre a engenharia de aciona-
›
Temperatura ambiente;
em detalhe ao longo deste artigo.
mentos e o controlo em malha fechada,
›
Presença de agentes de limpeza;
bem como a mecânica (estática/dinâmica/
›
Armazenamento de produtos químicos;
vibração), determina o comportamento
›
Áreas com riscos de explosão;
dinâmico, assim como, o desempenho. O
›
Ambientes sensíveis ao ruído;
comportamento (estabilidade) da carga
›
Ambientes com sujidade e poeiras.
durante o movimento, particularmente na
aceleração e desaceleração, tem um impacto significativo no projeto. Dependendo
3. CONDIÇÕES ADICIONAIS
dos requisitos do sistema são utilizados
Este tipo de aplicações requer que múlti-
motores controlados em velocidade ou em
plas condições adicionais sejam tidas em
posição.
conta antecipadamente, condições que vão
afetar decisivamente a qualidade dos resul-
Os seguintes critérios são decisivos para a
tados.
seleção dos acionamentos:
Figura 1. Armazém automático (Motion Solution
›
Massa a movimentar;
Se as condições adicionais não forem tidas
With MOVI-PLC®).
›
Resistências ao deslocamento;
em consideração e não forem tratadas an-
elevare
3
Artigo técnico
tes do arranque serão necessários custos
Normalmente, cada acionamento deve ser
cidos na versão de veio oco, otimizando o
extremamente elevados para garantir uma
configurado para uma utilização de 60%
acoplamento ao veio acionado. Caso a pre-
operação perfeita.
- 70%! Isto porque as rodas têm cargas
cisão de posicionamento seja muito elevada
diferentes durante a aceleração, devido à
(<2 mm), devem ser usados redutores com
distribuição do peso.
folga angular reduzida.
De seguida, apresentam-se fatores influenciadores a considerar durante o projeto.
Imagine-se um redutor com relação de
3.2. Tipo de motor
transmissão de 35,2 e uma folga angular
3.1. Número de acionamentos
A relação do momento de inércia de massa
entre 7’ e 12’. O desvio (erro) causado pela
Normalmente, o sistema de translação
externa e a relação do momento de inércia
folga é dado pela expressão:
desloca-se sobre um carril e as rodas mo-
de massa do motor devem ser tidas em
vem-se numa disposição em linha. É possí-
conta no projeto e para a seleção do motor.
vel acionar uma roda (tração a uma roda)
Esta relação não deve exceder um fator de
ou duas rodas (tração a duas rodas).
20. No caso de sistemas com muita vibra-
Para este caso concreto, teremos um
ção (vibração das colunas durante a ace-
desvio compreendido entre ±0,255 mm e
Tração a uma roda
leração e desaceleração), a relação deve
±0,436 mm, considerando a folga angular
Esta configuração permite acelerações
estar bem abaixo do fator 20 para se ga-
de 7’ e 12’, respetivamente.
<0.35 m/s2 (rodas de aço em carril de aço).
rantir uma boa configuração do sistema de
Com rodas de Vulkolan em carril de aço é
controlo em malha fechada. Se a coluna for
2
possível obter acelerações entre 1 e 2.5 m/s .
rígida (praticamente não sofrer quaisquer
3.4. Diferencial eletrónico
No caso da unidade percorrer uma curva
vibrações), a relação entre o momento de
Quando a roda da frente entra na curva, a
utilizando a combinação “2 rodas com 1
inércia da massa externa e o momento de
roda de trás ainda se encontra em linha reta
motorizada”, deve ser instalado um encoder
inércia da massa do motor pode exceder o
e tem que reduzir de velocidade. Por outro
rotativo na segunda roda para ser possível
fator 20.
lado, quando a roda de trás está na curva, a
utilizar a funcionalidade do diferencial ele-
da frente já está em linha reta. O resultado
Quando os momentos de inércia exter-
é um incremento elevado na velocidade da
na são muito elevados devem ser usados
roda de trás, através de um fator de dois
Tração a duas rodas
motores assíncronos. Este tipo de motores
ou superior, dependendo do raio e da dis-
Com tração a duas rodas é possível obter
são os mais comuns na indústria. Se as car-
tância entre eixos. Este efeito traduz-se em
acelerações até 0.74 m/s2 (rodas de aço em
gas forem consideravelmente pequenas e
elevadas acelerações transversais durante
carril de aço). Utilizando rodas em Vulkolan
o sistema tiver que ser muito dinâmico, os
o processo da curva. Além de indesejáveis,
em carril de aço atingem-se acelerações
servomotores apresentam-se como sendo
estas forças são prejudiciais e podem criar
até 3.0 m/s2. No caso de a unidade percor-
a melhor solução. Existem ainda situação in-
danos. A velocidade da roda da frente tem
rer uma curva, ambas as rodas são tracio-
termédias em que os servomotores assíncro-
que ser ajustada através de um diferencial
nadas (diferencial eletrónico em operação
nos são vantajosos.
eletrónico com controlo ativo durante a
trónico.
curva. Esta solução tem como pressupos-
mestre-escravo: Ver 3.4).
tos que ambas as rodas são motorizadas
Figura 2. Eixo horizontal: trajeto em curva.
4
elevare
3.3. Tipo de redutor
e a distribuição da carga uniforme. Os mo-
Nos armazéns automáticos, o tipo de redu-
tores que acionam as rodas são dotados
tores mais comuns são os de engrenagens
de encoder e controlados por Variadores
helicoidais e os de engrenagens cónicas.
Tecnológicos independentes dotados de co-
Frequentemente, estes últimos são forne-
municação entre si. A velocidade da roda da
Figura 3. Diagrama de estrutura de controlo.
Artigo técnico
frente é calculada tendo por base informa-
Passo 1 - Cálculo da relação transmissão do redutor (i):
ção da curva e a velocidade atual das duas
rodas. A roda de trás é escrava e controlada em binário.
Na Figura 3 é apresentada a estrutura de
controlo do diferencial eletrónico. Esta solução possibilita uma elevada performance,
mesmo em curvas, com redução das forças transversais.
Passo 2 - Binários estático e dinâmico:
3.5. Sistema de mediação da posição
Existem várias formas de medição da posição. Antes de efetuar a sua seleção, é
necessário saber quão rápido é o sistema,
qual a precisão de posicionamento pretendida e qual a gama de medição.
O sistema de medição de posição pode ir
desde simples sensores para comutação
de velocidade e paragem até precisos e dispendiosos sistemas de medição por laser.
Passo 3 – Cálculo do binário máximo:
Frequentemente, os valores enviados pelos lasers são avaliados tendo em consideração a média de um conjunto de valores
recebidos, pelo que tal facto deve ser tido
em consideração na avaliação da dinâmica.
Normalmente, são usados em sistemas
com aceleração até 0,8 m/s2.
O redutor é selecionado tendo em consideração o binário máximo e a relação de transmissão. Exemplo de um redutor SEW-EURODRIVE:
4. PROJETO EXEMPLO
Tal como mencionado anteriormente, para
KA77, M1max =1125 Nm e i=40,04; redutor cónico, de veio oco
o correto dimensionamento dos acionamentos é necessário conhecer diversas
grandezas.
Passo 4 – Binário do motor durante a aceleração:
Na Tabela seguinte apresentam-se os valores para o projeto dos acionamentos da
translação:
Definição
Valor do exemplo
Peso máximo
9000 Kg
Velocidade máxima
2 m/s
Aceleração máxima
0,35 m/s2
Desaceleração máxima
0,35 m/s2
Diâmetro da roda
500 mm
Resistência ao movimento
100 N/t (aproximadamente 50 N/t de reserva)
Eficiência da carga
90%
Tipo de transmissão
Direta
Fator de duração do ciclo
60% (típico para este tipo de aplicação): trepouso = 8s, tdeslocamento = 10,7s
Tipo de redutor
Transmissão de binário ortogonal, redutor de engrenagens cónicas e veio oco
Rotação máxima do motor
3000 rpm
elevare
5
Artigo técnico
Passo 5 – Binário do motor durante a desaceleração:
O servomotor assíncrono da SEW-EURODRIVE com binário suficiente para a aplicação e dotado do freio tem 0.0071 kgm2 de inércia.
A relação entre inércias é de 49,4, conforme a fórmula seguinte.
Passo 6 – Binário do motor durante velocidade constante:
Esta relação Jext/Jmotor é demasiado grande. Para melhorar a relação
Jext/Jmotor, é selecionado um motor maior, com 0,0158 Kg/m2 de inércia, obtendo-se uma relação entre inércias de 22,2.
O binário adicional devido à inércia do motor é negligenciável tendo
em consideração a relação entre a inércia da carga e a inércia do
motor, conforme se verá adiante.
Passo 7 – Binário rms:
Passo 10 – Verificação do binário adicional devido à inércia do motor:
Existem vários programas para o projeto de acionamentos, de que
é exemplo o Graphical Workbench da SEW-EURODRIVE.
Passo 8 – Rotação média:
Passo 9 – Cálculo da relação de inércia Jext / Jmotor:
A inércia da carga (Jext) é obtida de acordo com a expressão abaixo.
Figura 4. Programa de Projeto: Graphical Workbench da SEW- EURODRIVE.
Tabela 1. Utilização da energia regenerativa através da ligação dos barramentos CC.
Utilização direta da energia regenerativa noutros eixos
Para recuperar a energia gerada, os dois Variadores Tecnológicos, que controlam os eixos vertical e horizontal, partilham os seus barramentos CC. A energia elétrica
libertada por um eixo pode ser diretamente reutilizada pelo outro eixo.
O controlador de nível superior MOVI-PLC fornece funções de controlo inteligentes para os eixos vertical e horizontal. O tempo de ciclo é encurtado e a eficiência
dos eixos vertical e horizontal é otimizada.
6
elevare
Artigo técnico
Tabela 2. Comparação em termos de custos energéticos.
Comparação de
Variante standard
Solução com partilha de energia
Componentes do projeto
Controlo convencional: a energia libertada é
dissipada via resistência de frenagem
Ligação inteligente de barramento CC e Motion
Controler MOVI-PLC®
Custos energéticos/ano*
€ 7,200
€ 5,750
Consumo de energia
125%
100%
Tempo de amortização
Imediato
Redução de CO2/ano
10 t
A solução com ligação do barramento CC poupa 7250€ apenas em 5 anos de operação
*Cálculos baseados no consumo de energia por ciclo, considerando 880 ciclos por dia, 350 dias por ano e 0,10 €/KWh.
5. ENERGIA REGENERADA
xos são o horizontal e o vertical. Normalmente, a estrutura
Com os seus movimentos, o sistema gera energia, tornando-
desloca-se sobre carris, sendo que existe a possibilidade de
se num enorme sistema gerador de energia. Num design con-
acionar uma ou ambas as rodas.
vencional, uma resistência de frenagem converte para calor
a energia libertada quando o acionamento vertical desce e o
No caso de trajetórias com curva, o diferencial eletrónico
acionamento horizontal desacelera. Isto, do ponto de vista
reduz as cargas transversais, possibilitando velocidades ele-
energético, é um desperdício. Ainda mais quando temos à dis-
vadas. A gestão coordenada dos movimentos possibilita a
posição meios técnicos para, eficientemente, reutilizar a ener-
partilha de energia, alcançando-se poupanças energéticas até
gia libertada, isto é, “reciclá-la”. Uma possibilidade é a ligação
25% sem comprometer o dinamismo do sistema.
do barramento CC dos variadores, conforme se pode ver nas
Esta solução possibilita poupanças de energia até 25%. A
energia regenerativa produzida por um eixo pode ser diretamente consumida pelo outro, maximizando assim a eficiência global do sistema. Uma outra possibilidade é o reenvio
de energia para a rede, utilizando para o efeito unidades de
regeneração. Esta de facto é outra alternativa bastante interessante, tecnicamente mais complexa e que requer um
investimento adicional.
6. CONCLUSÃO
Os armazéns automáticos são usados para armazenar cargas de forma rápida e segura. A sua dimensão pode ser
consideravelmente grande, requerendo a coordenação de
forma eficiente de diversos movimentos. Os principais ei-
Figura 5. Partilha de energia entre os Variadores de Translação e da Elevação.
PUB
tabelas apresentadas.
Artigo técnico
Comparação entre GSM
e linha fixa
Schmersal Ibérica, S.L.
Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283
[email protected] · www.schmersal.pt
Atualmente a cobertura GSM é quase universal nas zonas urbanas. Os custos das
chamadas e a manutenção destas linhas baixam, enquanto os das linhas fixas sobem.
Cada vez mais clientes veem os telemóveis como a opção natural para os telefones
de emergência, por custo e também por comodidade.
É PERMITIDO UTILIZAR TELEFONES DE
15 euros dos cartões pré-pagos, aproxima-
elevadores, o que lhe confere um controlo
EMERGÊNCIA GSM?
damente.
absoluto sobre os aspetos administrativos
e económicos (o custo das chamadas).
A resposta é claramente SIM. A legislação
não distingue entre linha fixa ou móvel. As
linhas móveis (ou GSM) podem ter o incon-
CUSTO DAS CHAMADAS
veniente de saturações de linha, que se
O preço das chamadas na linha fixa é re-
CUSTO DA INSTALAÇÃO
produzem a certas horas de ponta (como
lativamente barato, em especial nas cha-
Normalmente é cobrado um valor para a
a noite de consoada), mas é improvável
madas locais. Nas linhas GSM é mais caro,
instalação de uma nova linha fixa. Por uma
que falhe toda a rede apenas por um cabo
mas como as chamadas de emergência são
linha GSM são cobrados 10 euros pelo car-
cortado. Na maioria dos casos está dispo-
pouco frequentes e breves, o custo anual
tão SIM, mas este valor é normalmente
nível mais do que uma rede ou operador, o
das chamadas não é superior aos 10 euros.
descontado no valor das chamadas.
apenas ocorrem quando estamos em mo-
CUSTO TOTAL
INSTALAÇÃO
vimento. Os elevadores não dobram esqui-
Tendo em conta os valores médios indica-
Uma linha fixa requer que o técnico instale
nas e por isso a cobertura é estável. Se é
dos, o custo total do sistema GSM é inferior
um cabo até à sala de máquinas do eleva-
boa vai continuar a sê-lo. Ainda que o ter-
ao da linha fixa, se forem realizadas me-
dor. O técnico do elevador deve esperar o
mo “linha fixa” sugira que as chamadas se
nos de quatro chamadas ao mês. Quando
funcionário da companhia telefónica para
transmitem por um cabo, isso é certo ape-
o vandalismo não alcança níveis elevados e
permitir o acesso à sala. Nenhuma empresa
nas no último quiló-
o elevador está em bom estado, apenas se
telefónica pode garantir a presença a uma
metro. As chamadas
realiza uma chamada de teste ao ano.
hora concreta, o que pode significar facil-
que dá uma segurança não disponível nas
redes fixas. Os problemas de cobertura
são transmitidas por
mente esperas de quatro horas. O sistema
sistemas de
GSM não requer nenhuma intervenção e é
rádio
ponto a ponto, sem
PEDIDO DE INSTALAÇÃO DA LINHA
configurado pelo próprio funcionário des-
que o utilizador se
TELEFÓNICA
de o seu escritório. É possível configurar e
aperceba, pelo que a
O pedido de instalação da linha telefónica
comprovar o telefone antes da instalação,
normativa não pode
fixa deve ser efetuado pelo proprietário
assegurando o seu bom funcionamento e
dar preferência a um
do edifício. Durante a fase de construção é
poupança de tempo.
sistema ou outro.
possível que o proprietário final ainda não
esteja decidido ou estabelecido (por exemplo no caso de vir a ser dividido em várias
TELEFONES EM EDIFÍCIOS NOVOS
CUSTO DA LINHA TELEFÓNICA
frações), pelo que ninguém pode pedir a
As linhas telefónicas são instaladas no final
O custo de manutenção de uma linha tele-
ligação. A empresa de elevadores deve pe-
do processo de construção. Em alguns ca-
fónica fixa pode ser superior a 200 euros
dir ao proprietário que a peça e coordene a
sos não são ativadas até que os inquilinos
anuais. As alternativas GSM vão desde cus-
data de instalação. O sistema GSM é pedi-
se instalem no edifício. Isso significa que
to zero para a manutenção da linha até aos
do e pago pela empresa de manutenção de
durante as mudanças não se possa utilizar
8
elevare
Artigo técnico
o elevador, já que não cumpre os requisitos (para estar auto-
O SISTEMA GSM É MAIS BARATO E MAIS SIMPLES
rizado deve dispor de um telefone de emergência funcional).
É evidente que os contratos de linha GSM são muito mais
baratos e originam menos problemas. Um cartão de pré-pagamento custa 20 a 30 euros ao ano e alguns operadores
UTILIZAÇÃO DURANTE A CONSTRUÇÃO
de GSM oferecem a manutenção de linha gratuitamente, pelo
O construtor gostaria de poder utilizar o elevador e, em muitos
que apenas se pagam as chamadas. Como o elevador ape-
casos, estaria disposto a pagar por isso. Com o sistema GSM,
nas faz uma chamada quando existir um passageiro preso,
o telefone pode utilizar-se assim que o elevador tiver energia.
o custo anual é de poucos euros. O preço de compra de um
telefone de emergência GSM pode ser 100 a 200 euros mais
do que um fixo, mas, ainda que a diferença não possa onerada
ao cliente, ele será amortizada em menos de um ano.
ENTREGA E COBRANÇA DO ELEVADOR
O elevador deve estar em funcionamento, comprovado e autorizado, antes do cliente pagar a fatura. Com o sistema GSM
o processo pode terminar muito antes do que com uma linha
COMO GANHAR DINHEIRO COM ESSA DIFERENÇA DE PREÇO
fixa. Com isso melhora-se a liquidez da empresa mas também
Trata-se de realizar um contrato no qual se incluam os custos
se evita a responsabilidade por danos que sofra o elevador
das chamadas por um valor anual fixo. Se lhe cobramos 80%
durante a construção.
menos dos seus custos atuais de linha fixa, o cliente ficará
satisfeito. Você paga umas dezenas de euros pelas chamadas
do telefone GSM e obtêm um benefício adicional de 200 euros
GARANTIR O PAGAMENTO DAS FATURAS TELEFÓNICAS
por elevador em serviço. Para além disso, tem o controlo das
Por vezes o proprietário do edifício esquece-se de pagar à em-
linhas e já não depende de outros. Se o contrato da linha tiver
presa telefónica, ou decide dar baixa da linha, crendo que esta
uma duração diferente à do contrato de manutenção, aumen-
não é utilizada (por não se fazer quase nenhuma chamada).
tará o custo para o cliente sem este desejar mudar de empre-
O problema é que a empresa de manutenção é responsável
sa de manutenção.
pelo funcionamento correto do elevador, e um equipamento
PUB
sem um telefone funcional deve ser posto fora de serviço.
CUSTO DAS COMPROVAÇÕES DE LINHA
A Norma EN-81.28 requer uma comprovação de linha a cada
três dias. Isso supõe 120 chamadas ao ano. O sistema SLCC
da SafeLine (patente em curso) permite realizar essas tarefas sem qualquer custo. O SLCC funciona automaticamente
num computador no escritório e pode ser configurado para
avisar quais os telefones com defeito através de um correio
eletrónico ou um SMS diretamente às pessoas responsáveis.
Se tiver incluído o custo das chamadas no contrato de serviço
é poupança para o seu bolso.
Sentimos a modernização
de elevadores como uma
imagem de marca
Elevis é uma empresa especialista no ramo dos
elevadores, apresentamos soluções, com a instalação de
todos os tipos de elevadores e plataformas elevatórias,
assim como, soluções em mobilidade reduzida.
DANOS OCASIONADOS POR RAIOS
Os raios que induzem picos de Alta Tensão nos cabos danificam
muitos telefones de linha fixa. A menos que se instale a antena
móvel no telhado este problema não existe nos sistemas GSM.
Elevis Elevadores
Rua Professor Egas Moniz, Lote 5, R/C Drtº
8005-272 Montenegro
Faro
Normalização
A emenda A3 à EN 81-1/2
Eng.o José Pirralha
Diretor Técnico da Thyssenkrupp Elevadores S.A.
Presidente da Comissão Técnica CT 63
INTRODUÇÃO
A partir da resolução do Conselho Europeu
de 1985, é adotada em matéria de harmonização e normalização das regulamentações nacionais uma Nova Abordagem, em
matéria de harmonização e normalização
das regulamentações nacionais, com o objetivo de facilitar a realização do mercado
interno.
Em 1989, são aprovadas novas resoluções
no sentido da avaliação da conformidade, ao
A aplicação da Diretiva 95/16/CE com os
má-las do conhecimento mais atualizado,
mesmo tempo que se avança no estabele-
RESS, definidos no seu ANEXO I, pode rea-
ou seja, do “estado da arte”.
cimento de procedimentos de certificação e
lizar-se por duas vias principais (embora
ensaio e se lançam bases para a marcação
possam ser adotadas outras):
Centrando-nos na EN 81-1/2:1998+A3:2009,
CE. Cria-se assim, uma nova estrutura de
›
através do exame CE de tipo ( modelo),
adiante designada apenas por A3, esta não
submetidos a controlo final, ou
é mais do que a última emenda ou altera-
pela aplicação das normas harmoni-
ção introduzida na EN 81-1/2. Para termos
zadas respetivas, as quais concedem a
uma noção de contexto da A3, é necessá-
chamada presunção de conformidade.
rio que se tenha uma ideia das emendas
Diretivas que passaram a designar-se Diretivas Nova Abordagem.
Estas Diretivas assentam a sua estrutura
›
na assunção de um conjunto de Requisitos
Essenciais de Saúde e Segurança – RESS, os
anteriores:
No que se segue, convém ter presente que
quais, podem ser realizados através de es-
a EN 81-1/2:1998+A3: 2009 é uma Norma
A1 – aprovada pelo CEN (Comité Europeu de
pecificações técnicas que podem assumir a
harmonizada, adquirindo esse estatuto
Normalização) em maio de 2005, é conheci-
forma de normas harmonizadas.
após publicação no JO 2010/C 52/04 de
da pela designação de PESSRAL (Program-
02/03/2010.
mable Electronic System in Safety Related
Nesta abordagem, resulta claro que o re-
Applications for Lifts), que mais não é do
curso às normas harmonizadas é um cami-
que a adoção dos critérios e metodologias
nho privilegiado (não único) para o cumpri-
1. A EMENDA A3 – O QUE É?
da IEC 61508 aos sistemas eletrónicos pro-
mento das Diretivas.
A introdução de emendas às Normas é
gramáveis aplicados em sistema de segu-
um procedimento normal que visa aproxi-
rança para ascensores.
Importa sublinhar que as normas, seja qual
for o seu caráter, sejam ou não harmonizadas, não são de cumprimento obrigatório,
pese embora, a sua utilização seja um caminho, certamente o mais direto e provavelmente o mais económico, para a garantia
de cumprimento de uma Diretiva.
Podemos exemplificar esta ideia, recorrendo à aplicação da Diretiva 95/16/CE, como
prática do nosso dia-a-dia, para a colocação
de ascensores no mercado, isto é, para a
sua certificação.
10
elevare
Normalização
A2 – aprovada pelo CEN em abril 2004, con-
embora a aplicação dos seus critérios
mento não comandado da cabina quando
siste na incorporação dos ascensores sem
possa ser recomendável, nomeadamente
esta sai do piso, se as portas de patamar
casa de máquina, respondendo ao desen-
quando se substitui o sistema de tração e
não estão na posição de encravadas e se a
volvimento de tal solução pela indústria.
controlo.
porta de cabina não está fechada.
A3 – aprovada pelo CEN em agosto de 2009
Neste conceito, consideram-se todos os
e publicada em dezembro do mesmo ano,
3. AS MODIFICAÇÕES IMPOSTAS PELA A3
movimentos resultantes de qualquer falha
incorpora as modificações resultantes de:
Para lá dos aspetos decorrentes da revisão
num componente da máquina, do sistema
da Diretiva Máquinas, a emenda A3 incorpo-
hidráulico e no sistema de controlo de mo-
2006/427CE;
ra novos requisitos de segurança, nomea-
vimento de que a segurança do movimento
introdução de novos requisitos de segu-
damente medidas para a prevenção do mo-
da cabina dependa.
rança, nomeadamente a prevenção do
vimento da cabina de porta aberta e para a
movimento não comandado da cabina
precisão de paragem.
›
›
revisão
da
Diretiva
Máquinas
–
Não são consideradas para este efeito as
de portas abertas, a precisão de paragem e o re-nivelamento.
falhas dos seguintes elementos:
São as seguintes as
principais modifica-
›
cabos ou correntes de suspensão;
ções:
›
rodas de tração, tambores e/ou carre-
A) Decorrentes da revisão da Diretiva Má-
›
Poderemos assim dizer que, a A3 resulta
por um lado da revisão da Diretiva Máqui-
tos da máquina de tração;
nas, e por outro da necessidade de resposta
quinas - 2006/42/CE
a situações de risco identificadas e não devi-
1.
damente acauteladas.
tubagem flexível, ou rígida ou o cilindro
no caso de ascensores hidráulicos.
Novas exigências relativas aos sistemas de fixação das proteções,
Nota: Na falha da roda de tração, inclui-se a perda
utilizadas especificamente como
de aderência.
proteção, de situações perigosas,
2. ENTRADA EM VIGOR E DOMÍNIO DE
mecânicas, elétricas ou outras,
O dispositivo – UCM deve ser capaz não só
APLICAÇÃO DA A3
através de barreiras físicas que ne-
de detetar o movimento não comandado da
Publicada em dezembro de 2009, foi con-
cessitam de ser retiradas, para a
cabina, mas também de promover a sua pa-
cedido um prazo de 18 meses para a sua
execução das operações regulares
ragem e mantê-la parada.
entrada em vigor, prazo que viria a ser
de manutenção e controlo.
considerado insuficiente e prolongado pela
O sistema de fixação das proteções
Exceto, se houver redundância construtiva
Comissão Europeia por mais 6 meses, tor-
deve permanecer solidário com es-
e auto-controlo de segurança, o UCM deve
nando-se a data efetiva o dia 1 de janeiro de
tas ou com o equipamento quando a
cumprir a sua função, sem recurso a com-
2012.
proteção é retirada.
ponentes que, em serviço normal, controlem a velocidade, a desaceleração, a para-
Assim, as modificações previstas na A3 en-
2. Aos aparelhos de elevação de
traram em vigor em diferentes momentos:
v ≤ 0,15 m/s, não são aplicáveis os
›
as alterações resultantes da revisão da
requisitos da Diretiva Ascensores
Nota: Para este efeito considera-se que o travão da
Diretiva Máquinas (2006/42/CE) estão
(art.º 24º da Diretiva 2006/42/CE),e
máquina possui redundância construtiva.
em vigor desde 29 dezembro de 2009,
como tal não estão ao abrigo da A3.
data de entrada em vigor da Diretiva
No caso de utilização do travão como parB) Decorrentes da introdução de novas
te do UCM, o auto-controlo de segurança
as modificações resultantes da aplica-
medidas de segurança, visando o seu
compreenderá a verificação de entrada e
ção de novos critérios de segurança,
reforço em resultado da evolução do
saída do mecanismo ou ainda a verificação
que entraram em vigor em 1 de janeiro
“estado-da-arte”.
do esforço de frenagem.
de 2012.
1.
2006/42/CE;
›
Veremos adiante o conteúdo concreto des-
Controlo do movimento não comandado da cabina com as portas aber-
Nos hidráulicos se forem utilizadas duas
tas.
eletro-válvulas em série, o auto-controlo
tas modificações.
Designado por UCM (Unintended Car
Qual o domínio de aplicação da A3? A emen-
2. Precisão de paragem (± 10 mm) e
Movement);
da A3 aplica-se a:
›
›
gem e a manutenção da cabina parada.
re-nivelamento (± 20 mm).
de segurança deve controlar de forma separada a abertura e fecho de cada válvula,
sob a pressão estática correspondente a
cabina vazia.
novas instalações de ascensores, ou
na substituição "integral" de ascensores existentes
Se for detetada alguma falha, deve ser im4. PROTEÇÃO CONTRA O MOVIMENTO NÃO
pedida a próxima partida normal.
COMANDADO DA CABINA – UCM
Nesta linha a A3 não é de aplicação obri-
Os ascensores devem ser equipados com
O auto-controlo de segurança deve ser ob-
gatória na substituição de componentes,
um dispositivo que permita parar o movi-
jeto de exame de tipo.
elevare
11
Normalização
Nota: Trata-se de exame de tipo e não de exame CE
de tipo, já que este, só poderá ser realizado a cober-
1
to da Diretiva, o que não é o caso.
O órgão de paragem do dispositivo deve
agir sobre:
2
›
a cabina, ou
›
o contrapeso, ou
›
o sistema de cabos (suspensão ou com-
›
a roda de tração (sobre a roda propria-
pensação), ou
mente dita ou sobre o seu veio na proximidade desta), ou
›
3
5
4
o sistema hidráulico, incluindo o grupo
motor/bomba, quando em subida.
Uma vez detetada a necessidade de intervenção, a cabina deve ser parada, numa dis-
No decurso da paragem, é necessário que
tância que :
os órgãos que asseguram a mesma, não
›
não exceda 1,20 m a partir do nível do
provoquem uma desaceleração que exce-
piso, e
da:
não ultrapasse os 200 mm, entendidos
›
›
como a distância vertical entre a soleira
de piso e a parte mais baixa do avental
de cabina, e
›
1.
começam a atuar, reduzindo a velocidade;
2. Eixo da velocidade;
1 gn para movimento não comandado
3. Tempo de resposta dos dispositivos de
da cabina em subida;
›
Instante em que os órgãos de travagem
deteção;
o valor da desaceleração aceite para o
4. Tempo de resposta dos órgãos de tra-
pára-quedas, em descida.
não ultrapasse 1,0 m entre a soleira de
vagem;
5. Eixo dos tempos.
cabina e o lintel da porta de piso, ou en-
Estes valores devem ser obtidos qual-
tre a soleira da porta de piso e o lintel da
quer que seja a carga na cabina, quando
O movimento não comandado da cabina
porta de cabina.
esta a partir do estado de repouso, sai
deve ser detetado pelo menos através
Estas distâncias devem verificar-se
do piso.
de um dispositivo de corte, o mais tardar
qualquer seja a condição de carga da
cabina.
quando a cabina deixa a zona de desencraNa curva do tempo de resposta podem ser
vamento.
identificadas as diferentes fases do procesEsquematicamente:
so de atuação do UCM:
Este dispositivo deve ser:
›
um contacto de segurança (cf 14.1.2.2),
isto é, com separação positiva de
contactos, ou
›
ser ligado, por forma a satisfazer os requisitos dos circuitos de segurança
(cf. 14.1.2.1), ou
›
satisfazer as exigências do PESSRAL
(cf. 14.1.2.6).
O dispositivo deve acionar um dispositivo
≥ 1000 mm
≥ 1000 mm
elétrico de segurança, se atuado.
Nota: Este dispositivo pode ser comum com o dispo-
≤ 1200 mm
≤ 1200 mm
sitivo de corte previsto para a deteção do movimen≤ 200 mm
to não comandado da cabina.
Uma vez atuado o dispositivo de deteção
ou reconhecida a falha do sistema de paragem, por indicação do sistema de auto-controlo, a reinicialização do ascensor requer a
intervenção de pessoa competente. O des-
12
elevare
Normalização
bloqueio do dispositivo, não deve requerer
mum, passa pelo exame de tipo do tra-
instalações e/ou substituições), nos exatos
o acesso à cabina ou contrapeso, sendo que
vão da máquina, bem como do sistema
termos definidos pela Diretiva, ou seja:
uma vez desbloqueado, o dispositivo deve
de auto-controlo;
estar em condições de funcionamento.
›
›
Se o dispositivo requer energia externa para
Em ascensores com exame CE de tipo
Soluções de tração com máquinas com
(modelo).
redutor (“geared”)
Competirá ao Organismo Notificado
operar, a ausência de energia deve provocar
que homologou o modelo decidir da va-
a paragem e manter o ascensor parado.
Neste caso, adotar-se-á uma das se-
lidade das soluções implementadas;
guintes soluções:
O dispositivo de protecção contra o movi-
a) Conjunto controlo/deteção UCM, li-
mento não comandado da cabina com por-
mitador de velocidade e sistema de
viço é feita em presunção de confor-
pára-quedas;
midade com as Normas harmonizadas
tas abertas é entendido como um dispositivo de segurança e deve ser verificado.
b) Conjunto de controlo/deteção UCM,
5. A RESPOSTA DA INDÚSTRIA –
aplicáveis, o UCM tem que ser necessariamente aplicado.
roda de tração ou veio;
Não é possível qualquer outra solução
c) Conjunto de controlo/deteção UCM
associado a sistema de travagem
Após uma primeira fase de alguma he-
adaptado aos cabos de tração.
sitação, que levou aliás ao adiamento da
para janeiro 2012, estão clarificadas todas
Em ascensores, cuja colocação em ser-
sistema de travagem adaptado à
PROBLEMAS NA APLICAÇÃO DA A3
entrada em vigor da A3 de junho de 2011
›
porque pura e simplesmente não existe
outra Norma aplicável.
Neste sentido, todos os ascensores, colo-
›
Soluções UCM para ascensores hidráu-
cados em serviço a partir de 1 de janeiro
licos
de 2012 (entendendo-se como momento
as questões decorrentes da aplicação da
de colocação em serviço o da emissão da
A3, quer do ponto de vista dos fabricantes
Do mesmo modo os fabricantes de equi-
declaração de conformidade e respetiva
de componentes e/ou ascensores, quer do
pamento hidráulico, colocam à disposição
marcação CE), independentemente da data
ponto de vista dos instaladores.
de fabricantes e instaladores soluções
da sua contratação, estão obrigados ao
preparadas para a A3, normalmente atra-
cumprimento da A3.
Existem hoje disponíveis no mercado solu-
vés de válvulas especialmente concebi-
ções que permitem responder a todos os
das e integradas, quer através de válvu-
Não ignoramos que em relação aos as-
requisitos que a emenda A3 impõe.
las de segurança aplicáveis aos sistemas
censores contratados anteriormente, que
existentes.
por uma razão ou outra não foram certi-
Sem entrar no domínio da especificação
ficados (alguns nem sequer viram o pro-
técnica das soluções, que não cabe no âm-
De forma geral os princípios são os mes-
cesso de instalação iniciado), haverá ca-
bito deste artigo, poderemos considerar
mos, deteção, atuação e paragem.
sos certamente complicados de resolver,
que existem 3 soluções tipo, cada uma de-
quer em termos comerciais quer mesmo
las com as nuances próprias da especifici-
Não havendo nesta altura dúvidas funda-
em termos técnicos. Importa todavia, não
dade dos equipamentos, a saber:
das quanto às soluções a aplicar, há todavia
perder de vista o essencial – a segurança
que deixar muito claro que os requisitos de
dos utilizadores, o cumprimento da lei e
Soluções de tração com máquinas sem
maior segurança para os utilizadores im-
a uniformidade de critérios traduzida no
redutor (“gearless”)
postos pela aplicação da emenda A3 são
respeito escrupuloso pelas regras da
Neste caso a solução UCM mais co-
aplicáveis a todos os ascensores (novas
concorrência.
›
PUB
Qualidade, segurança e ambiente
Segurança no setor dos ascensores
Marco Pereira
Orona Portugal, Lda.
Na conceção de um ascensor é
importante ter em conta o design,
a adaptabilidade ao edifício, a
sustentabilidade, a poupança energética,
os aspetos ecológicos, mas sobretudo
a segurança para os utilizadores
e técnicos de conservação. A nível
de segurança, tem sido criada uma
legislação adequada, embora sem efeitos
retroativos, ou seja, sem aplicação
prática aos ascensores já existentes.
Em Portugal, a legislação tem evoluído
tentava-se adequar o regulamento dos
rior a 200 lux na casa de máquinas e a
ao longo dos anos, adaptando-se a regras
ascensores elétricos aos ascensores hi-
50 lux na caixa;
cada vez mais exigentes.
dráulicos.
Em 1924, através do Decreto-Lei n.o 9924
Estas Normas aumentam significativa-
é publicada a primeira legislação relativa
mente a segurança dos utilizadores e dos
a ascensores onde se salienta a obrigato-
técnicos de conservação. Vejamos alguns
A 28 de setembro de 1998 é publicado o De-
riedade da utilização de um pára-quedas.
exemplos:
creto-Lei n.o 295/98 que transpõe a Diretiva
Mais tarde, em 1936 (Decreto-Lei n. 26591),
›
A caixa é exclusiva do ascensor;
Europeia 95/16/CE alterada posteriormen-
torna-se obrigatória, por exemplo, a utiliza-
›
É definido um volume de proteção para
te pela Diretiva 2006/42/CE (Decreto-Lei
os técnicos na parte superior da caixa e
n.o 176/2008) que estabelece os princípios
›
O acesso ao poço terá de ser efetuado através de um dispositivo fixo, por
o
ção de limitador de velocidade. Com a puo
blicação do Decreto-Lei n. 513/70 de 30 de
exemplo uma escada.
do poço;
gerais de segurança a que devem obedecer
outubro que aprova o Regulamento de Se-
›
A caixa tem de ser iluminada;
os ascensores e respetivos componentes
gurança de Elevadores Elétricos, verifica-
›
É obrigatória uma tomada de corrente
de segurança. De acordo com esta Direti-
no poço;
va é possível conceber, fabricar e colocar
O acesso à casa de máquinas tem de ser
os ascensores à disposição dos utentes, de
xa fechada, os encravamentos mecânicos e
seguro. No caso de acesso por alçapão,
várias formas, de acordo com os diferentes
elétricos, as portas cheias, a casa de máqui-
a escada tem de estar com uma incli-
anexos.
se um aumento significativo da segurança.
Por exemplo, passa a ser obrigatório a cai-
›
nas exclusiva dos ascensores.
Em 1991 são publicadas a Portaria 375/91
o
nação compreendida entre 70 e 76 , os
›
de 2 de maio onde é aprovada a Norma
NP 3163/1 (1988) como Regulamento de
o
degraus têm dimensão bem definida;
Numa das formas, o fabricante cumpre in-
A casa de máquinas tem de ter uma al-
tegralmente as Normas Técnicas (EN 81-1
tura mínima de 1,80 m;
Ascensores elétricos e EN 81-2 Ascensores
A botoneira de comando de revisão co-
hidráulicos) e depois, o instalador emite a
Segurança de Ascensores Elétricos, que
locada por cima da cabina tem carate-
declaração de conformidade, se tiver cer-
resultou da atribuição do estatuto de Nor-
rísticas próprias;
tificação para tal (ISO 9001:2008 + Anexo
É obrigatório colocar um dispositivo de
correspondente da Diretiva) ou, caso con-
(1985) e a Portaria 964/91 de 20 de setem-
controlo de rutura ou afrouxamento de
trário, contrata um organismo notificado
bro onde é aprovada a Norma NP EN 81-2
cabos de limitador em todos os ascen-
para efetuar os ensaios finais.
(1990) como Regulamento de Segurança
sores;
ma portuguesa à Norma Europeia EN 81-1
de Ascensores Hidráulicos. Pela primeira
›
›
›
vez aparece regulamentação própria para
ascensores hidráulicos. Até esta data,
14
elevare
›
A cabina terá de ser dotada de um aven-
Outra das formas que esta Diretiva permite
tal com altura superior a 750 mm;
é, no caso de incumprimento de algum dos
O nível de iluminação tem de ser supe-
pontos da Norma, a realização de uma ava-
Qualidade, segurança e ambiente
liação de risco por um organismo notificado
a que devem obedecer os ascensores para
Assim sendo, a Norma EN 81-80:2003 tem
para a Diretiva Ascensores e a definição de
facilitar a sua utilização por pessoas com
como objetivo:
medidas compensatórias. Neste caso, na
deficiência, a EN 81-72:2003 – Ascensores
›
Classificar por categoria diferentes pe-
minha opinião, estamos apenas a minorar
para bombeiros e a EN 81-80:2003 – Regras
rigos e situações perigosas, tendo sido
os riscos existentes e a tornar subjetiva a
para a melhoria da segurança dos ascenso-
efetuada uma avaliação dos riscos para
sua análise.
res existentes.
cada uma delas;
›
Fornecer ações corretivas com vista a
Em 2000, são publicadas as Normas NP EN
Se existem Normas Europeias estudadas
melhorar, de forma seletiva e progres-
81-1/2, com mais um contributo importan-
por comités técnicos especializados e a
siva, a segurança de todo o ascensor de
te para a segurança dos ascensores. Por
serem cumpridas na maioria dos estados
pessoas ou de carga no sentido do esta-
exemplo:
membros, porque é que Portugal não as
do de arte atual;
›
passa para o direito interno?
Colocação de balaustradas em cima
das cabinas, se houver risco de queda
›
Permitir a possibilidade de verificar cada
ascensor e de identificar e pôr em prá-
dos técnicos;
Com tanta evolução para os ascensores no-
tica medidas de segurança, de forma
›
Proteção da zona do contrapeso no
vos, então o que se tem feito pelos ascen-
progressiva e seletiva, em função da
poço;
sores mais antigos?
frequência e da severidade de cada risco;
›
Colocação de rede divisória a toda a al-
›
tura da caixa, se as cabinas estiverem a
O Comité Técnico CEN/TC10 – Comité Euro-
Pode ser utilizada como guia:
menos de 50 cm;
peu de Normalização desenvolveu a Norma
a) Das autoridades nacionais, para deter-
Existência de um sistema de comunica-
EN 81-80:2003 – Regras para a melhoria da
minar o seu próprio programa de imple-
ção bi-direcional com centro de inter-
segurança dos ascensores existentes.
mentação, seguindo um procedimento
venção.
por etapas, através de um processo de
De acordo com esta Norma, mais de três
filtragem (Anexo I), de modo razoável e
Apesar da Direção Geral de Geologia e Ener-
milhões de ascensores encontram-se hoje
prático, fundamentado no nível de risco
gia publicar a lista das Normas que trans-
em funcionamento na União Europeia e na
(extremo, alto, médio, baixo) e de consi-
põem as Normas harmonizadas no âmbito
EFTA e quase metade foram instalados há
da Diretiva 95/16/CE relativa a ascenso-
mais de 20 anos. Os ascensores existentes
b) Dos proprietários para adaptar as suas
res (despacho do Diretor Geral da Energia
foram instalados com o nível de segurança
responsabilidades, segundo os regula-
n.o 9644/2010 de 8 de junho), estas não são
apropriado à época da sua instalação. Este
de cumprimento obrigatório!
nível de segurança é inferior ao atual estado de arte.
derações sociais e económicas;
mentos existentes;
c) Das empresas de manutenção e/ou dos
organismos de controlo, para informar
os proprietários sobre o nível de segu-
Destas Normas destacam-se a EN 81-
rança das suas instalações;
28:2003 - Dispositivos de alarme remoto
Além disso, a esperança de vida é maior e
para ascensores e ascensores de carga,
as pessoas portadoras de uma deficiência
d) Dos proprietários, para modernizar os
prevê a realização de testes periódicos e cí-
esperam dispor da mesma acessibilidade
ascensores existentes voluntariamente
clicos para aferir do correto funcionamento
e conforto. Consequentemente, é particu-
e de acordo com a alínea c), na falta de
do sistema de comunicação bi-direcional, a
larmente importante disponibilizar, para as
regulamentação.
EN 81-70:2003 – Acessibilidade dos Ascen-
pessoas idosas ou portadoras de deficiên-
sores a pessoas, incluindo pessoas com
cia, um meio de transporte vertical seguro
A Norma EN 81-80:2003 identifica 74 ris-
deficiência, onde se definem os requisitos
não necessitando de qualquer vigilância.
cos/situações de risco responsáveis pelos
Falta de avental ou com um comprimento inadequa-
Falta de proteção nas partes em movimento (Risco
Má precisão de paragem
do (Risco de queda para os utilizadores durante a
de entalamento ou esmagamento para os técnicos
(Risco de queda para os utilizadores).
operação de resgate).
de conservação).
elevare 15
Qualidade, segurança e ambiente
Apenas o Decreto-Lei n.o 320 /2002 de 28
de dezembro no seu artigo 17.o define o se-
Safety
guinte:
›
Os ascensores devem ser dotados de
cabina com porta. (Não se aplica a as-
Progressive (when?) and selective (what?)
censores instalados em edifícios exclusivamente habitacionais. Nestes ascenEN81-1/2
&D
gy R
nolo
h
c
EN81-1/2
e
T
EN81-1/2
sores, apenas é necessário colocar um
EN81-1/2
dístico aprovado pela DGGE informando
para o risco de entalamento/esmagamento, por exemplo, por um contentor
Safety existing lifts
caso este fique preso na soleira da por-
EN81-80
1920
1979
1985
1998
2000 2003
ta de patamar);
›
2010
Os ascensores devem ser dotados de
um dispositivo de controlo de carga.
acidentes mais comuns que ocorrem nos
É certo que os ocupantes dos edifícios exis-
Por isso, o Estado Português deveria, à se-
ascensores. Esta Norma não é de cumpri-
tentes nas grandes cidades europeias são
melhança de outros países europeus, criar
mento obrigatório mas, por toda a Europa,
pessoas de maior idade, grande parte delas
um plano, co-financiado ou não, articulado
a grande maioria dos países, após efetuar
reformadas, vivendo das pensões de refor-
com as empresas de conservação para
uma avaliação dos riscos existentes no
ma e, por conseguinte, sem grandes meios
que, após se caraterizar o parque nacional
parque de ascensores instalados nos seus
financeiros para proceder à modernização
de ascensores, se definam quais as medi-
edifícios, traçou um plano de trabalhos
dos ascensores.
das a implementar de imediato e quais a
implementar, por exemplo, até à próxima
escalonados no tempo para implementar
ações corretivas, de forma a incrementar o
Por outro lado, a atual conjuntura econó-
inspeção periódica ou num espaço tempo-
nível de segurança dos ascensores existen-
mica também não facilita. É um problema
ral de 10 ou 20 anos.
tes. Por exemplo, a Espanha identificou 16
social!
Desta forma, teríamos a certeza que, quan-
riscos mais críticos e publicou uma lei (RD
57/2005 de 21 de janeiro) que obriga à sua
E em Portugal? O que se tem feito para me-
do utilizássemos um ascensor antigo, este
implementação.
lhorar a segurança dos utilizadores e dos
cumpriria os padrões mínimos de seguran-
técnicos de conservação nos ascensores
ça utilizados atualmente.
Com estas medidas vamos aproximando o
antigos?
É tão fácil!
nível de segurança dos ascensores antigos
ao atualmente exigido!
Haja vontade política!
Infelizmente, praticamente nada!
Anexo I – Lista de Riscos/Situações de Risco detetados em ascensores antigos.
Risco n.o
16
Risco/Situação de Risco
Nível de
Risco
Risco para
Utentes
Risco para
Técnicos
Risco
para Proprietário
X
1
Presença de materiais perigosos
Alto
X
X
2
Sem ou com acesso limitado para deficientes
N/A
X
-
-
3
Má precisão de paragem /nivelamento
Alto
X
-
X
4
Sem ou com resistência anti-vandalismo insuficiente
N/A
X
-
-
5
Sem ou com funções de controlo inadequadas em caso de incêndio
N/A
X
-
-
6
Caixa fechada com paredes perfuradas (rede)
Alto
X
X
X
7
Caixa parcialmente fechada
Alto
X
X
X
8
Sistema de encravamento inadequado para acesso à caixa e ao poço
Alto
X
X
X
9
Superfície vertical inadequada por baixo da soleira da porta
Alto
X
X
X
10
Contrapeso/massa de equilíbrio sem pára-quedas no contrapeso
Baixo
X
-
X
11
Separação CWT/cabina no poço
Baixo
-
X
X
12
Falta ou inadequada separação de poços
Baixo
-
X
X
13
Falta ou inadequada separação de caixas
Alto
-
X
X
14
Falta de espaços de segurança no topo da caixa e no poço
Alto
-
X
X
15
Acesso perigoso ao poço
Alto
-
X
X
16
Falta ou inadequado interruptor de poço ou da casa de rodas
Alto
-
X
X
17
Sem ou inadequada iluminação de caixa
Alto
-
X
X
18
Sem sistema de alarme no poço e no topo da cabina
Médio
-
X
X
elevare
Qualidade, segurança e ambiente
Risco n.o
Risco/Situação de Risco
Nível de
Risco
Risco para
Utentes
Risco para
Técnicos
Risco
para Proprietário
X
19
Sem acesso ou acesso perigoso às casas de máquina e de rodas
Alto
-
X
20
Pavimento escorregadio da casa de máquina e/ou de rodas
Baixo
-
X
X
21
Folgas insuficientes na casa de máquinas
Médio
-
X
X
22
Falta ou inadequadas proteções dos níveis na casa de máquina e/ou de rodas
Alto
-
X
X
23
Iluminação inadequada da casa de máquinas/de rodas
Alto
-
X
X
24
Meios para movimentação de cargas inadequados (ganchos)
Baixo
-
X
X
25
Portas de lagarto no patamar e/ou na cabina
Alto
X
X
X
26
Design inadequado dos equipamentos das portas de patamar
Alto
X
X
X
27
Vidro inadequado nas portas
Alto
X
X
X
28
Falta ou inadequada proteção contra entalamento dos dedos nas portas automáticas de cabina ou de patamar em vidro
Baixo
X
-
X
29
Falta ou inadequada iluminação na zona das portas de patamar
Médio
X
X
X
30
Falta ou inadequados meios de proteção nas portas automáticas
Alto
X
X
X
31
Sistema de encravamento inadequado das portas de patamar
Alto
X
X
X
32
Desbloqueamento da porta de patamar sem chave especial
Alto
X
-
X
33
Caixa fechada com paredes perfuradas perto dos encravamentos de porta
Alto
X
X
X
34
Portas automáticas sem sistema de encravamento automático
Alto
X
X
35
Ligação inadequada entre painéis da porta de patamar
Médio
X
X
36
Falta de resistência ao fogo das portas de patamar
Médio
X
X
37
Movimentação da porta de cabina quando a porta de patamar está aberta
Médio
X
X
38
Área superior à carga nominal
Baixo
X
39
Comprimento do avental inadequado
Alto
X
X
40
Cabina sem porta
Alto
X
X
41
Encravamento inseguro do alçapão de resgate no teto da cabina
Médio
X
X
42
Falta de resistência do teto da cabina
Baixo
43
Falta ou inadequada balaustrada de cabina
Alto
44
Ventilação insuficiente da cabina
Médio
X
45
Iluminação inadequada da cabina
Médio
X
46
Falta ou inadequada iluminação de emergência de cabina
Médio
X
47
Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens
Médio
48
Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra
saída de cabos
Médio
X
X
49
Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra
a introdução de objetos
Baixo
X
X
50
Falta ou inadequado paraquedas e ou limitador em ascensores elétricos
Alto
X
X
51
Falta ou inadequado interruptor do limitador?
Médio
X
X
52
Falta de sistema de controlo de sobre velocidade da cabina à subida em ascensores
elétricos
Médio
X
X
53
Design inadequado das máquinas de tração dos ascensores elétricos
Alto
X
X
54
Falta ou inadequado sistema de proteção contra queda livre; sobre velocidade em
ascensores hidráulicos
Alto
X
X
55
Contrapeso guiado por arames
Baixo
X
X
56
Falta ou amortecedores inadequados
Alto
X
X
57
Falta ou inadequados interruptores de fim de curso
Médio
X
X
58
Folga exagerada entre a cabina e parede
Alto
X
X
59
Folga exagerada entre soleiras de porta
Alto
X
X
60
Falta ou inadequado sistema de operação de emergência
Alto
X
X
61
Sem válvula de fecho (hidráulico)
Baixo
X
X
62
Sem contactores de arranque independentes
Alto
X
X
63
Falta ou inadequado sistema de deteção de alongamento de cabos/correntes de
suspensão (em caso de 2 cabos/correntes
Médio
X
X
X
X
X
X
X
64
Sem limitador de tempo de funcionamento
Baixo
X
X
65
Falta ou inadequado indicador de baixa pressão
Médio
X
X
66
Proteção insuficiente contra choques elétricos e/ou marcação dos equipamentos
elétricos; falta de marcações
Alto
X
X
67
Falta de proteção ao motor de tração
Baixo
X
X
68
Interruptores principais não bloqueáveis
Médio
X
X
69
Sem proteção contra inversão de fase
Baixo
X
X
70
Falta ou inadequado comando de revisão no topo da cabina
Alto
71
Falta ou inadequado sistema de alarme
Alto
X
X
72
Falta ou inadequado sistema de intercomunicação entre cabina e C.M (curso > 30 m)
Médio
X
X
73
Falta ou inadequado sistema de controlo de carga
Baixo
X
X
74
Falta indicações, marcações e instruções de operação
Médio
X
X
X
elevare 17
Notas técnicas
A nova legislação de Segurança
contra Incêndio em Edifícios
Ângelo Mota Almeida
Responsável Técnico da ENOR
O artigo tenta resumir e comentar
alguns dos requisitos mais
importantes aplicáveis aos
ascensores estabelecidos pelo novo
regulamento de segurança contra
incêndio, servindo como ponto
de partida para o conhecimento
da legislação.
1. A NOVA LEGISLAÇÃO
O Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro estabelece o regime jurídico da
segurança contra incêndios em edifícios,
sendo as condições técnicas gerais e específicas estabelecidas pelo regulamento técnico aprovado pela Portaria n.º 1532/2008
de 29 de dezembro. A legislação aqui discutida aplica-se só a edifícios cujo licencia-
Nota: todos os artigos mencionados no artigo referem-se à portaria 1532/2008 exceto
quando indicada outra legislação.
mento tenha sido requerido após o dia 1 de
janeiro de 2009. A sua aplicação a imóveis
classificados está salvaguardada por um
ser isoladas dos restantes espaços do edi-
padrão EI 30, para as paredes não resis-
artigo próprio que prevê a adoção de me-
fício, com exceção da caixa do elevador ou
tentes, REI 30, para as paredes resisten-
didas de auto-proteção adequadas, aprova-
da bateria de elevadores, por elementos de
tes e E 15 C, para as portas de patamar;
das pela Autoridade Nacional de Proteção
construção com as classes de resistência
b) Para edifícios de altura inferior superior
Civil em favor do cumprimento das Normas
ao fogo padrão EI 60, para as paredes não
a 28 m: EI 60, para as paredes não re-
de Segurança Contra Incêndio.
resistentes, REI 60, para os pavimentos e as
sistentes, REI 60, para as paredes resis-
paredes resistentes e E 30 C, para as por-
tentes e E 30 C, para as portas de pata-
Importa para já tomar contacto com os
tas. Realce aqui para as portas das casas
mar.
requisitos básicos aplicáveis ao setor do
das máquinas que encontram finalmente a
transporte vertical uma vez que se está
sua identidade: estanques ao fogo 30 minu-
Devem ainda dispor de paredes EI ou REI 60
ainda no início da aplicação desta legislação
tos com fecho automático (C).
e portas de patamar E 30, quando sirvam
mais do que um piso abaixo do plano de re-
cuja aplicação no terreno vai acontecendo
em função do licenciamento de novos pro-
Para o significado das letras R, E, I e C ver
ferência. Ter em conta que nos pisos abaixo
jetos de construção civil.
ponto 5.
do plano de referência, os acessos aos elevadores que sirvam espaços afetos à utili-
O isolamento e proteção das caixas dos
zação-tipo II (Estacionamento) devem ainda
2. REQUISITOS BÁSICOS
elevadores apresentados pelo art.º 28 es-
ser protegidos por uma câmara corta-fogo.
DAS INFRA-ESTRUTURAS RELATIVAS
tipula que as paredes e portas de patamar
Ponto importante é o que estabelece que as
A ELEVADORES
devem cumprir:
portas de patamar são obrigatoriamente de
Relativo à casa de máquinas, quando exis-
a) Para edifícios de altura inferior ou igual
funcionamento automático. Este requisito
tir, o art.º 101.º estabelece que estas devem
a 28 m: classes de resistência ao fogo
merece uma atenção especial a ter em con-
18
elevare
Notas técnicas
ta em remodelações por causa das áreas
diferença relativamente aos requisitos da
pelo art.º 103º aponta para que os ascen-
disponíveis e na instalação, por exemplo, de
área prevista diante da porta de patamar
sores sejam equipados com dispositivos de
plataformas elevatórias cabinadas vulgo
dos ascensores prioritários de bombeiros
chamada em caso de incêndio, acionáveis
“Homelifts”.
é um tema importante que merece discus-
por operação de uma fechadura com con-
são dadas as questões de segurança que se
tato localizada junto das portas de patamar
Finalmente para edifícios com altura su-
prendem com o comportamento do ascen-
do piso do plano de referência, mediante
perior a 28 m, os elevadores podem co-
sor durante a sua utilização para evacuação
uso de chave especial, e automaticamente,
municar diretamente com as circulações
e combate ao incêndio; a NP EN 81-72, por
a partir de sinal proveniente do quadro de
horizontais, com exceção dos ascensores
exemplo, declara que deixa de ser aplicável
sinalização e comando do sistema de alar-
prioritários de bombeiros que devem ser
no momento em que a câmara corta-fogo
me de incêndio, quando exista.
servidos por um átrio com acesso direto à
for violada pelas chamas.
câmara corta-fogo que protege a escada
O regulamento estabelece que à exceção
e contém os meios de combate a incêndio.
de determinadas situações específicas nele
Refira-se que não existe no regulamento
3. REQUISITOS ESSENCIAIS PARA TODOS
definidas (alínea 1 do artigo 116.º), todos os
definição para átrio mas fica claro que não
OS ASCENSORES
edifícios devem ser equipados com instala-
é uma câmara corta-fogo se levarmos
Olhando agora para as exigências aplicáveis
ções que permitam detetar o incêndio e, em
em conta o texto do artigo 105º o qual dis-
a todos os ascensores instalados em edi-
caso de emergência, difundir o alarme para
pensa o sensor de temperatura por cima
fícios abrangidos pelo novo regulamento,
os seus ocupantes, alertar os bombeiros e
da verga da porta se “o acesso ao átrio for
começamos pelos indicativos de segurança
acionar sistemas e equipamentos de segu-
efetuado por câmara corta-fogo“ – a NP EN
previstos no art.º 102 em que se estabelece
rança.
81-72:2007 dá-nos a sua definição de átrio
que junto dos acessos aos ascensores deve
protegido contra o fogo como um espaço
ser afixado o sinal com a inscrição: «Não
A chave de acionamento do dispositivo de
protegido do fogo, permitindo um acesso
utilizar o ascensor em caso de incêndio» ou
chamada em caso de incêndio deve estar
seguro a partir das áreas de utilização do
com pictograma equivalente. O Dispositivo
localizada junto à porta de patamar do piso
edifício ao ascensor de bombeiros. Esta
de chamada em caso de incêndio referido
do plano de referência, alojada em caixa
PUB
Notas técnicas
protegida contra o uso abusivo e sinalizada
gislador adotou alguns dos requisitos es-
funcionamento automático com largura
com a frase «Chave de manobra de emer-
tabelecidos pela Norma Europeia EN 81-72
não inferior a 0,8 m; para equipamentos
gência do elevador». Caso exista um posto
relativa a ascensores de bombeiros.
destinados a evacuação de pessoas em ma-
de segurança, deverá existir aí uma cópia da
chave referida.
cas ou camas a cabina deve ter 1,1 m x 2,1 m
O regulamento define como ascensor
e as portas não inferiores a 1,1 m.
prioritário para bombeiros, um ”elevador
O comportamento do ascensor na sequên-
situado na fachada de um edifício ou no seu
O legislador cria condições para que o
cia da ativação do dispositivo de chamada (e
interior, dispondo neste caso de caixa própria
auto-socorro do bombeiro que utiliza o
que na Norma NP EN 81-72:2007 é designa-
protegida, equipado com maquinaria, fonte
ascensor para o combate ao incêndio seja
do de Fase 1) deve ser o seguinte:
de energia permanente e comandos espe-
possível exigindo um alçapão de socorro
a) Enviar as cabinas para o piso do plano
cialmente protegidos, com dispositivo de co-
no teto da cabina com dimensões mínimas
de referência e mantê-las aí estaciona-
mando para utilização exclusiva pelos bom-
de 0,4 m x 0,5 m para os ascensores de
das com as portas abertas;
beiros, em caso de emergência”.
630 kg e 0,5 m x 0,7 m para os restantes
b) Anular todas as ordens de envio ou de
com meio de acesso a partir do interior
chamada eventualmente registadas;
O art.º 104 refere que este ascensor deve
da cabina, degraus escamoteáveis por
c) Neutralizar os botões de chamada dos
ser aplicado em edifícios de altura superior
exemplo para permitir a abertura do alça-
patamares, os botões de envio e de pa-
a 28 m ou com mais de dois pisos abaixo do
pão além de uma escada que colocada no
ragem das cabinas e os dispositivos de
plano de referência servindo todos os pisos
interior ou exterior da cabina que permite
comando de abertura das portas;
do edifício e cada compartimento corta-fogo
ao bombeiro a saída para o patamar mais
c) Se, no momento do acionamento do dis-
(referência aparentemente distinta da indi-
próximo, medida que perante as distâncias
positivo, qualquer das cabinas se encon-
cada pelo art.º 28º) neles estabelecidos por
entre portas de patamar que podem existir
trar em marcha, afastando-se do piso
via da compartimentação geral e as zonas
nas caixas poderá não ser suficiente, sendo
do plano de referência, devem parar,
de refúgio referidas no artigo 68º. Deve ser
aconselhável seguir o requisito estabeleci-
sem abertura das portas e, em seguida,
identificado no patamar do plano de referên-
do na NP EN 81-72 de colocação de escada
ser enviadas para o piso referido.
cia com a inscrição «Ascensor prioritário de
fixa no interior da caixa do ascensor.
bombeiros» ou pictograma equivalente.
A exigir particular atenção está o facto
Deverá estar previsto um sistema de in-
de existir um sinal de aviso que deve soar
Além do dispositivo de chamada referido no
tercomunicação entre a cabina e o piso do
na cabina se, no momento de acionamen-
ponto anterior, está previsto um dispositivo
plano de referência e o posto de segurança,
to do dispositivo, o ascensor se encontrar
complementar acionado por chave própria,
quando exista.
em serviço de inspeção ou de manobra de
colocado no piso do nível de referência, que
socorro. Os técnicos de manutenção de-
desencadeia uma segunda atuação e o co-
Refira-se que se o ascensor partilhar a cai-
verão ser informados em particular sobre
loca ao serviço exclusivo dos bombeiros,
xa com outro ascensor como o caso dos
este ponto e sobre a correta forma de agir.
restabelecendo a operacionalidade dos bo-
ascensores duplos, as paredes da caixa
O funcionário que se encontrar no teto da
tões de envio da cabina e dos dispositivos de
desse ascensor deverão cumprir os re-
cabina, deve sair para o patamar, colocar
comando de abertura das portas devendo a
quisitos do artigo 28.º o que implica que
o ascensor em modo automático para que
chave de manobra cumprir com os requi-
a parede divisória da caixa deverá ter as
regresse ao plano de referência e sair do
sitos da chave do dispositivo de chamada.
caraterísticas, tendo em conta a altura do
edifício através do caminho previsto de eva-
Alerta-se que a chave da manobra de bom-
edifício, de REI30/REI60 ou EI30/EI 60 quer
cuação do edifício. Caso se encontre na casa
beiros deve estar colocada na porta de pa-
se tratem de paredes resistentes ou não.
de máquinas, ou qualquer local de maqui-
tamar e não no interior da cabina.
Quanto ao poço de cada ascensor, este
naria (que para um ascensor sem casa de
deve ser equipado com meios apropriados
máquinas corresponde ao local da máqui-
O regulamento não estabelece mais ne-
para impedir o aumento do nível da água
na e quadro de manobra) deve proceder da
nhum requisito relativamente ao compor-
acima do nível dos amortecedores da ca-
mesma forma.
tamento do ascensor quando é colocado
bina completamente comprimidos, deven-
em modo de uso de bombeiros e que na NP
do ser adotado um sistema de drenagem
EN 81-72: 2007 é referido como Fase 2.
conforme previsto no Capítulo X do regu-
Caso o ascensor esteja imobilizado por atuação de um dispositivo de segurança quan-
lamento.
do for acionado o dispositivo de chamada,
A capacidade de carga nominal exigida não
deve-se manter imobilizado.
pode ser inferior a 630 kg aumentando este
O percurso entre o plano de referência e o
valor para 1000 kg quando são equipamen-
piso mais afastado deste deve ser feito num
tos para evacuação de pessoas em macas
tempo inferior a 60 segundos, que será rea-
4. ASCENSORES PARA USO PRIORITÁRIO
ou camas de ascensores com acesso duplo.
lizado com o ascensor alimentado por uma
DE BOMBEIROS
A cabina de capacidade de carga de 630 kg
fonte de emergência como a definida no
Abordemos agora o ascensor para uso
deve ter dimensões de 1,1 m x 1,4 m com
artigo 72º e que deverá existir sempre que
prioritário de bombeiros para o qual o le-
portas de patamar e cabina deslizantes de
exista ascensores de bombeiros.
20
elevare
Notas técnicas
Realce para as classes de proteção exigidas
b) Ter capacidade de carga nominal não
novos patamares o que irá representar um
para certo equipamento elétrico localizado
inferior a 1 600 kg, dimensões mínimas
custo acrescido para os ascensores, colo-
na caixa e cabina (IPX3) e instalado a menos
de 1,3 m × 2,4 m, e portas com largura
cando mais pressão nos custos da cons-
de 1 m do fundo do poço (IP67).
não inferior a 1,3 m.
trução, em especial para edifícios de altura superior a 28 m ou mais de 2 caves e
No artigo 105º mencionam-se os dispositi-
Os artigos 211º e 214º definem as condições
hospitalares e lares de idosos. Fica desde já
vos de segurança contra a elevação anor-
para instalação de uma monta carros em
o repto à Elevare para que convide outros
mal da temperatura.
edifícios de habitação e estacionamento.
profissionais a apresentar a sua experiência
e conhecimento da nova legislação de segu-
Os parâmetros que compõem as classes
rança contra incêndio pois, como qualquer
5. OUTROS REQUISITOS
de resistência ao fogo padrão (Anexo II do
documento desta dimensão e complexida-
O artigo 235º estipula que os ascensores a
220/2008) para produtos de construção
de, não estará isento de críticas mas serão
instalar em edifício de utilização tipo V «Hos-
mencionados nos requisitos para ascenso-
estas, juntamente com a experiência do ter-
pitalares e lares de idosos» que não sendo
res são os seguintes:
reno que o poderão fazer evoluir.
de uso prioritário de bombeiros e se desti-
a) R: capacidade de suporte de carga;
nam a apoiar a evacuação de pessoas em
b) E: estanquidade a chamas e gases
camas, com assistência médica, devem, para
quentes;
Deixa-se entretanto uma sugestão: a consulta da Norma NP EN 81-72: 2007 Ascen-
além de alguns dos anteriormente mencio-
c) I: isolamento térmico;
sores de Bombeiros para esclarecimento
nados, cumprir os seguintes requisitos:
f)
e adoção de eventuais medidas para situa-
C: fecho automático;
a) Possuir acesso protegido por câma-
ções consideradas importantes mas que se
ra corta-fogo em todos os pisos, com
encontrem omissas na atual legislação.
exceção dos átrios de acesso direto ao
6. CONCLUSÕES
exterior e sem ligação a outros espaços
Face ao apresentado conclui-se que o grau
Concluímos referindo que a leitura deste
interiores distintos de caixas de escadas
de exigência aumentou relativamente à le-
artigo não dispensa a leitura da legislação a
protegidas;
gislação anterior, levando a segurança para
qual aconselhamos vivamente.
PUB
Legislação
A legislação e o seu papel
na regulação do setor de elevação
Francisco Craveiro Duarte, José Pirralha
ANIEER - Associação Nacional dos Industriais
de Elevadores e Escadas Rolantes
INTRODUÇÃO
O setor da elevação tradicionalmente (auto)
regulado vive, atualmente, momentos de
incerteza a que a não é alheia a profunda
crise em que estamos mergulhados.
Neste quadro, importa que todos os intervenientes tenham claro o seu papel e que
as regras sejam totalmente claras e transparentes. Na presente conjuntura, o papel
›
Novas instalações;
Como decorre do seu próprio estatuto, es-
da regulação e o suporte da legislação são
›
Modernizações/reparações
tas Diretivas estão transpostas para o nos-
(instalações existentes);
so ordenamento jurídico, respetivamente
Serviço de assistência técnica/manu-
pelos DL 103/2008 e DL 295/98 com as
tenção.
alterações introduzidas pelo DL 176/2008.
fundamentais, num setor que tem como
principal missão assegurar a movimenta-
›
ção de pessoas em condições de conforto
e segurança. Todavia, nem sempre a existência da lei é condição suficiente, se bem
Vejamos então qual a situação e o suporte
De forma simplificada, podemos dizer que
que necessária, sendo fundamental o papel
legal para cada uma das atividades:
a colocação no mercado (ou em serviço)
de novas instalações, incluindo-se neste
da tutela para que não haja perversão das
regras do jogo.
1.1. Novas instalações
conceito a instalação de novas unidades em
Vivemos como é sabido uma profunda crise
edifícios existentes ou a substituição de as-
A ANIEER – Associação Nacional dos Indus-
no setor da construção civil com os inevitá-
censores, faz-se com base no Decreto-Lei
triais de Elevadores e Escadas Rolantes,
veis reflexos no negócio de novas instala-
n.o 295/98, no respeito pelos requisitos es-
consciente do seu papel, pretende com este
ções. Esta é, todavia, a área que em termos
senciais de saúde e segurança, recorrendo
artigo contribuir para situar os problemas
de suporte legal está melhor enquadrada
ou não às normas harmonizadas aplicáveis.
e chamar a atenção para os riscos que se
e regulada, pese embora se verifique a ne-
correm se, em tempo oportuno, não forem
cessidade de reforço dos mecanismos de
Neste processo, para lá das empresas, in-
tomadas medidas que re-coloquem a ati-
salvaguarda.
tervém uma nova categoria de agentes, denominados Organismos Notificados (ON), os
vidade no seu verdadeiro lugar. Questões
como a aplicação da Diretiva 95/16/CE, o
Em Portugal, tal como na Europa em geral,
quais assumem em todo o processo um pa-
exercício da atividade de manutenção, a
as novas instalações são realizadas com
pel de extrema relevância, quer na certifica-
forma como as inspeções periódicas são ou
base num conjunto de Diretivas, designa-
ção de componentes e ascensores, quer na
não realizadas, devem merecer uma pro-
das Diretivas Nova Abordagem, as quais,
realização do controlo final, pós instalação.
funda reflexão por parte de todas as enti-
são suportadas num conjunto de normas
dades e/ou empresas envolvidas.
harmonizadas. Pese embora, o conjunto de
Em jeito de resumo podemos dizer que as
Diretivas com impacto direto na atividade
novas instalações podem ser colocadas no
seja bastante extenso, no âmbito deste arti-
mercado por duas vias fundamentais:
1. PONTO DE SITUAÇÃO - COMO ESTAMOS?
go faremos referência apenas às duas prin-
No que se segue, pese embora a atividade
cipais, dado o seu papel estruturante para
seja um todo, vamos especializá-la nas di-
todo o setor da elevação.
›
Ascensores com exame CE de tipo (modelo): neste caso, as empresas diretamente se forem empresas certificadas
ferentes áreas de negócio como forma de
melhor podermos caraterizar a situação de
Referimo-nos naturalmente às Diretivas :
com extensão à Diretiva, ou através
cada uma. São as seguintes as três áreas de
›
Máquinas
2006/42/CE
de organismo notificado, procedem ao
atividade que nos propomos abordar:
›
Ascensores
95/16/CE
controlo final, e verificadas as condi-
22
elevare
Legislação
›
ções de instalação procedem à emissão
tindo zonas cinzentas que urge clarificar.
Municipais - em si mesmo uma vantagem,
da declaração de conformidade e à apo-
Sendo certo, nos termos do Decreto-Lei
não tem respondido, antes pelo contrário.
sição da marcação CE na cabina.
n.o 320/2002, que a substituição parcial de
As dificuldades de algumas Câmaras Muni-
componentes deve fazer-se de acordo com
cipais em responder às competências que
Ascensores em presunção de confor-
a Diretiva. Não está, todavia, claro o alcance
lhe estão cometidas pelo Decreto-Lei, a
midade: neste caso deve ser aferida a
e a extensão das suas implicações, havendo
juntar à perspetiva "puramente financeira"
aplicação das normas harmonizadas
interpretações díspares sobre esta matéria.
de algumas outras, leva a que o processo
correspondentes, seja pela própria em-
se tenha afastado dos saudáveis princípios
presa instaladora se para tal possuir
O exemplo mais ilustrativo desta falta de
que levaram à sua instituição – melhorar a
estatuto, seja através de organismo no-
clareza é a situação que resulta da instala-
segurança dos equipamentos, aproveitan-
tificado.
ção de porta de cabina em ascensores que
do para tal o conhecimento e a proximidade
a não possuem.
dos municípes.
declaração de conformidade e com a aposi-
Qual a extensão da intervenção?
Foi partindo desta realidade que nos últi-
ção da marcação CE, como na situação an-
Está claro que a porta deve obedecer aos
mos 3/4 anos dedicamos muito da nossa
terior. A situação do ponto de vista legal é
requisitos da Diretiva 95/16/CE, mas, o que
atenção à necessidade de alteração do DL
hoje suficientemente clara, havendo todavia
dizer do aumento de peso da cabina? Em
320/2002, propondo a melhoria dos aspe-
um défice do ponto de vista de controlo de
que medida se assegura que este aumen-
tos reformáveis, a substituição de outros,
aplicação da Diretiva que importa sublinhar.
to de peso é suportável pelos diversos ór-
bem como a introdução de instrumentos
Este processo fecha-se com a emissão da
gãos do ascensor afetados pela alteração,
que ajudem a melhorar o funcionamento
Começa a ser evidente que o nível de cum-
nomeadamente o pára-quedas? Como se
do diploma e com ele a melhoria de segu-
primento dos requisitos da Diretiva é pouco
refletem estas alterações no cadastro das
rança para os utilizadores. O problema das
consistente, havendo indícios de que há situ-
instalações? Como se inspecionam estes
instalações mais antigas e das suas condi-
ações no mercado pouco regulares, para as
equipamentos no futuro? Deixamos o lei-
ções de segurança é, todavia, uma questão
quais entendemos que a entidade responsá-
tor com estas interrogações, reiterando
comum à grande maioria dos países euro-
vel pela aplicação da Diretiva - DGEG, deve
que esta é uma área muito sensível, quer
peus, razão pela qual em 2000, a Comissão
dirigir a sua atenção.
do ponto de vista das salutares regras de
Europeia concedeu ao CEN (Comité Europeu
concorrência, quer pelas implicações na se-
de Normalização) mandato para a prepara-
gurança dos utilizadores.
ção de uma norma para a melhoria da segu-
1.2. Modernizações/Reparações
Esta é a área de atividade onde a falta de re-
rança dos elevadores existentes, que viria a
gulação mais se faz sentir. Tal situação que
1.3. Assistência técnica/manutenção
já era suficientemente difusa em termos
As questões da manutenção estão hoje
de processo e de responsabilidade, assu-
suportadas no Decreto-Lei n.o 320/2002.
Esta norma, EN 81-80:2003, viria a ser
me com o advento dos ascensores modelo
Pese embora o esforço meritório de algu-
conhecida pelo acrónimo de SNEL (Safety
uma particular acuidade. Questões como
mas entidades – Empresas (EMAs), Enti-
Norm for Existing Lifts).
as que resultam da intervenção sobre com-
dades Inspetoras (Eis), Câmaras Municipais
ponentes de segurança (de acordo com o
(CM), e outras – a verdade é que os grandes
O que é a SNEL?
conceito da Diretiva) de ascensores modelo
objetivos desta legislação não foram atingi-
Partindo da constatação de que uma par-
são críticas, exigindo por isso uma resposta
dos. As Inspeções periódicas, peça nuclear
te significativa do parque existente, mais
das autoridades, que impeça uma completa
como garante da segurança das instala-
de 50%, tem 30 ou mais anos e tendo em
perversão dos critérios de segurança sub-
ções, ficaram muito aquém do esperado.
conta a natural evolução do estado de arte,
jacentes à aplicação das Diretivas.
ser publicada em 2003.
chegou-se à conclusão de que existem mais
É hoje, um dado adquirido que o número de
de 70 pontos críticos, que correspondem a
Do nosso ponto de vista, qualquer interven-
IPs realizadas, não ultrapassa os 50-60%
outras tantas situações de risco, que afe-
ção sobre ascensores modelo que tenha
do parque, sem esquecer a complexa situa-
tam esses equipamentos. Todavia, reconhe-
que ver com componentes de segurança ou
ção resultante de grande número de reins-
cendo-se que as condições do parque são
outros que possam afetar funções de segu-
peções, que ou não se realizam nos prazos
diferentes de país para país e que as realida-
rança do equipamento só poderá ter um de
legais ou pura e simplesmente não se rea-
de económico-social são distintas, a norma
dois caminhos: ou se substitui o componen-
lizam, deixando fora do processo as situa-
contém em si mesmo os mecanismos para
te por outro igual, ou se se verificar qual-
ções mais problemáticas, gerando uma teia
a adaptação a cada país. Cada país decidi-
quer alteração tal implicará a necessidade
complexa de problemas no âmbito comer-
rá, as suas medidas, quais a prioridades e
de validação por organismo notificado.
cial, em benefício do infrator e agravando o
os respetivos calendários. O mapa a seguir
risco para os utentes.
ilustra a situação de aplicação da SNEL na
De igual modo, a modernização das unida-
Europa, encontrando-se Portugal no lote
des instaladas antes da entrada em vigor da
O diploma apresenta algumas fragilidades,
de países em que pouco ou nada foi feito no
Diretiva Ascensores, está pouco clara, exis-
a que a descentralização pelas Câmaras
sentido da sua aplicação.
elevare 23
Legislação
›
Construção de uma base de dados que
institucionalize a obrigatoriedade do registo de todas as unidades, conferindo-lhe as valências necessárias para uma
correta identificação do parque de elevadores, suas caraterísticas, legislação
aplicável, controlo de IPs, entre outros.
2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela
›
Regulação do processo de IPs, estabelecendo os procedimentos a adotar e
definindo regras e instrumentos a utilizar nas inspeções sem esquecer as
disposições relativas às garantias de
mobilidade segura para os portadores
de deficiência;
›
Reforço do papel das auditorias às entidades envolvidas, empresas e entidades inspetoras;
›
A cor significa: Standard EN 81/80 foi implementada através de uma lei nacional, incluindo uma posição
definida de filtragem SNEL (definindo as medidas a serem adotadas, incluindo um calendário).
Criar/institucionalizar mecanismos de
intervenção imediata sempre que se verifiquem situações e comportamentos
que ponham em causa a segurança dos
Esta cor significa legislação nacional ou diretrizes a serem preparadas.
utilizadores ou comportamentos ética/
/profissionalmente reprováveis.
Esta cor significa: um progresso muito lento ou nada foi feito até agora ou nenhuma informação foi
recebida/disponibilizada para uma implementação do EN81/80.
3. CONCLUSÕES
Do que fica dito, é lícito retirar um conjunto
Recolha e divulgação oficial das es-
de ideias força que na nossa opinião deve-
Que podemos esperar nos próximos tem-
tatísticas do parque de equipamentos
rão estar na base de um plano de ação para
pos? De forma telegráfica poderemos sin-
em exploração e em particular dos
os tempos que se avizinham:
tetizar as expetativas do setor em 3 gran-
acidentes;
›
2. EXPETATIVAS DO SETOR
›
A revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002
Cumprimento das exigências legais e
como peça nuclear, para melhorar a
2.1. Melhoria da segurança;
regulamentares de mobilidade segura
qualidade do parque instalado e reforçar
2.2. Reforço do controlo/fiscalização e re-
para todos, incluindo os portadores de
des áreas:
›
gulação da atividade;
deficiência.
a confiança dos proprietários e utentes;
›
A DGEG deve assumir uma liderança
clara e efetiva de todo o processo, cha-
2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela.
2.2. Reforço do controlo/fiscalização
mando ao mesmo os meios humanos
Apresentamos na continuação as medidas
e regulação da atividade
necessários, contando para tal com a
que consideramos indispensáveis em cada
›
cooperação da indústria, em benefício
uma das vertentes, pese embora possamos
considerar que as mesmas se entrecruzam
Alargamento do processo de IPs, cobrin-
do consumidor;
do o universo de unidades instaladas;
›
Adoção de medidas de salvaguarda que
›
As medidas de melhoria da segurança
garantam o normal funcionamento das
tipificadas na SNEL devem ser prioriza-
regras da concorrência, nomeadamente:
das e calendarizadas, processo este que
-
Processos de apoio à cobrança de
deve ser instituído através de um ade-
Nesta matéria consideramos prioritárias as
serviços prestados, naturalmente
quado instrumento legal. Este processo
seguintes medidas:
com a salvaguarda dos legítimos
deve ser desenvolvido com a participa-
direitos dos proprietários;
ção das associações do setor bem como
Acesso a documentação, informa-
de outros intervenientes, nomeadamen-
dades do setor, conferindo às IPs um pa-
ção técnica e ferramentas neces-
te em representação dos consumidores;
pel fundamental como garante das con-
sárias e/ou componentes, que per-
dições de segurança dos equipamentos;
mitam o exercício da atividade de
no seu espírito e letra com total respei-
Regulamentação da SNEL, definindo-se
manutenção de forma séria e res-
to pela segurança dos utilizadores, no-
quais as medidas a adotar e respetivos
ponsável, garantindo a segurança
meadamente das pessoas portadoras
calendários;
dos utilizadores;
de deficiência.
entre si. Vejamos:
2.1. Melhoria da segurança
›
Revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002,
por forma a adequá-lo às reais necessi-
›
24
elevare
-
›
A legislação existente deve ser aplicada
Dossier: eficiência energética
Eficiência energética
F. Maurício Dias
Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior
de Engenharia do Porto, Fundação Politécnico do Porto
SUMÁRIO
A eficiência energética é uma preocupação
crescente na sociedade face a questões
económicas e ambientais. É nesse cenário
que o setor da elevação se insere e, também, deve responder afirmativamente ao
desafio ultrapassando as barreiras existentes e aproveitando as oportunidades que
vão surgindo com vista a contribuir para o
© Gideon Tsang
bem comum através de adoção de medidas
de promoção da eficiência energética.
PALAVRAS CHAVE
Eficiência energética, desenvolvimento sus-
das suas reservas mundiais. Muito em-
final do século XX através da constatação
tentável, elevadores, diretivas comunitá-
bora, nos nossos dias se fale e se aposte
que todo o desenvolvimento económico
rias, modo standby, modo funcionamento.
nas energias renováveis como a solar e a
terá de estar suportado num equilíbrio eco-
eólica, estas apenas servem de comple-
lógico/ambiental e garantir a manutenção
mento a formas de produção de energia
da qualidade de vida das populações. A de-
1. INTRODUÇÃO
mais intensivas. Outro problema associado
finição mais usada para o desenvolvimento
Sempre que desenvolvemos qualquer ta-
à utilização dos combustíveis fósseis para
sustentável [1] é:
refa, tal como: ver televisão, utilizar um
produção de energia está relacionado com
›
computador, utilizar um veículo motori-
o aumento da concentração de dióxido de
fazer as necessidades da geração atu-
zado, utilizar uma caixa automática para
carbono na atmosfera, agravando o efeito
al, sem comprometer a capacidade das
consulta do saldo de uma conta bancária,
de estufa e tendo como consequência o
gerações futuras de satisfazerem as
utilizar o elevador para sair de casa... esta-
aquecimento global do planeta que arrasta
suas próprias necessidades, significa
mos a consumir energia. Este simples ato
uma série de outros problemas para todos
possibilitar que as pessoas, agora e no
diário, embora passe quase despercebido,
os seres vivos.
futuro, atinjam um nível satisfatório de
O desenvolvimento que procura satis-
desenvolvimento social e económico e
está presente no nosso trabalho, na nossa
casa, nos transportes, no nosso conforto,
Perante esta situação estamos num dilema:
de realização humana e cultural, fazen-
ou seja, no nosso modo de vida. Esta depen-
ou abrandamos o consumo e hipotecamos
do, ao mesmo tempo, um uso razoável
dência faz com que a energia, nas suas mais
o nosso modo de vida, ou continuamos a
dos recursos da terra e preservando as
diversas formas, constitua algo de extrema
consumir para manter o estado atual e pro-
espécies e os habitats naturais.
importância para a sociedade atual e cujo
vocamos o colapso do planeta. Certamente
consumo tendencialmente se acentua fruto
a realidade não possui só duas faces, são
Ou seja, não devemos consumir os recur-
do desenvolvimento económico, da procura
possíveis outras saídas para o problema
sos naturais numa taxa superior à taxa de
de maior conforto por parte da população e
que satisfaçam todas as partes.
renovação desses recursos de modo a evitar o seu esgotamento.
do aumento demográfico da mesma.
No entanto, há o reverso da medalha. A
2. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A forma de atingir o desenvolvimento sus-
maior parte da energia utilizada provém
A resposta a este problema está certamen-
tentável a nível energético assenta em três
dos combustíveis fósseis, tais como o pe-
te na definição e aplicação de políticas que
vetores complementares [2], ou seja:
tróleo, o carvão e o gás o que representa
tenham por base o conceito de desenvolvi-
›
uma grande preocupação face à diminuição
mento sustentável. Este conceito surge no
Intensificação da eficiência energética e
da cogeração;
elevare 25
Dossier: eficiência energética
›
Aumento das energias renováveis;
que podem (e devem) ser implementadas e
›
Fixação de dióxido de carbono.
cujos resultados são facilmente visíveis em
variação de velocidade por variação de
frequência;
termos económicos. As medidas a adotar
b) Utilização de motores de alto rendi-
No caso dos ascensores, e considerando
podem-se agrupar atendendo ao estado do
mento (Classe IE 3) ou muito alto rendi-
o elevado número de unidades em todo o
elevador, em modo standby e em modo de
mundo, segundo [3], na União Europeia, o
funcionamento.
consumo dos motores elétricos dos eleva-
mento (Classe IE 4);
c) Aplicação de variadores de velocidade
por variação de frequência a elevado-
dores/escadas mecânicas/tapetes rolantes
O modo standby é responsável por um
é de 11% do consumo de energia elétrica
consumo assinalável do equipamento, e
no setor terciário. Este facto revela que
em equipamentos com baixa utilização
a aplicação de técnicas que promovam a
pode ultrapassar 50% do consumo do
eficiência energética destes equipamentos
elevador. Por este facto deve ser dada
possui resultados extremamente motiva-
muita atenção a este estado quando pre-
Outras medidas de caráter mais geral tam-
dores para a redução dos consumos e com
tendemos tornar o elevador mais eficiente
bém devem ser adotadas para melhorar a
reflexos significativos na redução (indireta)
energeticamente. As principais medidas a
eficiência energética. Dessas medidas des-
de emissões de CO2.
tomar devem incidir em:
tacam-se:
a) Comando do Ascensor: mesmo com o
a) Tornar o elevador mais "leve" através
Com vista a promover uma drástica redu-
elevador parado há diversos equipa-
da utilização de novos materiais para
ção de emissões de CO2, e dar cumprimen-
mentos a consumir energia (autómato,
que a máquina possa ter uma potência
transformadores, ...);
to ao Protocolo de Kioto, a União Europeia
emanou Diretivas que, direta ou indireta-
b) Displays nos patamares: lâmpadas ou
mente, abordam o tema da utilização de
segmentos continuamente ligados:
energia. As Diretivas mais relevantes são:
c) Painel de botoeira de cabina: situação
idêntica à dos displays nos patamares;
Diretiva 2002/91/CE de 16 de dezembro
res com máquinas de 1 ou 2 velocidades;
d) Utilização de variadores eletrónicos de
velocidade com regeneração.
inferior;
b) Sistema de arrefecimento da casa de
máquinas controlado por termóstato;
c) Nos ascensores com casa das máquinas, instalação de luminárias de baixo
de 2002 - "EPB - Energy Performance of
d) Variador de frequência: quando o as-
Buildings" (Desempenho Energético de Edi-
censor é dotado de um sistema de va-
fícios), transposta parcialmente para o di-
riação de frequência, o variador estará
d) Prever luminárias de baixo consumo
reito nacional pelo Decreto-Lei n.o 78/2006
sempre ativo, mesmo quando o ascen-
nos patamares, podendo o seu coman-
de 04 de abril, e a Diretiva 2005/32/CE de
sor não se encontra em movimento;
do ser efetuado por sensores de movi-
06 de julho de 2005 – “EuP – Energy Using
e) Cortina foto-elétrica ou célula foto-elétrica: continuamente ativo;
Products” (Requisitos de conceção ecológica dos produtos que consomem energia).
f)
Luz de cabina: em muitos ascensores,
consumo na casa de máquinas do ascensor;
mento;
e) Instalação de luminárias de baixo consumo na caixa do ascensor.
além de possuir iluminação incandescente, está permanentemente ligada;
Ambas as Diretivas não referem explici-
Contudo, é importante ter em atenção que
tamente os ascensores quando se aborda
g) Motor da porta de cabina: sempre em
a preocupação com a eficiência energética
a temática do aumento da eficiência ener-
carga, para garantir que a porta de ca-
deve estar presente em todas as fases do
gética. Na Diretiva EPB são referidos es-
bina se mantém fechada;
produto, assim desde a conceção, venda
sencialmente equipamentos técnicos dos
h) Dispositivo de excesso de carga: siste-
edifícios como sistemas de aquecimento,
fício), utilização, manutenção e abate deve-
Extrator instalado no teto da cabina:
mos garantir que tudo foi feito de forma a
temas de isolamento térmico dos edifícios.
quando existe, em certos casos, pode
minimizar o consumo de energia.
Na EuP, por sua vez, também não se indi-
estar permanentemente ligado;
climatização e iluminação, bem como sis-
cam especificamente os ascensores, em-
i)
(adequação do equipamento ao tipo de edi-
ma continuamente ligado;
j)
Sistema de comunicação bidirecional:
bora sejam referidos por exemplo motores
para os ascensores instalados ao abri-
4. PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA –
elétricos, que farão parte integrante de um
go da Diretiva Ascensores a sua instala-
DIFICULDADES/DESAFIOS
ascensor. Em Portugal, o Sistema de Cer-
ção é obrigatória. É um dispositivo que
Nos nossos dias, a preocupação com a efici-
tificação Energética de Edifícios também
deve estar permanentemente ativo,
ência energética nos equipamentos de ele-
não contempla os ascensores com vista à
logo possui um consumo permanente.
vação é algo que começa a dar os primeiros
classificação energética do edifício, o que
passos, logo, a quebrar diversas barreiras
se revela uma lacuna importante e que
Quanto ao modo de funcionamento, tradi-
típicas da mudança. Salvo raras exceções,
urge corrigir.
cionalmente, somos mais sensíveis ao seu
as principais barreiras que se podem apon-
consumo quando comparado com o modo
tar estão associadas a:
standby. Aqui, as medidas a implementar
a) Pouca sensibilidade dos intervenientes
3. SOLUÇÕES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS
poderão incidir nos seguintes aspetos:
no mercado para as questões da efici-
Com vista a potenciar a eficiência energética
a) Utilização de máquinas sem redutor de
ência energética;
dos elevadores existem diversas medidas
ímanes permanentes com controlo por
26
elevare
b) Desconhecimento das tecnologias que
© Sancho McCann
Dossier: eficiência energética
permitem promover a eficiência ener-
finir a metodologia de certificação
das de promoção da eficiência energética
gética dos ascensores;
energética dos elevadores (a Norma
no setor é um dever moral para com as ge-
c) O Sistema Nacional de Certificação
alemã VDI 4707:2009 – Ascensores
rações futuras que todos temos de assumir
Energética e da Qualidade do Ar Interior
– Eficiência Energética (2009), define
e que a ELEVARE está a dar o primeiro passo
a metodologia);
destacando este tema na sua primeira pu-
nos Edifícios (SCE) não contempla os
ascensores;
d) Os fabricantes/instaladores, na grande
d) Alterações nos regulamentos:
a.
maioria dos casos, desconhece o com-
sentação da classificação energéti-
portamento energético dos equipamentos;
e) Utilização de tecnologias mais baratas
e menos eficientes;
f)
Quem adquire o equipamento, normal-
blicação.
Exigência, no ato da venda, de apre-
b.
ca do ascensor;
6. BIBLIOGRAFIA
Nas remodelações exigir que as
[1]
Report of the World Commission on Environ-
alterações sejam realizadas obser-
ment and Development, United Nations, Au-
vando-se as melhores práticas de
gust de 1987;
eficiência energética.
[2] Manual de Boas Práticas de Eficiência Ener-
mente, não é o cliente final, logo, no ato
e) As empresas de maior dimensão já apre-
gética, ISR – Departamento de Engenharia
da compra, a sua maior preocupação é
sentam soluções energeticamente mais
Eletrotécnica e de Computadores da Univer-
o preço;
eficientes o que faz com que o mercado
sidade de Coimbra, novembro 2005;
g) A eficiência energética dos equipamen-
tendencialmente as acompanhe.
tos não é um fator que pese na escolha
[3] Ferreira, F.; Coelho, D.; “Otimização de Sistemas Elétricos de Força Motriz", Revista Manu-
do equipamento, concorre com outros
tenção, n.o 85, 2005;
fatores mais valorizados (conforto, es-
5. CONCLUSÕES
tética, ...);
[4] Diretiva 1995/16/CE do Parlamento Europeu
As principais conclusões relativas ao tema
e do Conselho de 29 de junho de 1995 – Di-
h) Não existe uma norma europeia ou na-
da eficiência energética não são novas e
retiva Ascensores. Jornal Oficial das Comuni-
cional que defina os critérios com vista
aparecem numa perspetiva muito abran-
à determinação da classe energética
gente a nível global. A União Europeia, atra-
[5] Diretiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu
dos ascensores.
vés da publicação de Diretivas, pretende
e do Conselho de 16 de dezembro de 2002
colocar os seus membros numa posição
– EPB – Energy Performance of Buildings –
No entanto, existem outros aspetos que
ativa face a estas questões. O caso dos
Desempenho Energético de Edifícios. Jornal
podem ser considerados com vista a pro-
elevadores é uma peça deste puzzle com-
Oficial das Comunidades Europeias;
mover a aplicação de técnicas e tecnolo-
plexo mas com grande relevância face ao
[6] Diretiva 2005/32/CE do Parlamento Euro-
gias ao nível da eficiência energética des-
número de equipamentos instalados, o que
peu e do Conselho de 06 de julho de 2005
tacando-se:
representa uma fatia significativa nos con-
– EuP – Energy Using Products – Requisitos
a) O aumento crescente do preço da ener-
sumos de energia elétrica. No entanto, vá-
de Conceção Ecológica dos Produtos que
rios fatores, nomeadamente económicos e
Consomem Energia. Jornal Oficial das Comu-
gia elétrica;
dades Europeias;
b) Incentivos à adoção de medidas que vi-
desconhecimento técnico, levam a que haja
sem o fomento da eficiência energética;
alguma dificuldade na implementação das
[7] Norma Alemã VDI 4707:2009 – Ascensores
c) Adoção/criação de normas euro-
medidas. Independentemente de questões
– Eficiência Energética (2009), Verein Deuts-
peias ou nacionais com vista a de-
técnicas e económicas, a adoção de medi-
cher Ingenieure (VDI).
nidades Europeias;
elevare 27
Dossier: eficiência energética
Regeneração…
O que é e como funciona
Carlos Dias Gens
Jorge Miguel Vasconcelos
Pinto & Cruz elevadores e instalações
A regeneração é uma das tecnologias
mais recentes para fazer frente à
escalada dos preços da energia. Esta
tecnologia permite utilizar a energia
inercial proveniente da mecânica do
elevador, escadas e tapetes rolantes
e reaproveita-la colocando-a na rede
elétrica do edifício.
Nos elevadores elétricos, sendo nestes
que se conseguem melhores resultados,
a instalação de quadros de comando com
variadores/conversores de frequência ou
a adaptação ao comando existente de kits
de variação de frequência tornou-se já uma
variadores têm de ter a mesma potência e
a vários variadores de frequência com a
técnica usual para a redução do consumo
essa situação por vezes não existe.
vantagem de podermos no mesmo grupo
energético do elevador, do desgaste mecâ-
de elevadores interligar vários equipamen-
nico das máquinas de tração e melhorar o
Com o aparecimento dos variadores re-
tos de potências diferentes e, até mesmo,
conforto dos passageiros nas deslocações
generadores, ou seja unidades que têm a
de marcas diferentes.
da cabina.
função de controlar o motor e aproveitar
a energia que este produz quando está a
Apesar de todas as vantagens existentes ao
frenar colocando-a na rede elétrica, a ques-
ENTÃO COMO FUNCIONA A REGENERAÇÃO
nível da redução de consumo de energia, ao
tão acima descrita fica solucionada, mas
EM GRUPO?
utilizar a variação/conversor de frequência
o enorme custo por unidade desencoraja
Todos os quadros de comando de elevado-
nos elevadores, escadas e tapetes rolantes,
qualquer um, o que levou a Pinto & Cruz a
res, escadas e tapetes rolantes equipados
era do conhecimento geral que existia uma
procurar outra solução.
com variação de frequência têm incorpora-
percentagem de energia que era desper-
do resistências de frenagem cuja função é
diçada em forma de calor dissipada pelas
Essa solução apareceu mais recentemente
dissipar a energia produzida pelo motor da
resistências de frenagem dos variadores,
sobre a forma de uma unidade regenerado-
máquina de tração durante o seu funciona-
resultante do controlo de velocidade do
ra universal, que é composta por um inver-
mento nos momentos de frenagem e que,
elevador (frenagem). Uma das formas de
sor e uma reatância que além da função de
nesse instante, está a ser devolvida ao va-
aproveitar essa energia é interligar os bar-
filtro faz a leitura da sequência de fases, o
riador de frequência. Como este não tem
ramentos dos variadores/conversores de
que permite a ligação em paralelo com a
a capacidade de a devolver à rede, o que
forma que se um elevador estiver a frenar,
rede sem o menor problema para esta.
aumentaria substancialmente a energia no
o outro possa estar a aproveitar a energia
barramento com todos os inconvenientes
para tracionar a cabina, mas apesar de ser
Apesar de ser uma solução versátil, conti-
que daí advém, o variador envia automati-
uma situação interessante em especial por
nua a ser uma solução extremamente dis-
camente essa energia excedente para as
ser uma solução relativamente barata, esta
pendiosa quando colocada unitariamente
resistências de frenagem que a dissipa em
solução é pouco eficiente porque é preciso
por elevador. A solução encontrada pela
forma de calor.
que os elevadores estejam a funcionar em
Pinto & Cruz para contornar esta situação
condições inversas ao mesmo tempo, ou
foi, como se diz na linguagem popular, “divi-
Com a presença de uma única unidade re-
seja um a frenar e o outro a utilizar essa
dir o mal pelas aldeias”, ou seja pegar numa
generadora, temos a possibilidade de a li-
energia. A outra condição é que todos os
unidade regeneradora e ligar essa unidade
garmos em grupo entre vários variadores/
28
elevare
Dossier: eficiência energética
conversores de frequências dos distintos
do consumo de energia em -30% no seu
elevadores, que automaticamente moni-
conjunto. Após a instalação do regenerador,
toriza a existência de excedente de energia
foi novamente monitorizada a instalação no
derivado das suas manobras e que seriam
mesmo intervalo de tempo e verificou-se
dissipadas pelas resistências de frenagem e
que a energia devolvida à rede era cerca de
reenvia essa energia para a rede elétrica do
17% que adicionado à redução de consumo
edifício perfeitamente limpa.
de energia pela instalação dos conversores
de frequência concluiu-se que por cada ano
A primeira instalação deste equipamento
de consumo energético do grupo dos sete
com o conceito acima descrito foi executa-
elevadores, o equivalente a 2 (dois) meses
da pela Pinto & Cruz no Hospital Sra. da Oli-
são devolvidos à rede e dado que se trata de
veira em Guimarães, no qual utilizamos os
um unidade de saúde cujo tráfego é relati-
sete elevadores existentes com potências
vamente elevado o retorno do investimento
de 11 kW cada e interligamos em paralelo
será inferir a 5 (cinco) anos.
todos os variadores de frequência a um regenerador de 45 kW.
Em conclusão, a instalação de sistemas de
regeneração de energia em elevadores,
escadas e tapetes rolantes, além de mais
ecológicos são economicamente vantajo-
A LIGAÇÃO DO REGENERADOR PODE SER
FEITA DE DUAS FORMAS:
programada para enviar para a rede um ní-
sos essencialmente em edifícios de médio e
Através da saída da resistência de frena-
vel inferior àquele a que o conversor está
alto tráfego tais como hotéis, hospitais, edi-
gem, controlada pelo variador, e a outra
programado para enviar para a resistência
fícios de serviços, centros comerciais, aero-
através da ligação do barramento direta-
de frenagem.
portos e similares. Esta condição é fundamental para o aproveitamento energético,
mente, sendo aí o regenerador o principal
elemento no controlo da energia existente
Nesta instalação foram utilizados um con-
dado que a energia que retorna se não for
no barramento, neste caso dos sete varia-
junto de 7 (sete) ascensores equipados de
utilizada pelos equipamentos de elevação é
dores existentes.
origem com máquina assíncrona com redu-
utilizada por outros equipamentos que na-
tora, dos quais apenas 2 (dois) já estavam
quele momento estejam ligados na coluna
A configuração utilizada no Hospital Sra.
equipados com comandos com controlo
de alimentação do edifício.
da Oliveira em Guimarães foi a segunda,
por variação de frequência, sendo os res-
uma vez que esta nos permite manter as
tantes de duas velocidades. Foi colocado
Cada vez mais se verifica que existem en-
resistências de frenagem presentes e em
um contador energético à entrada da insta-
tidades sensíveis às questões ecológicas,
caso de um possível bloqueio da unidade
lação antes de se proceder à remodelação
às poupanças energéticas e à renta-
regeneradora os elevadores continuam a
e monitorizado num período de tempo de-
bilidade
funcionar normalmente e sem qualquer
finido. Após a instalação de variadores de
mostrando-se recetivas às novas soluções
problema. Apesar das resistências estarem
frequência nos restantes cinco elevadores,
que o mercado vai oferecendo nesta área a
presentes, estas nunca irão dissipar a ener-
procedeu-se novamente à monitorização
que a Pinto & Cruz elevadores e instalações,
gia em excesso, salvo em caso de anomalia
da contagem energética no mesmo inter-
tem-se mantido pioneira na oferta das mais
da unidade regeneradora, porque esta está
valo de tempo e constatou-se uma redução
diversas soluções inovadoras.
dos equipamentos instalados,
elevare 29
Dossier: eficiência energética
Eficiência Energética em Elevadores
e Escadas Rolantes na União Europeia
– Projeto E4
Aníbal de Almeida e João Fong
ISR – Universidade de Coimbra
INTRODUÇÃO
Atualmente existem cerca de 4,8 milhões
de elevadores, bem como cerca de 75 mil
escadas e tapetes rolantes instalados por
toda a União Europeia dos 27. Todos os
anos, 115 mil novos elevadores e 3,5 mil
escadas rolantes são colocados em fun-
Figura 1. Distribuição de elevadores por setor.
cionamento. Tendo em conta as tendências
demográficas, bem como uma necessidade
crescente por conveniência, é esperado que
de associações nacionais de elevadores e
tributo para melhorar a compreensão do
o número de elevadores e escadas rolan-
escadas rolantes da Associação Europeia
consumo de energia e eficiência energética
tes instalados mundialmente aumente, tal
de Elevadores (ELA) de 19 países europeus
de elevadores e escalas rolantes na Euro-
como na Europa. O consumo energético
– Alemanha, Áustria, Bélgica, República
pa. Os objetivos desta campanha foram a
dos elevadores estima-se atualmente em
Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Gré-
ampliação da base empírica do consumo de
3 a 5% do consumo global de um edifício
cia, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Polónia,
energia de elevadores e escadas rolantes,
[1] [2]. Cerca de um terço do consumo fi-
Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, No-
fornecer dados de monitorização disponí-
nal de energia na Comunidade é utilizado
ruega e Suíça. O objetivo deste inquérito foi
veis publicamente e encontrar dicas para
no setor terciário e residencial, sobretudo
a caraterização dos equipamentos instala-
configurações de sistemas de elevada efi-
em edifícios. Devido à crescente exigência
dos, de acordo com as suas caraterísticas
ciência. O número inicial de instalações a
de conforto, o consumo de energia em edi-
tecnológicas básicas e o tipo de edifício
serem monitorizadas no âmbito deste Pro-
fícios registou recentemente um aumento
onde estão instalados. De acordo com os
jeto era de 50 mas, no final, 74 elevadores
significativo, sendo este um dos principais
resultados do inquérito existem cerca de
e 7 escadas rolantes, isto é, um total de 81
motivos que levaram a uma maior quan-
4,5 milhões de elevadores instalados nos
instalações, foram analisadas nos quatro
tidade de emissões de CO2. Existem, neste
19 países pesquisados. A Figura 1 mostra a
países em estudo: Alemanha, Itália, Polónia
setor, elevados potenciais de poupança
distribuição, por setor, dos elevadores ins-
e Portugal.
inexplorados em equipamentos energica-
talados em cada um dos países estudados.
Foi feito um esforço para selecionar eleva-
mente eficientes, decisões de investimento
e abordagens comportamentais. O Projeto
Nos países estudados, os elevadores re-
dores com diferentes idades e utilizando di-
E4 teve como objetivo melhorar o desem-
sidenciais representam, de longe, o maior
ferentes tecnologias de forma a permitir a
penho energético dos elevadores e escadas
grupo com cerca de 2,9 milhões de eleva-
comparação da performance de uma vasta
rolantes, nos edifícios do setor terciário e
dores em utilização. Segue-se o setor ter-
gama de elevadores com diferentes cara-
nos edifícios residenciais multi-familiares.
ciário com cerca de 1,4 milhões de elevado-
terísticas.
Este artigo tem como objetivo apresentar
res instalados e no setor industrial existem
os principais resultados do projeto.
apenas 180 mil elevadores.
A Figura 2 mostra a segmentação das unidades monitorizadas pelo tipo de tecnologia utilizada.
MERCADO EUROPEU DE ELEVADORES E
CONSUMO DE ENERGIA DOS ELEVADORES E
ESCADAS ROLANTES
ESCALAS ROLANTES
Foi utilizada uma metodologia comum a
Como parte do Projeto E4 foi realizado um
Uma campanha de monitorização foi rea-
todos os parceiros para garantir a repe-
inquérito com a colaboração dos membros
lizada no âmbito do Projeto E4 como con-
tibilidade das medições [3]. Esta metodo-
30
elevare
Dossier: eficiência energética
solas operacionais, em cada piso e dentro
da cabine do elevador, utilizados. Nos elevadores analisados, a gama de potência varia
entre 15 W e 710 W.
A importância relativa do consumo em
standby varia entre 5% a 95%. Esta diferença surge sobretudo pela existência
de diferentes perfis de utilização (quanto
maior o número de viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo), mas
também pela diferença nos valores medidos de consumo em viagem e em standby.
Figura 2. Instalações monitorizadas por um tipo de tecnologia.
Combinando os resultados do inquérito de
mercado e da campanha de monitorização,
foi feita uma estimativa da energia utilizada
nos elevadores europeus.
A Figura 7 mostra uma estimativa do consumo de energia dos elevadores europeus
em funcionamento e em standby, no setor
residencial e terciário. Embora haja um número menor de elevadores instalados no
setor terciário, os seus consumos de energia são muito maiores do que no setor residencial, devido à sua utilização mais intensa.
A energia elétrica total consumida pelos eleFigura 3. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor ter-
vadores estima-se em 18,4 TWh, dos quais
ciário [mWh/kg.m].
6,7 TWh no setor residencial, 10,9 TWh no
setor terciário e apenas 810 GWh no setor
industrial.
logia descreve a medição da energia elé-
Os valores medidos da potência em standby
Como pode ser visto, o consumo de energia
trica consumida durante um período de
também apresentam uma grande variação.
eléctrica em standby representa uma parte
utilização normal de elevadores, escalas
Este consumo em standby deriva dos siste-
importante do consumo total de eletricida-
e tapetes rolantes. Em particular é feita
ma de controlo, iluminação, displays e con-
de, sobretudo em elevadores instalados no
a distinção entre o consumo em funcionamento e em standby nos equipamentos
analisados.
O consumo total de energia para um ciclo
completo é influenciado por numerosos
fatores internos, como o consumo do sistema de controlo, o conversor de frequência,
equipamento auxiliar, aceleração e desaceleração para nomear apenas alguns, mas
também varia com a carga e especialmente
com o comprimento do poço do elevador,
tornando difícil a comparação direta dos
valores de consumo de um ciclo durante
a fase de funcionamento. Por esta razão,
uma abordagem normalizada, utilizando o
consumo específico em viagem em mWh/
Figura 4. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor residencial
(kg*m), pode facilitar a comparação.
[mWh/kg.m].
elevare 31
Dossier: eficiência energética
Figura 7. Consumo anual de energia elétrica nos elevadores, UE-27.
Figura 5. Medição de energia em elevadores em standby no setor terciário.
Figura 8. Proporção do modo standby e modo de
funcionamento em todo o consumo de energia dos
elevadores [4].
custo-eficácia da utilização destas tecnologias;
–
Os sobrecustos de manutenção, como a
mão-de-obra e a substituição de peças,
não foi incluída nos cálculos;
–
Figura 6. Medição da energia em elevadores em standby no setor residencial.
Algumas tecnologias podem aumentar o consumo em standby enquanto
reduzem o consumo durante a fase de
funcionamento. Portanto, a sua aplica-
setor residencial onde o tempo gasto no
ainda não se encontram disponíveis para
ção deve ser cuidadosamente avaliada,
modo standby é maior. A Figura 8 apresen-
comercialização.
caso a caso.
ta a proporção do consumo de energia em
modo de funcionamento e em standby, rela-
No que diz respeito aos valores alcançados
A Figura 9 mostra a estimativa do consumo
tivamente ao total, em elevadores do setor
de potencial de poupança, é importante re-
de energia nos elevadores, de acordo com
residencial e terciário.
ferir que:
os diferentes cenários propostos.
–
O custo inicial das tecnologias utilizadas, sendo uma questão importante
Os resultados mostram que é possível uma
ESTIMATIVA DAS POUPANÇAS ENERGÉTICAS
relativamente a esta aplicação não foi
poupança global de mais de 65%. A redu-
A estimativa de poupanças energéticas em
considerado, não se podendo, por isso,
ção de 10 TWh consegue-se utilizando as
elevadores é feita de acordo com uma me-
retirar conclusões quanto à relação
Melhores Tecnologias Disponíveis e de 12
tolodogia previamente descrita ao assumir
dois cenários: 1. São utilizadas as Melhores
Tecnologias Disponíveis (Best Available
Technologies - BAT), 2. São utilizadas as
Melhores Tecnologias Ainda não Disponíveis (Best Not yet Available Technologies
- BNAT). As Melhores Tecnologias Disponíveis são atualmente os melhores componentes a serem comercializados e as
Melhores Tecnologias Não Disponíveis são
tecnologias em estado-de-arte que têm
sido recentemente desenvolvidas mas que
32
elevare
Figura 9. Estimativa do consumo total de eletricidade em elevadores, de acordo com diferentes cenários.
PUB
TWh quando as tecnologias que estão a ser desenvolvidas
são utilizadas, o que se traduz numa redução de cerca de 4,4
milhões de toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de
CO2eq, respetivamente, com os métodos atuais de produção
de eletricidade.
A poupança no consumo de energia em standby é particularmente notável, mesmo no cenário BAT onde, embora sejam utilizados equipamentos de baixa potência estes estão
sempre ligados, mesmo quando não estão a ser utilizados,
o que é atualmente uma prática comum. A redução da po-
Weidmüller
Weidmüller
tência em standby de mais de 80% é considerada viável
Fontes de Alimentação
Conectores Industriais
com tecnologias “off-the-shelf”. Em particular, a utilização
de iluminação LED pode desempenhar um papel crucial
nesta redução.
CONCLUSÕES
O potencial de redução da energia consumida no modo standby
é uma oportunidade para a eficiência energética que não pode
Weidmüller
Weidmüller
Quadros para Fotovoltaicas
Ethernet/Profibus
ser ignorada: a necessidade energética no modo standby pode
ser reduzida em mais do que 70% se for utilizada a melhor
tecnologia disponível. No entanto, a percentagem do modo
standby nos elevadores representa 5 a 95% do consumo total,
o que é um amplo intervalo. Este amplo intervalo deriva, por
um lado, do padrão de utilização – quanto maior o número de
Carlo Gavazzi
Carlo Gavazzi
viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo
Sensores de Nível
Sensores de Vento
– e, por outro lado, o consumo de energia durante o modo de
funcionamento e o modo de standby é determinado pela tecnologia utilizada e pela sua eficiência energética.
Os resultados da estimativa de poupanças mostram que é
possível uma poupança global de mais do que 65%. A redução de 10 TWh é garantida pela BAT e de 12 TWh na BNAT,
Carlo Gavazzi
Carlo Gavazzi
o que se traduz numa redução de cerca de 4,4 milhões de
Relés de Estado Sólido
Contadores Analógicos e Digitais
toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de CO2eq, respetivamente, uma estimativa com base nos métodos actuais de
produção de energia eléctrica.
REFERÊNCIAS
[1]
Sachs, H. M. “Opportunities for elevator energy efficiency impro-
Schmersal
Schmersal
Autómatos de Segurança
Barreiras de Segurança IP69K
vements”, ACEEE, April 2005. www.aceee.org/buildings/coml_
equp/elevators.pdf;
[2]
E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP3 D3.2-Country reports with the results of the monitoring campaign”, Report
elaborated for the EC, December 2009, www.e4project.eu (documents section);
[3]
Brzoza-Brzezina, Krzysztof (2008): Methodology of energy me-
Enda
Enda
asurement and estimation of annual energy consumption of lifts
Controladores de Temperatura
Potenciometros Digitais
(elevators), escalators and moving walks. Project report of the E4
project. www.e4project.eu (documents section);
[4] De Almeida, A. T., Patrão C., Fong J., Nunes U., Araújo, R. E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP4 D4.2: Estimation of
Savings”, Report elaborated for the EC, December 2009, www.
e4project.eu (documents section).
AVControlo - Material Eléctrico, Lda.
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Dossier: eficiência energética
Normalização sobre eficiência
energética em ascensores
Miguel Leichsenring Franco
Baixo consumo
Eng.o Eletrotécnico,
A
Administrador da Schmitt-Elevadores, Lda
A
B
C
D
1. INTRODUÇÃO
E
A segurança, o conforto e o aproveitamento do espaço são os temas centrais com que
F
a indústria de ascensores normalmente se
G
preocupa. A eficiência energética não era
Alto consumo
discutida até há alguns anos. Contudo, o auFigura 1a.
Figura 1b.
conduziu ao rápido aumento de importân-
Europeia emanou várias Diretivas que se
posta parcialmente para o direito nacional
cia da temática da eficiência energética em
relacionam direta ou indiretamente com a
pelo Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril,
ascensores. Assim, quer para novos ascen-
temática da utilização de energia. As mais
e a Diretiva 2005/32/CE de 06 de julho de
sores quer para ascensores já instalados,
importantes são entre outras, a Diretiva
2005 – “EuP – Energy Using Products” (Requi-
são necessários métodos e procedimentos
2002/91/CE de 16 de dezembro de 2002 -
sitos de conceção ecológica dos produtos
que permitam a determinação e avaliação
“EPB - Energy Performance of Buildings” (De-
que consomem energia)3.
mento substancial do custo da energia elétrica associado à relevância da temática das
alterações climáticas e à sustentabilidade,
da necessidade energética de ascensores e
2
sempenho Energético de Edifícios) , trans-
que possibilitem uma comparabilidade das
diferentes soluções oferecidas pelos fabri-
mente para a ordem jurídica nacional esta
O objetivo desta Diretiva passa pela promo-
Diretiva Comunitária, tendo como finalidade
cantes através de uma identificação fácil,
ção da melhoria do desempenho energético
assegurar a aplicação regulamentar, nome-
uniforme e normalizada da classe de efici-
dos edifícios na Comunidade, tendo em conta
adamente no que respeita às condições de
ência energética.
as condições climáticas externas e as condi-
eficiência energética, à utilização de sistemas
ções locais, bem como as exigências em ma-
de energias renováveis e, ainda, às condições
Este artigo apresentará um breve resumo
téria de clima interior e a rentabilidade eco-
de garantia da qualidade do ar interior, de
de algumas das normas atualmente exis-
nómica. Esta Diretiva estabelece requisitos
acordo com as exigências e disposições con-
tentes ou em fase de elaboração sobre a
em termos de:
eficiência energética em ascensores.
2
a)
enquadramento geral para uma metodologia
tidas em:
a)
tamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) – De-
de cálculo do desempenho energético inte-
creto-Lei 80/2006 de 04 de abril, e
grado dos edifícios;
b)
2. AS NORMAS EXISTENTES
1
Segundo um estudo da União Europeia , o
setor dos edifícios será responsável por
c)
aplicação de requisitos mínimos para o de-
Regulamento das Caraterísticas de Compor-
b)
Regulamento dos Sistemas Energéticos e de
sempenho energético de novos edifícios;
Climatização dos Edifícios (RSECE) – Decreto-
aplicação de requisitos mínimos para o de-
Lei 79/2006 de 04 de abril.
cerca de 40% do consumo total de energia
sempenho energético de grandes edifícios
neste espaço geográfico. Cerca de 70% do
existentes que sejam sujeitos a importantes
consumo de energia deste setor verificar-
obras de renovação;
requisitos comunitários de concepção ecoló-
3
Esta Diretiva cria um quadro de definição dos
-se-á nos edifícios residenciais. Em Portu-
d)
certificação energética dos edifícios;
gica dos produtos consumidores de energia
gal, mais de 28% da energia final e 60% da
e)
inspeção regular de caldeiras e instalações
com o objetivo de garantir a livre circulação
de ar-condicionado nos edifícios e, comple-
destes produtos no mercado interno.
mentarmente, avaliação da instalação de
Prevê ainda a definição de requisitos a obser-
Por forma a dar cumprimento ao Protocolo
aquecimento quando as caldeiras tenham
var pelos produtos consumidores de energia
de Kyoto, no qual se definiu uma drástica
mais de 15 anos.
abrangidos por medidas de execução, com
redução da emissão de CO2, a Comunidade
O Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril –
vista à sua colocação no mercado e/ou co-
Sistema Nacional de Certificação Energética
locação em serviço. Contribui para o desen-
e da Qualidade do Ar (SCE), transpõe parcial-
volvimento sustentável, na medida em que
energia elétrica é consumida em edifícios.
1
34
Ver Diretiva 2002/91/CE de 16.12.2002.
elevare
Dossier: eficiência energética
Os ascensores não são referidos explici-
Contudo a sua adoção falha na falta de co-
energética e uma classificação em ter-
tamente nestas duas Diretivas, quando se
nhecimento e divulgação, bem como na dis-
mos energéticos de ascensores. É atu-
aborda a temática do aumento da eficiência
tribuição dos custos resultantes.
almente a Norma mais utilizada pelos
energética. Na Diretiva EPB são referidos
Um ascensor representa cerca de 3% a 8%
principais fabricantes europeus de as-
essencialmente equipamentos técnicos dos
do consumo anual global estimado de ener-
edifícios como sistemas de aquecimento,
gia elétrica de um edifício, em função da es-
climatização e iluminação, bem como sis-
trutura do edifício, do seu tipo de utilização,
Comité Técnico ISO/TC178 em colabora-
temas de isolamento térmico dos edifícios.
do tipo e da quantidade de ascensores neles
ção com o Comité Técnico CEN/TC10 ini-
Na EuP, por sua vez, também não se indicam
instalados. Este consumo anual de energia
ciou o desenvolvimento da Norma prEN
especificamente os ascensores, embora
elétrica é determinado por três fatores:
ISO 25745:2010.
sejam referidos, por exemplo, motores
a.
o consumo durante o standby5;
elétricos, que farão parte integrante de um
b.
o consumo durante cada manobra;
ascensor.
c.
a frequência de utilização do ascensor.
De acordo com um estudo da S.A.F.E –
O consumo de energia elétrica de um as-
mundo a incluir exigências em termos de
“Agência Suíça para a Utilização Eficiente da
censor é relativamente baixo quando com-
consumo de energia elétrica em ascenso-
Energia”, realizado em 2005, os ascensores
parado com outros equipamentos elétricos
res. A Norma SIA 380/4 “Energia elétrica
podem representar uma parte significativa
instalados num edifício, como os sistemas
em edifícios em altura” descreve, na parte
do consumo de energia num edifício (o con-
de aquecimento, de arrefecimento, venti-
referente a ascensores, baseia-se num es-
sumo energético de um ascensor poder re-
lação e iluminação. Mas perante o elevado
tudo de consumo de energia elétrica de as-
presentar em média 5% do consumo total
número de ascensores instalados num país
censores e os seus potenciais de poupança.
de energia de um edifício de escritórios). Na
(em Portugal estima-se que estejam ins-
Pela primeira vez faz-se referência à impor-
Suíça estima-se que o somatório do consu-
talados mais de 130.000 ascensores) ou
tância que assume o consumo de energia
mo de energia dos cerca de 150.000 ascen-
numa região, o consumo global dos equi-
elétrica em standby em ascensores.
sores instalados represente cerca de 0,5%
pamentos de elevação pode assumir uma
do total de 280 GWh de consumo energéti-
grande relevância.
censores;
–
Em 2010 o grupo de trabalho WG10 do
2.1. A Norma suíça SIA 380/4
A Suíça foi um dos primeiros países do
co do país.
Para a Norma SIA 380/4 foi desenvolvido
um método de cálculo do consumo ener-
Existem várias tentativas nacionais na defi-
gético de um ascensor a partir dos valores
O Projeto E4 – “Energy efficient elevators
nição de Normas que permitam comparar o
de consumo de energia elétrica extremos
and escalators”4 foi concluído em abril de
consumo energético de ascensores e ava-
medidos na manobra à subida e na mano-
2010 e tinha como objetivo a melhoria da
liar a eficiência energética:
bra à descida, ao longo de todo o curso do
eficiência energética de ascensores e esca-
–
ascensor.
Em 2000, em Hong-Kong, foram defini-
das mecânicas em edifícios de serviços e de
das regras para a eficiência energética
habitação.
de ascensores, tendo sido prescritos
Para a determinação do consumo anual de
valores limite para o consumo dos mo-
energia a partir dos valores medidos, é uti-
Como resultado do projeto verificou-se
tores elétricos, em função da velocida-
lizado o seguinte modelo:
que, do ponto de vista técnico, é possível
de e carga nominal dos ascensores;
obter-se uma redução no consumo ener-
–
Em 2005 foi introduzida na Suíça a
EF, a =
ZF * k1 * k2 * hmax * Pm
[Eq. 1]
v* 3600
gético através da adoção de modernas tec-
Norma SIA 380/4 “Energia elétrica em
nologias (máquinas gearless, variadores de
edifícios em altura” que descreve, entre
Legenda:
frequência de última geração, iluminação
outras, as exigências em relação aos
EF,a: consumo de energia para a movimentação da
por intermédio de lâmpadas LED, e outros).
ascensores;
–
ZF: número de manobras por ano;
aumenta a eficiência energética e o nível de
4707 – Parte 1 pela Associação dos En-
k 1:
proteção do ambiente, e permite ao mesmo
genheiros Alemães (Verein Deutscher
tempo aumentar a segurança do forneci-
Ingenieure). É a base para a avaliação
mento de energia.
4
cabina (manobras) [kWh/ano];
Em 2009 (março) foi publicada a VDI
O Projeto E4 foi fomentado oficialmente pela
Comissão Europeia no âmbito do programa
“Intelligent Energy Europe” e foi desenvolvido conjuntamente entre a ELA (European Lift
Association), a Universidade de Coimbra, a
ENEA (Agências de energia italianas), a KAPE
(Polónia) e o Frauenhofer Institut für System- und Innovationsforschung (Alemanha).
5
Estado em que se encontra o ascensor quan-
ascensor elétrico: k1=0,35;
ascensor hidráulico: k1=0,30.
k 2: fator de curso, curso médio/curso máximo:
k 2=1 para 2 pisos;
do não está em movimento (ascendente ou
descendente). O consumo de energia elétrica
de standby é provocado por vários componentes do ascensor, nomeadamente o comando do ascensor, a sinalização (displays)
instalados nos patamares, o variador de
frequência e luz de cabina constantemente
ligada.
fator de carga médio (fator tecnológico):
k 2=0,5 para > 2 pisos.
Hmax: curso máximo, entre piso inferior e piso superior;
Pm: Potência da máquina – indicada na chapa de
caraterísticas [kW];
v:
velocidade [m/s];
1
: tempo de viagem em horas
vx3600
(simplificado)
elevare 35
Dossier: eficiência energética
Este modelo descreve os fatores de carga,
ascensores é o facto de a eficácia desses
do as manobras de abertura e de fecho da
bem como um fator de curso, a partir dos
dados só poder ser verificada após a entra-
porta de cabina.
quais, com a indicação do curso máximo, da
da em funcionamento do ascensor.
potência do sistema de tração e velocida-
Para normalizar o valor do consumo ener-
de do ascensor, bem como do número de
A parte 2 desta Norma, que se encontra em
gético ao longo da manobra de referência,
viagens, é possível calcular o consumo de
preparação, deverá permitir que a classifi-
cria-se uma relação entre a manobra e a
energia anual para movimentação do as-
cação em termos de eficiência energética
carga nominal do ascensor e o seu consu-
censor.
seja possível para os componentes indivi-
mo energético efetivo. Desta forma obtém-
duais do ascensor. O objetivo é o de poder
-se uma dada energia de manobra em
O consumo em standby é determinado a
planear a classe de eficiência energética de
mWh/kgm, que pode ser utilizada para ela-
partir das medições e baseia-se no pressu-
um ascensor através da escolha dos com-
borar a comparação de ascensores com
posto de um funcionamento do ascensor de
ponentes adequados, antes do ascensor ser
diferentes dimensões.
8.760 horas (365 dias x 24 horas) / ano.
instalado.
O número de viagens é determinante para o
A VDI 4707 apresentou novos impulsos
3. A NORMA VDI 4707:2009 PARTE 1
cálculo do consumo de energia do ascensor
para o desenvolvimento de novos produ-
Com a Norma Alemã VDI 4707:2009 – Parte
em movimento. Assim, são considerados
tos mais eficientes energeticamente, sendo
1 pretende-se realizar uma avaliação e clas-
os seguintes valores para o número de via-
a Norma atualmente mais utilizada pelos
sificação universal e transparente da efici-
gens em função do tipo de edifício:
fabricantes europeus de ascensores, pelo
ência energética de ascensores, com base
que a iremos apresentar em mais detalhe
em critérios standardizados.
Tabela 1. Número de viagens por ano, em função do
no ponto 3.
tipo de edifício.
3.1. Os objetivos da Norma:
Tipo de Edifício
Nº de Viagens / Ano
2.3. prEN ISO 25745
Habitação
60.000
A Norma prEN ISO 25745:2010 “Eficiência
universal e transparente da eficiência
Escritórios
200.000
Shopping-Centre
200.000
energética de ascensores, escadas mecâni-
energética de ascensores, baseada em
Hospital
200.000
cas e tapetes rolantes” será constituída por
métodos de cálculo e teste dos seus
Parque Estacionamento
150.000
duas partes: a parte 1 incidirá sobre a de-
Indústria
60.000
terminação e a medição das necessidades
2. Disponibilizar um enquadramento que
energéticas de ascensores e a parte 2 des-
permita incluir a procura de energia de
Para comparar o consumo energético do
creverá a avaliação e as ações a desenvol-
ascensores na avaliação da eficiência
ascensor em movimento e em standby,
ver para aumentar a eficiência energética
energética do edifício e assim selecio-
será calculado o consumo de energia por
de ascensores.
Permitir uma avaliação e classificação
consumos energéticos;
nar os equipamentos mais adequados;
3. Servir de base para um rating energé-
ano para a movimentação da cabina a partir
da equação 1.
1.
Trata-se de uma Norma elaborada como
tico de ascensores no âmbito da efici-
reação ao aumento da necessidade de sal-
ência energética total do edifício, dando
O consumo de energia elétrica determina-
vaguarda e apoio à utilização eficiente e
origem à elaboração de um certificado
do, por viagem e por ano para os ascenso-
eficaz da energia elétrica. Esta proposta de
energético.
res tipificados, permitirá obter uma grande-
Norma apresenta um procedimento unifor-
za da relação energética.
me para a medição do consumo energético
3.2. O âmbito da Norma:
de ascensores, escadas mecânicas e tape-
A Norma aplica-se à avaliação e classifica-
tes rolantes já instalados em edifícios. Isto
ção de novos ascensores de pessoas e de
2.2. A Norma alemã VDI 4707
possibilitará a elaboração de um certifica-
cargas, quanto à sua eficiência energética.
A VDI 4707 é a base para a avaliação ener-
do da conformidade energética de um dado
Pode igualmente ser utilizada para a:
gética e uma classificação em termos
equipamento.
a.
Determinação da eficiência energética
publicada em março de 2009, define um
Trata-se de uma tentativa internacional de
b.
Comprovação dos parâmetros forneci-
procedimento através do qual o ascen-
apresentar um método de medição unifor-
sor no seu todo, dada uma determinada
me do consumo energético para ascenso-
utilização, é classificado de acordo com o
res, escadas mecânicas e tapetes rolantes.
seu consumo energético em standby e em
Ao contrário da VDI 4707, os ascensores
movimento. A VDI 4707 Parte 1 apresenta
não são subdivididos em categorias. O ciclo
3.3. Os valores caraterísticos:
explicitamente a forma como se devem
da manobra de referência é idêntico ao de-
A necessidade energética, isto é, o valor
obter os dados dos consumos energéticos
finido na VDI 4707: uma cabina vazia sobe
esperado de consumo de energia, calcula-
através de medições. Problemático para os
e depois desce ao longo de todo o curso,
do com base em determinadas premissas,
fabricantes e empresas de montagem de
medindo-se o consumo energético, incluin-
pode ser caraterizada com base na:
de ascensores já instalados;
energéticos de ascensores. A Parte 1, já
36
elevare
dos pelos fabricantes de ascensores;
c.
Determinação do consumo energético
estimado.
Dossier: eficiência energética
1.
Necessidade energética de standby e;
Tabela 2. Categorias de Utilização.
2. Necessidade energética de manobra.
Categoria de Utilização
A necessidade energética de manobra é a
1
Intensidade de Utilização muito baixa
2
3
4
5
baixa
média
elevada
muito elevada
Frequência de Utilização muito rara
rara
pontualmente
elevada
muito elevada
Tempo médio de
manobra
(horas / por dia)
0,2 (≤0,3)
0,5 (>0,3-1)
1,5 (>1-2)
3 (>2-4,5)
6 (>4,5)
terminada carga específica.
Tempo médio de
standby
(horas / por dia)
23,8
23,5
22,5
21
18
Dependendo dos valores de necessidade
Tipo de Edifício e de
utilização
Edifício de
habitação
com até 6
apartamentos
Edifício de
habitação
com até 20
apartamentos
Edifício de
habitação
com até 50
apartamentos
Edifício de
habitação com
mais de 50
apartamentos
Pequeno
edifício de
escritórios e
de serviços
com pouco
movimento
Pequeno
edifício de
escritórios e
de serviços
com 2 a 5
pisos
Edifício de
escritórios e de
serviços com
até 10 pisos
Edifício de
escritórios e
de serviços
em altura com
mais de 10
pisos
necessidade energética total do ascensor
durante a manobra para um ciclo de manobras previamente definido e com uma de-
energética, os ascensores são divididos
em classes de necessidade energética de
standby e de manobra.
Estes dois valores de necessidade energética determinam a classe de eficiência
Pequeno Hotel Hotel de
dimensão
média
energética do ascensor, dependendo da sua
intensidade de utilização.
Existem sete classes de necessidade energética e de eficiência energética, represen-
Ascensor
de carga
com pouco
movimento
tadas pelas letras A a G. A classe A representa a menor necessidade energética, e
Ascensor de
carga com
movimento
médio
logo a de melhor eficiência energética.
Edifício de
escritórios e
de serviços
em altura com
mais de 100m
Grande Hotel
Hospital de
pequena
ou média
dimensão
Grande hospital
Ascensor de
carga integrado
no processo
produtivo, com
1 turno
Ascensor de
carga integrado
no processo
produtivo, com
vários turnos
A necessidade energética global de um
As necessidades energéticas de manobra
As necessidades energéticas de manobra
ascensor depende, para além da sua con-
são determinadas para manobras de refe-
determinadas nas manobras de referência
ceção, especialmente da sua utilização. De-
rência utilizando-se cargas individuais com
são divididas pela carga nominal da cabi-
pendente do tipo de edifício, da utilização do
referência à carga nominal de acordo com
na e pela distância percorrida durante a
ascensor e do número de passageiros, são
a seguinte Tabela:
manobra de referência. Para garantir uma
definidas 5 categorias de utilização que diferem entre si devido ao tempo médio de
boa qualidade de dados, as manobras de
referência deverão ser realizadas diversas
Tabela 3. Espetro de Cargas.
manobra diário. Dependendo da parcela
temporal entre a necessidade energética de
vezes.
Carga em % da carga nominal
% de manobras
standby e de manobra, podem ser calcula-
0%
50%
As medições dos valores de consumo de
das várias classes de eficiência energética
25%
30%
50%
10%
energia devem ser feitas a seguir ao inter-
75%
10%
100%
0%
para as 5 categorias de utilização.
Na Tabela 2 são apresentadas as 5 catego-
ruptor principal do circuito de potência e a
seguir ao interruptor para os circuitos de
iluminação.
rias de utilização, os tempos médios de ma-
As manobras de referência são constituí-
nobra e de standby, bem como exemplos
das pelo seguinte ciclo de manobra:
As medições devem ocorrer em condições
de ascensores que se enquadram nessas
1.
Início da manobra de referência com a
reais de funcionamento do ascensor, não
porta aberta do ascensor;
se podendo desligar quaisquer cargas, que
categorias:
2. Fechar a porta do ascensor;
normalmente estejam ativas durante o nor-
3. Viagem para cima ou para baixo utili-
mal funcionamento do ascensor.
3.4. Determinação das especificações e dos
valores caraterísticos
zando todo o curso do ascensor;
4. Abrir e fechar imediatamente a porta do
As necessidades energéticas de standby podem ser determinadas por medição ou pela
ascensor;
5. Viagem para baixo ou para cima utili-
soma dos valores de necessidades energé-
zando todo o curso do ascensor;
3.5. Necessidades energéticas e classes de
eficiência energética
O ascensor é atribuído a uma classe de ne-
ticas individuais, desde que suficientemente
6. Abrir a porta;
cessidade energética tomando por base as
conhecidos.
7.
Tabelas 2 e 3, e de acordo com as necessi-
Fim da manobra de referência.
dades energéticas de standby e de manobra.
As necessidades energéticas de standby
As manobras de referência são somadas
são determinadas 5 minutos após a conclu-
de acordo com o rácio temporal indicado na
As classes de eficiência energética para um
são da última manobra.
Tabela 3.
ascensor são determinadas a partir dos va-
elevare 37
Dossier: eficiência energética
lores de consumo de energia em standby e em manobra, projetando a potência em standby
3.6. Certificado
e a necessidade energética em manobra com os tempos médios de standby e viagem para
Os valores caraterísticos poderão ser final-
a obtenção do consumo diário, de acordo com a Tabela 3 e dividindo o valor obtido pelo
mente apresentados num certificado ener-
número de metros percorridos e pela carga nominal. Obtém-se assim a energia necessária
gético. Apresenta-se um exemplo de um
total específica para o ascensor.
certificado energético para um ascensor já
existente.
Para a atribuição das necessidades específicas de energia a classes de eficiência energética,
os valores limite para a manobra e para as necessidades de standby pertencentes a uma
mesma classe são combinados de acordo com as Tabelas 4 e 5, utilizando-se a seguinte
4. CONCLUSÃO
equação:
Apesar do ascensor ser responsável por
EAscensor, max = Emanobra, max +
uma parte reduzida do consumo global
Pstand-by, max × tstand-by × 1000
[Eq. 2]
Q × vnominal × tmanobra × 3600
anual de energia elétrica de um edifício, o
consumo global de todos os ascensores
instalados num país ou em todo o espaço
Pstandby deverá ser indicado em mW e tmanobra em h.
geográfico da comunidade europeia, aumenta substancialmente a sua relevância.
A eficiência energética de ascensores é um
Tabela 4. Classes de necessidades energéticas – standby.
dos maiores desafios que se coloca à indústria de ascensores, procurando-se atu-
Classes de necessidades energéticas - standby
Potência / Output (W)
≤ 50
≤ 100
≤ 200
≤ 400
≤ 800
≤ 1600
> 1600
almente propor métodos de medição, ava-
Classe
A
B
C
D
E
F
G
liação e classificação, bem como medidas
de ação para reduzir o consumo energético
Tabela 5. Classes de eficiência energética - manobra
numa base normalizada e por todos aceite.
Os ascensores deviam ser incluídos nas
Classes de eficiência energética - Manobra
avaliações indicadas na Diretiva Comuni-
Consumo energético
específico
tária EPB. Dessa forma, o tema eficiência
≤ 0,56
≤ 0,84
≤ 1,26
≤ 1,89
≤ 2,80
≤ 4,20
> 4,20
A
B
C
D
E
F
G
(mWh/(kg.m)
Classe
de uma Norma harmonizada (como é o caso
Figura 2. Certificado energético para um ascensor.
38
elevare
energética conduziria à rápida introdução
das Normas da família EN81).
Figuras
Resumo biográfico de
Amadeu Ferreira da Silva
Amadeu Moura Ferreira da Silva, nascido
a 20 de fevereiro de 1934, no Porto,
empresa lhe confiassem desde muito cedo
obras de grande importância.
muito cedo começou a contactar com o
mundo dos materiais elétricos através
Por volta dos vinte anos, já fazia parte da
da antiga empresa de engenheiros “G.
equipa que esta empresa destacou para
Perez, Lda” representante na altura
trabalhar na “Barragem de Picote”.
em Portugal dos ascensores suíços
Schlieren, do Porto.
Aos vinte e quatro anos, nomeado chefe
de montagens, foi transferido para Lisboa,
O seu pai, António Ferreira da Silva Júnior
tendo ficado responsável pela instalação
foi nesta empresa também um técnico es-
e montagem do elevador num dos pilares
pecializado e desde muito cedo começou a
do Cristo-Rei com uma equipa de cinco co-
levar os filhos com ele para a empresa nas
legas.
férias da escola.
Pode-se imaginar o esforço e o engenho
Mais informações:
Rapaz sagaz, curioso e inteligente desde mui-
que foram necessários àqueles homens
Pesquisa Google: “Elevador vai durar
to cedo começou a ter a estima e carinho dos
para que, no espaço de quinze meses, com
mais 50 anos” ou http://videos.sapo.pt
trabalhadores mais velhos e até dos pró-
as escassas ajudas técnicas que existiam
prios donos desta empresa que, como ele
naquela época, tivessem pronto no prazo
considerava, foi a sua “Maior Universidade”.
previsto o elevador “Schlieren”.
aquilo que construía, apesar de todos os
contratempos por que tinha passado. Dedi-
Foi ali que, depois de ter completado o ciclo
Atualmente, continua a funcionar como no
cou grande atenção a todos os projetos em
preparatório da “Escola Industrial Infante D.
primeiro dia e está apto para funcionar por
que participou, mas demonstrava um cari-
Henrique” no Porto, se quis empregar e con-
mais uns largos anos. “A Schlieren”, empre-
nho especial pelo “projeto do Cristo-Rei” e
tinuar a aprender com aqueles que já muito
sa suíça, que faliu nos finais dos anos seten-
pelo “Projeto da EDP”da Rua Camilo Castelo
respeitava pelo empenhamento, dedicação
ta do século passado apostava na qualidade
Branco, 43 em Lisboa.
e capacidade de ensino aos mais novos.
e segurança dos materiais para que estes
Mas esta era só uma das vertentes que ele
tivessem uma longa duração e segurança
Como lembrava muitas vezes, parafrase-
para os utentes.
ando Lavoisier, "na natureza nada se cria,
considerava muito importante, e que acha-
nada se perde, tudo se transforma". Era esta
va não ser suficiente e por isso continuou a
Desta qualidade era adepto Amadeu Ferrei-
máxima que servia para pautar tudo quan-
estudar no curso noturno da escola acima
ra da Silva, pois conhecia deveras os com-
to fazia. No seu trabalho, tentava todos os
referida. Como Amadeu Ferreira da Silva di-
ponentes da marca, dado que tinha estuda-
dias aprender e descobrir algo de relevante,
zia: para toda a prática havia sempre uma
do profundamente todos os seus atributos.
que lhe garantiu o reconhecimento de téc-
razão teórica e toda a teoria somente fazia
Entre eles estava o sistema de pára-quedas
nico conhecedor, responsável e eficiente.
sentido quando podia ser aplicada à prática.
que garantia a segurança das pessoas que
Na sua vida pessoal, em que o seu traba-
Continuou a estudar, chegando a frequentar
se encontravam dentro da cabine em caso
lho era uma das suas principais paixões,
o antigo “Instituto Industrial”, cujo curso não
de desprendimento dos cabos, que em 1970
tentou transformar os seus valores e co-
terminou, pois a sua opção a tempo inteiro
ainda não era conhecido pelos engenheiros
nhecimentos em sabedoria, o que fez deste
foi a dedicação à “G. Perez Lda”.
portugueses.
“Homem”, uma pessoa, solidária, atenciosa,
amante de valores altruístas e da partilha
O seu interesse, empenhamento e perfecio-
Falava do seu trabalho com uma paixão
dos seus conhecimentos, com todos os que
nismo, fez com que os responsáveis desta
intensa, própria de quem amava a vida e
com ele lidavam.
elevare 39
Informação técnico-comercial
A subir!
Os fabricantes de elevadores atingem
um novo patamar com o elevado
desempenho do drive de máquina ABB
Matti Turtiainen
ABB Drives, Helsinki, Finland, matti.turtiainen@fi.abb.com
Mika Alakotila
ABB Automation Products, Mölndal, Sweden, [email protected]
A elevada performance do novo
drive de máquina ABB está a ter um
grande impacto entre os utilizadores e
integradores de sistemas para Original
Equipment Manufacturers (OEM), de uma
ampla gama de indústrias e aplicações
exigentes. Motala Hissar, um fabricante
sueco de elevadores para mercados
Figura 1. Drive de máquinas de elevado desempenho ABB.
em toda a Europa, é um exemplo disso
mesmo. Perante uma dificuldade
técnica que outros fornecedores de
que eles podem adaptar de forma precisa
específicas de clientes individuais, combina
outros drives podem não solucionar de
às suas exigências. Equipado com o Con-
as seguintes caraterísticas cruciais num drive altamente versátil e de baixo custo:
uma forma satisfatória, Motala Hissar
trolo Direto de Binário, uma tecnologia da
recebeu uma chamada oportuna da ABB.
ABB, o novo drive pode controlar qualquer
–
Design modular;
O resultado: o problema foi resolvido
tipo de motor no modo de circuito aberto
–
Unidade de memória em separado;
dentro de horas e Motala Hissar tinha
ou fechado.
–
Funcionalidades ilimitadas.
um produto que era “melhor, simples e
mais competitivo” do que antes.
O drive de máquina ABB fornece um controlo da velocidade, do binário e de movimen-
DESIGN MODULAR
tos para uma elevada gama de aplicações
A ABB separou as principais funcionalida-
num dos eventos-chave no calendário da
exigentes. Indústrias onde o drive já marca
des do hardware e do software em três mó-
automação – a feira anual SPS/IPC/Drives
a diferença nas operações dos clientes são
dulos – uma unidade eletrónica de potência,
em Nuremberga, Alemanha – o drive ABB
o caso da indústria alimentar e de bebidas,
uma unidade de controlo eletrónico e uma
de máquina de elevado desempenho provo-
movimentação de material, indústria têxtil,
unidade de memória de software.
cou rapidamente um impacto significativo
de impressão, de plásticos e borrachas, e
na ampla gama de aplicações em máquinas
de madeira.
Lançado para a indústria no final de 2006
(Figura 1).
UNIDADE ESPECÍFICA DE MEMÓRIA
Equipado com a tecnologia ABB de Controlo
A unidade de memória pré-programada
Como resultado de um programa de pes-
Direto de Binário, este drive de máquina de
contém todas as aplicações de software do
quisa e desenvolvimento de três anos, este
elevado desempenho pode controlar qual-
drive e configurações do parâmetro para
drive fortalece o portfólio da ABB no que
quer tipo de motor – síncrono ou assíncro-
uma substituição mais fácil, e um módulo
diz respeito ao estado-de-arte dos con-
no, servo ou com elevado binário, de uma
simples de instalar.
versores para baixas potências nominais,
gama de 0.75 a 110 kW (1 a 150 hp), em modo
enquanto fornece Original Equipment Manu-
de circuito aberto ou fechado. Projetado
facturers (OEMs), integradores de sistemas
para responder às enormes necessidades
FUNCIONALIDADE ILIMITADA
e clientes finais, aliado ao facto de ser um
do fabricante e dos fabricantes de máqui-
Apesar da solução Plug-and-Play pré-fabri-
produto de flexibilidade e potência únicas
nas, bem como à aplicação de exigências
cada, os programas estão disponíveis para
40
elevare
Informação técnico-comercial
aplicação na maioria das máquinas de ele-
Muitas opções de ligação para exten-
ças à tecnologia de cadeia guiada que a em-
vado desempenho. A única abertura do dri-
sões I/O, interfaces do estado do motor
presa desenvolveu e patenteou na década
ve permite que os utilizadores se adaptem
e comunicações.
de 90 e a qual exige o mínimo espaço para o
›
e modifiquem esses programas segundo
elevador subir ou descer (Figura 2).
as suas exatas necessidades. A combinação destas caraterísticas tem benefícios
ULTRAPASSAR EXPETATIVAS
“O drive ABB ajudou-nos a simplificar o pro-
consideráveis para muitos construtores de
Uma das muitas aplicações de máquinas
duto. O Motala 6000 é mais fácil de montar,
máquinas em termos de engenharia e mon-
na qual o elevado desempenho do drive
mais fácil no serviço e na inspeção. Isto reduz
tagem final, distribuição e logística, além da
ABB teve um impacto significativo é nos
os nossos custos operacionais e o dos nos-
proteção e substituição de componentes.
elevadores. Uma empresa que selecionou
sos clientes”, segundo Ari Nieminen, Mana-
este drive e obteve mais benefícios do que
ger Local, Motala Hissar
A ABB separou o hardware principal e a fun-
o anteriormente previsto foi a fabricante de
cionalidade do software em três módulos
elevadores sueca, Motala Hissar.
– uma unidade de eletrónica de potência,
Como parte do seu programa de pesquisa e
desenvolvimento relacionado com o produ-
uma unidade de controlo eletrónica e uma
Parte da Kone Corporation, um dos princi-
to, a Motala Hissar redesenhou recentemen-
unidade de software de memória.
pais fabricantes de elevadores e escadas
te esta tecnologia para um novo elevador,
rolantes, Motala Hissar fabrica dois produ-
o Motala 6000, através da substituição da
Os módulos de hardware (unidades de po-
tos especializados: a plataforma elevatória
corrente guiada por um único sistema de
tência e de controlo eletrónicos) podem
Motala 2000 para pessoas deficientes e
correia de drive que permite que o elevador
ser entregues ao cliente final através dos
fisicamente imobilizadas; e o Motala 3000,
funcione duas vezes mais rápido – e com
habituais horários de distribuição, enquan-
um elevador compacto para edifícios que
menor ruído e mais conforto – do que o seu
to a entrega da unidade de memória pode
foram concebidos originalmente sem ele-
concorrente mais próximo (Figura 3). Foi tão
ser adiada até ao último momento. Não
vador. A empresa vende cerca de 1.000
grande a procura deste novo elevador por
existe necessidade de custos de viagem
elevadores por ano para todo o mercado
parte do cliente que foram vendidas mais de
através do envio de engenheiros para colo-
europeu. Tem cerca de 60 funcionários e
30 unidades antes do seu lançamento ofi-
car em funcionamento – um técnico local
rendimentos anuais à volta de 22 milhões
cial. O principal fator do sucesso deste ele-
com formação básica em drives pode ligar
de dólares (SEK 140 milhões).
vador e da tecnologia que está por detrás
facilmente a unidade de memória no local.
do mesmo passa pelo elevado desempenho
O número de componentes do produto e
A Motala Hissar diferencia-se dos concor-
do drive de máquina ABB. Ari Nieminen, Ma-
as suas variantes é mínimo, e os direitos
rentes com o slogan “Maior no interior – me-
nager Local na fábrica da Hotala Hissar no
de propriedade intelectual para OEMs que
nor no exterior”. As cabines dos seus ele-
centro da Suécia, explica as razões.
desenvolvem as suas próprias funções de
vadores possuem as maiores dimensões
controlo são protegidos por criptografia.
internas e as menores áreas de cobertura
“Tínhamos atingido uma fase onde se aproxi-
Se a unidade de memória ou um dos módu-
do mercado, caraterísticas possíveis gra-
mava a nossa data de lançamento mas tive-
de a gama 0.75 até 110 kW/1 até 150 hp;
Figura 2. O Motala 6000 é geralmente instalado
Figura 3. Motala 6000 mostrando o sistema de
Controlo de circuito aberto ou circuito
numa escada já existente, algo possível pela capaci-
correia do drive em amarelo e o motor na parte su-
fechado;
dade compacta do design.
perior do eixo.
los de hardware falha durante o trabalho é
facilmente removido e substituído por uma
ligação.
CARATERÍSTICAS DO DRIVE
›
Design compacto modular:
–
3 módulos separados para uma
potência, controlo e memória
eletrónicos;
›
Controlo de velocidade, binário e movimento;
›
Unidade de memória separada para
uma facilitada instalação Plug-and-Play;
›
Memória programável com funcionalidades ilimitadas;
›
Programas
pré-fabricados
disponíveis
›
Controlos de qualquer tipo de motor des-
para a maioria das aplicações de máquinas;
›
elevare 41
Informação técnico-comercial
mos um problema técnico que não podíamos
ao desenvolver uma segunda caraterística
resolver”, explica Nieminen. “Como o eleva-
que distingue o Motala 6000 dos seus con-
dor foi projetado sem um contra-peso para
correntes. Os elevadores estão sujeitos a
economizar espaço, produzia uma sensação
rigorosas normas de segurança. Na maio-
de movimentos bruscos antes de começar a
ria dos países, os elevadores são testados
funcionar. Abordámos vários fornecedores
por inspetores independentes pelo menos
de drives para nos garantirem uma solução
uma vez por ano; em Espanha – um dos
que impediria o pendular do elevador e sem
principais mercados – os elevadores são
utilizar um codificador, mas nenhum deles
inspecionados uma vez por mês. A inspeção
conseguiu resolver o problema de forma
inclui o carregamento do elevador com ele-
satisfatória. Depois surgiu a ABB com o seu
vadas cargas para assegurar que ele pode
drive de máquinas de elevado desempenho
funcionar de forma segura na sua máxima
e uma equipa de especialistas para trabalha-
carga. Este é um procedimento dispendioso
rem no problema. Dentro de horas não só
e demorado. A Motala Hissar resolveu isto
tínhamos uma solução, como tínhamos um
ao programar o drive ABB para simular o
produto melhor, mais simples e mais compe-
teste de inspeção – e sem utilizar um sen-
uma gama completa de produtos de auto-
titivo.”
sor de carga – de uma forma aceitável para
mação e de potência e sistemas para fabri-
os reguladores. A poupança de tempo e
cantes mundiais de elevadores e escalas
No centro do drive de elevado desempenho
despesas para os clientes da Motala Hissar
rolantes. O elevado desempenho do drive
da ABB está o binário de resposta notável e
foram significativos.
de máquinas ABB adiciona a capacidade do
a velocidade de precisão da tecnologia Con-
fabricante de personalizar o seu próprio
trolo Direto de Binário (DTC) da ABB. Isto e a
“O drive ABB tem-nos ajudado a simplificar
interface (com ou sem a ajuda da ABB) e
capacidade do programa do drive com fun-
o produto”, disse Nieminen. “O Motala 6000
controla qualquer tipo de motor, ou liga se
cionalidades ilimitadas resultam numa ca-
é mais fácil de montar, mais fácil no serviço
necessário a qualquer tipo de dispositivo de
pacidade poderosa que continua inigualável
e mais fácil de inspecionar. Assim reduzimos
retorno ou fieldbus. Se o drive falhar pode
perante qualquer outro tipo de drive.
o nosso custo operacional e o dos nossos
ser facilmente substituído por um técnico
clientes. E temos um elevador que funcio-
do edifício com conhecimentos elétricos bá-
A tecnologia DTC tem não só a capacidade
na duas vezes mais rápido do que o modelo
sicos – todos os dados da aplicação estão
de fornecer uma precisão no controlo do
do nosso elevador anterior. Estes todos são
na unidade de memória.
circuito aberto com velocidade baixa ou
pontos importantes na venda para os nos-
sem velocidade – fornecendo assim o exigi-
sos clientes.”
do para que o elevador comece a funcionar
A ABB presta apoio aos drives dos seus
clientes com o seu próprio serviço técnico
– mas para fazê-lo sem necessidade de um
“Testamos os níveis de ruído de drive de di-
e uma extensa rede global de ABB Drives
codificador ou outro dispositivo de respos-
ferentes marcas e o drive ABB era o mais
Alliance. Um especial apoio é dado aos
ta (drives concorrentes necessitam de um
silencioso.” – Ari Nieminem, Manager Local,
clientes OEM, independentemente da região
codificador para garantir um arranque sua-
Motala Hissar.
onde se encontrem.
ve mas não poderiam fazê-lo com controlo
do circuito aberto).
Os níveis de ruído são mais baixos do que
no elevador anterior, uma melhoria torna-
VANTAGENS DO MOTALA HISSAR
›
Em segundo lugar, o drive está programa-
da possível através de uma combinação da
do para calcular o peso combinado dos
tecnologia de correias do drive e o elevado
›
Arranque suave do elevador;
passageiros na cabine, e assim ele sabe a
desempenho do drive. “Testamos os níveis de
›
Elevado conforto dos passageiros.
quantidade de binário a aplicar para o ele-
ruído de drive de diferentes marcas e o drive
›
Função única de sensor de peso;
vador arrancar e preveni-lo de abanar nos
ABB era o mais silencioso”, disse Nieminen.
›
Solução de circuito aberto (sem enco-
importantes milímetros de arranque. Quan-
“A maioria dos nossos clientes está satisfei-
to mais pessoas estiverem na cabine do ele-
ta com o novo elevador, tal como, de acordo
›
Potência ilimitada para funcionalidades
vador, mais é requerido o binário. Esta é a
com a nossa pesquisa, os passageiros. O fun-
maior inovação na indústria de elevadores,
cionamento é rápido, silencioso e suave. Não
e que foi possível graças ao potencial do
existem vibrações e paragens e arranques
›
Sem dispositivos de substituição;
programa de drive da ABB com as suas fun-
tremidos. Tudo isto contribui ao máximo para
›
Sem células de carga.
cionalidades personalizadas. Além disso, o
o conforto dos passageiros.”
drive faz isto sem necessidade de utilização
e custo adicional de um sensor de carga.
futuras;
›
›
Poupança anual de custos derivado a:
Vantagens para os nossos clientes:
›
Duas vezes mais rápido;
›
Testes de peso facilitados;
a Motala Hissar avaliou o travão do mo-
›
Menos peças, menos desgaste me-
tor e considerou a utilização de circuito de
porou esta capacidade de sensor de peso
seccionadores e contatores. A ABB fornece
elevare
ders);
Para reduzir ainda mais os níveis de ruído,
Em terceiro lugar, a Motala Hissar incor-
42
Binário total a velocidade zero para:
cânico;
›
Menor manutenção.
Informação técnico-comercial
Segurança em altura
igus®, Lda.
Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
[email protected] · www.igus.pt
Em aplicações verticais de calhas porta-
de energia e dados seguro, em armazéns
-cabos articuladas as alturas são cada vez
de mercadorias e frigoríficos, gruas ou por
maiores, os cursos mais longos e tudo isto
exemplo em instalações eólicas.
com elevadas velocidades e acelerações.
Podem acontecer frequentemente movimentos laterais bruscos da calha articula-
NOVO: REDUÇÃO DE 80%
da, particularmente com elevadas acelera-
NOS CUSTOS DAS GUIAS
ções transversais, por exemplo na direção
Se antigamente a calha porta-cabos arti-
das estantes. No caso da calha embater de-
culada suspensa era guiada verticalmente
vido à sua dinâmica, em suportes metálicos
com um perfil fechado ou com outra so-
ou paletes, podem ocorrer ruturas. Para
lução semelhante, hoje em dia é possível
este fim a igus, especialista em calhas por-
prescindir de tais alojamentos dispendiosos
ta-cabos, acabou de desenvolver o sistema
e complicados. A partir de agora, já não é
ativados automaticamente, fixam a calha
“Guidelok Slimline (SL)”. A calha articulada
necessário uma guia contínua em metal, o
articulada na sua posição.
mantém-se sempre alinhada com seguran-
que leva a uma redução do custo das guias
ça em alturas de mastros e de torres até 50
até 80%, segundo afirmações da igus. Pois
Os dispositivos basculantes – peças fulcrais
metros e mais.
graças a um truque de construção, a calha
deste sistema – formam um mecanismo
articulada encaixa no novo sistema “Guide-
de travamento que funciona do seguinte
O novo sistema é destinado a aplicações de
lok SL”, através de dispositivos em plástico
modo: quando a curva da calha passa pelo
calhas porta-cabos articuladas verticais
basculantes.
segmento da guia, o dispositivo basculante
com grandes alturas de elevação em ar-
é ativado mantendo a calha articulada fixa
mazéns automáticos, elevadores e disposi-
na sua posição. Este mecanismo, além de
tivos de transporte de materiais. Através de
DISPOSITIVOS PLÁSTICOS BASCULANTES
tornar o funcionamento seguro, também
uma montagem compacta e fácil, mesmo à
FIXAM A CALHA NA SUA POSIÇÃO
permite um funcionamento suave, baixando
posteriori, este sistema torna o transporte
A calha funciona livremente e de forma
claramente o nível sonoro. Para além disso,
segura entre pequenos segmentos metáli-
em caso de manutenção, a calha articula-
cos de guia. Estas unidades de guia de fácil
da é acessível muito mais facilmente, visto
montagem e económicas, segundo indica-
já não se encontrar num canal contínuo. O
ções do fabricante, são aplicadas em inter-
novo sistema “Guidelok SL” já é usado com
valos de somente dois metros. Dois dispo-
êxito em vários fabricantes de armazéns
sitivos basculantes nos segmentos da guia,
automáticos.
elevare 43
Informação técnico-comercial
Schneider Electric Portugal apresenta
“Revamping de elevadores”
Schneider Electric Portugal
6GNÀ(CZ
RVEQOWPKECECQ"UEJPGKFGTGNGEVTKEEQOÀYYYUEJPGKFGTGNGEVTKEEQORV
Atualmente, o parque instalado de eleva-
dução do número de intervenções para ma-
dores antigos em que o arranque da má-
nutenção e respetivos custos associados,
quina é efetuado por intermédio de conta-
maior conforto dos passageiros, economia
tores (arranque direto - DOL), representa
de energia entre outras vantagens. No en-
um número considerável de unidades ins-
tanto, a substituição de um sistema antigo
taladas no país. No entanto, este tipo de
por um da atual geração, representa um
arranque conduz a um elevado stress me-
investimento considerável para o condomí-
cânico e elétrico do equipamento, tendo
nio, por vezes até incomportável.
como consequência um maior desgaste
do mesmo, redução do seu tempo de vida,
A pensar nas necessidades dos profissio-
aumento do número de avarias e conse-
nais deste ramo, a Schneider Electric Por-
quentemente um acréscimo dos custos de
tugal tem na sua oferta, conversores de
manutenção associados, desconforto dos
frequência que integram funções dedicadas
utilizadores, bem como o transtorno cau-
à elevação em elevadores. Representando
sado aquando das paragens por avaria ou
este tipo de conversores de frequência uma
manutenção.
alternativa mais económica em termos de
remodelação do acionamento motor do
Com a evolução tecnológica, as máquinas
›
Precisão de velocidade: 10% do escorregamento nominal do motor em malha aberta e 0,01% em malha fechada;
›
Possibilidade de utilizar vários tipos de
encoder, para funcionamento em malha
elevador.
fechada;
atualmente instaladas integram converso›
Acionamento de motores síncronos.
res de frequência dedicados à elevação em
Ao nível de conversores de frequência da
elevadores, com os quais se obtêm melho-
Schneider Electric, a oferta disponível para
rias substanciais ao nível da performance,
aplicações de elevação em elevadores é
Relativamente às funcionalidades do Alti-
longevidade do equipamento instalado, re-
constituída por duas famílias:
var 71 dedicadas à elevação em elevadores,
salientam-se as seguintes:
›
Controlo de freio;
ALTIVAR 71
›
Controlo de contatores a jusante;
Destacando-se as seguintes caraterísticas
›
Elevação de alta velocidade;
do Altivar 71:
›
Velocidades pré-selecionadas;
›
Potência (400 V): 0,75…500 kW;
›
Duas rampas configuráveis para a ace-
›
Funcionamento em malha aberta ou fechada;
›
leração e para a desaceleração;
›
em S, personalizáveis independente-
corrente em malha aberta e em corren-
mente, para melhoria do conforto no
arranque e na paragem;
te em malha fechada;
›
Sobre-binário de 170% do binário no-
›
e 220% do binário nominal do motor
›
›
elevare
Medida de carga via células de carga externas;
da corrente nominal do conversor de
44
Proteção do motor, térmica e/ou por
sondas PTC;
durante 2 segundos;
Corrente máxima transitória de 150%
Paragem em roda livre para a manobra
de inspeção;
minal do motor durante 60 segundos
›
Rampas de aceleração e desaceleração
Controlo vetorial de fluxo em tensão ou
frequência durante 60 segundos e
›
Função de evacuação;
165% durante 2 segundos;
›
Função de piso intermédio.
Informação técnico-comercial
ALTIVAR 312
dos maiores fabricantes de elevadores,
Relativamente às caraterísticas do Altivar
com o intuito de desenvolver e melhorar
312, destacam-se as seguintes:
funcionalidades dedicadas a este tipo de
›
Potência (400 V): 0,75…15 kW;
aplicação. Tendo, ao longo dos anos, de-
›
Funcionamento em malha aberta;
senvolvido e testado várias soluções para o
›
Controlo vetorial de fluxo;
comando de conversores de frequência no
›
Sobre-binário de 170…200% do binário
acionamento de motores em sistemas de
nominal do motor;
elevação em elevadores.
›
Corrente máxima transitória de 150%
da corrente nominal do conversor de
Apresenta-se seguidamente o esquema de
frequência durante 60 segundos.
princípio para a solução mais económica
utilizando o conversor de frequência Alti-
Relativamente às funcionalidades do Alti-
var 312, para um acionamento de motor de
var 312 dedicadas à elevação em elevado-
elevação de elevador, com uma velocidade.
res, salientam-se as seguintes:
›
Controlo de freio;
›
Velocidades pré-selecionadas;
›
Duas rampas de aceleração e de desaceleração configuráveis;
›
Rampas de aceleração e desaceleração
em S, personalizáveis independentemente, para melhoria do conforto;
›
Paragem em roda livre para a manobra
›
Proteção do motor, térmica e/ou por
de inspeção;
sondas PTC.
No âmbito da continuidade de desenvolvimento de novas funcionalidades e à melhoria das existentes disponibilizadas pelos
conversores de frequência, a Schneider
Electric tem uma equipa de engenheiros
dedicados a este tipo de aplicações (ADEs,
Applications Developement Engineers), os
quais trabalham em parceria com alguns
Paralelamente, a Schneider Electric Portu-
tado à utilização com elevadores, ou seja,
gal desenvolveu ainda uma nova gama de
possui uma sinalização luminosa a 360º e é
botoneiras, específica para utilização com
do tipo “carregar-puxar” com encravamen-
elevadores e radical genérico XALF.
to brusco; a visualização do seu estado é
efetuada por:
Esta nova gama de botoneiras está per-
›
duas “janelas” na face frontal do botão;
feitamente adaptada aos problemas de
›
um sinalizador luminoso branco no cen-
›
um “anel” verde/vermelho na totalidade
segurança e de conformidade para o setor
de elevadores, permitindo controlar o mo-
tro da cabeça;
vimento do elevador e, associada a outros
da “circunferência” do botão.
componentes de manobra, facilitar as operações de inspeção e de manutenção.
Esta nova gama Schneider Electric foi desenvolvida em conformidade com as Normas:
A nova oferta está dividida em três tipos:
›
IEC/EN 60947-1;
“teto de cabina”, “fundo da fossa” e “de co-
›
IEC/EN 60947-5-1;
luna”, podendo ser vendida já equipada, ou
›
IEC/EN 60947-5-4;
com a botoneira vazia, para posterior mon-
›
IEC/EN 60947-5-5;
tagem pelo utilizador de unidades de co-
›
EN 418 (paragens de emergência com
mando e de sinalização tipo XB5 ou XB7. O
botão “paragem de emergência” está adap-
encravamento brusco);
›
EN 81 (Norma para elevadores).
elevare 45
Informação técnico-comercial
Há alguma coisa que seja
absolutamente segura?
Schmersal Ibérica, S.L.
Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283
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Os ascensores são os “meios de
transporte” mais seguros – a segurança
absoluta é inatingível. Mas devemos
trabalhar para aproximar-nos o máximo
possível do objetivo de 100% e para
encontrar soluções para superar a
diferença que nos separa de 100%.
Deste ponto de vista, a SafeLine gosta
de tratar o tema da “comunicação” ou,
mais concretamente, o das ligações
telefónicas de emergência.
Na sequência do hardware em cascata de
um elevador a partir da rede de comunicação até à ligação e à intervenção, há muitas
ações individuais e interfaces. Estas últimas,
nomeadamente, podem ser problemáticas.
tema de atualidade. Entretanto há muita
linhas (de dados) VoIP, as ligações telefónicas
Qualquer pessoa que esteja sempre a pro-
oferta de soluções GSM. Mas aqueles que
de emergência também podem fazê-lo”. Am-
curar os componentes mais baratos por
durante décadas apenas se ocuparam da
bas as afirmações são falsas.
razões históricas ou de preço, talvez poupe
tecnologia de transmissão analógica tive-
uns euros. Mas, a que preço? No melhor dos
ram problemas rapidamente. Consulte o
A SafeLine pode transmitir tons DTMF via
casos, isto envolve custos adicionais e de-
seu fornecedor sobre a supressão do eco,
GSM e aparelhos de fax que, em geral, não
sencantamento dos clientes e, no pior caso,
as descontinuidades ou os atrasos e pode
operam como dispositivos de ligações te-
um risco para a segurança.
recolher manifestações do tipo “os tons
lefónicas de emergência. Por isso, a última
DTMF não podem ser transmitidos via GSM”;
afirmação é enganosa e pode ser perigosa
ou “se os aparelhos de fax trabalham com
se se der a aparência de que realmente a
A REDE DE COMUNICAÇÃO
segurança não existe.
Há apenas poucos anos, não se tinha completa consciência de que existiam alterna-
Vários fornecedores apenas oferecem a
tivas às redes analógicas de linha fixa. Por
sua unidade GSM juntamente com “o seu”
conseguinte, os produtos tradicionais são
cartão SIM, o qual vendem como uma “van-
concebidos para se adaptarem apenas a
tagem para o cliente”. Isto esconde um pe-
esses serviços analógicos. O facto de as li-
rigoso problema: aqueles que não possam
nhas telefónicas não serem populares nem
transmitir tons DTMF via GSM recorrem
baratas para os clientes é uma coisa sim-
rapidamente a utilizar o canal de dados do
plesmente aceite neste sentido.
cartão SIM. Mas o funcionamento simultâneo dos canais de voz e de dados não é pos-
Devido à nossa entrada no mercado, a
questão do GSM tornou-se rapidamente um
46
elevare
sível para todos os fornecedores de redes
Sistema de monitorização de baterias: Safeline BC1.
em todas as localizações. Por conseguinte,
Informação técnico-comercial
a eleição entre possíveis fornecedores fica
abertos, existe a função de auto-correção.
restringida.
O resultado é um funcionamento muito
estável. O facto de existir uma vantagem
É preciso dispor de forma contínua das re-
económica para os clientes como resultado
des de voz e de dados. Se uma delas falhar,
da oportunidade de escolher também é um
não se pode continuar a dispor da função
aspeto importante. Muitos centros de apoio
de ligações telefónicas de emergência. Irão
telefónico e as suas empresas de softwa-
argumentar que a “segurança da transmis-
re implementaram o protocolo P100 reco-
são” foi resolvida adequadamente com os
mendado pela SafeLine.
serviços de redes analógicas de linha fixa.
Mas, por um lado, nenhum fornecedor de
redes fixas poderá garantir uma plena dis-
A INTERVENÇÃO
ponibilidade. E, por outro lado, é bem co-
A SafeLine, como fabricante de hardware e
nhecido, em geral, que o futuro das redes
o primeiro da sequência, confia em parcei-
telefónicas analógicas não é demasiado
ros fiáveis e que contem com os respetivos
prometedor.
certificados.
Sala de controlo de serviços e de ligações
Por isso, estamos muito perto do objetivo
de emergência do Centro de Comunicações
MEDIDAS QUE NOS APROXIMAM DE UMA
de 100%. Uma simples ligação opcional
da Bosch.
SEGURANÇA DE 100%
sem ativar complicados códigos de progra-
A SafeLine apresentou na Interlift 2011
ma aumenta a segurança.
um produto que proporciona redes fixas
e transmissão GSM de forma simultânea.
Porquê? Se apenas se utilizar uma rede
A REDE DE FORNECIMENTO ELÉTRICO E A
RESUMO
continua a existir uma diferença de 3% se
SUA ESTABILIDADE
Não existe nada que seja absolutamente se-
se assumir uma disponibilidade de 97% da
Frequentemente, não há qualquer controlo
guro. Mas há muitos aspetos que nos apro-
rede; mas, se a rede cobrir automaticamen-
sobre o funcionamento do sistema de con-
ximam deste objetivo. Basta dar passos na
te a referida diferença, a mesma baixa até
trolo. A SafeLine resolveu este problema
direção correta. Em geral, é certo que os
0,09%.
mediante a função de controlo standard da
sistemas abertos corrigem os seus pró-
bateria. Evidentemente, esta função pode
prios erros, enquanto os sistemas fechados
ser atualizada.
são caros e propensos ao erro. A SafeLine
Se o dispositivo puder reconhecer um erro
de corrente e enviar um impulso ao disposi-
oferece soluções interessantes. Apenas
tivo de controlo para chegar até ao seguinte
Se o fornecedor A sempre transmitir ape-
aqueles que dominam toda a sequência po-
andar, a diferença até 100% reduz-se ainda
nas para o recipiente A, a correção de er-
dem garantir segurança. A qualidade fala
mais.
ros reduz-se muito. No caso de protocolos
por si.
Otimização de trocas individuais e de coordenação de interfaces através de medidas técnicas e organizativas.
Hardware
Comunicação
Centro de apoio
Intervenção
telefónico
Elevar o nível de
À UWRTGUU£QFQGEQ
segurança até 100%
À FGUEQPVKPWKFCFG
redundante (rede
para a correção
(medidas técnicas)
À EQPVTQNQFCDCVGTKC
de linha fixa, GSM)
de erros
À TQVCUFGVTCPUOKUU£Q
À RTQVQEQNQCDGTVQ
À P­XGNFGSWCNKFCFG
certificado
À RTQEGUUQDGO
estabelecido
À WUQºPKEQFQECPCN
de voz, não do
canal de dados
Tratamento da
À EQPJGEKOGPVQFC
À NKIC§£QQREKQPCNFG
À NKPJCNKXTGGVGUVG
À UKPCNFGGTTQFCTGFG
diferença que falta
de funcionamento
de transmissão para
não disponibilidade
retorno sem códigos
de segurança (medidas
(teste de 72 horas)
a rede de controlo
de ligações
de programa
telefónicas de
complicados
organizativas)
À ĵEJGKTQFGTGIKUVQ
de erros para a sua
emergência com
análise
as suas respetivas
medidas
elevare 47
Informação técnico-comercial
Soluções inteligentes para uma
moderna tecnologia de elevadores
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
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Quer sejam elevadores ou monta-cargas, tanto para pequenas soluções
como para uma construção de edifícios
altos, com o rápido desenvolvimento
da arquitetura também aumentam as
exigências de mercado no que se refere
a elevadores. A instalação tradicional
de sistemas elétricos para elevadores
ainda requer uma grande quantidade
de tempo. Não temos de pensar no
fabrico da cablagem, nos conetores,
e contribui, de forma decisiva, para a otimi-
cional estabelece-se uma pressão de
na colocação da tubagem dos cabos,
zação dos seus processos de trabalho e as
contacto contra o isolamento de plás-
na montagem e instalação dos cabos
estruturas relacionadas com os gastos. E,
tico do condutor e isto deve ser evitado
no fosso do elevador… o tempo e o
naturalmente, oferece uma vantagem rela-
devido à flexibilidade do cobre. Da mes-
tivamente à concorrência.
ma forma, também se garante, com
dinheiro gastos nestas operações são
elevados. Já para não falar das taxas
toda a segurança, uma ligação segura
de erro existentes nas diferentes fases
As vantagens do sistema KonboX® re-
do cabo durante décadas, graças ao
do trabalho. É necessário analisar
sultam da inteligente combinação de di-
fecho do núcleo de cobre entre os dois
os erros e as correções que convém
ferentes componentes inovadores, espe-
contactos.
implementar, além do reduzido tempo e
cialmente concebidos à medida das suas
fator económico.
necessidades:
›
Cabo plano de 14 pólos: tudo num só
Um único cabo ao invés de fios isolados.
Estes problemas pertencem agora
›
Técnica de inserção direta PUSH IN: Rá-
Assim poderá ligar, em simultâneo, o
pida e segura
circuito para o controlo da porta, um
profissional do setor e um dos principais
Este desenvolvimento especial da Weid-
sistema de bus e a iluminação do fosso
fornecedores de tecnologia de ligação
müller garante uma ligação segura dos
através de um interruptor. Além disso,
elétrica, a Weidmüller oferece soluções
bornes de forma simples e fácil. O cabo
poderá dispor livremente de outros
ao passado. Como um parceiro
inteligentes que, depois de uma análise
é inserido e fica preparado.
profunda de mercado, são desenvolvidas
com a máxima precisão para aplicações
de elevadores.
›
Contacto TwinPiercing: se é duplo, segura melhor
Com este desenvolvimento melhorou-se o desempenho do contacto da
KONBOX® MARCA A DIFERENÇA
perfuração normal. A otimização está
A nossa mais recente inovação denomina-
relacionada com a ponta dupla, na me-
-se KonboX® e é um revolucionário sistema
tade da qual estão sujeitos os fios de
de cablagem para a caixa do fosso dos ele-
cobre. Deste modo duplica-se o núme-
vadores que reduz o tempo de instalação
ro de pontos de contacto, aumentando
e o material necessário e aumenta a segu-
substancialmente a segurança. Como
rança. O sistema KonboX® define o padrão
comparação, na perfuração conven-
48
elevare
Informação técnico-comercial
quatro condutores; por exemplo, para
piso, indicadores luminosos, digital display,
ligações de serviço técnico, iluminação
campainha, entre outros). Finalmente, o
ou botão de paragem de emergência.
sistema é configurado mediante o softwa-
Assim poderá trabalhar de forma rá-
re fornecido, de acordo com a cablagem
pida, segura e cómoda. É praticamente
correspondente.
impossível que surjam erros.
No caso de utilizar um PLC como controlo
›
A caixa: Qualidade com um simples
do elevador, pode-se fornecer o softwa-
movimento
re para se comunicar diretamente com os
A robusta e compacta caixa reúne to-
circuitos da instalação, sem necessidade de
dos os componentes e pode ser facil-
utilizar o circuito Concentrador.
mente montada, sem necessidade de
parafusos. Basta uma chave de fendas
normal e já temos o KonBoX® ligado.
CAIXA DE FOSSO: POUPANÇA DE TEMPO E
Mais simples é impossível. E, se neces-
REDUÇÃO DE CUSTOS
sário, também pode engatar na porta
Para facilitar a cablagem do fosso do eleva-
do elevador o sistema já montado sem
necessidade de o aparafusar.
A combinação destes elementos individuais
dor com o KonboX®, a Weidmüller desen›
›
garante inúmeras vantagens em todos os
âmbitos.
›
Ligação segura graças às suas posi-
volveu uma caixa de fosso especial. A caixa
ções de contacto fixas;
já está completamente cablada e pode ser
Maior segurança pela ausência da calha
ligada de forma simples e rápida como uma
de plástico no fosso do elevador;
solução Plug & Play.
Simplificação na instalação.
As caraterísticas técnicas destas configu-
Aproveite também estes benefícios. Au-
rações são feitas à medida para a sua uti-
VANTAGENS CONVINCENTES
mente a eficiência e a segurança. Reduza os
lização com o KonBoX®, e oferecem vanta-
Quando se opta por uma tecnologia nova é
custos de mão-de-obra e o material utiliza-
gens decisivas:
normal que, no início, surjam as seguintes
do de forma a conseguir ótimos benefícios,
›
questões comerciais e tecnológicas:
além de clientes satisfeitos e vantagens pe-
›
rante a concorrência.
Podem-se reduzir os tempos de trabalho, e em simultâneo, os custos de
Já não é necessário realizar nenhuma
cablagem;
›
Redução do tempo de instalação
›
Caixas de diferentes dimensões, o que
permite uma utilização flexível.
mão-de-obra?
›
Pode-se poupar material?
APLICAÇÃO DO EASY WIRING
›
A montagem é simplificada? Aumenta a
O circuito Concentrador Easy Wiring, como
No entanto, uma caixa standard nem sem-
segurança?
unidade de controlo, representa uma liga-
pre satisfaz as exigências: por isso desen-
A taxa de erros é reduzida?
ção com as suas entradas e saídas do ar-
volvemos e produzimos estas caixas com
›
mário de distribuição do elevador. Median-
uma configuração individual, consoante as
Com o sistema KonBoX® todas estas per-
te uma linha de ligação de quatro pólos,
suas necessidades.
guntas têm a mesma resposta, um Sim,
de preferência o cabo plano do KonboX®,
pois oferece um verdadeiro e real rendi-
são unidas as diferentes instalações entre
mento relativamente à cablagem tradicio-
si mediante slaves do Easy Wiring. Cada
nal devido à sua…
uma destas instalações pode ter várias
entradas e saídas consoante o seu modelo
... poupança de tempo
(por exemplo: botões de chamada de cada
... maior segurança
... e facilidade de instalação.
Mais especificamente, a soma das caraterísticas apresentadas anteriormente fornecem os seguintes resultados positivos:
›
Redução significativa do tempo de instalação no fosso do elevador;
›
Redução dos componentes da instalação, e por isso, dos custos de material;
›
Montagem simples e isenta de erros
A caixa de fosso da Weidmüller é a solução ideal
tanto no fosso do elevador como na
para uma cablagem do fosso do elevador com uma
produção;
otimização de tempo e de gastos.
Sistema
Sistema novo
tradicional
com Easy Writing
elevare 49
Produtos e tecnologias
Notícias
iluminação uniforme onde quer que se apli-
13.6.3.2, 6.3.7 – confirma a necessidade da
que, mesmo em espaços pequenos.
existência de um ponto de luz perto das
zonas de trabalho e de máquinas. Para
As suas caraterísticas especiais passam
dar cumprimento a este requisito são ins-
HL1: Loop magnético para tecto
de cabine
por ser uma luminária LED economizado-
talados pontos de comando em cada piso
ra e para encastrar com os LEDs de ele-
dos elevadores, assim como um relé, ori-
Schmersal Ibérica, S.L.
vado fluxo OSRAM OSLON. Tem uma liga-
ginando um custo mais elevado devido ao
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ção direta a 220 – 240 V, uma longa vida
número de pontos de comando necessá-
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média de 20 mil horas, aros de remate
rios e respetivas cablagens. Assim sendo,
em branco mate e alumínio anodizado, é
utilizando apenas o interruptor FR 573 há
O HL1 faz com que o seu elevador seja
extremamente compacta com 13 mm de
um comando de luz por cada um dos pisos,
plenamente acessível para pessoas com
profundidade de instalação e um diâmetro
utilizando somente a sua própria cablagem,
dificuldades auditivas. Este é um produto
de perfuração de 68 mm. Encontra-se dis-
sem haver necessidade de outros pontos de
adequado para a comunicação entre passa-
ponível em 2 temperaturas de cor (830 e
luz, relés e outro tipo de cablagens. O inter-
geiros com dificuldades auditivas e o centro
840) e pode substituir o downlights de 20 W
ruptor encontra-se fixado na parte superior
de assistência. Está disponível para novas
de halogéneo.
do elevador, sendo-lhe anexado um cordão
instalações ou atualizações de instalações
existentes. Além disso há diferentes ver-
com passagem decrescente (de cima para
...
baixo) junto à cabine do elevador.
sões de montagem, como em superfície,
encastrado ou no tecto da cabine.
Interruptor de sinalização
para elevadores – FR 573
O cordão deve ser guiado através dos anéis
O tamanho do HL1 é muito compacto e ape-
Casa das Lâmpadas, S.A.
devido à circulação de ar na cabine. Ao lon-
nas requer a ligação a uma alimentação e à
Tel.: +351 229 059 000 · Fax: +351 229 024 596
go do cordão, em intervalos regulares, por
alta-voz. O HLI pode ser aplicado em edifí-
[email protected]
norma, em cada andar, é anexado um indi-
cios públicos, prédios, centros de saúde, es-
www.casadaslampadas.com
cador que nos fornece indicações da respe-
critórios de turismo, centros de formação
de forma a evitar flutuações excessivas
tiva função. Na extremidade final do cordão,
e administração. Ou para centros de lazer
O interruptor FR 573 da Pizzato Elettrica,
o indicador possui um peso, o qual permite
como centros comerciais, cinemas, teatros
representada em Portugal pela Casa das
manter o cordão sob tensão. Desta forma
ou salas de exposição.
Lâmpadas, foi especificamente estudado
o operador, em qualquer posição, ao longo
para o comando da luz no vão dos eleva-
do espaço da cabine do elevador, pode acio-
dores. A Norma EN 81 – parágrafos 6.4.9,
nar o interruptor, puxando o dispositivo ou
...
diretamente o cordão. O interruptor FR 573
LEDVANCE® DOWNLIGHT S
da OSRAM
possui uma modalidade de funcionamento
OSRAM
o primeiro acionamento estreita os con-
Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259
tactos, e no seguinte os contactos abrem,
[email protected] · www.osram.pt
e assim sucessivamente. Com tal descrição
em posição constante, o que significa que
conclui-se que o interruptor FR 573 possui capacidade para substituir a utilização
do relé. Este interruptor foi testado com
20 lâmpadas de Neon de 36 W, superando 100.000 manobras. O funcionamento
é simples: para acender a luz no elevador,
basta puxar o cordão e para a desligar, basta repetir a mesma operação.
Esta é uma inovadora luminária LED para
encastrar que necessita apenas de 13 mm
de profundidade para instalação. É adequada para a iluminação de espaços pequenos,
tendo um corpo em alumínio e anéis em
alumínio anodizado ou em branco e estando equipada com uma fonte de alimentação
e com os LEDs OSRAM OSLON de alto fluxo
(eficiência 50 lm/W) para uma economia
até 70% de energia. Proporciona uma ótima
50
elevare
Produtos e tecnologias
F.Fonseca apresenta barreiras
óticas SGS da Sick
metros através do one-touch teach-in, sem
da qualidade e empenho que carateriza a
PC. A sincronização ótica elimina a neces-
UNIMEC e razão da longa cooperação com
F.Fonseca, S.A.
sidade de passar cabos, poupando tempo.
a Pietro Carnaghi. A UNIMEC é representada
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910
Apresentam a opção de botão de teach-in
em Portugal pela REIMAN.
[email protected] · www.ffonseca.com
capacitivo e LEDs para facilitar ainda mais
www.facebook.com/FFonseca.SA.Solucoes.
a instalação em soluções mais complexas,
de.Vanguarda
assim como Plug & Play com auto-teach e
...
sistema de instalação Click & Go para uma
Interruptor de posição com
desbloqueio remoto ZSM 476
instalação ainda mais rápida são outras das
Schmersal Ibérica, S.L.
inúmeras vantagens oferecidas pelas bar-
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reiras óticas SGS da Sick.
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auto-muting. A ajuda no alinhamento e o
...
Quer seja esguio, plano, curto ou longo,
UNIMEC: produz os seus maiores
gatos mecânicos
nada consegue passar despercebido pelas
REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais,
barreiras de luz inteligentes SGS da Sick que
Lda.
abrem a porta para a deteção inteligente.
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As barreiras óticas SGS da Sick podem ser
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montadas dentro de portas, portões e pontos de entrada/saída. Como resultado, elas
são o maior grupo de barreiras da família
SLG, possuem teach-in por comando remoto e têm o maior alcance entre emissor e
Com o ZSM 476, o Grupo Schmersal apre-
recetor. As barreiras óticas SGS da Sick po-
senta um interruptor de posição de encra-
dem ser instaladas facilmente graças ao
vamento com múltiplos contactos, que
sistema de instalação simples Click & Go.
pode ser utilizado tanto na tecnologia de
Adicionalmente, caraterísticas como auto-
elevação como na construção geral de má-
-muting, auto-teach e ajuda ao alinhamento
quinas. O interruptor de posição com função de segurança incorpora uma função de
permitem uma disponibilidade de funcionamento mais elevada. Existe ainda um esta-
A UNIMEC atingiu recentemente um novo
desbloqueio com ativação elétrica. Quando
bilizador em alumínio para montagem indi-
patamar na construção de gatos mecâni-
o interruptor for acionado, o pistão aciona-
vidual, o que torna a instalação ainda mais
cos ao fabricar o maior equipamento da sua
dor fecha, abrindo ou fechando circuitos
simples.
gama, em dimensões e capacidade de car-
elétricos. O interruptor não volta automa-
ga, para a Pietro Carnaghi, especialista na
ticamente à sua posição original, mas deve
Ao nível das caraterísticas destacamos as
construção de tornos verticais e máquinas
ser desbloqueado de forma intencionada,
alturas de deteção variáveis de 600 mm a
ferramenta de pórticos móveis de desbaste
um desbloqueio que pode ser realizado de
1.400 mm (em incrementos de 160 mm);
vertical. Estes gatos mecânicos têm fusos
forma manual ou através de um sinal elé-
alcance máximo de 10 m; o teach-in sim-
de 8 m com 160 mm de diâmetro e passo
trico. Nas zonas de difícil acesso ou com um
ples via cabo de configuração; ajuste de
de 28 mm, e irão fazer parte de um torno
espaço mínimo, a função de desbloqueio
parâmetros opcionais através do botão de
vertical de 12 m de altura e 20 m de compri-
remoto torna o ZSM 476 numa opção em
teach-in, sem necessidade de PC; o tempo
mento a ser instalado no Brasil.
comparação com outros tipos de interruptores convencionais. O valor de disparo do
de resposta de 18 ms; objeto mínimo detetável de 25 mm ou 45 mm; a imunidade
Esta não é a primeira vez que a UNIMEC
contacto, de apenas 0,3 mm, juntamente
muito elevada à luz solar até 150.000 lx e
fabrica equipamentos de dimensões espe-
com a reduzida força de atuação de 6 +/-2N,
uma zona morta muito pequena de 11 mm.
ciais, tendo já construído 20 gatos mecâni-
garante que o ZSM 476 possa ser utilizado
O design pequeno, fino e elegante permite
cos de 12 m de comprimento de fuso, sendo
em aplicações críticas para a segurança,
uma integração simples nas aplicações. Os
estes, no entanto, os mais importantes pe-
como, por exemplo, reguladores de veloci-
modelos esguios e planos das barreiras
las suas dimensões e capacidade de carga.
dade dos elevadores.
óticas SGS oferecem opções de montagem
Os requisitos desta construção estendem-
flexíveis e otimizam espaço de prateleira
se também à precisão, pois a tolerância
Para diferenciá-lo do modelo anterior, o
enquanto reduzem a possibilidade de so-
no passo entre os dois fusos é de apenas
novo ZSM 476 oferece-se com uma gama
frerem danos. Oferecem configuração de
0,28 mm entre os dois fusos de 8 metros.
de alavancas em ângulo e de rolo, o que
opções pré-definidas ou ajuste de parâ-
Esta realização é apenas mais uma prova
faz com que esta série se adapte de forma
52
elevare
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O Diretório Industrial
Produtos e tecnologias
ainda mais universal a toda uma ampla va-
proporcionam estabilidade na velocidade e
e um ótimo equilíbrio ecológico, graças aos
riedade de aplicações. Tendo uma classe de
uma rotação suave do motor, mesmo em
reduzidos requisitos energéticos na produ-
proteção IP 67, esta gama de interruptores
velocidades de rotação reduzidas. Outras
ção e no funcionamento, sem mercúrio e
é adequada para ambientes com humidade
funções como travagem controlada após
com um menor desperdício e baixo consu-
ou com pó. Oferecem-se diferentes comu-
paragem em emergência, controlo opcional
mo de recursos graças à muito longa du-
tadores com um máximo de três contactos
em malha fechada e um PLC integrado são
ração. De destacar algumas caraterísticas
NF e também há disponível uma combina-
algumas das mais-valias desta série.
importantes desta lâmpada PARATHOM®
ção de dois contactos NF e 1 contacto NA.
PAR16 20 como: uma vida média até 35.000
As opções de tensão são de 24 V, 110 V e
Ao nível de caraterísticas do variador de
horas (ciclos de manobras 165 minutos li-
230 V. Da mesma forma que os interrupto-
velocidade FR-A700 da Mitsubishi Electric
gada, 15 minutos desligada), um ângulo de
res estandardizados convencionais, o resis-
destacam-se a alimentação: 3x400 VAC;
abertura de 35°, um casquilho GU10, e é
tente invólucro plástico possui uma largura
potência: 0,75 KW a 630 KW; frequência de
adequada para a substituição direta de lâm-
de apenas 30 mm; além disso, o interruptor
Saída: 0 a 400 Hz; e o tipo de Controlo: Ve-
padas de halogéneo 20 W.
possui as mesmas dimensões de monta-
torial avançado sensorless. As vantagens
gem. O cabo de ligação pode ser fornecido,
deste variador são inúmeras desde o biná-
de forma opcional, em três dos lados do
rio de arranque excecional; filtro EMC inte-
invólucro. Além de oferecer as vantagens
grado; controlo do motor em malha aberta
Sistema telefónico de emergência
de numerosas possibilidades de seleção
ou fechada; controlo de velocidade, binário
Schmersal Ibérica, S.L.
e uma classe de proteção elevada, o ZSM
ou posição; alerta de manutenção e PLC in-
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476 constitui uma alternativa mais flexível
tegrado. As aplicações típicas são máquinas
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e económica em relação à série ZSM 241 já
de elevada performance onde a precisão na
disponível.
velocidade é de elevada importância, como
...
elevadores, guindastes e posicionamento
...
F.Fonseca apresenta Variador
de Velocidade Topo de Gama
- FR-A700 da Mitsubishi Electric
(embalagem, paletização, indexação).
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PARATHOM® PAR16 20: lâmpada
LED da OSRAM
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Este é um sistema a 2 fios, disponíveis em
PSTN e GSM e instalados ao mesmo tempo.
de.Vanguarda
Uma das suas caraterísticas e vantagens
passa pelas 6 estações de que faz parte a
funcionalidade integrada para sistemas de
intercomunicação de incêndio e evacuação.
Além de uma elevada resistência ao ruído sem necessidade de cabos protegidos.
Além disso tem um interface USB para programação, com um interface CANopen-Lift
opcional.
Esta é uma gama inovadora de lâmpadas
O sistema a dois fios é de fácil instalação e
A série de variadores de velocidade FR-
LED com formas variadas e casquilhos
tem disponíveis PSTN e GSM instalados ao
A700 da Mitsubishi Electric apresenta-se ao
tradicionais, que oferece uma economia
mesmo tempo, sendo imune a falhas por
mercado como a melhor escolha quando é
convincente, funcionalidade e variedade.
redundância. As estações extras são sis-
requerida uma elevada performance. Com-
As suas caraterísticas passam pela luz
temas de comunicação sem equipamentos
binando uma elevada robustez, modo de
100% instantânea, baixo desenvolvimento
separados, incluindo sistemas de comuni-
funcionamento e tecnologias de controlo
térmico, sem UV e reduzida radiação infra-
cação de incêndio. Tem ainda uma bateria
de potência avançadas, a gama A700 pos-
vermelha, luz branca com boa restituição
monitorizada, algo requerido pela EN 81-28
sui a flexibilidade e o desempenho neces-
de cores, resistente a impactos e vibrações.
e sem paragens imprevistas. E como tem
uma luz de emergência não é necessário
sários e para soluções de engenharia topo
de gama ou aplicações muito exigentes.
Além disso tem até 90% menos emissão
Tecnologias como controlo vetorial sem
de CO2 comparada com as lâmpadas con-
recurso a sensores e auto-tuning online
vencionais incandescentes e de halogéneo,
54
elevare
um sistema externo.
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comunicação industrial
Pautando pela exigência com que atua
nos serviços que oferece e na eficácia de
concretização dos mesmos, garantimos
sempre o respeito e o reconhecimento
dos nossos clientes.
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