Download CFW-09RB - Conversor Regenerativo

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MANUAL DO
CONVERSOR
REGENERATIVO
Série:
CFW-09RB
Software: versão 1.2X
0899.5117 P/6
08/2005
ATENÇÃO!
É muito importante conferir se a
versão de software do conversor
é igual à indicada acima.
Sumário das revisões
A informação abaixo descreve as revisões ocorridas neste manual.
Revisão
1
2
3
4
5
6
Descrição da revisão
Primeira revisão
Alteração Pré-Carga
Inclusão correntes acima 600A
Mudança software-programação RL 1
Alteração dos capacitores do filtro de entrada
Inclusão de filtro LC na entrada
Capítulo
2
5
5
-
Índice
Referência Rápida dos Parâmetros,
Mensagens de Erro e Estado
I Parâmetros ..................................................................................... 07
II Mensagens de Erro ......................................................................... 10
III Outras Mensagens .......................................................................... 10
CAPÍTULO
1
Informações Gerais
1.1 Sobre o CFW-09RB ..................................................................... 11
1.1.1 Harmônicas ............................................................................ 11
1.1.2 Frenagem ............................................................................... 19
1.1.3 Aplicações ............................................................................. 22
1.2 Blocodiagrama Simplificado do CFW-09RB .................................. 25
CAPÍTULO
2
Instalação Elétrica
2.1 European EMC Directive .............................................................. 28
CAPÍTULO
3
Energização/Colocação em Funcionamento
3.1 Preparação para Energização ...................................................... 29
3.2 Primeira Energização ................................................................... 29
CAPÍTULO
4
Uso da HMI
4.1 Descrição da Interface Homem-Máquina HMI-CFW-09-LCD ............. 31
4.2 Uso da HMI .................................................................................. 32
4.2.1 Uso da HMI para Operação do Retificador .............................. 33
4.2.2 Sinalizações/Indicações nos Displays da HMI ........................ 33
4.3 Alteração de Parâmetros .............................................................. 34
4.3.1 Seleção/Alteração de Parâmetros .......................................... 34
CAPÍTULO
5
Descrição Detalhada dos Parâmetros
5.1 Parâmetros de Acesso e de Leitura - P000 a P099 ...................... 36
5.2 Parâmetros de Regulação - P100 a P199 ..................................... 39
5.3 Parâmetros de Configuração - P200 a P399 ................................. 42
CAPÍTULO
6
Solução e Prevenção de Falhas
6.1 Erros e Possíveis Causas ............................................................ 48
Índice
CAPÍTULO
7
Características Técnicas
7.1 Dados da Potência ...................................................................... 51
7.1.1 Rede 220 - 230V ................................................................... 51
7.1.2 Rede 380 - 480V ................................................................... 51
APÊNDICE
A
Filtro de Entrada LC
......................................................................................................... 53
APÊNDICE
B
Reatâncias de Entrada do CFW-09RB
......................................................................................................... 57
CFW-09RB - REFERÊNCIA RÁPIDA DOS PARÂMETROS
REFERÊNCIA RÁPIDA DOS
PARÂMETROS, MENSAGENS
DE ERRO E ESTADO
Software: V1.2X
Aplicação:
Modelo:
N.o de série:
Responsável:
Data:
/
/
.
I. Parâmetros
Parâmetro
P000
P002
P003
P004
P006
P010
P012
P013
P014
P015
P016
P017
P022
P023
P025
P026
P027
P028
P029
P042
P043
P121
P151
P156
Descrição
Ajuste
de Fábrica
Faixa de Valores
Acesso Parâmetros
Parâmetros LEITURA
Tensão de Linha
Corrente Entrada
Tensão Link CC
0 a 999
P001 a P099
0 a 600
0 a 2600
0 a 1077
rdy
run
Estado do Retificador
Sub
EXY
Potência de Entrada
0.0 a 1200
A = Ativa
Estado DI1 a DI2
I = Inativa
A = Ativa
Estado DO1, DO2, RL1, RL2, RL3
I = Inativa
Último Erro
E00 a E41
Segundo Erro
E00 a E41
Terceiro Erro
E00 a E41
Quarto Erro
E00 a E41
Para uso da WEG
0 a 100
Versão Software
1.0X
Valor da A/D Iv
0 a 1023
Valor da A/D Iw
0 a 1023
Para uso da WEG
-999 a 999
Para uso da WEG
0 a 2100
Para uso da WEG
0 a 2100
Horas Energizado
0 a 65530
Horas Habilitado
0 a 6553
Parâmetros de Regulação
P120 a P199
Referências da Corrente Reativa
Referência de Corrente
-100 a 100
Reativa
Reg. Tensão CC
322 a 394 (P296=0)
556 a 680 (P296=1)
585 a 715 (P296=2)
Nível de Tensão CC
646 a 790 (P296=3)
695 a 825 (P296=4)
Correntes de Sobrecarga
Corrente Sobrecarga 100%
0 a 1.3xP295
0
Unidade
Ajuste
Página
do Usuário
-
36
A
V
36
36
36
-
36
kW
-
36
-
37
37
%
h
h
37
37
37
37
38
38
38
38
38
38
38
38
38
0.0
%
38
358
618
650
718
750
V
39
1.1xP295
-
39
Reg. Link CC
P161
Ganho Proporcional CC
0.0 a 63.9
5.0
-
39
P162
Ganho Integral CC
0.000 a 9.999
0.009
-
40
7
CFW-09RB - REFERÊNCIA RÁPIDA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P167
P168
P169
P170
P175
P176
P179
P180
Descrição
Reg. Corrente
Ganho Proporcional Corrente
Ganho Integral Corrente
Máxima Corrente de Frenagem
Máxima Corrente de Motorização
Reg. de Reativos
Ganho Proporcional Reativos
Ganho Integral Reativos
Reativo Máximo
Ponto de Geração de Reativos
Parâmetros
CONFIGURAÇÃO
P200
A senha está
P201
Seleção do Idioma
P204 (1)
Carrega/Salva Parâmetros
P205
Seleção Parâmetro Leitura
P206
Tempo Auto-Reset
Ajuste de Contraste do
Display LCD
Saídas Analógicas
P218
P251
Função Saída AO1
P252
Ganho Saída AO1
P253
Função Saída AO2
P254
Ganho Saída AO2
P255
Função Saída AO3
(Usar Cartão de Expansão)
P256
Ganho Saída AO3
P257
Função Saída AO4
(Usar Cartão de Expansão)
P258
Ganho Saída AO4
8
Ajuste
de Fábrica
Faixa de Valores
Unidade
Ajuste
Página
do Usuário
0.00 a 1.99
0.000 a 1.999
0 a 150xP295
0 a 150xP295
0.7
0.250
100 (P295)
100 (P295)
%
%
41
41
41
41
0.0 a 31.9
0.000 a 9.999
0 a 120
0 a 120
3.3
0.067
120
120
%
%
41
41
41
41
1=Ativa
-
42
A ser definida
pelo usuário
-
42
0
-
42
P200 a P399
0=Inativa
1=Ativa
0=Português
1=English
2=Español
0=Sem função
1=Sem função
2=Sem função
3=Reset P043
4=Sem função
5=Carrega WEG
0=P002
1=P003
2=P004
3=P006
4=P010
5=P042
6=P043
0 a 255
2=P002
-
43
0
s
43
0 a 150
127
-
43
0=Tensão de Linha
-
43
1.000
-
43
0=Tensão de Linha
-
43
1.000
-
43
0=Tensão de Linha
-
44
1.000
-
44
0=Tensão de Linha
-
44
1.000
-
44
0=Tensão de Linha
1=Corrente de Entrada
2=Tensão do Link
3=Potência de Entrada
0.000 a 9.999
0=Tensão de Linha
1=Corrente de Entrada
2=Tensão do Link
3=Potência de Entrada
0.000 a 9.999
0=Tensão de Linha
1=Corrente de Entrada
2=Tensão do Link
3=Potência de Entrada
Mais 21 sinais de uso
exclusivo da WEG
0.000 a 9.999
0=Tensão de Linha
1=Corrente de Entrada
2=Tensão do Link CC
3=Potência de Entrada
Mais 21 sinais de uso
exclusivo da WEG
0.000 a 9.999
CFW-09RB - REFERÊNCIA RÁPIDA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P263 (1)
P264 (1)
Descrição
Entradas Digitais
Função Entrada DI1
Função Entrada DI2
Saídas Digitais
P275 (1)
Função Saída DO1
(usar cartão de expansão)
P276 (1)
Função Saída DO2
(usar cartão de expansão)
P277 (1)
Função Relé RL1
P279 (1)
Função Relé RL2
P280 (1)
Função Relé RL3
Faixa de Valores
2=Habilita Geral
4=Sem Erro Externo
Ajuste
de Fábrica
2=Habilita Geral
4=Sem Erro Externo
0 a 10=Sem Função
11=run
12=ready
13=Sem Erro
14=Sem E00
15=Sem E01+E02+E03 0=Sem função
16=Sem E04
17=Sem E05
18 a 23=Sem Função
24=Pré-Carga OK
25=Com Erro
26=Sem Função
0 a 10=Sem Função
11=run
12=ready
13=Sem Erro
14=Sem E00
15=Sem E01+E02+E03
0=Sem função
16=Sem E04
17=Sem E05
18 a 23=Sem Função
24=Pré-Carga OK
25=Com Erro
26=Sem Função
0 a 10=Sem Função
11=run
12=ready
13=Sem Erro
14=Sem E00
15=Sem E01+E02+E03 24=Pré-Carga OK
16=Sem E04
17=Sem E05
18 a 23=Sem Função
24=Pré-Carga OK
25=Com Erro
26=Sem Função
0 a 10=Sem Função
11=run
12=ready
13=Sem Erro
14=Sem E00
15=Sem E01+E02+E03
13=Sem erro
16=Sem E04
17=Sem E05
18 a 23=Sem Função
24=Pré-Carga OK
25=Com Erro
26=Sem Função
0 a 10=Sem Função
11=run
12=ready
11=run
13=Sem Erro
14=Sem E00
15=Sem E01+E02+E03
Unidade
Ajuste
Página
do Usuário
-
45
45
-
45
-
45
-
45
-
45
-
45
9
CFW-09RB - REFERÊNCIA RÁPIDA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
Descrição
Faixa de Valores
Ajuste
de Fábrica
Unidade
Ajuste
Página
do Usuário
16=Sem E04
17=Sem E05
18 a 23=Sem Função
24=Pré-Carga OK
25=Com Erro
26=Sem Função
Dados Retificador
P295 (1)
Corrente Nominal
P296 (1)
Tensão Nominal
P297 (1)
Freqüência de Chaveamento
17=86.0A
18=105.0A
19=130.0A
20=142.0A
21=180.0A
22=240.0A
23=361.0A
24=450.0A
25=600.0A
26=650.0A
27=810.0A
28=1080.0A
29=1215.0A
30=1620.0A
0=220V/230V
1=380V
2=400V/415V
3=440V/460V
4=480V
1=2.5
2=5.0
De acordo com a
corrente nominal
do inversor
-
47
De acordo com a
tensão nominal
do inversor
V
47
kHz
47
2=5.0
Nota presente na Descrição rápida dos parâmetros:
(1) Parâmetros alteráveis somente com o Retificador desabilitado.
II. Mensagens de Erro
Indicação
Significado
E00
Sobrecorrente na entrada
E01
Sobretensão no circuito intermediário (CC)
48
E02
Subtensão no circuito intermediário (CC)
48
E03
Subtensão/Falta de fase na alimentação
48
E04(*)
Sobretemperatura no dissipador
da potência/ Falha no circuito de pré-carga
Página
48
49
E05
Sobrecarga na saída (função Ixt)
49
E06
Erro externo
49
E08
Erro na CPU (watchdog)
49
E09
Erro na memória de programa
49
E16
Sobretensão da Rede
49
E31
Falha de conexão da HMI
49
E41
Erro de auto-diagnose
49
(*) O E04 pode significar “Falha no circuito de pré-carga” apenas nos seguintes
modelos:
86A, 105A e142A/380V-480V e 70A, 86A, 105A e 130A/220V-230V.
III. Outras Mensagens
Indicação
Significado
rdy
Retificador pronto (ready) para ser habilitado
run
Retificador habilitado
Sub
10
Retificador com tensão de rede insuficiente para operação
(subtensão)
CAPÍTULO
1
INFORMAÇÕES GERAIS
Este manual tem como objetivo fornecer informações a respeito da
linha de retificadores CFW-09RB. Antes de prosseguir na leitura deste
manual, é recomendada a leitura do manual do inversor de freqüência
CFW-09. Todas as informações pertinentes a Instruções de Segurança, versão de software, etiqueta de identificação, recebimento e
armazenamento, instalação mecânica e Garantia apresentadas são
válidas também para esta linha.
1.1 SOBRE O CFW-09RB
A figura 1 mostra o esquema do acionamento de um motor de indução
convencional. Nela estão representados a rede, a reatância de entrada, a ponte retificadora não controlada, o indutor do link DC, o link DC
(um capacitor), a ponte inversora de IGBT’s de saída, o motor de indução
e uma carga qualquer. A reatância de entrada e o indutor do link podem ou não estar simultaneamente presentes.
Figura 1.1 - Acionamento Convencional de Motor de Indução
Existem dois problemas associados a este tipo de acionamento: a
injeção de harmônicas na rede e a frenagem de cargas com grande
inércia ou que giram a grande velocidade e necessitam de tempos de
frenagem curtos. A injeção de harmônicas na rede acontece com qualquer tipo de carga. O problema da frenagem aparece em cargas tais
como centrífugas de açúcar, dinamômetros, pontes rolantes e
bobinadeiras.
O conversor CFW-09 com opção RB (Regenerative Breaking) é a solução WEG para estes problemas (Fig.1.2).
Figura 1.2 - CFW-09 Opção RB
1.1.1 Harmônicas
Do ponto de vista do sistema elétrico, a carga ideal é a resistiva. Isto
porque toda a energia transmitida é transformada em trabalho útil.
Sempre que é conectada uma carga indutiva, tais como motores, parte da energia transmitida é utilizada para a formação de campos eletromagnéticos inerentes ao funcionamento da carga. A utilização correta de bancos de capacitores resolve este problema.
Com a crescente utilização de inversores de freqüência tanto em
ambientes industriais como domésticos, outro fenômeno começou a
ganhar importância: as harmônicas.
Observe a figura 1.3.
11
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Figura 1.3 - Forma de Onda Complexa
Ela lembra uma senóide, mas está bastante distorcida. Matematicamente pode-se provar que o sinal da figura 1.3 é composto pela soma de
várias senóides com freqüências e amplitudes diferentes (Fig. 1.4).
Figura 1.4 - Decomposição Harmônica do sinal da Figura 1.3
Observando a figura 1.4 nota-se que existe uma senóide com amplitude
maior, que é conhecida como fundamental ou primeira harmônica. Neste
caso ela tem um valor de pico igual a 100 e uma freqüência de 60 Hz. As
outras senóides (harmônicas) são analisadas em relação a fundamental:
uma tem pico de 20 volts (ou 20% da fundamental) e freqüência de 300
Hz (cinco vezes a da fundamental, daí o termo quinta harmônica); a outra
tem pico de 14 volts (14% da fundamental) e freqüência de 420 Hz (sete
vezes a da fundamental, ou seja, a sétima harmônica). Pode-se dizer que
quanto mais complexo um sinal, maior é o número de harmônicas que o
compõe, ou seja, podem existir décima-primeira harmônica, décima-terceira harmônica e assim por diante. Existem também harmônicas pares
(segunda, quarta, etc), mas normalmente elas não aparecem nos sinais
que nos interessam, ou têm valor muito baixo.
Os retificadores a diodo funcionam de tal maneira que só ocorre transferência de energia da rede para o banco de capacitores de saída quando
a tensão da rede é superior a tensão do banco de capacitores. Isto faz
com que a corrente drenada pela ponte retificadora seja pulsada.
12
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Corrente
Tensão
Figura 1.5 - Forma de Onda da Tensão de Fase e Corrente de Entrada de uma
Ponte Trifásica a Diodos
As harmônicas das correntes de entrada dos retificadores já foram
amplamente estudadas e sabe-se que as ordens das harmônicas são
dadas pela fórmula 1.
η=P.k ±1
(1)
Onde k pode assumir valores 1, 2, 3 a e P é o número de pulsos da
ponte retificadora.
Uma ponte trifásica completa tem 6 pulsos, logo P=6. Estarão presentes a 5a, 7a, 11a, etc. harmônicas. Numa ponte monofásica P=2,
logo teríamos adicionalmente a terceira harmônica. Em uma ponte de
doze pulsos não teríamos a terceira, quinta e sétima.
Qual o problema de termos um grande conteúdo harmônico na corrente de entrada? O problema é que somente a fundamental contribui
para a transferência de energia entre a fonte e a carga, isto é, produz
trabalho útil. As demais harmônicas somente produzem perdas no
sistema, provocando aquecimento em equipamentos tais como geradores e transformadores. Estes equipamentos precisam ser
sobredimensionados para compensar este efeito, gerando custos adicionais. A figura 1.6 ilustra outro efeito das harmônicas: a corrente
drenada pela carga não-linear (o retificador neste caso) tem harmônicas que produzem quedas nas impedâncias do sistema proporcionais
a elas mesmas. Isto provoca o surgimento de harmônicas na tensão
da rede que vai alimentar o motor. Logo o motor também vai drenar
uma corrente com um certo conteúdo harmônico. Além disto a alimentação distorcida vai provocar aquecimento adicional no motor.
Embora a figura apresente apenas um motor como carga linear, devese pensar que esta carga pode estar na mesma instalação, ou até
mesmo na fábrica ao lado.
Motor
Tensão Distorcida
Carga Não-Linear
Figura 1.6 - Efeitos das Harmônicas no Sistema
13
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Embora tenhamos abordado somente pontes retificadoras não-controladas, podemos considerar que os efeitos das pontes a tiristor é bastante
semelhante. A principal diferença é que conforme aumenta o ângulo de
disparo, aumenta o atraso entre a tensão e a componente fundamental
da corrente de entrada.
Para levar em conta o efeito das harmônicas nos sistemas foi necessário
criar um novo conceito de fator de potência. Antigamente, quando as
cargas eram somente capacitivas, indutivas e resistivas o fator de potência era definido como o cosseno do ângulo entre a tensão e a corrente.
Este ângulo é medido levando-se em conta que o período da tensão para
uma rede de 60 Hz é pouco mais de 16 ms que correspondem a 360
graus. Na figura 1.7a, a tensão está adiantada da corrente em alguns
milissegundos, o circuito é indutivo e o cosseno do ângulo convertido de
milissegundos para graus é positivo e menor do que 1. Na figura 1.7b, a
corrente está adiantada da tensão, o circuito é capacitivo e o cosseno do
ângulo é menor do que zero e maior do que um negativo. Caso o circuito
fosse puramente resistivo, a tensão estaria em fase com a corrente acarretando um ângulo igual a zero e cosseno igual a 1.
Tensão
Corrente
a
Tensão
b
Corrente
Figura 1.7 - Circuito Indutivo e Capacitivo
Este fator de potência antigo foi redefinido como fator de deslocamento. A
diferença é que neste novo fator o ângulo é medido entre a fundamental
da tensão e a fundamental da corrente.
Para levar em conta o conteúdo harmônico da corrente foi criado um
outro fator denominado taxa de distorção harmônica da corrente. Ele é
calculado somando-se todos os valores eficazes das harmônicas; logo
após tira-se a raiz quadrada deste somatório e divide-se o resultado pelo
valor eficaz da fundamental.
h
TDH (Ι)% =
2
∑2 Ιh
Ι1
(2)
A fórmula 3 mostra como são combinados o fator de deslocamento e a
taxa de distorção harmônica da corrente na nova definição de fator de
potência:
FP =
14
Cos φ1
1 + TDH2
(3)
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
A escolha do método de minimização de harmônicas depende basicamente dos custos e da normas a serem atendidas. As normas variam de país para país e os níveis de distorção normalmente são fixados de acordo com a potência envolvida ou de acordo com os efeitos
no sistema. Existem até normas de compatibilidade eletromagnética
que tratam do assunto.
Um dos métodos mais utilizados é a introdução de uma indutância
em série com a alimentação, também conhecida como reatância de
rede. Ela geralmente é especificada de acordo com a queda de tensão percentual que provoca na tensão da rede. Conforme o valor da
indutância vai aumentando, a transferência de energia da rede para o
banco de capacitores vai ficando menos brusca, fazendo com que os
pulsos de corrente na entrada fiquem com amplitudes menores; com
isto o conteúdo harmônico diminui. Entretanto com reatâncias que
provocam quedas maiores que 4% não existe efeito perceptível (Fig.
1.8). Com este método é possível conseguir taxas de distorção próximas de 39%.
Figura 1.8 - Correntes com Reatância de Entrada
Outro método é o acréscimo de um indutor no link DC do inversor. Os
efeitos são os mesmos mas a forma de onda da corrente da entrada é
um pouco diferente (Fig. 1.9).
Figura 1.9 - Corrente de Entrada com Indutor no Link
Existem vantagens e desvantagens nestes métodos. A reatância de
rede reduz a corrente eficaz dos diodos da ponte retificadora, reduz a
corrente de ripple nos capacitores do circuito intermediário (aumentando a vida útil dos mesmos) e limita a área dos “notches”
15
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
provocados por curto-circuitos momentâneos na rede elétrica causados
durante a comutação dos diodos de braços diferentes da ponte retificadora.
Estes “notches” (endentações ou ranhuras) são deformações da tensão
da rede e tem a profundidade e área regulamentada por algumas normas.
(Fig. 1.10 e 1.11).
Figura 1.10 - Um “NOTCH”
Figura 1.11 - Close de um NOTCH
A reatância de rede também reduz o efeito de surtos de tensão da rede
sobre o inversor. Estes surtos tendem a provocar bloqueio devido a
sobretensões no link intermediário. As desvantagens da reatância de rede
são volume e a queda no valor médio da tensão do link DC do inversor,
que por sua vez limita a tensão máxima no motor acionado e conseqüentemente o torque.
O indutor do link tem um volume menor e não provoca queda no valor
médio da tensão do link DC, porém não tem o mesmo efeito limitador de
surtos da rede quando comparado com a reatância. Também tende a
introduzir “notches” na rede, bem como produzir oscilações indesejáveis
devido a ressonâncias com elementos do sistema.
Outra solução é a associação de retificadores para obter um número
maior de pulsos (12, 18 e 24 pulsos, outras são menos comuns). A mais
comum é a configuração em 12 pulsos que podem ter as pontes
retificadoras associadas em série ou em paralelo. Além disto podem ser
controladas ou não controladas.
16
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
O princípio de funcionamento é o mesmo: um transformador com dois
secundários, um em “Y” e outro em delta com as tensões defasadas
de trinta graus. Ou dois transformadores, um com secundário em “Y”
e outro com secundário em delta (Fig. 1.12). O efeito é o mesmo.
Cada retificador gera o mesmo nível de harmônicas, mas a defasagem
na tensão de entrada faz com que as harmônicas com ordem menor
que a décima-primeira se cancelem no primário. As reatâncias na
entrada dos retificadores podem existir fisicamente ou podem ser apenas a dispersão dos transformadores. Outra observação importante é
que como as harmônicas só se cancelam no primário, os transformadores devem ser sobredimensionados para comportar as harmônicas.
Figura 1.12 - Retificador de 12 pulsos com dois transformadores
Figura 1.13 - Retificador de 12 pulsos com dois transformadores
A taxa de distorção harmônica teórica no primário de um retificador a
12 pulsos fica próxima a 6% (Fig.1.13). Entretanto um desequilíbrio
na rede em torno de 2,5% e uma diferença de um grau na defasagem
já eleva esta distorção em simulações para valores próximos a 10%.
Valores obtidos na prática chegam a 14%, provavelmente devido a
desequilíbrios na disperção dos transformadores combinados com os
fatores citados anteriormente.
17
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Existem algumas outras soluções que podem ser citadas. Todas elas
acrescentam algum tipo de dispositivo em série ou em paralelo com a
alimentação do retificador. Entre elas podemos citar os filtros passa-baixas combinados com autotransformadores e capacitores em série com a
rede. Estes filtros obtém taxas de distorção na faixa de 8 a 10% com
fator de potência de 0,9 a 0,95 em avanço.
Outra solução é a utilização de filtros ativos, que não passam de outro
conversor em paralelo com a alimentação. O controle deste conversor
funciona de maneira a absorver em grande parte o conteúdo harmônico
gerado pelo retificador. Pode-se conseguir taxas de distorção em torno
de 4% com esta solução, entretanto o custo é elevado. Pode-se utilizar
também filtros sintonizados em uma harmônica em série, que produz
redução significativa naquela harmônica mas que também produzem queda
acentuada no valor médio da tensão do link DC. Os filtros sintonizados
também podem aparecer em paralelo com a alimentação, porém eles
podem causar oscilações devido a ressonâncias com outros elementos
do sistema.Existe também um efeito indesejável adicional, que é a importação de harmônicas. Como o filtro fornece um caminho de baixa
impedância para as harmônicas, ele pode drenar harmônicas da fábrica
ao lado, por exemplo, produzindo sobrecarga do filtro. Para minimizar
estes efeitos torna-se necessário acrescentar uma reatância em série
agregando custos a uma solução que já tem um custo elevado e aumentando também o volume.
Os principais componentes de um acionamento com CFW-09 RB são
apresentados na figura 1.14.
Filtro de
Entrada LC
Reat.
Entrada
Motor
Carga
Figura 1.14 - Esquema Simplificado de um acionamento com o CFW-09 RB
Numa unidade CFW-09RB estão presentes um banco de capacitores e
uma ponte de IGBT’s como mostra a figura. Externamente existe uma
reatância de rede e um filtro capacitivo. Através do chaveamento da ponte
de IGBT’s é possível fazer a transferência de energia da rede para o banco de capacitores de maneira controlada. Pode-se dizer que através de
chaveamento o CFW-09RB emula uma carga resistiva. Também existe
um filtro capacitivo para evitar que o chaveamento da ponte interfira com
outras cargas da rede. Para completar o acionamento é necessário a
utilização de um CFW-09HD, que faz o controle de velocidade do motor e
sua carga. Na figura 1.14 ele está representado pela segunda ponte de
IGBT’s.
A figura 1.15 mostra as formas de onda da tensão e da corrente de entrada de um acionamento de 50 HP quando o motor na saída do acionamento
está em funcionamento normal.
18
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
1) Ref. A: 100V 10ms
2) Ref B: 50A 10ms
Figura 1.15 - Tensão e Corrente de Entrada de um CFW-09RB
1.1.2 Frenagem
A figura 1.16 mostra duas situações possíveis de um acionamento
convencional. Na situação “a” o inversor faz com que o motor atinja
uma rotação que é transmitida para a carga. Esta carga possui uma
propriedade chamada inércia, que é a tendência a resistir a qualquer
mudança no seu estado de movimento. Quando se torna necessário
parar esta carga, ou até mesmo simplesmente reduzir a sua rotação,
o inversor alimenta o motor com uma tensão de freqüência e amplitude menor fazendo com que o campo eletromagnético girante no interior do motor gire com uma velocidade menor. Entretanto a carga não
altera sua velocidade instantâneamente, fazendo com que a carga
gire numa velocidade maior do que o campo (o escorregamento fica
negativo).
Nesta situação o motor se comporta como um gerador (Fig. 1.16b), a
tensão induzida no rotor tem uma amplitude maior que a alimentação.
Parte da energia gerada é dissipada no motor e parte é dissipada na
ponte de IGBT’s. Outra parte é retificada nos diodos da ponte de IGBT's
e é acumulada no banco de capacitores do link DC fazendo com que
a ponte de diodos da entrada fique reversamente polarizada e cessando o fluxo de potência da rede para o banco de capacitores do link DC.
Uma parcela desta energia retorna pelos IGBT's de saída para magnetizar o motor.
a
b
Figura 1.16 - Frenagem em um Acionamento Convencional
19
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Se nada for feito a tensão nos capacitores vai subir até que atue a proteção de sobretensão do Link DC. Com isto os pulsos dos IGBT’s de saída
são cortados, o motor desmagnetiza e deixa de funcionar como gerador.
As perdas mecânicas do sistema (tais como o atrito) farão a carga parar
depois de um tempo (proporcional a inércia do sistema).
Muitos acionamentos precisam que aconteça uma redução de velocidade ou até mesmo uma parada total num tempo pré determinado sem que
ocorra sobretensão no Link. Já que a inércia funciona como um acumulador de energia, podemos dizer que quanto mais rápido é absorvida a
energia gerada pelo motor, maior é o torque de frenagem. De acordo com
a aplicação (tempo para parada total ou redução de rotação) e os custos
da energia devolvida para o circuito intermediário existem várias alternativas.
A primeira é a injeção de corrente CC no estator do motor. O inversor
alimenta o estator do motor com uma corrente CC com o maior possível
e como não existe campo girante, não existe energia devolvida. São
induzidas correntes no rotor que produzem perdas resistivas e o torque
de frenagem é proporcional a estas perdas. Como elas são muito baixas
este método é muito pouco usado.
Outra alternativa é a injeção de harmônicas no estator. Este método é
pouco usado devido ao elevado ruído acústico gerado e ao torque de
frenagem com um “ripple” muito grande, isto é, com uma variação muito
grande.
A linha de inversores CFW-09 oferece uma opção adicional que é o Optimal
Braking. No modo de controle vetorial, quando ocorre uma frenagem, o
inversor consegue maximizar as perdas no motor e um torque de frenagem
elevado.
A alternativa mais comumente encontrada é a frenagem reostática (Fig.
1.17).
Figura 1.17 - Frenagem Reostática
Ela consiste em conectar um resistor através do Link CC no momento da
frenagem. Assim a energia que seria devolvida ao link é dissipada na
forma de calor. É uma solução simples porém, dependendo das energias
envolvidas, anti-econômica.
Uma solução mais eficiente é a devolução de energia para a rede. Isto
pode ser feito através da utilização de duas pontes retificadoras totalmente controladas em anti-paralelo ou com ponte de diodos e ponte
tiristorizada (Fig. 1.18).
As principais desvantagens deste método são a elevada taxa de distorção
harmônica e a variação do fator de deslocamento com a carga e todos os
problemas decorrentes.
20
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Figura 1.18 - Regeneração com Pontes Tiristorizadas
O CFW-09RB também possibilita a devolução da energia para a rede
durante a frenagem (Fig. 1.19).
Figura 1.19 - CFW-09RB devolvendo energia para a rede
O princípio de funcionamento é mostrado na figura 1.20. Durante a
frenagem o CFW-09RB se comporta como um gerador, impondo uma
tensão na sua entrada com uma amplitude maior que a tensão da
rede. Isto faz com que o fluxo de potência se inverta. Pode-se fazer
uma analogia com o sistema elétrico (Fig. 1.19).
Figura 1.20 - Sistema Elétrico
Na figura 1.20 V1 equivale a rede e V2 equivale ao CFW-09RB, assim
como no sistema elétrico V1 e V2 equivalem a dois geradores. O fluxo
de potência entre eles é dado pela fórmula 4.
P=
V1 . V2
. sen δ
Xl
(4)
Ele é diretamente proporcional ao produto das amplitudes dos dois
geradores, dividido pela impedância entre eles e multiplicado ainda
pelo seno do ângulo de defasagem entre as duas fontes. Para devolver
a energia para a rede só é possível variar a amplitude na entrada do
CFW-09RB ou a defasagem com a rede. A solução mais simples é
variar a amplitude (aumentando-a) e o resultado é apresentado na figura 1.21.
21
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
1) Ref. A: 100V 10ms
2) Ref B: 50A 10ms
Figura 1.21 - Tensão e Corrente de um CFW-09RB regenerando
A figura 1.21 apresenta as formas de onda da tensão e da corrente de um
acionamento de 50 HP regenerando com 70% da carga nominal.
1.1.3 Aplicações
22
Como já foi salientado o dimensionamento do CFW-09RB segue o do
inversor de saída. O CFW-09RB tem a capacidade de regenerar a mesma
quantidade de energia que drena. Porém existem detalhes que podem
resultar em aplicações adicionais, como por exemplo acionar um motor
com uma tensão maior do que a da rede de alimentação em alguns modelos.
Isto acontece porque para gerar uma senóide maior do que a rede e assim regenerar energia é necessário que o Link DC esteja numa tensão
maior da que seria obtida com um retificador a diodos convencional. Isto
é obtido através do chaveamento dos IGBT’s de entrada, que fazem com
que a energia seja acumulada na reatância de entrada e depois “bombeada” no Link DC. Por isto o inversor de saída tem margem de tensão para
acionar um motor de tensão mais alta. Isto acontece somente nos modelos alimentados em 380 V que podem alimentar motores de 440 V e nos
modelos com alimentações de 400 a 460 V que podem alimentar motores de 480 V. Esta característica do produto pode ser explorada somente
após um estudo mais aprofundado da aplicação.
Uma aplicação típica do CFW-09RB são as centrífugas de açúcar. Grande parte da energia neste tipo de acionamento é dispendido na aceleração da carga dentro de um período determinado de tempo devido a necessidade de se obter um determinado número de ciclos e assim assegurar a produtividade. Durante o tempo em que a centrífuga gira na velocidade máxima só é necessário suprir energia suficiente para alimentar as
perdas do sistema. Como a carga tem uma inércia muito grande, na hora
da desaceleração toda a energia acumulada tem que ser dissipada em
algum lugar ou devolvida a rede. Como ainda temos a restrição de tempo,
necessitamos de um torque de frenagem elevado. Um exemplo do ciclo
típico de uma centrífuga de açúcar é mostrado na figura 1.22.
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Figura 1.22 - Ciclo de uma Centrífuga de Açúcar
Inicialmente a centrífuga encontra-se girando a 50 rpm, que é a velocidade no final da descarga (T0). Em seguida a centrífuga deve ser acelerada até a velocidade de carga (T1-T2) no menor período de tempo
possível a fim de não penalizar o ciclo. Neste caso a aceleração é de
50 até 180 rpm. Uma vez atingida a rotação de carga, a massa começa a ser colocada dentro da centrífuga e a inércia começa a aumentar
proporcionalmente. A velocidade é mantida constante. Após finalizada
a carga (T2), a centrífuga é acelerada até a velocidade máxima, neste
caso 1050 rpm (T5) e a inércia diminui devido a separação da fase
líquida.
Apesar da rotação aumentar linearmente entre T2 e T5, destacamos
outros dois pontos na figura 22: o primeiro quando a centrífuga atinge
a rotação de 800 rpm (T3), quando se considera que a fase líquida foi
totalmente retirada, e o segundo (T4) quando a centrífuga atinge a
rotação nominal do motor, já que estamos considerando a utilização
de um motor de 8 pólos alimentado em 440 V, 60 Hz. Durante parte do
ciclo o motor trabalha na região de potência constante (enfraquecimento de campo).
Uma vez atingida a rotação de 1050 rpm, a centrífuga pode permanecer nesta rotação por um curto intervalo de tempo ou não dependendo
de alguma restrição mecânica.
Em seguida ocorre a desaceleração (T6-T9) onde a rotação passa de
1050 rpm para 50 rpm e ocorre a regeneração de energia para a rede.
Nesta rotação é feita a descarga do açúcar cristalizado (através da
utilização de vapor), logo a inércia do sistema diminui. Esta etapa
pode incluir também a inserção de algum dispositivo para raspar o
açúcar das paredes internas da centrífuga, o que pode gerar um conjugado resistente de aproximadamente 40% do conjugado motor.
Vamos supor que para carregar uma massa de 2000 kg sejam necessários 20 s, que a centrífuga permanecerá 10 s na rotação máxima e
que para descarregar o açúcar cristalizado sejam necessários 40 s.
Suporemos ainda que sejam necessários 22 ciclos/hora.
Precisamos também das inércias do sistema durante o ciclo: 897
kg.m2 para a centrífuga sem carga; 1875 kg. m2 após o carregamento
de 2000 kg de massa e 1494 kg.m2 após a centrifugação e retirada da
água. Não levaremos em conta a inércia do motor porque é muito
pequena em relação a estes valores. Um motor de 350 HP e 8 pólos
tem uma inércia de 20 kg.m2 e um de 500 HP tem uma inércia de 30
kg.m2, logo o motor deverá na pior das hipóteses ter uma inércia
inferior a 5% da centrífuga a vazio.
23
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
Com 22 ciclos/hora, chegamos ao valor de 163 s por ciclo. Descontandose os valores previamente conhecidos (carga, descarga, etc.), ficamos
com um valor líquido de 93 s. Desprezando-se o tempo de aceleração da
rotação do final do período de descarga até a rotação de carga (T0-T1), é
razoável supor que tanto a aceleração quanto a desaceleração durem 46
s.
A fórmula 5 calcula o tempo de aceleração de uma carga:
ta =
ω . (Jm + JCE)
(Cmm - Crm)
(5)
onde:
ωrotação nominal em rad/s (radianos por segundo)
Jm- momento de inércia do motor em kg.m2
JCE- momento de inércia da carga referido ao eixo em kg.m2
Cmm- conjugado médio do motor em N.m
Crm- conjugado resistente da carga em N.m
Para fazer a conversão de rpm para radianos por segundo basta multiplicar o valor em rpm por 0,105, o que equivale a multiplicar por 2 π e dividir
por 60.
A inércia do motor é desprezada e o conjugado resistente da carga é
estimado em no máximo 5% do valor do conjugado do motor, devido as
próprias características mecânicas da carga. Considera-se que o motor
tem que acelerar a inércia máxima nos 46 s, desprezando-se o tempo em
que ele opera na região de potência constante onde o torque é menor.
Esta hipótese simplifica bastante os cálculos e o erro fica em torno de
0,5%. Em casos em que a centrífuga atinja rotações muito acima da
rotação nominal (1200 rpm, por exemplo) é necessário verificar os efeitos
no dimensionamento.
A carga tem que ser acelerada de 180 a 1050 rpm, o que equivale a uma
variação de 870 rpm, que são iguais a 91 rad/s. Logo:
46 =
91 . 1875
(Cmm - 0,05 . Cmm)
Cmm =
91 . 1875
46 . 0,95
Cmm = 3909 N.m
Procurando no catálogo o motor que possui este torque chegamos ao
motor de 500HP (4000N.m), ou seja, 373kW.
Fazendo uma verificação rápida utilizando a fórmula 5, levando-se em
conta a inércia do motor e o enfraquecimento de campo, encontra-se um
tempo de aceleração de 37,9s até 900 rpm e de 7,7s entre 900rpm e
1050rpm. O tempo total é de 45.6s.
Conclui-se que o CFW-09 a ser utilizado é o de 600A, versão HD (alimentado pelo link DC) para acionar o motor e RB (regenerative braking) para a
interface com a rede.
24
CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS
1.2 BLOCODIAGRAMA
SIMPLIFICADO DO
CFW-09RB
A figura 1.23 apresenta o blocodiagrama simplificado do CFW-09RB.
CFW-09RB
Fonte de Pré-Carga
Contator Pré-Carga
Contator
Principal
Reatância
de Entrada
Realimentações
Filtro
LC de
Entrada
Potência
Controle
Sincronismo
Comando de Pré-Carga
CC9
HMI
CFW-09RB
Figura 1.23 - Blocodiagrama Simplificado do CFW-09RB
ATENÇÃO!
No caso de ligação do CFW-09 em uma rede compartilhada com outros equipamentos, o filtro LC de entrada (conforme apêndice A) é
importante para eliminar componentes da freqüência de chaveamento
na corrente consumida da rede. Estes componentes da freqüência de
chaveamento pode provocar distorções de tensão ou excitar ressonância no
sistema elétrico, provocando interferência nos demais equipamentos.
Em casos especiais pode-se utilizar outros tipos de filtro. Nestes casos
consultar a WEG AUTOMAÇÃO para uma análise mais detalhada.
25
CAPÍTULO
2
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Todas as informações relativas a conexões de potência/aterramento,
bitolas dos fios e seleção da tensão que constam do manual do
CFW-09 são válidas para o CFW-09RB.
As conexões nos bornes do CFW-09RB são mecânicamente semelhantes ao da linha CFW-09, porém a identificação e a utilização
são diferentes (figura 2.1).
R
S
T
Pré-Carga
R
S
T
+UD
-UD
Potência
Figura 2.1 - Borne Típico do CFW-09RB
Os três primeiros bornes da esquerda para a direita da figura 2.1
são utilizados para pré-carga e alimentação da ventilação. É extremamente importante que esta conexão de alimentação venha da
conexão do filtro capacitivo (ver figura 1.23) e não da conexão de
potência, caso contrário o chaveamento dos IGBT’s interferirá no
funcionamento dos ventiladores provocando sobreaquecimento dos
mesmos .
Os três bornes seguintes são para conexão da potência, ou seja, a
reatância de entrada é conectada neste ponto.
Seguindo a mesma ordem (da esquerda para a direita) os dois
bornes seguintes são as saídas do Link DC para alimentação de
outro(s) conversor(es). O último borne não é utilizado.
Nas mecânicas 6 e 7 existe o borne BR que não é usado.
As conexões de Sinal e controle são mostradas na figura 2.2. O
conector XC1 é destinado a sinais digitais e analógicos e o conector
XC1A para os relés.
Os detalhes das ligações de sincronismo são mostradas na figura
2.3.
As ligações do relé auxiliar de pré-carga são mostradas em maior
detalhe na figura 2.4. O contator auxiliar de pré-carga interno ao
CFW-09RB é comandado utilizando-se o 220V de comando interno e um contator auxiliar externo. Este 220V é galvanicamente
isolado e serve também para alimentação dos ventiladores. Como
o transformador interno não está dimensionado para alimentar outras cargas, é necessário utilizar outro 220V externo isolado para
comandar o contator principal.
O contator auxiliar de pré-carga externo deve possuir um contato
NF para comandar o contator de pré-carga interno; um contato NA
para comandar o contator principal e um contato NF para comandar o contator de pré-carga interno ao CFW-09 HD no caso do
acionamento completo.
26
CAPÍTULO 2 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Conector XC1
Função padrão de fábrica
Especificações
1
DI1
Habilita Geral
2 entradas digitais isoladas
2
DI2
Sem Erro Externo
Nível alto mínimo: 18 Vcc
3
-
Sem Função
Nível baixo máximo: 3 Vcc
4
-
Sem Função
Tensão máxima: 30 Vcc
5
-
Sem Função
Corrente de entrada:
6
-
Sem Função
11mA @ 24Vcc
7
COM
Ponto Comum das Entradas Digitais
8
COM
Ponto Comum das Entradas Digitais
9
24Vcc
Alimentação para Entradas Digitais
24 Vcc ± 5%, Capacidade: 2 mA
10
DGND*
Referência 0 V da fonte 24 Vcc
Aterrada via resistor de 249Ω
11
-
12
AI1+
Entrada do Sincronismo VAB
13
AI1-
Entrada do Off-Set do Sincronismo
14
- REF
Off-Set para o Sincronismo
15
AI2+
Entrada de Sincronismo VCA
16
AI2-
Entrada do Off-Set do Sincronismo
17
AO1
Saída Analógica 1: Potência de Entrada
0 a + 10V, RL ≥ 10kΩ (carga máx.)
resolução: 11bits
18
DGND
Referência 0 V para Saída Analógica
Aterrada via resistor de 5,1Ω
19
AO2
Saída Analógica 2: Corrente de Entrada
0 a + 10V, RL ≥ 10kΩ (carga máx.)
resolução: 11bits
20
DGND
Referência 0 V para Saída Analógica
Aterrada via resistor de 5,1Ω
Sem Função
Sinais Provenientes do Cartão CSR2
Especificações
Função padrão de fábrica
Conector XC1A
21
RL1 NF
Comando do Contator Auxiliar de Pré-carga
22
RL1 NA
Comando do Contator Principal
23
RL2 NA
Saída Relé - Sem Erro
24
RL1 C
25
RL2 C
26
RL2 NF
27
RL3 NA
28
RL3 C
Capacidade dos contatos:
Comando de Contatores
1A
240VAC
Saída Relé - N>Nx
Saída Relé - N* >Nx
Nota: NF = contato normalmente fechado, NA = contato normalmente aberto, C = Comum
Figura 2.2 - Descrição do conector XC1/XC1A (cartão CC9)
CSR2 - XC25
1
XC1:12 - CC9
2
XC1:15 - CC9
3
XC1:18 - CC9
4
5
XC1:20 - CC9
NC
Figura 2.3 - Detalhe das conexões de sincronismo entre o cartão CSR2 e o cartão CC9
27
CAPÍTULO 2 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA
XC1A
21
23
22
Bobina do
Contator
Auxiliar Externo
25
24
27
26
28
Neutro da Rede Externa
Figura 2.4 - Conexões de comando do pré-carga (Conector XC1A da CC9)
Um detalhe importante a ser observado é a conexão da saída a relé
Sem Erro em uma das entradas digitais do inversor de saída. A função
desta conexão é evitar que o inversor de saída funcione sem que o
CFW-09RB esteja operando normalmente e regulando o Link DC.
É extremamente importante que um relé de tempo retardado na
energização seja colocado na cadeia de habilitação do CFW-09RB.
Este relé deve ser comandado por um contato auxiliar do contator principal. A função deste relé é atrasar a habilitação do CFW-09RB o suficiente para que qualquer distúrbio na rede causado pelo fechamento
do contator principal não afete o sinal de sincronismo. Caso isto aconteça pode ocorrer indicação falsa de E00.
2.1 EUROPEAN EMC
DIRECTIVE
28
O CFW-09RB deve ser utilizado em redes industriais - second enviroment - de
acordo com a norma EN61800-3: EMC Product Standard for Power Driver
Systems.
Se for utilizado em redes públicas de baixa tensão pode causar interferência.
Os filtros de EMC especificados no item 3.3 do manual do Inversor de
Freqüência CFW-09 não se aplicam para o CFW-09RB.
CAPÍTULO
3
ENERGIZAÇÃO / COLOCAÇÃO EM
FUNCIONAMENTO
Este capítulo explica:
como verificar e preparar o retificador antes de energizar;
como energizar e verificar o sucesso da energização;
como operar o retificador quando estiver instalado segundo os
acionamentos típicos (ver Instalação Elétrica).
3.1 PREPARAÇÃO PARA
ENERGIZAÇÃO
O retificador já deve ter sido instalado de acordo com o Capítulo 2 Instalação Elétrica. Caso o projeto de acionamento seja diferente dos
acionamentos típicos sugeridos, os passos seguintes também podem ser seguidos.
PERIGO!
Sempre desconecte a alimentação geral antes de efetuar quaisquer
conexões.
1) Verifique todas as conexões
Verifique se as conexões de potência, aterramento e de controle estão corretas e firmes.
2) Limpe o interior do retificador
Retire todos os restos de materiais do interior do retificador ou
acionamento.
3) Verifique a correta seleção de tensão no retificador (item
3.2.3)
4) Verifique o Indutor
Verifique as conexões do Indutor e se a corrente e tensão estão de
acordo com o retificador.
5) Feche as tampas do retificador ou acionamento
3.2 PRIMEIRA ENERGIZAÇÃO
(ajuste dos parâmetros
necessários)
Após a preparação para energização o retificador pode ser
energizado:
1) Verifique a tensão de alimentação
Meça a tensão de rede e verifique se está dentro da
faixa permitida (Tensão nominal + 10% / - 15%).
2) Energize a entrada
Feche a seccionadora de entrada.
3) Verifique o sucesso da energização
Quando o retificador é energizado pela primeira vez ou quando o padrão de fábrica é carregado (P204 = 5) uma rotina de programação do
idioma é iniciada.
29
CAPÍTULO 3 - ENERGIZAÇÃO / COLOCAÇÃO EM FUNCIONAMENTO
Primeira energização - Programação via HMI
DISPLAY HMI LED
DISPLAY HMI LCD
AÇÃO
Após a energização, o display
indicará esta mensagem
idi oma
P20 1 = Po rt ug u e s
Usar as teclas
e
para
escolher o idioma
Pressionar
para salvar a opção
escolhida e sair do modo de programação
DESCRIÇÃO
Seleção do idioma:
0=Português
1=English
2=Español
Idioma escolhido: Português
(Mantido o valor já existente)
idi oma
P20 1 = Po rt ug u e s
Sai do modo de programação
idi oma
P20 1 = Po rt ug u es
NOTAS!
Repetição da primeira energização:
Caso se desejar repetir a rotina da primeira energização, ajustar o
parâmetro P204 = 5 (carrega ajuste padrão de fábrica nos parâmetros)
e na seqüência, seguir a rotina da primeira energização;
PERIGO!
Altas tensões podem estar presentes, mesmo após a desconexão da
alimentação. Aguarde pelo menos 10 minutos para a descarga completa.
Retificador já deve ter sido instalado de acordo com o Capítulo 2 Instalação Elétrica.
O usuário já deve ter lido os capítulos 4 e 5 para estar familiarizado
com a IHM e com a organização dos parâmetros.
NOTA!
Uma vez energizado o retificador entra automaticamente em funcionamento. Quando desabilitado o retificador funciona como uma ponte de
diodos convencional. Este último modo de operação não deve ser utilizado.
Ajustes Durante a Colocação
em Funcionamento
30
Embora os parâmetros padrões de fábrica sejam escolhidos para atender a grande maioria das aplicações, pode ser necessário ajustar alguns
dos parâmetros durante a colocação em funcionamento.
Siga a tabela de referência rápida dos parâmetros verificando a necessidade ou não do ajuste de cada um dos parâmetros. Ajuste-os de acordo
com a aplicação específica e anote o último valor na coluna correspondente ao Ajuste do Usuário.
Estas anotações poderão ser importantes para o esclarecimento de dúvidas.
CAPÍTULO
4
USO DA HMI
Este capítulo descreve a Interface Homem-Máquina (HMI) padrão do
retificador e o modo de programação deste, dando as seguintes informações:
Descrição geral da HMI;
Uso da HMI;
Organização dos parâmetros do retificador;
Modo de alteração dos parâmetros (programação);
Descrição das indicações de status e das sinalizações.
4.1 DESCRIÇÃO DA
INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA
HMI-CFW09-LCD
A HMI padrão do CFW-09RB, contém um display de leds com 4 dígitos de 7 segmentos, um display de Cristal Liquido com 2 linhas de 16
caracteres alfanuméricos, 4 leds e 8 teclas. A figura 4.1 mostra uma
vista frontal da HMI e indica a localização dos displays e dos leds de
estado.
Funções do display de leds:
Mostra mensagens de erro e estado (ver Referência Rápida dos
Parâmetros, Mensagens de Erro e Estado), o número do parâmetro
ou seu conteúdo. O display unidade (mais à direita) indica a unidade
da variável indicada:
· A corrente
. U
tensão
· H freqüência
· Nada velocidade e demais parâmetros
NOTA!
Quando a indicação for igual ou maior do que 1000 (A ou U), a unidade
da variável deixará de ser indicada (ex.: 568.U, 999.A, 1000.,1023.,
etc.)
Funções do display LCD (cristal líquido):
Mostra o número do parâmetro e seu conteúdo simultaneamente,
sem a necessidade de se pressionar a tecla PROG
. Além
disso, há uma breve descrição da função de cada parâmetro e são
indicadas as unidades (A, Hz, V, s, %, etc.) dos mesmos quando for
o caso. Também fornece uma breve descrição do erro ou estado do
retificador.
Funções dos leds 'Local' e 'Remoto':
Retificador sempre no modo Local:
led verde aceso e led vermelho apagado.
Funções dos leds de Sentido de Corrente:
Indica se o retificador esta motorizando(led vermelho aceso) ou
regenerando(led verde aceso). Ver figura 4.1.
31
CAPÍTULO 4 - USO DA HMI
Display de leds
Display LCD
(cristal líquido)
Led
Regenerando
Led "Local"
Led "Remoto"
Led
Motorizando
Figura 4.1 - HMI-CFW09-LCD
Funções básicas das teclas:
Sem Função.
Reseta o inversor após a ocorrência de erros.
Seleciona (comuta) display entre número do parâmetro e seu valor (posição/conteúdo).
Aumenta o número ou valor do parâmetro.
Diminui o número ou valor do parâmetro.
Sem Função.
Sem Função.
Sem Função.
4.2 USO DA HMI
A HMI é uma interface simples que permite a operação e
a programação do retificador. Ela apresenta as seguintes
funções:
Indicação do estado de operação do retificador, bem como
das variáveis principais;
Indicação das falhas;
Visualização e alteração dos parâmetros ajustáveis;
Operação do retificador (teclas
(teclas
32
e
).
,) e alteração de parâmetros
CAPÍTULO 4 - USO DA HMI
4.2.1 Uso da HMI para operação
do Retificador
As funções relacionadas à parametrização do retificador podem ser
executadas através da HMI.
Funcionamento das Teclas Para Operação do Retificador:
As funções relacionadas à parametrização do retificador podem ser
executadas através da HMI.
Estas funções podem ser também executadas, todas ou individualmente, por entradas digitais e analógicas. Para tanto é necessária a
programação dos parâmetros relacionados a estas funções e às entradas correspondentes.
Segue a descrição das teclas da HMI utilizadas para operação:
Sem Função.
Sem Função.
“0”: Reseta o retificador após ocorrência de erros (sempre ativo).
Sem Função.
Sem Função.
Quando pressionada incrementa o número do parâmetro ou seu conteúdo.
Quando pressionada decrementa o número do parâmetro ou seu conteúdo.
4.2.2 Sinalizações/
Indicações nos Displays
da HMI
a) Variáveis de monitoração :
A variável de monitoração a ser inicialmente mostrada, após a
energização do retificador, pode ser definida no parâmetro P205:
Parâmetro a ser inicialmente
mostrado nos displays
P002 (Tensão de Linha)
P003 (Corrente de Entrada)
P004 (Tensão CC)
P006 (Tensão do Retificador)
P010 (Potência de Entrada)
P042 (Horas Energizado)
P043 (Horas Habilitado)
P205
0
1
2
3
4
5
6
b) Estados do Retificador:
Conversor pronto ('READY') para ser habilitado
à operação
Retificador
Pronto
Conversor habilitado (‘Run’)
Est ado
Retific.
P006 =run
33
CAPÍTULO 4 - USO DA HMI
Inversor com tensão de rede insuficiente para
operação (subtensão)
Subtensao Ci rc.
Intermedia rio
c) Display piscante:
O display pisca nas seguintes situações:
tentativa de alteração de um parâmetro não permitido
retificador em sobrecarga (ver capítulo Manutenção)
retificador na situação de erro (ver capítulo Manutenção)
4.3 ALTERAÇÃO DE
PARÂMETROS
Todos os ajustes no retificador são feitos através de parâmetros. Os
parâmetros são indicados no display através da letra P seguida de um
número:
Exemplo (P151):
151 = No do Parâmetro
Nivel Tensao CC
P151=618 V
A cada parâmetro está associado um valor numérico (conteúdo do
parâmetro).
Os valores dos parâmetros definem a programação do
retificador ou o valor de uma variável (ex.: corrente, freqüência, tensão).
Para realizar a programação do retificador deve-se alterar o
conteúdo do(s) parâmetro(s).
4.3.1 Seleção/Alteração de Parâmetros:
DISPLAY HMI LED
DISPLAY HMI LCD
AÇÃO
Comentários
Pressione tecla
Tensao Link CC
P004=504 V
Use as teclas
e
Localize o parâmetro desejado
Nivel Tensao CC
P151=618 V
Valor numérico associado
ao parâmetro
Pressione
Nivel Tensao CC
P151=618 V
34
CAPÍTULO 4 - USO DA HMI
DISPLAY HMI LED
DISPLAY HMI LCD
AÇÃO
Use as teclas
e
Comentários
Ajuste o novo valor desejado *1
Nivel Tensao CC
P151=615 V
*1, *2, *3
Pressione
Nivel Tensao CC
P151=615 V
*1 - Para os parâmetros que podem ser alterados com retificador
habilitado, o retificador passa a utilizar imediatamente o novo valor
ajustado. Para os parâmetros que só podem ser alterados com o
retificador desabilitado, o retificador passa a utilizar o novo valor
ajustado somente após pressionar a tecla
.
*2 - Pressionando a tecla
após o ajuste, o último valor ajustado
é automaticamente gravado na memória não volátil do retificador, ficando retido até nova alteração.
*3 - Para alterar o valor de um parâmetro é necessário ajustar antes
P000=Valor da Senha. O Valor da senha para o padrão de fábrica é 5.
Caso contrário só será possível visualizar os parâmetros mas não
modificá-los.
Para mais detalhes ver descrição de P000 no capítulo 5.
35
CAPÍTULO
5
DESCRIÇÃO DETALHADA DOS
PARÂMETROS
Este capítulo descreve detalhadamente todos os parâmetros
do retificador. Para facilitar a descrição, os parâmetros foram agrupados
por tipos:
Parâmetros de Leitura
Parâmetros de Regulação
Parâmetros de Configuração
Variáveis que podem ser visualizadas
nos displays, mas não podem ser alteradas pelo usuário.
São os valores ajustáveis a serem utilizados pelas funções do retificador.
Definem as características do retificador,
as funções a serem executadas, bem
como as funções das entradas/saídas
do cartão de controle.
Convenções e definições utilizadas no texto a seguir:
(1) Indica que o parâmetro só pode ser alterado com o retificador
desabilitado.
5.1 PARÂMETROS DE ACESSO E DE LEITURA - P000 a P099
Parâmetro
P000
Parâmetro de acesso/
Ajuste do Valor da
senha
P002
Tensão de Linha
P003
Corrente de Entrada
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
0 a 999
[0]
0 a 600
[-]
1V
Descrição / Observações
Libera o acesso para alteração do conteúdo dos parâmetros. Com
valores ajustados conforme o padrão de fábrica [P200= 1 (Senha Ativa)] é necessário colocar P000=5 para alterar o conteúdo dos
parâmetros, i. e., o valor da senha é igual a 5.
Indica o valor da Tensão de Linha da entrada em volts.
Indica a corrente de Entrada do retificador em ampéres.
0 a 2600 A
[-]
0,1A (<100)-1A (>99,9)
0 a 1077
[-]
1V
Indica a tensão atual no circuito intermediário de corrente contínua em
Volts.
P006
Estado do Retificador
Rdy, run, sub, Exy
Indica o estado atual do retificador:
‘rdy’ (ready) indica que o retificador está pronto para ser habilitado;
‘run’ indica que o retificador está habilitado;
‘Sub’ indica que o retificador está com tensão de rede insuficiente
para operação (subtensão), e não está recebendo comando para
habilitá-lo;
‘Exy’ indica que o retificador está no estado de erro, sendo ‘xy’ o
número de código do erro.
P010
Potência de Entrada
0.0 a 1200 kW
[-]
0,1kW
P004
Tensão do Link CC
36
Indica a potência de entrada instantânea do retificador em kW.
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P012
Estado DI1 a DI2
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
LCD= A, I
LED= 0 a 255
[-]
-
Descrição / Observações
Indica no display LCD da HMI o estado das 2 entradas digitais do
cartão de controle (DI1 e DI2), através das letras A (Ativa) e I (Inativa),
na seguinte ordem:
DI2, DI1
Indica no display de LED da HMI o valor em decimal correspondente
ao estado das 2 entradas digitais, sendo o estado de cada entrada
considerado como um bit na seqüência especificada: Ativa=1, Inativa=0. O estado da DI2 representa o bit mais significativo.
Exemplo:
DI2=Ativa (+24V); DI1=Inativa (0V)
O que eqüivale a seqüência de bits:
10
Em decimal corresponde a 2.
A indicação na HMI portanto será a seguinte:
Estado DI2 a DI1
P012= AI
P013
Estado das Saídas
Digitais DO1, DO2 e
à Relé RL1, RL2 e
RL3
LCD = A, I
LED = 0 a 255
[-]
-
Indica no display LCD da HMI o estado das 2 saídas digitais do cartão opcional, (D01, D02) e das 3 saídas à relé do cartão de controle,
através das letras A (Ativa) e I (Inativa) na seguinte ordem: D01, D02,
RL1, RL2, RL3.
Indica no display de LED da HMI o valor em decimal correspondente
ao estado das 5 saídas digitais, sendo o estado de cada saída considerado como um bit na seqüência especificada: Ativa=1, Inativa=0.
O estado da DO1 representa o bit mais significativo. Os 3 bits menos
significativos são sempre ‘0’.
Exemplo:
DO1=Inativa; DO2=Inativa
RL1=Ativa; RL2=Inativa
RL3=Ativa
O que eqüivale a seqüência de bits:
00101000
Em decimal corresponde a 40.
A indicação na HMI portanto será a seguinte:
Estado DO1 a RL3
P013= IIAIA
P014
Último erro ocorrido
P015
Segundo erro ocorrido
P016
Terceiro erro ocorrido
P017
Quarto erro ocorrido
E00 a E41
[-]
E00 a E41
[-]
E00 a E41
[-]
E00 a E41
[-]
-
Indicam respectivamente os códigos do último, penúltimo, ante-penúltimo e ante-ante-penúltimo erros ocorridos.
Sistemática de registro:
Exy → P014 → P015 → P016 → P017
37
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P022
Para uso da WEG
P023
Versão de Software
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
[-]
X.XX
[-]
-
P024
Valor da conversão
A/D da entrada
analógica AI4
LCD: -32768 a 32767
LED: 0 a FFFFH
[-]
-
P025
Valor da conversão
A/D da corrente Iv
0 a 1023
[-]
-
P026
Valor da conversão
A/D da corrente Iw
0 a 1023
[-]
-
P027
Para uso da WEG
[-]
[-]
[-]
LCD: 0 a 65530h
LED: 0 a 6553h (x10)
[-]
-
P028
Para uso da WEG
P029
Para uso da WEG
P042
Contador de Horas
Energizado
Descrição / Observações
Indica a versão de software contida na memória do microcontrolador
localizado no cartão de controle.
Indica o resultado da conversão A/D, da entrada analógica AI4 localizada no cartão opcional.
No display LCD da HMI indica o valor da conversão em decimal e no
display de LED em hexadecimal com valores negativos em complemento de 2.
P025 e P026 indicam respectivamente o resultado da conversão
A/D, em módulo, das correntes das fases V e W.
Indica o total de horas que o retificador permaneceu energizado.
Indica no display de LED da HMI o total de horas energizado dividido
por 10.
Este valor é mantido, mesmo quando o retificador é desenergizado.
Exemplo: Indicação de 22 horas energizado
Horas Energizado
P042 = 22 h
P043
Contador de Horas
Habilitado
P121
Referência de
Corrente Reativa
38
0 a 6553h
[-]
-
-100% a 100%
[0.0]
1%
Indica o total de horas que o retificador permaneceu Habilitado.
Indica até 6553 horas, depois retorna para zero.
Ajustando P204=3, o valor do parâmetro P043 vai para zero.
Este valor é mantido, mesmo quando o retificador é desenergizado.
O valor de P121 é a referência de corrente reativa. Se negativa a
corrente de entrada estará adiantada em relação a tensão (capacitivo)
e se positiva a corrente de entrada estará atrasada em relação a
tensão (indutivo).
Se mantido em zero teremos a corrente em fase com a tensão.
O valor padrão de fábrica de P121 é zero.Este ajuste garante um
fator de potência na entrada do retificador próximo a 1. Não altere
este valor sem consultar a WEG Automação.
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
5.2 PARÂMETROS DE REGULAÇÃO - P100 a P199
Parâmetro
P151
Nível de Tensão CC
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
322V a 394V (P296=0)
[358V]
1V
556V a 680V (P296=1)
[618V]
1V
585V a 715V (P296=2)
[650V]
1V
Descrição / Observações
O valor padrão deste parâmetro muda de acordo com o P296.
P161, P162
P151
Link CC
Figura 5.1 - Blocodiagrama da regulação da tensão do Link CC
646V a 790V (P296=3)
[718V]
1V
675V a 825V (P296=4)
[750V]
1V
P156
Corrente de
Sobrecarga
0 a 1.3xP295
[1.1x 295]
0,1A(<100) - 1A(>99.9)
Utilizado para proteção de sobrecarga (Ixt - E05).
A corrente de sobrecarga é o valor de corrente a partir do qual o
retificador entenderá que o indutor está operando em sobrecarga.
Quanto maior a diferença entre a corrente do indutor e a corrente de
sobrecarga, mais rápida será a atuação do E05.
O parâmetro P156 (Corrente de Sobrecarga) deve ser ajustado num
valor 10% acima da corrente nominal do retificador utilizado (P295).
Corrente do Motor (P003)
Corrente de Sobrecarga
Tempo (seg.)
Figura 5.2 - Função Ixt - detecção de sobrecarga
P161
Ganho
Proporcional CC
0.0 a 63.9
[5.0]
-
Os valores padrão dos ganhos P161 e P162 atendem a maioria dos
casos não necessitando ajuste.
Aumentando o ganho P161 temos a regulação do Link CC mais
rápida e com menos sobreelevação.
39
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
P162
Ganho
Integral CC
0.000 a 9.999
[0.009]
-
Descrição / Observações
Aumentando o ganho P162 temos menos erro de regime na regulação
do Link CC, e respostas mais rápidas, aumentando também o pico
na habilitação podendo provocar sobrecorrente nesta condição.
Na figura 5.3 a) é mostrado o efeito do aumento de P162 na mudança do nível de tensão do link CC na habilitação. Conforme P162
aumenta a tensão tende a ultrapassar o valor nominal. Isto pode
provocar uma sobrecorrente.
Na figura 5.3 b) mostra o efeito do aumento do ganho proporcional
na mudança do nível de tensão do link CC na habilitação. O aumento do ganho proporcional faz com que a tensão atinja o valor de
referência mais rapidamente. Um ganho proporcional muito alto pode
provocar sobrecorrente.
Na figura 5.3 c) mostra o que acontece na tensão do link CC quando
a carga aumenta bruscamente e varia o ganho proporcional. Aumentando-se o ganho proporcional faz-se com que a tensão retorne ao
valor de nominal mais rapidamente e caia menos. Um ganho muito
baixo pode provocar subtensão no link.
Na figura 5.3 d) mostra o efeito na tensão do link quando é aplicada
uma carga no retificador e é variado o ganho integral. Aumentandose o ganho integral faz-se com que o link recupere o valor nominal
mais rapidamente.
O parâmetro P162 mais alto faz com que o erro entre a tensão do
link e a referência (P151) seja menor.
Recomenda-se variar os ganhos proporcionalmente. Assim conforme é aumentado P161, aumenta-se também P162 proporcionamente.
Deve-se tomar o mesmo procedimento conforme os ganhos são
diminuidos.
a)
Link CC (V)
b)
Link CC (V)
660
630
620
610
P162 Aumenta
640
620
600
600
590
580
580
570
560
560
540
550
540
520
P161 Aumenta
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Tempo (s)
0.7
530
0
0.1
c)
Link CC (V)
d)
Link CC (V)
620
620
610
610
600
590
580
580
570
570
0
0.5
1
1.5
0.4
0.5
0.6
Tempo (s)
0.7
2
Tempo (s)
P162 Aumenta
Tempo (s)
560
0
0.5
Figura 5.3 - Efeito da mudança dos ganhos
40
0.3
600
P161 Aumenta
590
560
0.2
1
1.5
2
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P167
Ganho Proporcional
do Regulador
de Corrente
P168
Ganho Integral
do Regulador
de Corrente
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
0.00 a 1.99
[0.7]
-
Descrição / Observações
Os ganhos P167 e P168 já estão ajustados, devendo o usuário manter
os valores padrões.
Se for utilizada a indutância padrão que acompanha o produto não é
necessário alterar estes ganhos.
0.000 a 1.999
[0.250]
-
P169
Máxima Corrente
de Frenagem
0 a 150%
[100%]
1%
Limita o valor máximo de corrente na rede na condição de frenagem
(devolução de energia para a rede).
A Corrente esta defasada 180º de tensão de entrada nesta condição.
P170
Máxima Corrente
de Motorização
0 a 150%
[100%]
1%
Limita o valor máximo de corrente na rede na condição de motorização
(consumo de energia de rede).
A Corrente de Motorização é a corrente que flue da rede para o link
CC.
A corrente está em fase com a tensão de entrada nesta condição.
P175
Ganho Proporcional
do Regulador
de Reativos
0.0 a 31.9
[3.3]
-
Os ganhos P175 e P176 já estão ajustados, devendo o usuário manter
os valores padrões.
P176
Ganho Integral
do Regulador
de Reativos
0.000 a 9.999
[0.067]
-
P179
Reativo Máximo
0 a 120%
[120%]
1%
P180
Ponto de Geração
de Reativos
0 a 120%
[120%]
1%
Os Parâmetros P179 e P180 são associados a geração de reativos
pelo retificador. Quando a tensão na rede ultrapassa percentualmente
o valor setado em P180 (a tensão nominal do retificador corresponde
a 100%), o retificador começa a injetar reativos. A injeção de reativos
faz com que a tensão no link permaneça no valor setado em P151.
A injeção de reativos nada mais é que a defasagem da corrente de
entrada em relação a tensão e a corrente fica 90º atrasada (indutiva).
Estes parâmetros são úteis para a minimização dos efeitos de
transitorios na rede que poderiam provocar sobretensões. O "excesso" de tensão é transferido para a reatância de entrada.
41
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
5.3 PARÂMETROS DE CONFIGURAÇÃO - P200 a P399
Parâmetro
P200
A senha está
(ativa/desativa senha)
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
0a1
[1]
-
Descrição / Observações
P200
0 (Inativa)
1 (Ativa)
Resultado
Permite a alteração do conteúdo
dos parâmetros independentemente
de P000
Somente permite a alteração do
conteúdo dos parâmetros
quando P000 é igual ao valor
da senha
Com os ajustes de fábrica a senha é P000=5.
Para alteração do valor da senha ver P000.
P201
Seleção do Idioma
P204 (1)
Carrega / Salva
Parâmetros
0a2
[ A ser definida
pelo usuário ]
-
0 a 11
[0]
-
P201
0
1
2
Idioma
Português
English
Español
Os parâmetros P295 (Corrente Nominal), P296 (Tensão Nominal), P297
(Frequencia de Chaveamento) não são alterados quando da carga dos
ajustes de fábrica através de P204 = 5.
Parâmetros
atuais do
Inversor
Ajuste de
Fábrica
(padrão
WEG)
Figura 5.4 – Tranferência de Parâmetros
P204
0, 1, 2, 4,
6, 9
3
5
Ação
Sem função:
Nenhuma ação
Reset P043:
Zera contador de horas habilitado
Carrega WEG:
Carrega parâmetros atuais do
retificador com os ajustes de fábrica
NOTA!
A ação de carregar/salvar parâmetros só será efetuada
após fazer o ajuste do parâmetro e pressionar a tecla
42
.
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P205
Seleção do
Parâmetro
de Leitura Indicado
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
0a6
[2]
-
Descrição / Observações
Seleciona qual dentre os parâmetros de leitura listados abaixo será
mostrado no display, após a energização do retificador:
P205
0
1
2
3
4
5
6
Parâmetro de Leitura
P002 (Tensão de Linha)
P003 (Corrente de Entrada)
P004 (Tensão do Link CC)
P006 (Estado do Retificador)
P010 (Potência de Entrada)
P042 (Horas Energizado)
P043 (Horas Habilitado)
P206
Tempo de
Auto-Reset
0 a 255
[0]
1s
Quando ocorre um erro, exceto E09, E31 ou E41, o retificador poderá provocar um “reset” automaticamente, após transcorrido o tempo
dado por P206.
Se P206 ≤ 2 não ocorrerá “auto-reset”.
Após ocorrido o “auto-reset”, se o mesmo erro voltar a ocorrer por
três vezes consecutivas, a função de auto-reset
será inibida. Um erro é considerado reincidente, se este mesmo
erro voltar a ocorrer até 30 segundos após ser executado o autoreset.
Portanto, se um erro ocorrer quatro vezes consecutivas, este permanecerá sendo indicado (e o retificador desabilitado) permanentemente.
P218
Ajuste do Contraste
do Display LCD
0 a 150
[127]
-
Este parâmetro é útil somente para retificadores providos de
HMI com display de cristal liquido (LCD).
Permite o ajuste do contraste do display LCD em função do ângulo
de visualização do mesmo.
P251
Função Saída AO1
0 a 3
[0]
-
P252
Ganho Saída AO1
0.000 a 9.999
[1.000]
0.001
P253
Função Saída AO2
0 a 3
[0]
-
P254
Ganho Saída AO2
0.000 a 9.999
[1.000]
0.001
Verificar opções possíveis na Tabela 5.1.
Ajustar o ganho da saída analógica AO1. Ver P258.
Verificar opções possíveis na Tabela 5.1.
Ajustar o ganho da saída analógica AO2. Ver P258.
43
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
P255
Função Saída AO3
(localizada no cartão
Opcional EBA)
P256
Ganho Saída AO3
P257
Função Saída AO4
(localizada no cartão
Opcional EBA)
P258
Ganho Saída AO4
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
0 a 25
[0]
-
0.000 a 9.999
[1.000]
0.001
0 a 25
[0]
-
0.000 a 9.999
[1.000]
0.001
Descrição / Observações
Verificar opções possíveis na Tabela 5.1.
Para informações sobre a saída AO3 ver itens 8.1.1 e 8.1.3 do manual do Conversor de freqüência CFW-09.
Ajustar o ganho da saída analógica AO3. Ver P258.
Verificar opções possíveis na Tabela 5.1.
Para informações sobre a saída AO4 ver itens 8.1.1 e 8.1.3 do manual do Conversor de freqüência CFW-09.
Função
Tensão de Linha
Corrente de Entrada
Tensão do Link CC
Potência de Entrada
Uso Exclusivo WEG
P251 (AO1)
0
1
2
3
-
P253 (AO2)
0
1
2
3
-
P255 (AO3)
0
1
2
3
4 a 25
P257 (AO4)
0
1
2
3
4 a 25
Tabela 5.1 - Funções das Saídas Analógicas
P251
P253
P255
P257
Tensão de Linha
Corrente de Entrada
Tensão do Link CC
P252, P254, P256, P258
Ganho
AOX
Potência de Entrada
Figura 5.5 - Blocodiagrama das Saídas Analógicas
Escala das indicações nas Saídas Analógicas:
- Fundo de escala =10V
Tensão de Linha: fundo de escala = 1,4 x P296
Corrente de Entrada: fundo de escala = 1,6 x P295
Tensão do Link CC: fundo de escala = 2 x P296
Potência de Entrada: fundo de escala = 2,04 x 3 φ P295 x P296
44
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
P263
Função da Entrada
Digital DI1
2a2
[ 2 (Habilita Geral) ]
-
P264
Função da Entrada
Digital DI2
4a4
[4
(Sem Erro Externo) ]
-
Descrição / Observações
O estado das entradas digitais pode ser monitorado no parâmetro
P012.
a) HABILITA GERAL
Reguladores
Inibidos
Reguladores
Ativos
Tempo
24 V
DI
aberto
Tempo
b) SEM ERRO EXTERNO
Reguladores
Ativos
Reguladores
Inibidos
Tempo
24 V
DI - Sem Erro Externo
aberto
Tempo
Figura 5.6 a) b) - Detalhes sobre funcionamento das funções
das Entradas Digitais
P275 (1)
Função da Saída
Digital DO1
(localizada no Cartão
Opcional)
0 a 26
[ 0 (Sem Função) ]
-
P276 (1)
Função da Saída
Digital DO2
(localizada no Cartão
Opcional)
0 a 26
[ 0 (Sem Função) ]
-
P277 (1)
Função Saída a
Relé RL1
24 a 24
[ 24 (Pré-Carga OK) ]
-
P279 (1)
Função Saída a
Relé RL2
0 a 26
[ 13 (Sem Erro) ]
-
P280 (1)
Função Saída a
Relé RL3
0 a 26
[ 11 (Run) ]
-
Verificar opções possíveis na Tabela 5.3 e detalhes sobre funcionamento das funções na figura 5.7.
O estado das Saídas digitais pode ser monitorado no parâmetro
P013.
Quando o definido no nome da função for verdadeiro a Saída Digital
estará ativada, i.e., DOx= transistor saturado e/ou RLx= relé com
bobina energizada.
Notas adicionais sobre as funções das Saídas Digitais:
-'Run' equivale ao retificador habilitado.
-'Ready' equivale ao retificador pronto para ser habilitado.
-'Sem erro' significa que o retificador não esta desabilitado por qualquer tipo de erro.
-'Com erro' significa que o retificador esta desabilitado por algum
tipo de erro.
-'Sem E00' significa que o retificador não esta desabilitado por erro
E00.
-'Sem E00+E02+E03N' significa que o retificador não esta desabilitado
por erro E01 ou E02 ou E03.
-'Sem E04' significa que o retificador não esta desabilitado por erro
E04.
-'Sem E04' significa que o retificador não esta desabilitado por erro
E05.
-'Sem função' significa que as Saídas Digitais ficarão sempre no
estado de repouso, i.e., Dox=transistor cortado e RLx=relé com
bobina não energizada.
-'Pré-carga OK' significa que a tensão do circuito intermediário (link
CC) esta acima do nível de tensão de précarga.
45
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
Descrição / Observações
Parâmetro
Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
run
ready
Sem Erro
Sem E00
Sem E01+E02+E03
Sem E04
Sem E05
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Sem Função
Pré-Carga OK
Com Erro
Sem Função
P275
(DO1)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
P276
(DO2)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
P277
(RL1)
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
P279
(RL2)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
P280
(RL3)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
Tabela 5.3 - Funções das saídas digitais
s/ EOX
c/ EOX
Tempo
Relé /
Transistor
ON
OFF
Pré-Carga OK
Link CC
Nível de
Pré-Carga
Tempo
Relé /
Transistor
ON
OFF
ON
Figura 5.7 - Detalhes sobre o funcionamento das funções das saídas
digitais
46
CAPÍTULO 5 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PARÂMETROS
Parâmetro
Faixa
[Ajuste fábrica]
Unidade
P295
Corrente Nominal
do Retificador
17 a 25
[De acordo com a
corrente nominal
do Retificador]
-
P296 (1)
Tensão Nominal
0a4
[De acordo com a
tensão de alimentação
do Retificador]
-
(1)
Descrição / Observações
P295
17
18
19
20
21
21
22
23
24
23
26
24
Corrente Nominal (A)
86.0
105.0
130.0
142.0
180.0
205.0
240.0
300.0
350.0
361.0
400.0
450.0
P296
0
1
2
3
4
P295
28
25
26
24
28
25
26
27
28
29
30
Corrente Nominal (A)
580.0
600.0
400.0
450.0
580.0
600.0
650.0
810.0
1080.0
1215.0
1620.0
Tensão Nominal
220V/230V
380V
400V/460V
440V/460V
480V
Para os retificadores com corrente nominal ( 86A e tensão nominal
de 380V a 480V, ajustar também jumper de seleção de tensão (ver
manual do Inversor CFW-09).
P297 (1)
Freqüência de
Chaveamento
1a2
[ 2 (5.0 kHz) ]
-
P297
1
2
Freqüência
2.5kHz
5.0kHz
Deve-se utilizar freqüência de chaveamento 2,5kHz para os modelos 180 a 600A.
A escolha da freqüência de chaveamento resulta num compromisso
entre o ruído acústico no indutor e as perdas nos IGBTs do retificador. Freqüências de chaveamento altas implicam em menor ruído
acústico no indutor porém aumentam as perdas nos
IGBTs, elevando a temperatura nos componentes e reduzindo sua
vida útil.
A freqüência predominante no motor é o dobro da freqüência de
chaveamento do retificador programada em P297. Assim, P297=5,0
skHz implica em uma freqüência
audível no motor correspondente a 10,0 kHz. Isto deve-se ao método de modulação PWM utilizado.
A redução da freqüência de chaveamento também colabora na redução dos problemas de instabilidade e ressonâncias
que ocorrem em determinadas condições de aplicação.
Também, a redução da freqüência de chaveamento reduz as correntes de fuga para a terra, podendo evitar a atuação
indevida do E11 (Curto-circuito fase- terra na saída).
47
CAPÍTULO
6
SOLUÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHAS
Este capítulo auxilia o usuário a identificar e solucionar possíveis falhas que possam ocorrer. Também são dadas instruções sobre as
inspeções periódicas necessárias e sobre limpeza do conversor.
6.1 ERROS E POSSÍVEIS
CAUSAS
Quando a maioria dos erros é detectada, o conversor é bloqueado
(desabilitado) e o erro é mostrado no display como EXX , sendo XX o
código do erro.
Para voltar a operar normalmente o conversor após a ocorrência de
um erro é preciso resetá-lo. De forma genérica isto pode ser feito
através das seguintes formas:
Desligando a alimentação e ligando-a novamente (power-on
reset);
Pressionando a tecla “0/RESET” (manual reset);
Automaticamente através do ajuste de P206 (autoreset).
Ver na tabela abaixo detalhes de reset para cada erro e prováveis
causas.
ERRO
E00
Sobrecorrente
na entrada
E01
Sobretensão no
circuito
intermediário
“link CC” (Ud)
E02
Subtensão no
circuito
intermediário
“link CC” (Ud)
48
RESET
Power-on
Manual (tecla 0/RESET)
Autoreset
CAUSAS MAIS PROVÁVEIS
Curto-circuito entre duas fases de entrada;
Inércia de carga muito alta ou rampa de aceleração
muito rápida;
Módulos de transistores em curto;
Ausencia reatância entrada;
Parâmetro (s) de regulação e/ou configuração incorreto (s).
Ajuste de P169, P170, P161, P162 muito alto;
Conexões sincronismo erradas.
Tensão de alimentação muito alta, ocasionando
uma tensão no circuito intermediário acima do valor máximo
Ud>400V - Modelos 220-230V
Ud>800V - Modelos 380- 480V
Inércia da carga muito alta ou rampa de desaceleração
muito rápida ajuste no inversor de saída;
Ajuste de P169 ou P179 muito baixo.
Tensão de alimentação muito baixa, ocasionando tensão
no circuito intermediário abaixo do valor mínimo (ler o
valor no Parâmetro P004):
Ud < 223V - Modelos 220 - 230V
Ud < 385V - Modelos 380V
Ud < 405V - Modelos 400 - 415V
Ud < 446V - Modelos 440 - 460V
Ud < 487V - Modelos 480V
Falta de fase na entrada;
Ajuste de P169 muito baixo;
Falha no contator de pré-carga;
Parâmetro P296 selecionado numa tensão acima da tensão nominal da rede.
CAPÍTULO 6 - SOLUÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHAS
ERRO
E03
Subtensão/Falta
de
Fase na
alimentação
RESET
CAUSAS MAIS PROVÁVEIS
Alimentação abaixo do valor mínimo.
UaIim < 154V para modelos 220-230V
UaIim < 266V para modelos 380-480V
Falta de fase na entrada do conversor
Tempo de atuação: 2,0 seg
E04
Sobretemperatura
nos dissipadores
da potência, no
ar interno ou falha
no circuito de
pré-carga (1) (2)
E05
Sobrecarga na
entrada, função
IxT(Ver P156)
E06
Erro externo
(abertura da entrada
digital programada
para s/ erro externo)
E08
Erro na CPU
(watchdog)
E09
Erro na memória
de programa
E16
Sobre Tensão
na Rede
E31
Falha na
conexão da HMI
E41
Erro de
auto-diagnose
Temperatura ambiente alta (>40oC) e corrente de saída
elevada; ou temperatura ambiente < -10oC;
Ventilador bloqueado ou defeituoso (3)
Fusível do circuito de pré-carga (comando) aberto
(ver localização no item 3.2.3);
Alimentação abaixo do valor mínimo ou falta de fase,
se ocorrerem por mais de 2 segundos e sem detecção
de falta de fase P214= 0 (inativa).
Power-on
Manual (tecla 0/RESET)
Autoreset
Ajuste de P156 muito baixo para o motor
utilizado;
Carga no eixo muito alta
Fiação nas entradas DI1 a DI2 aberta (não conectada a
+ 24V):
Conector XC12 no cartão de controle CC9 desconectado.
Ruído elétrico.
Consultar a Assistência
Técnica da Weg Automação
(Item 6.3)
Power-on
Manual (tecla 0/RESET)
Autoreset
Desaparece automaticamente
quando a HMI voltar a
estabelecer comunicação normal
com o conversor
Consultar a Assistência
Técnica da Weg Automação
(Item 6.3)
Memória com valores alterados.
Variação da rede acima do valor máximo permitido
Mau contato no cabo da HMI
Ruído elétrico na instalação (interferência eletromagnética)
Defeito na memória ou outros circuitos internos ao inversor.
Observações:
(1) No caso de atuação do E04 por sobretemperatura no conversor é
necessário esperar este esfriar um pouco antes de resetá-lo.
A falha no circuito de pré-carga significa que o contator (modelos
até 142A) ou Tiristor (modelos acima de 142A) de pré-carga não
estão fechados, sobreaquecendo os resistores de pré-carga.
(2) Nos modelos 220-230V e corrente nominal maior ou igual a 105A
ou 380-480V e corrente maior ou igual a 86A, e menor ou igual a
142A, o E04 pode ser ocasionado pela temperatura muito alta do
ar interno. Verificar ventilador do ar interno da eletrônica
49
CAPÍTULO 6 - SOLUÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHAS
NOTA!
Forma de atuação dos Erros:
E00 a E08: desliga relé que estiver programado para “sem erro”,
bloqueia pulsos do PWM, indica o código do erro no display de LEDs
e no led “ERROR” de forma piscante e no display LCD indica o código
e a descrição do erro. Também são salvos alguns dados na memória
EEPROM: referências via HMI e EP (potenciômetro eletrônico). (caso
a função "Backup das referências” em P120 esteja ativa), número do
erro ocorrido (desloca os três últimos erros anteriores), o estado do
integrador da função Ixt (sobrecarga de corrente) e o estado dos contadores de horas habilitado e energizado
E09: não permite a operação do Conversor (não é possível habilitar o
Conversor).
E41: não permite a operação do Conversor (não é possível habilitar o
Conversor); indica o código do erro no display de LEDs e no led “ERROR”
de forma piscante e no display LCD indica o código e a descrição do
erro.
E31: o conversor continua a operar normalmente, não aceita os comandos da HMI; indica o código no display de LEDs e o código e a
descrição do erro no display LCD.
E03 não irá para a memória dos 4 últimos erros se acontecer o desligamento da energia (rede) com o conversor em "Desabilita Geral".
Indicação dos LED's de estado do inversor:
Led
Power
Led
Error
Significado
Conversor energizado e sem erro
Conversor em estado de erro.
O led ERROR pisca o número do
erro ocorrido.
Exemplo:
(Piscante)
E04
2,7s
1s
Nota: Se ocorrer E00 o led ERROR fica
permanentemente aceso
50
CAPÍTULO
7
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Este capítulo descreve as características técnicas (elétricas e
mecânicas) da linha de conversores CFW-09RB.
7.1 DADOS DA
POTÊNCIA
Variações de rede permitidas:
Tensão : + 10%, -15% (com perda de potência no motor);
Freqüência : 50/60Hz (± 2 Hz);
Desbalanceamento entre fase ≤ 3%;
Sobretensões Categoria III (EN 61010/UL 508C);
Tensões transientes de acordo com sobretensões Categoria III;
Conexões na rede: 10 energizações por hora no máximo.
7.1.1 Rede 220-230V
Modelo: Corrente / Tensão
Carga (1)
Potência (kVA) (2)
Corrente Nominal de Entrada (A) (3)
Corrente de Entrada Máxima (A) (4)
Freq. de Chaveamento (kHz) Corrente
DC Nominal (A)
Pot. Dissipada Nominal (kW)
Mecânica
105/
220-230
CT
VT
40
50
105
130
158
5
2,5
121
150
1,2
1,5
6
130/
220-230
CT
VT
50
62
130
163
195
5
2,5
150
187
1,5
1,7
6
180/
220-230
CT/VT
69
180
270
2,5
207
3
8
240/
220-230
CT/VT
91
240
360
2,5
276
4
8
361/
220-230
CT/VT
138
361
542
2,5
415
6
9
450/
220-230
CT/VT
171
450
675
2,5
518
7,6
10
600/
220-230
CT/VT
229
600
900
2,5
690
10
10
211/
380-480
CT/VT
160
211
317
2,5
243
3,5
8
240/
380-480
CT/VT
183
240
360
2,5
276
4
8
312/
380-480
CT/VT
238
312
468
2,5
359
5,5
9
Obs.: CT = Torque Constante
VT = Torque Variável
Padrão de Fábrica
7.1.2 Rede 380-480V
Modelo: Corrente / Tensão
Carga (1)
Potência (kVA) (2)
Corrente Nominal de Entrada (A) (3)
Corrente de Entrada Máxima (A) (4)
Freq. de Chaveamento (kHz) Corrente
DC Nominal (A)
Pot. Dissipada Nominal (kW)
Mecânica
Modelo: Corrente / Tensão
Carga (1)
Potência (kVA) (2)
Corrente Nominal de Entrada (A) (3)
Corrente de Entrada Máxima (A) (4)
Freq. de Chaveamento (kHz) Corrente
DC Nominal (A)
Pot. Dissipada Nominal (kW)
Mecânica
86/
380-480
CT
VT
66
82
86
108
129
5
2,5
99
124
1,2
1,5
6
450/
380-480
CT/VT
343
450
675
2,5
518
7,6
10
105/
380-480
CT
VT
80
99
105
130
158
5
2,5
121
150
1,5
1,7
6
142/
380-480
CT
VT
108
136
142
178
213
5
2,5
163
205
2,4
2,9
7
180/
380-480
CT/VT
137
180
270
2,5
207
3
8
361/
380-480
CT/VT
275
361
542
2,5
415
6
9
515/
600/
380-480 380-480
CT/VT
CT/VT
392
457
515
600
773
900
2,5
2,5
592
690
8,6
10
10
10
Obs.: CT = Torque Constante
VT = Torque Variável
Padrão de fábrica
51
CAPÍTULO 7 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Observações:
(1)
CT -Carga Torque Constante
VT -Carga Torque Variável
Torque
Torque
Tn
Tn
Velocidade
Nnom
Velocidade
Nnom
Figura 7.1 - Características de carga do acionamento
(2)
A potência em kVA é calculada pela seguinte expressão:
P(kVA) =
3. Tensão(V) . Corrente (A)
1000
Os valores apresentados nas tabelas foram calculados considerando a
corrente nominal do conversor, tensão de 220V para a linha 220-230V e
440V para a linha 380-480V.
(3)
Corrente nominal nas condições seguintes:
Umidade relativa do ar: 5% a 90%, sem condensação;
Altitude : 1000m até 4000m com redução de 10%/ 1000 m na corrente nominal;
Temperatura ambiente - 0 a 40º C (até 50º com redução de 2% / ºC
na corrente nominal);
(4)
Corrente Máxima : 1,5 x I nominal (1 min a cada 10 min) I nominal
= corrente nominal para CT e que descreve o modelo;
A corrente de saída máxima é a mesma para CT e VT. Isto significa
uma capacidade menor de sobrecarga em VT para aqueles modelos com corrente nominal para VT maior que para CT.
52
APÊNDICE
A
O filtro de entrada LC é composto de indutor trifásico, capacitores e
resistores de amortecimento. Serve para evitar que componentes de
corrente na freqüência de chaveamento, ou múltiplos desta, circulem
pela rede elétrica, evitando distorções e interferências em outros equipamentos ligados nesta rede.
O filtro deve ser instalado entre a rede e a reatância de entrada do
CFW-09 RB.
A configuração do filtro de entrada do RB é mostrada na figura A1:
Figura A1 – Esquema do filtro de entrada do CFW-09 RB
Os valores dos indutores utilizados no filtro de entrada são mostrados
na tabela A.1:
Modelo
Tensão
380V /
Item Weg da
Corrente
Reatância
Indutância do filtro de entrada (L)
(A)
86
0299.0211
105
0299.0212
142
0299.0213
180
0299.0214
211
0299.0238
240
0299.0215
312
0299.0239
361
0299.0216
450
0299.0217
515
0299.0240
600
0299.0218
480V
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V, 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,492mH/134Amperes, L2 – 0,246mH /201Amperes ITH=90A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V, 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,403mH/164Amperes, L2 – 0,201mH /245Amperes ITH=110A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,298mH/221Amperes, L2 – 0,149mH/331Amperes ITH=150A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,470mH/280Amperes, L2 – 0,235mH/420Amperes ITH=190A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,399mH/328Amperes, L2 – 0,266mH/492Amperes ITH=222A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,353mH/373Amperes, L2 – 0,176mH/560Amperes ITH=252A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,272mH/485Amperes, L2 – 0,182mH/ 728Amperes ITH=328A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,234mH/561Amperes, L2 – 0,117mH/ 842Amperes ITH=379A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,188mH/700Amperes, L2 – 0,094mH/1050Amperes ITH=473A
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,164mH/801Amperes, L2 – 0,109mH/1202Amperes ITH=541A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 440V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,141mH/933Amperes, L2 – 0,070mH/1400Amperes ITH=630A.
Tabela A.1 – Indutores do Filtro de Entrada
53
A - ESPECIFICAÇÕES DOS CAPACITORES DE FILTRO DO CFW-09RB
Modelo
Tensão
220V /
Item Weg da
Corrente
Indutância do filtro de entrada (L)
Reatância
(A)
105
0299.0219
130
0299.0220
180
0299.0221
240
0299.0222
361
0299.0223
450
0299.0224
600
0299.0225
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V, 60HZ, INDUTÂNCIA L1 – 0,209mH /
164Amperes, L2 – 0,104mH/245Amperes ITH=110A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V, 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,169mH/202Amperes, L2 – 0,084mH/303Amperes ITH=137A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V, 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,244mH/280Amperes, L2 – 0,122mH/20Amperes ITH=190A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,183mH/373Amperes, L2 – 0,091mH/560Amperes ITH=252A.
230V
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,122mH/561Amperes, L2 – 0,061mH/842Amperes ITH=379A.
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,0975mH/700Amperes, L2 – 0,0487mH/1050Amperes ITH=473A
REATÂNCIA TRIFÁSICA 230V 60HZ, INDUTÂNCIA L1 –
0,0735mH/933Amperes, L2 – 0,03675mH/1400Amperes ITH=630A.
Tabela A.1 (cont.) – Indutores do Filtro de Entrada
Os valores das capacitâncias C e Cb para cada modelo são apresentados respectivamente nas tabelas A.2 e A.3. Para cada modelo é especificado o valor da capacitância e a corrente que circulará pelos capacitores.
Podem ser escolhidos capacitores com uma variação da capacitância de
± 10% dos valores nominais mostrados nas tabelas A.2 e A.3. A última
coluna da tabela apresenta os itens de capacitores que podem ser utilizados no filtro. Caso não sejam utilizados esses capacitores, utilizar
capacitores de filme de polipropileno ou outros adequados a operação em
corrente alternada e capazes de suportar as correntes especificadas com
tensão de 600V.
Modelo
Tensão
220V - 230V
Corrente
Capacitância C (uF)
Corrente dos
capacitores (A)
Capacitores Item WEG
105
10
8,0
0302.4827
130
22
11,0
0302.4828
180
15
12,0
0302.4829
240
22
17,0
0302.4828
361
33
25,0
0302.4830
450
33
28,0
0302.4830
600
47
42,0
0302.4831
Tabela A.2 – Capacitores C
54
A - ESPECIFICAÇÕES DOS CAPACITORES DE FILTRO DO CFW-09RB
Modelo
Tensão
Capacitância C (uF)
Corrente dos
capacitores (A)
Capacitores Item WEG
86
6,8
7,0
0302.4832
105
10
9,0
0302.4827
142
10
11,0
0302.4827
180
10
13,0
0302.4827
211
10
14,5
0302.4827
240
10
16,0
0302.4827
312
15
21,5
0302.4829
361
2X 33 em série
25,0
0302.4830
450
2X 33 em série
28,0
0302.4830
Corrente
380V - 480V
515
22
35,5
0302.4828
600
22
35,5
0302.4828
Tabela A.2 (Cont.) – Capacitores C
Modelo
Tensão
Corrente
105
130
180
220V - 230V
240
361
450
600
86
105
142
180
211
380V - 480V
240
312
361
450
515
600
Capacitância Cb
(uF)
Corrente dos
capacitores (A)
Capacitores Item
WEG
47
68
47
68
100
150
150
22
33
47
22
33
33
47
47
68
68
100
5,0
6,5
7,5
10,0
14,5
22,0
23,0
4,5
6,5
9,5
7,0
9,5
10,5
13,5
14,5
21,5
21,0
31,0
0302.4831
0302.4833
0302.4831
0302.4833
0302.4834
0302.4835
0302.4835
0302.4828
0302.4830
0302.4831
0302.4828
0302.4830
0302.4830
0302.4831
0302.4831
0302.4833
0302.4833
0302.4834
Tabela A.3 – Capacitores Cb
Os valores de resistência a serem utilizados no filtro de entrada e potência dissipada são mostrados na tabela A.4. Pode-se utilizar resistores
com variação de resistência de até ±10% do valor indicado na tabela
abaixo. Ao especificar o resistor observar a temperatura ambiente e temperatura final no corpo do resistor com a potência dissipada, normalmente é necessário especificar um resistor com potência nominal acima da
dissipada a fim de evitar sobreaquecimento.
55
A - ESPECIFICAÇÕES DOS CAPACITORES DE FILTRO DO CFW-09RB
Resistor (Ω)
Potência
dissipada no
resistor (W)
105
4,5
110
130
3
125
180
4
220
240
3
300
361
2
450
450
1,5
720
600
1,5
800
Modelo
Tensão
220V - 230V
380V - 480V
Corrente
86
8,5
170
105
6,5
260
142
5
420
180
6,8
350
211
6,5
550
240
6
650
312
4,5
800
361
4
850
450
3
1400
515
3
1300
600
2
2000
Tabela A.4 – Resistores R
56
APÊNDICE
B
A reatância de entrada do CFW-09RB tem características especiais, portanto não pode ser utilizada uma reatância de rede padrão.
Na tabela B.1 estão relacionados os modelos e os itens WEG para
estas reatâncias.
Tensão
220-230V
380-480V
Modelo
105
130
180
240
361
450
600
86
105
142
180
240
361
450
600
Item WEG da Reatância
0299.0051
0299.0052
0299.0053
0299.0054
0299.0126
0299.0128
0299.0130
0299.0071
0299.0072
0299.0073
0299.0074
0299.0075
0299.0076
0299.0077
0299.0078
Tabela B.1 – Reatância de entrada WEG
Para tensões não existentes na tabela consulte a WEG Automação.
57