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elevare Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas Qualidade, segurança e ambiente «Segurança no setor dos ascensores» Legislação «A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação» DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Notas técnicas «A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios» Figuras «Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva» Mínimo espaço com máxima precisão na detecção Série PA/ PH18: detectores fotoeléctricos compactos de elevada fiabilidade para ambientes adversos Com microprocessador integrado a gama PA/PH18 garante um sistema de detecção e de filtragem avançado, que permite soluções personalizadas, seguras e flexíveis. Além disso, estes sensores podem suportar pressões de água até 100 bar assim como agentes de limpeza, em conformidade com ECOLAB, IP67, IP69. CARLO GAVAZZI UNIPESSOAL LDA tVelocidade de detecção: 500 imp/ seg tTensão de alimentação: 10-30 VDC tCorrente de carga: 100 mA tVersões NPN ou PNP com saídas NA e NF. Rua dos Jerónimos, 38B 1400-212 Lisboa - Tel. 213 617 060 - [email protected] - www.gavazziautomation.com Ficha técnica Sumário elevare DIRETOR Fernando Maurício Dias [email protected] Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, Luís Reis Neves, José Pirralha, Marco Pereira, Ângelo Mota Almeida, Francisco Craveiro Duarte, Carlos Dias Gens, 2 EDITORIAL Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal Aníbal de Almeida, João Fong, Miguel Leichsenring Franco, Matti Turtiainen, Mika Alakotila, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino. 3 COORDENADOR EDITORIAL ARTIGOS TÉCNICOS [3] Armazém Automático – Otimização do Binómio Performance/Custo [8] Comparação entre GSM e linha fixa Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 [email protected] 10 NORMALIZAÇÃO A emenda A3 à EN 81-1/2 DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 14 Segurança no setor dos ascensores [email protected] CHEFE DE REDAÇÃO QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE 18 NOTAS TÉCNICAS A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios Helena Paulino [email protected] 22 LEGISLAÇÃO A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação ASSESSORIA João Miranda [email protected] 25 DOSSIER [25] Eficiência energética DESIGN [28] Regeneração… O que é e como funciona Luciano Carvalho [30] Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes na União Europeia – Projeto E4 [email protected] [34] Normalização sobre eficiência energética em ascensores WEBDESIGN Martino Magalhães 39 Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva [email protected] PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO FIGURAS 40 INFORMAÇÃO TÉCNICO-COMERCIAL [40] CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® A subir! Os fabricantes de elevadores atingem um novo patamar com o elevado desempenho do drive de máquina ABB Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 [43] Igus: Segurança em altura [email protected] · www.cie-comunicacao.pt [44] Schneider Electric Portugal apresenta “Revamping de elevadores” [46] Schmersal: Há alguma coisa que seja absolutamente segura? [48] Weidmüller: Soluções inteligentes para uma moderna tecnologia Os trabalhos assinados são da de elevadores exclusiva responsabilidade dos seus autores. Capa Foto © Claytron 50 PRODUTOS E TECNOLOGIAS elevare 1 Editorial Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal A informação é, atualmente, um recurso de extrema importância para a atividade humana. Num mundo altamente globalizado, a partilha de informação revela-se como um instrumento potenciador da produtividade, da economia, da inovação e da integração dos indivíduos e das organizações na sociedade. O setor da elevação é caraterizado por uma forte componente de inovação tecnológica e por uma constante atualização da sua Normalização bem como da sua Legislação. Este Fernando Maurício Dias facto obriga a que todos os participantes tenham necessidades prementes de serem co- Diretor nhecedores das alterações previstas ou em curso que influenciam a atividade direta ou indiretamente. No sentido de proporcionar ao mercado informação rigorosa, fiável e atualizada, nasce o projeto "ELEVARE" (do latim elevare - “erguer”, formado por ex-, “fora”, mais levare, “tornar leve, fazer subir”, de levis, “leve, de pouco peso”). Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal. Neste suplemento, e tendo como linha orientadora a promoção e melhoria do setor da elevação, todos os intervenientes são convidados a participar na criação dos seus conteúdos, nomeadamente através da partilha de experiências, preocupações, anseios e sugestões. Hoje, neste primeiro número, oferecemos aos leitores um vasto conjunto de artigos técnicos, de elevada qualidade, que certamente serão do interesse do leitor. O tema em destaque neste número é a "eficiência energética", um assunto atual na nossa sociedade e que no nosso setor começa a dar os primeiros passos impulsionado pela, cada vez maior, pressão para racionalizar os consumos, a consciencialização da necessidade de maior respeito pelo ambiente, a ameaça de esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, são alguns dos fatores que promovem a procura de soluções que deem resposta aos asseios da sociedade e que é nosso dever responder afirmativamente de forma a contribuirmos para a garantia de um futuro melhor para as gerações vindouras. Neste sentido, a revisão do Decreto-lei n.o 320/2002 de 28 de dezembro já traduz essa preocupação. Para finalizar desejo que este suplemento vá ao encontro das expetativas dos leitores e que possamos contar com as suas sugestões e críticas de forma a podermos melhorar a nossa Elevare. Boa leitura. 2 elevare Artigo técnico Armazém Automático – Otimização do Binómio Performance/Custo Eng.o Luís Reis Neves Diretor Técnico da SEW-EURODRIVE PORTUGAL 1. INTRODUÇÃO 2. O PROBLEMA/DESAFIO Os armazéns automáticos são sistemas Devido à geometria da máquina, existem complexos de elevado desempenho que elevadas forças de inércia durante as fases implementam um conceito logístico, tendo de aceleração e desaceleração. No início da em conta o fluxo de materiais, fazendo uso aceleração a coluna move-se momentane- de um controlo totalmente automático e amente em sentido contrário ao do movi- de tecnologia de informação “state-of-the- mento, devido à sua inércia e, em seguida, art”. Este conceito, geralmente, maximiza executa pequenas vibrações naturais ligei- › Tempo de vida útil; as saídas com uma utilização perfeita do ramente amortecidas sobre a sua posição › Precisão de posicionamento; espaço. O seu desempenho é medido atra- central quasi-estática. › Comportamento no arranque e na saída por unidade de tempo. A estratégia e Estas vibrações restringem a operação de › Suavidade de operação, comportamen- disponibilidade de armazenamento são de- posicionamento, tendo assim um impacto cisivamente determinadas pela velocidade negativo no tempo de ciclo da unidade uma › Tipo de alimentação; e aceleração dos acionamentos utilizados. vez que, primeiro, têm que baixar para um › Consumo energético, eficiência, energia Compatibilidade eletromagnética; vés do número de entregas de entrada e de paragem; to devido à vibração; nível admissível antes do ciclo poder ser regenerativa; Num armazém automático é possível identi- feito. Aumentar o desempenho e reduzir a › ficar vários movimentos, nomeadamente, a carga dinâmica são os requisitos de opera- › Índice de Proteção; translação, a elevação e o movimento dos ção do sistema, para que as vibrações se- › Comissionamento, segurança funcio- braços telescópicos. Frequentemente, estes jam evitadas ou corrigidas. nal, manutenção. eixos são complementados por eixos adicionais que fazem a interface do armazém com Adicionalmente, as seguintes condições am- o exterior. Os eixos principais são a elevação 2.1. Critérios de dimensionamento bientais devem ser tidas em consideração: e a translação, a qual será abordada mais A interação entre a engenharia de aciona- › Temperatura ambiente; em detalhe ao longo deste artigo. mentos e o controlo em malha fechada, › Presença de agentes de limpeza; bem como a mecânica (estática/dinâmica/ › Armazenamento de produtos químicos; vibração), determina o comportamento › Áreas com riscos de explosão; dinâmico, assim como, o desempenho. O › Ambientes sensíveis ao ruído; comportamento (estabilidade) da carga › Ambientes com sujidade e poeiras. durante o movimento, particularmente na aceleração e desaceleração, tem um impacto significativo no projeto. Dependendo 3. CONDIÇÕES ADICIONAIS dos requisitos do sistema são utilizados Este tipo de aplicações requer que múlti- motores controlados em velocidade ou em plas condições adicionais sejam tidas em posição. conta antecipadamente, condições que vão afetar decisivamente a qualidade dos resul- Os seguintes critérios são decisivos para a tados. seleção dos acionamentos: Figura 1. Armazém automático (Motion Solution › Massa a movimentar; Se as condições adicionais não forem tidas With MOVI-PLC®). › Resistências ao deslocamento; em consideração e não forem tratadas an- elevare 3 Artigo técnico tes do arranque serão necessários custos Normalmente, cada acionamento deve ser cidos na versão de veio oco, otimizando o extremamente elevados para garantir uma configurado para uma utilização de 60% acoplamento ao veio acionado. Caso a pre- operação perfeita. - 70%! Isto porque as rodas têm cargas cisão de posicionamento seja muito elevada diferentes durante a aceleração, devido à (<2 mm), devem ser usados redutores com distribuição do peso. folga angular reduzida. De seguida, apresentam-se fatores influenciadores a considerar durante o projeto. Imagine-se um redutor com relação de 3.2. Tipo de motor transmissão de 35,2 e uma folga angular 3.1. Número de acionamentos A relação do momento de inércia de massa entre 7’ e 12’. O desvio (erro) causado pela Normalmente, o sistema de translação externa e a relação do momento de inércia folga é dado pela expressão: desloca-se sobre um carril e as rodas mo- de massa do motor devem ser tidas em vem-se numa disposição em linha. É possí- conta no projeto e para a seleção do motor. vel acionar uma roda (tração a uma roda) Esta relação não deve exceder um fator de ou duas rodas (tração a duas rodas). 20. No caso de sistemas com muita vibra- Para este caso concreto, teremos um ção (vibração das colunas durante a ace- desvio compreendido entre ±0,255 mm e Tração a uma roda leração e desaceleração), a relação deve ±0,436 mm, considerando a folga angular Esta configuração permite acelerações estar bem abaixo do fator 20 para se ga- de 7’ e 12’, respetivamente. <0.35 m/s2 (rodas de aço em carril de aço). rantir uma boa configuração do sistema de Com rodas de Vulkolan em carril de aço é controlo em malha fechada. Se a coluna for 2 possível obter acelerações entre 1 e 2.5 m/s . rígida (praticamente não sofrer quaisquer 3.4. Diferencial eletrónico No caso da unidade percorrer uma curva vibrações), a relação entre o momento de Quando a roda da frente entra na curva, a utilizando a combinação “2 rodas com 1 inércia da massa externa e o momento de roda de trás ainda se encontra em linha reta motorizada”, deve ser instalado um encoder inércia da massa do motor pode exceder o e tem que reduzir de velocidade. Por outro rotativo na segunda roda para ser possível fator 20. lado, quando a roda de trás está na curva, a utilizar a funcionalidade do diferencial ele- da frente já está em linha reta. O resultado Quando os momentos de inércia exter- é um incremento elevado na velocidade da na são muito elevados devem ser usados roda de trás, através de um fator de dois Tração a duas rodas motores assíncronos. Este tipo de motores ou superior, dependendo do raio e da dis- Com tração a duas rodas é possível obter são os mais comuns na indústria. Se as car- tância entre eixos. Este efeito traduz-se em acelerações até 0.74 m/s2 (rodas de aço em gas forem consideravelmente pequenas e elevadas acelerações transversais durante carril de aço). Utilizando rodas em Vulkolan o sistema tiver que ser muito dinâmico, os o processo da curva. Além de indesejáveis, em carril de aço atingem-se acelerações servomotores apresentam-se como sendo estas forças são prejudiciais e podem criar até 3.0 m/s2. No caso de a unidade percor- a melhor solução. Existem ainda situação in- danos. A velocidade da roda da frente tem rer uma curva, ambas as rodas são tracio- termédias em que os servomotores assíncro- que ser ajustada através de um diferencial nadas (diferencial eletrónico em operação nos são vantajosos. eletrónico com controlo ativo durante a trónico. curva. Esta solução tem como pressupos- mestre-escravo: Ver 3.4). tos que ambas as rodas são motorizadas Figura 2. Eixo horizontal: trajeto em curva. 4 elevare 3.3. Tipo de redutor e a distribuição da carga uniforme. Os mo- Nos armazéns automáticos, o tipo de redu- tores que acionam as rodas são dotados tores mais comuns são os de engrenagens de encoder e controlados por Variadores helicoidais e os de engrenagens cónicas. Tecnológicos independentes dotados de co- Frequentemente, estes últimos são forne- municação entre si. A velocidade da roda da Figura 3. Diagrama de estrutura de controlo. Artigo técnico frente é calculada tendo por base informa- Passo 1 - Cálculo da relação transmissão do redutor (i): ção da curva e a velocidade atual das duas rodas. A roda de trás é escrava e controlada em binário. Na Figura 3 é apresentada a estrutura de controlo do diferencial eletrónico. Esta solução possibilita uma elevada performance, mesmo em curvas, com redução das forças transversais. Passo 2 - Binários estático e dinâmico: 3.5. Sistema de mediação da posição Existem várias formas de medição da posição. Antes de efetuar a sua seleção, é necessário saber quão rápido é o sistema, qual a precisão de posicionamento pretendida e qual a gama de medição. O sistema de medição de posição pode ir desde simples sensores para comutação de velocidade e paragem até precisos e dispendiosos sistemas de medição por laser. Passo 3 – Cálculo do binário máximo: Frequentemente, os valores enviados pelos lasers são avaliados tendo em consideração a média de um conjunto de valores recebidos, pelo que tal facto deve ser tido em consideração na avaliação da dinâmica. Normalmente, são usados em sistemas com aceleração até 0,8 m/s2. O redutor é selecionado tendo em consideração o binário máximo e a relação de transmissão. Exemplo de um redutor SEW-EURODRIVE: 4. PROJETO EXEMPLO Tal como mencionado anteriormente, para KA77, M1max =1125 Nm e i=40,04; redutor cónico, de veio oco o correto dimensionamento dos acionamentos é necessário conhecer diversas grandezas. Passo 4 – Binário do motor durante a aceleração: Na Tabela seguinte apresentam-se os valores para o projeto dos acionamentos da translação: Definição Valor do exemplo Peso máximo 9000 Kg Velocidade máxima 2 m/s Aceleração máxima 0,35 m/s2 Desaceleração máxima 0,35 m/s2 Diâmetro da roda 500 mm Resistência ao movimento 100 N/t (aproximadamente 50 N/t de reserva) Eficiência da carga 90% Tipo de transmissão Direta Fator de duração do ciclo 60% (típico para este tipo de aplicação): trepouso = 8s, tdeslocamento = 10,7s Tipo de redutor Transmissão de binário ortogonal, redutor de engrenagens cónicas e veio oco Rotação máxima do motor 3000 rpm elevare 5 Artigo técnico Passo 5 – Binário do motor durante a desaceleração: O servomotor assíncrono da SEW-EURODRIVE com binário suficiente para a aplicação e dotado do freio tem 0.0071 kgm2 de inércia. A relação entre inércias é de 49,4, conforme a fórmula seguinte. Passo 6 – Binário do motor durante velocidade constante: Esta relação Jext/Jmotor é demasiado grande. Para melhorar a relação Jext/Jmotor, é selecionado um motor maior, com 0,0158 Kg/m2 de inércia, obtendo-se uma relação entre inércias de 22,2. O binário adicional devido à inércia do motor é negligenciável tendo em consideração a relação entre a inércia da carga e a inércia do motor, conforme se verá adiante. Passo 7 – Binário rms: Passo 10 – Verificação do binário adicional devido à inércia do motor: Existem vários programas para o projeto de acionamentos, de que é exemplo o Graphical Workbench da SEW-EURODRIVE. Passo 8 – Rotação média: Passo 9 – Cálculo da relação de inércia Jext / Jmotor: A inércia da carga (Jext) é obtida de acordo com a expressão abaixo. Figura 4. Programa de Projeto: Graphical Workbench da SEW- EURODRIVE. Tabela 1. Utilização da energia regenerativa através da ligação dos barramentos CC. Utilização direta da energia regenerativa noutros eixos Para recuperar a energia gerada, os dois Variadores Tecnológicos, que controlam os eixos vertical e horizontal, partilham os seus barramentos CC. A energia elétrica libertada por um eixo pode ser diretamente reutilizada pelo outro eixo. O controlador de nível superior MOVI-PLC fornece funções de controlo inteligentes para os eixos vertical e horizontal. O tempo de ciclo é encurtado e a eficiência dos eixos vertical e horizontal é otimizada. 6 elevare Artigo técnico Tabela 2. Comparação em termos de custos energéticos. Comparação de Variante standard Solução com partilha de energia Componentes do projeto Controlo convencional: a energia libertada é dissipada via resistência de frenagem Ligação inteligente de barramento CC e Motion Controler MOVI-PLC® Custos energéticos/ano* € 7,200 € 5,750 Consumo de energia 125% 100% Tempo de amortização Imediato Redução de CO2/ano 10 t A solução com ligação do barramento CC poupa 7250€ apenas em 5 anos de operação *Cálculos baseados no consumo de energia por ciclo, considerando 880 ciclos por dia, 350 dias por ano e 0,10 €/KWh. 5. ENERGIA REGENERADA xos são o horizontal e o vertical. Normalmente, a estrutura Com os seus movimentos, o sistema gera energia, tornando- desloca-se sobre carris, sendo que existe a possibilidade de se num enorme sistema gerador de energia. Num design con- acionar uma ou ambas as rodas. vencional, uma resistência de frenagem converte para calor a energia libertada quando o acionamento vertical desce e o No caso de trajetórias com curva, o diferencial eletrónico acionamento horizontal desacelera. Isto, do ponto de vista reduz as cargas transversais, possibilitando velocidades ele- energético, é um desperdício. Ainda mais quando temos à dis- vadas. A gestão coordenada dos movimentos possibilita a posição meios técnicos para, eficientemente, reutilizar a ener- partilha de energia, alcançando-se poupanças energéticas até gia libertada, isto é, “reciclá-la”. Uma possibilidade é a ligação 25% sem comprometer o dinamismo do sistema. do barramento CC dos variadores, conforme se pode ver nas Esta solução possibilita poupanças de energia até 25%. A energia regenerativa produzida por um eixo pode ser diretamente consumida pelo outro, maximizando assim a eficiência global do sistema. Uma outra possibilidade é o reenvio de energia para a rede, utilizando para o efeito unidades de regeneração. Esta de facto é outra alternativa bastante interessante, tecnicamente mais complexa e que requer um investimento adicional. 6. CONCLUSÃO Os armazéns automáticos são usados para armazenar cargas de forma rápida e segura. A sua dimensão pode ser consideravelmente grande, requerendo a coordenação de forma eficiente de diversos movimentos. Os principais ei- Figura 5. Partilha de energia entre os Variadores de Translação e da Elevação. PUB tabelas apresentadas. Artigo técnico Comparação entre GSM e linha fixa Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 [email protected] · www.schmersal.pt Atualmente a cobertura GSM é quase universal nas zonas urbanas. Os custos das chamadas e a manutenção destas linhas baixam, enquanto os das linhas fixas sobem. Cada vez mais clientes veem os telemóveis como a opção natural para os telefones de emergência, por custo e também por comodidade. É PERMITIDO UTILIZAR TELEFONES DE 15 euros dos cartões pré-pagos, aproxima- elevadores, o que lhe confere um controlo EMERGÊNCIA GSM? damente. absoluto sobre os aspetos administrativos e económicos (o custo das chamadas). A resposta é claramente SIM. A legislação não distingue entre linha fixa ou móvel. As linhas móveis (ou GSM) podem ter o incon- CUSTO DAS CHAMADAS veniente de saturações de linha, que se O preço das chamadas na linha fixa é re- CUSTO DA INSTALAÇÃO produzem a certas horas de ponta (como lativamente barato, em especial nas cha- Normalmente é cobrado um valor para a a noite de consoada), mas é improvável madas locais. Nas linhas GSM é mais caro, instalação de uma nova linha fixa. Por uma que falhe toda a rede apenas por um cabo mas como as chamadas de emergência são linha GSM são cobrados 10 euros pelo car- cortado. Na maioria dos casos está dispo- pouco frequentes e breves, o custo anual tão SIM, mas este valor é normalmente nível mais do que uma rede ou operador, o das chamadas não é superior aos 10 euros. descontado no valor das chamadas. apenas ocorrem quando estamos em mo- CUSTO TOTAL INSTALAÇÃO vimento. Os elevadores não dobram esqui- Tendo em conta os valores médios indica- Uma linha fixa requer que o técnico instale nas e por isso a cobertura é estável. Se é dos, o custo total do sistema GSM é inferior um cabo até à sala de máquinas do eleva- boa vai continuar a sê-lo. Ainda que o ter- ao da linha fixa, se forem realizadas me- dor. O técnico do elevador deve esperar o mo “linha fixa” sugira que as chamadas se nos de quatro chamadas ao mês. Quando funcionário da companhia telefónica para transmitem por um cabo, isso é certo ape- o vandalismo não alcança níveis elevados e permitir o acesso à sala. Nenhuma empresa nas no último quiló- o elevador está em bom estado, apenas se telefónica pode garantir a presença a uma metro. As chamadas realiza uma chamada de teste ao ano. hora concreta, o que pode significar facil- que dá uma segurança não disponível nas redes fixas. Os problemas de cobertura são transmitidas por mente esperas de quatro horas. O sistema sistemas de GSM não requer nenhuma intervenção e é rádio ponto a ponto, sem PEDIDO DE INSTALAÇÃO DA LINHA configurado pelo próprio funcionário des- que o utilizador se TELEFÓNICA de o seu escritório. É possível configurar e aperceba, pelo que a O pedido de instalação da linha telefónica comprovar o telefone antes da instalação, normativa não pode fixa deve ser efetuado pelo proprietário assegurando o seu bom funcionamento e dar preferência a um do edifício. Durante a fase de construção é poupança de tempo. sistema ou outro. possível que o proprietário final ainda não esteja decidido ou estabelecido (por exemplo no caso de vir a ser dividido em várias TELEFONES EM EDIFÍCIOS NOVOS CUSTO DA LINHA TELEFÓNICA frações), pelo que ninguém pode pedir a As linhas telefónicas são instaladas no final O custo de manutenção de uma linha tele- ligação. A empresa de elevadores deve pe- do processo de construção. Em alguns ca- fónica fixa pode ser superior a 200 euros dir ao proprietário que a peça e coordene a sos não são ativadas até que os inquilinos anuais. As alternativas GSM vão desde cus- data de instalação. O sistema GSM é pedi- se instalem no edifício. Isso significa que to zero para a manutenção da linha até aos do e pago pela empresa de manutenção de durante as mudanças não se possa utilizar 8 elevare Artigo técnico o elevador, já que não cumpre os requisitos (para estar auto- O SISTEMA GSM É MAIS BARATO E MAIS SIMPLES rizado deve dispor de um telefone de emergência funcional). É evidente que os contratos de linha GSM são muito mais baratos e originam menos problemas. Um cartão de pré-pagamento custa 20 a 30 euros ao ano e alguns operadores UTILIZAÇÃO DURANTE A CONSTRUÇÃO de GSM oferecem a manutenção de linha gratuitamente, pelo O construtor gostaria de poder utilizar o elevador e, em muitos que apenas se pagam as chamadas. Como o elevador ape- casos, estaria disposto a pagar por isso. Com o sistema GSM, nas faz uma chamada quando existir um passageiro preso, o telefone pode utilizar-se assim que o elevador tiver energia. o custo anual é de poucos euros. O preço de compra de um telefone de emergência GSM pode ser 100 a 200 euros mais do que um fixo, mas, ainda que a diferença não possa onerada ao cliente, ele será amortizada em menos de um ano. ENTREGA E COBRANÇA DO ELEVADOR O elevador deve estar em funcionamento, comprovado e autorizado, antes do cliente pagar a fatura. Com o sistema GSM o processo pode terminar muito antes do que com uma linha COMO GANHAR DINHEIRO COM ESSA DIFERENÇA DE PREÇO fixa. Com isso melhora-se a liquidez da empresa mas também Trata-se de realizar um contrato no qual se incluam os custos se evita a responsabilidade por danos que sofra o elevador das chamadas por um valor anual fixo. Se lhe cobramos 80% durante a construção. menos dos seus custos atuais de linha fixa, o cliente ficará satisfeito. Você paga umas dezenas de euros pelas chamadas do telefone GSM e obtêm um benefício adicional de 200 euros GARANTIR O PAGAMENTO DAS FATURAS TELEFÓNICAS por elevador em serviço. Para além disso, tem o controlo das Por vezes o proprietário do edifício esquece-se de pagar à em- linhas e já não depende de outros. Se o contrato da linha tiver presa telefónica, ou decide dar baixa da linha, crendo que esta uma duração diferente à do contrato de manutenção, aumen- não é utilizada (por não se fazer quase nenhuma chamada). tará o custo para o cliente sem este desejar mudar de empre- O problema é que a empresa de manutenção é responsável sa de manutenção. pelo funcionamento correto do elevador, e um equipamento PUB sem um telefone funcional deve ser posto fora de serviço. CUSTO DAS COMPROVAÇÕES DE LINHA A Norma EN-81.28 requer uma comprovação de linha a cada três dias. Isso supõe 120 chamadas ao ano. O sistema SLCC da SafeLine (patente em curso) permite realizar essas tarefas sem qualquer custo. O SLCC funciona automaticamente num computador no escritório e pode ser configurado para avisar quais os telefones com defeito através de um correio eletrónico ou um SMS diretamente às pessoas responsáveis. Se tiver incluído o custo das chamadas no contrato de serviço é poupança para o seu bolso. Sentimos a modernização de elevadores como uma imagem de marca Elevis é uma empresa especialista no ramo dos elevadores, apresentamos soluções, com a instalação de todos os tipos de elevadores e plataformas elevatórias, assim como, soluções em mobilidade reduzida. DANOS OCASIONADOS POR RAIOS Os raios que induzem picos de Alta Tensão nos cabos danificam muitos telefones de linha fixa. A menos que se instale a antena móvel no telhado este problema não existe nos sistemas GSM. Elevis Elevadores Rua Professor Egas Moniz, Lote 5, R/C Drtº 8005-272 Montenegro Faro Normalização A emenda A3 à EN 81-1/2 Eng.o José Pirralha Diretor Técnico da Thyssenkrupp Elevadores S.A. Presidente da Comissão Técnica CT 63 INTRODUÇÃO A partir da resolução do Conselho Europeu de 1985, é adotada em matéria de harmonização e normalização das regulamentações nacionais uma Nova Abordagem, em matéria de harmonização e normalização das regulamentações nacionais, com o objetivo de facilitar a realização do mercado interno. Em 1989, são aprovadas novas resoluções no sentido da avaliação da conformidade, ao A aplicação da Diretiva 95/16/CE com os má-las do conhecimento mais atualizado, mesmo tempo que se avança no estabele- RESS, definidos no seu ANEXO I, pode rea- ou seja, do “estado da arte”. cimento de procedimentos de certificação e lizar-se por duas vias principais (embora ensaio e se lançam bases para a marcação possam ser adotadas outras): Centrando-nos na EN 81-1/2:1998+A3:2009, CE. Cria-se assim, uma nova estrutura de › através do exame CE de tipo ( modelo), adiante designada apenas por A3, esta não submetidos a controlo final, ou é mais do que a última emenda ou altera- pela aplicação das normas harmoni- ção introduzida na EN 81-1/2. Para termos zadas respetivas, as quais concedem a uma noção de contexto da A3, é necessá- chamada presunção de conformidade. rio que se tenha uma ideia das emendas Diretivas que passaram a designar-se Diretivas Nova Abordagem. Estas Diretivas assentam a sua estrutura › na assunção de um conjunto de Requisitos Essenciais de Saúde e Segurança – RESS, os anteriores: No que se segue, convém ter presente que quais, podem ser realizados através de es- a EN 81-1/2:1998+A3: 2009 é uma Norma A1 – aprovada pelo CEN (Comité Europeu de pecificações técnicas que podem assumir a harmonizada, adquirindo esse estatuto Normalização) em maio de 2005, é conheci- forma de normas harmonizadas. após publicação no JO 2010/C 52/04 de da pela designação de PESSRAL (Program- 02/03/2010. mable Electronic System in Safety Related Nesta abordagem, resulta claro que o re- Applications for Lifts), que mais não é do curso às normas harmonizadas é um cami- que a adoção dos critérios e metodologias nho privilegiado (não único) para o cumpri- 1. A EMENDA A3 – O QUE É? da IEC 61508 aos sistemas eletrónicos pro- mento das Diretivas. A introdução de emendas às Normas é gramáveis aplicados em sistema de segu- um procedimento normal que visa aproxi- rança para ascensores. Importa sublinhar que as normas, seja qual for o seu caráter, sejam ou não harmonizadas, não são de cumprimento obrigatório, pese embora, a sua utilização seja um caminho, certamente o mais direto e provavelmente o mais económico, para a garantia de cumprimento de uma Diretiva. Podemos exemplificar esta ideia, recorrendo à aplicação da Diretiva 95/16/CE, como prática do nosso dia-a-dia, para a colocação de ascensores no mercado, isto é, para a sua certificação. 10 elevare Normalização A2 – aprovada pelo CEN em abril 2004, con- embora a aplicação dos seus critérios mento não comandado da cabina quando siste na incorporação dos ascensores sem possa ser recomendável, nomeadamente esta sai do piso, se as portas de patamar casa de máquina, respondendo ao desen- quando se substitui o sistema de tração e não estão na posição de encravadas e se a volvimento de tal solução pela indústria. controlo. porta de cabina não está fechada. A3 – aprovada pelo CEN em agosto de 2009 Neste conceito, consideram-se todos os e publicada em dezembro do mesmo ano, 3. AS MODIFICAÇÕES IMPOSTAS PELA A3 movimentos resultantes de qualquer falha incorpora as modificações resultantes de: Para lá dos aspetos decorrentes da revisão num componente da máquina, do sistema da Diretiva Máquinas, a emenda A3 incorpo- hidráulico e no sistema de controlo de mo- 2006/427CE; ra novos requisitos de segurança, nomea- vimento de que a segurança do movimento introdução de novos requisitos de segu- damente medidas para a prevenção do mo- da cabina dependa. rança, nomeadamente a prevenção do vimento da cabina de porta aberta e para a movimento não comandado da cabina precisão de paragem. › › revisão da Diretiva Máquinas – Não são consideradas para este efeito as de portas abertas, a precisão de paragem e o re-nivelamento. falhas dos seguintes elementos: São as seguintes as principais modifica- › cabos ou correntes de suspensão; ções: › rodas de tração, tambores e/ou carre- A) Decorrentes da revisão da Diretiva Má- › Poderemos assim dizer que, a A3 resulta por um lado da revisão da Diretiva Máqui- tos da máquina de tração; nas, e por outro da necessidade de resposta quinas - 2006/42/CE a situações de risco identificadas e não devi- 1. damente acauteladas. tubagem flexível, ou rígida ou o cilindro no caso de ascensores hidráulicos. Novas exigências relativas aos sistemas de fixação das proteções, Nota: Na falha da roda de tração, inclui-se a perda utilizadas especificamente como de aderência. proteção, de situações perigosas, 2. ENTRADA EM VIGOR E DOMÍNIO DE mecânicas, elétricas ou outras, O dispositivo – UCM deve ser capaz não só APLICAÇÃO DA A3 através de barreiras físicas que ne- de detetar o movimento não comandado da Publicada em dezembro de 2009, foi con- cessitam de ser retiradas, para a cabina, mas também de promover a sua pa- cedido um prazo de 18 meses para a sua execução das operações regulares ragem e mantê-la parada. entrada em vigor, prazo que viria a ser de manutenção e controlo. considerado insuficiente e prolongado pela O sistema de fixação das proteções Exceto, se houver redundância construtiva Comissão Europeia por mais 6 meses, tor- deve permanecer solidário com es- e auto-controlo de segurança, o UCM deve nando-se a data efetiva o dia 1 de janeiro de tas ou com o equipamento quando a cumprir a sua função, sem recurso a com- 2012. proteção é retirada. ponentes que, em serviço normal, controlem a velocidade, a desaceleração, a para- Assim, as modificações previstas na A3 en- 2. Aos aparelhos de elevação de traram em vigor em diferentes momentos: v ≤ 0,15 m/s, não são aplicáveis os › as alterações resultantes da revisão da requisitos da Diretiva Ascensores Nota: Para este efeito considera-se que o travão da Diretiva Máquinas (2006/42/CE) estão (art.º 24º da Diretiva 2006/42/CE),e máquina possui redundância construtiva. em vigor desde 29 dezembro de 2009, como tal não estão ao abrigo da A3. data de entrada em vigor da Diretiva No caso de utilização do travão como parB) Decorrentes da introdução de novas te do UCM, o auto-controlo de segurança as modificações resultantes da aplica- medidas de segurança, visando o seu compreenderá a verificação de entrada e ção de novos critérios de segurança, reforço em resultado da evolução do saída do mecanismo ou ainda a verificação que entraram em vigor em 1 de janeiro “estado-da-arte”. do esforço de frenagem. de 2012. 1. 2006/42/CE; › Veremos adiante o conteúdo concreto des- Controlo do movimento não comandado da cabina com as portas aber- Nos hidráulicos se forem utilizadas duas tas. eletro-válvulas em série, o auto-controlo tas modificações. Designado por UCM (Unintended Car Qual o domínio de aplicação da A3? A emen- 2. Precisão de paragem (± 10 mm) e Movement); da A3 aplica-se a: › › gem e a manutenção da cabina parada. re-nivelamento (± 20 mm). de segurança deve controlar de forma separada a abertura e fecho de cada válvula, sob a pressão estática correspondente a cabina vazia. novas instalações de ascensores, ou na substituição "integral" de ascensores existentes Se for detetada alguma falha, deve ser im4. PROTEÇÃO CONTRA O MOVIMENTO NÃO pedida a próxima partida normal. COMANDADO DA CABINA – UCM Nesta linha a A3 não é de aplicação obri- Os ascensores devem ser equipados com O auto-controlo de segurança deve ser ob- gatória na substituição de componentes, um dispositivo que permita parar o movi- jeto de exame de tipo. elevare 11 Normalização Nota: Trata-se de exame de tipo e não de exame CE de tipo, já que este, só poderá ser realizado a cober- 1 to da Diretiva, o que não é o caso. O órgão de paragem do dispositivo deve agir sobre: 2 › a cabina, ou › o contrapeso, ou › o sistema de cabos (suspensão ou com- › a roda de tração (sobre a roda propria- pensação), ou mente dita ou sobre o seu veio na proximidade desta), ou › 3 5 4 o sistema hidráulico, incluindo o grupo motor/bomba, quando em subida. Uma vez detetada a necessidade de intervenção, a cabina deve ser parada, numa dis- No decurso da paragem, é necessário que tância que : os órgãos que asseguram a mesma, não › não exceda 1,20 m a partir do nível do provoquem uma desaceleração que exce- piso, e da: não ultrapasse os 200 mm, entendidos › › como a distância vertical entre a soleira de piso e a parte mais baixa do avental de cabina, e › 1. começam a atuar, reduzindo a velocidade; 2. Eixo da velocidade; 1 gn para movimento não comandado 3. Tempo de resposta dos dispositivos de da cabina em subida; › Instante em que os órgãos de travagem deteção; o valor da desaceleração aceite para o 4. Tempo de resposta dos órgãos de tra- pára-quedas, em descida. não ultrapasse 1,0 m entre a soleira de vagem; 5. Eixo dos tempos. cabina e o lintel da porta de piso, ou en- Estes valores devem ser obtidos qual- tre a soleira da porta de piso e o lintel da quer que seja a carga na cabina, quando O movimento não comandado da cabina porta de cabina. esta a partir do estado de repouso, sai deve ser detetado pelo menos através Estas distâncias devem verificar-se do piso. de um dispositivo de corte, o mais tardar qualquer seja a condição de carga da cabina. quando a cabina deixa a zona de desencraNa curva do tempo de resposta podem ser vamento. identificadas as diferentes fases do procesEsquematicamente: so de atuação do UCM: Este dispositivo deve ser: › um contacto de segurança (cf 14.1.2.2), isto é, com separação positiva de contactos, ou › ser ligado, por forma a satisfazer os requisitos dos circuitos de segurança (cf. 14.1.2.1), ou › satisfazer as exigências do PESSRAL (cf. 14.1.2.6). O dispositivo deve acionar um dispositivo ≥ 1000 mm ≥ 1000 mm elétrico de segurança, se atuado. Nota: Este dispositivo pode ser comum com o dispo- ≤ 1200 mm ≤ 1200 mm sitivo de corte previsto para a deteção do movimen≤ 200 mm to não comandado da cabina. Uma vez atuado o dispositivo de deteção ou reconhecida a falha do sistema de paragem, por indicação do sistema de auto-controlo, a reinicialização do ascensor requer a intervenção de pessoa competente. O des- 12 elevare Normalização bloqueio do dispositivo, não deve requerer mum, passa pelo exame de tipo do tra- instalações e/ou substituições), nos exatos o acesso à cabina ou contrapeso, sendo que vão da máquina, bem como do sistema termos definidos pela Diretiva, ou seja: uma vez desbloqueado, o dispositivo deve de auto-controlo; estar em condições de funcionamento. › › Se o dispositivo requer energia externa para Em ascensores com exame CE de tipo Soluções de tração com máquinas com (modelo). redutor (“geared”) Competirá ao Organismo Notificado operar, a ausência de energia deve provocar que homologou o modelo decidir da va- a paragem e manter o ascensor parado. Neste caso, adotar-se-á uma das se- lidade das soluções implementadas; guintes soluções: O dispositivo de protecção contra o movi- a) Conjunto controlo/deteção UCM, li- mento não comandado da cabina com por- mitador de velocidade e sistema de viço é feita em presunção de confor- pára-quedas; midade com as Normas harmonizadas tas abertas é entendido como um dispositivo de segurança e deve ser verificado. b) Conjunto de controlo/deteção UCM, 5. A RESPOSTA DA INDÚSTRIA – aplicáveis, o UCM tem que ser necessariamente aplicado. roda de tração ou veio; Não é possível qualquer outra solução c) Conjunto de controlo/deteção UCM associado a sistema de travagem Após uma primeira fase de alguma he- adaptado aos cabos de tração. sitação, que levou aliás ao adiamento da para janeiro 2012, estão clarificadas todas Em ascensores, cuja colocação em ser- sistema de travagem adaptado à PROBLEMAS NA APLICAÇÃO DA A3 entrada em vigor da A3 de junho de 2011 › porque pura e simplesmente não existe outra Norma aplicável. Neste sentido, todos os ascensores, colo- › Soluções UCM para ascensores hidráu- cados em serviço a partir de 1 de janeiro licos de 2012 (entendendo-se como momento as questões decorrentes da aplicação da de colocação em serviço o da emissão da A3, quer do ponto de vista dos fabricantes Do mesmo modo os fabricantes de equi- declaração de conformidade e respetiva de componentes e/ou ascensores, quer do pamento hidráulico, colocam à disposição marcação CE), independentemente da data ponto de vista dos instaladores. de fabricantes e instaladores soluções da sua contratação, estão obrigados ao preparadas para a A3, normalmente atra- cumprimento da A3. Existem hoje disponíveis no mercado solu- vés de válvulas especialmente concebi- ções que permitem responder a todos os das e integradas, quer através de válvu- Não ignoramos que em relação aos as- requisitos que a emenda A3 impõe. las de segurança aplicáveis aos sistemas censores contratados anteriormente, que existentes. por uma razão ou outra não foram certi- Sem entrar no domínio da especificação ficados (alguns nem sequer viram o pro- técnica das soluções, que não cabe no âm- De forma geral os princípios são os mes- cesso de instalação iniciado), haverá ca- bito deste artigo, poderemos considerar mos, deteção, atuação e paragem. sos certamente complicados de resolver, que existem 3 soluções tipo, cada uma de- quer em termos comerciais quer mesmo las com as nuances próprias da especifici- Não havendo nesta altura dúvidas funda- em termos técnicos. Importa todavia, não dade dos equipamentos, a saber: das quanto às soluções a aplicar, há todavia perder de vista o essencial – a segurança que deixar muito claro que os requisitos de dos utilizadores, o cumprimento da lei e Soluções de tração com máquinas sem maior segurança para os utilizadores im- a uniformidade de critérios traduzida no redutor (“gearless”) postos pela aplicação da emenda A3 são respeito escrupuloso pelas regras da Neste caso a solução UCM mais co- aplicáveis a todos os ascensores (novas concorrência. › PUB Qualidade, segurança e ambiente Segurança no setor dos ascensores Marco Pereira Orona Portugal, Lda. Na conceção de um ascensor é importante ter em conta o design, a adaptabilidade ao edifício, a sustentabilidade, a poupança energética, os aspetos ecológicos, mas sobretudo a segurança para os utilizadores e técnicos de conservação. A nível de segurança, tem sido criada uma legislação adequada, embora sem efeitos retroativos, ou seja, sem aplicação prática aos ascensores já existentes. Em Portugal, a legislação tem evoluído tentava-se adequar o regulamento dos rior a 200 lux na casa de máquinas e a ao longo dos anos, adaptando-se a regras ascensores elétricos aos ascensores hi- 50 lux na caixa; cada vez mais exigentes. dráulicos. Em 1924, através do Decreto-Lei n.o 9924 Estas Normas aumentam significativa- é publicada a primeira legislação relativa mente a segurança dos utilizadores e dos a ascensores onde se salienta a obrigato- técnicos de conservação. Vejamos alguns A 28 de setembro de 1998 é publicado o De- riedade da utilização de um pára-quedas. exemplos: creto-Lei n.o 295/98 que transpõe a Diretiva Mais tarde, em 1936 (Decreto-Lei n. 26591), › A caixa é exclusiva do ascensor; Europeia 95/16/CE alterada posteriormen- torna-se obrigatória, por exemplo, a utiliza- › É definido um volume de proteção para te pela Diretiva 2006/42/CE (Decreto-Lei os técnicos na parte superior da caixa e n.o 176/2008) que estabelece os princípios › O acesso ao poço terá de ser efetuado através de um dispositivo fixo, por o ção de limitador de velocidade. Com a puo blicação do Decreto-Lei n. 513/70 de 30 de exemplo uma escada. do poço; gerais de segurança a que devem obedecer outubro que aprova o Regulamento de Se- › A caixa tem de ser iluminada; os ascensores e respetivos componentes gurança de Elevadores Elétricos, verifica- › É obrigatória uma tomada de corrente de segurança. De acordo com esta Direti- no poço; va é possível conceber, fabricar e colocar O acesso à casa de máquinas tem de ser os ascensores à disposição dos utentes, de xa fechada, os encravamentos mecânicos e seguro. No caso de acesso por alçapão, várias formas, de acordo com os diferentes elétricos, as portas cheias, a casa de máqui- a escada tem de estar com uma incli- anexos. se um aumento significativo da segurança. Por exemplo, passa a ser obrigatório a cai- › nas exclusiva dos ascensores. Em 1991 são publicadas a Portaria 375/91 o nação compreendida entre 70 e 76 , os › de 2 de maio onde é aprovada a Norma NP 3163/1 (1988) como Regulamento de o degraus têm dimensão bem definida; Numa das formas, o fabricante cumpre in- A casa de máquinas tem de ter uma al- tegralmente as Normas Técnicas (EN 81-1 tura mínima de 1,80 m; Ascensores elétricos e EN 81-2 Ascensores A botoneira de comando de revisão co- hidráulicos) e depois, o instalador emite a Segurança de Ascensores Elétricos, que locada por cima da cabina tem carate- declaração de conformidade, se tiver cer- resultou da atribuição do estatuto de Nor- rísticas próprias; tificação para tal (ISO 9001:2008 + Anexo É obrigatório colocar um dispositivo de correspondente da Diretiva) ou, caso con- (1985) e a Portaria 964/91 de 20 de setem- controlo de rutura ou afrouxamento de trário, contrata um organismo notificado bro onde é aprovada a Norma NP EN 81-2 cabos de limitador em todos os ascen- para efetuar os ensaios finais. (1990) como Regulamento de Segurança sores; ma portuguesa à Norma Europeia EN 81-1 de Ascensores Hidráulicos. Pela primeira › › › vez aparece regulamentação própria para ascensores hidráulicos. Até esta data, 14 elevare › A cabina terá de ser dotada de um aven- Outra das formas que esta Diretiva permite tal com altura superior a 750 mm; é, no caso de incumprimento de algum dos O nível de iluminação tem de ser supe- pontos da Norma, a realização de uma ava- Qualidade, segurança e ambiente liação de risco por um organismo notificado a que devem obedecer os ascensores para Assim sendo, a Norma EN 81-80:2003 tem para a Diretiva Ascensores e a definição de facilitar a sua utilização por pessoas com como objetivo: medidas compensatórias. Neste caso, na deficiência, a EN 81-72:2003 – Ascensores › Classificar por categoria diferentes pe- minha opinião, estamos apenas a minorar para bombeiros e a EN 81-80:2003 – Regras rigos e situações perigosas, tendo sido os riscos existentes e a tornar subjetiva a para a melhoria da segurança dos ascenso- efetuada uma avaliação dos riscos para sua análise. res existentes. cada uma delas; › Fornecer ações corretivas com vista a Em 2000, são publicadas as Normas NP EN Se existem Normas Europeias estudadas melhorar, de forma seletiva e progres- 81-1/2, com mais um contributo importan- por comités técnicos especializados e a siva, a segurança de todo o ascensor de te para a segurança dos ascensores. Por serem cumpridas na maioria dos estados pessoas ou de carga no sentido do esta- exemplo: membros, porque é que Portugal não as do de arte atual; › passa para o direito interno? Colocação de balaustradas em cima das cabinas, se houver risco de queda › Permitir a possibilidade de verificar cada ascensor e de identificar e pôr em prá- dos técnicos; Com tanta evolução para os ascensores no- tica medidas de segurança, de forma › Proteção da zona do contrapeso no vos, então o que se tem feito pelos ascen- progressiva e seletiva, em função da poço; sores mais antigos? frequência e da severidade de cada risco; › Colocação de rede divisória a toda a al- › tura da caixa, se as cabinas estiverem a O Comité Técnico CEN/TC10 – Comité Euro- Pode ser utilizada como guia: menos de 50 cm; peu de Normalização desenvolveu a Norma a) Das autoridades nacionais, para deter- Existência de um sistema de comunica- EN 81-80:2003 – Regras para a melhoria da minar o seu próprio programa de imple- ção bi-direcional com centro de inter- segurança dos ascensores existentes. mentação, seguindo um procedimento venção. por etapas, através de um processo de De acordo com esta Norma, mais de três filtragem (Anexo I), de modo razoável e Apesar da Direção Geral de Geologia e Ener- milhões de ascensores encontram-se hoje prático, fundamentado no nível de risco gia publicar a lista das Normas que trans- em funcionamento na União Europeia e na (extremo, alto, médio, baixo) e de consi- põem as Normas harmonizadas no âmbito EFTA e quase metade foram instalados há da Diretiva 95/16/CE relativa a ascenso- mais de 20 anos. Os ascensores existentes b) Dos proprietários para adaptar as suas res (despacho do Diretor Geral da Energia foram instalados com o nível de segurança responsabilidades, segundo os regula- n.o 9644/2010 de 8 de junho), estas não são apropriado à época da sua instalação. Este de cumprimento obrigatório! nível de segurança é inferior ao atual estado de arte. derações sociais e económicas; mentos existentes; c) Das empresas de manutenção e/ou dos organismos de controlo, para informar os proprietários sobre o nível de segu- Destas Normas destacam-se a EN 81- rança das suas instalações; 28:2003 - Dispositivos de alarme remoto Além disso, a esperança de vida é maior e para ascensores e ascensores de carga, as pessoas portadoras de uma deficiência d) Dos proprietários, para modernizar os prevê a realização de testes periódicos e cí- esperam dispor da mesma acessibilidade ascensores existentes voluntariamente clicos para aferir do correto funcionamento e conforto. Consequentemente, é particu- e de acordo com a alínea c), na falta de do sistema de comunicação bi-direcional, a larmente importante disponibilizar, para as regulamentação. EN 81-70:2003 – Acessibilidade dos Ascen- pessoas idosas ou portadoras de deficiên- sores a pessoas, incluindo pessoas com cia, um meio de transporte vertical seguro A Norma EN 81-80:2003 identifica 74 ris- deficiência, onde se definem os requisitos não necessitando de qualquer vigilância. cos/situações de risco responsáveis pelos Falta de avental ou com um comprimento inadequa- Falta de proteção nas partes em movimento (Risco Má precisão de paragem do (Risco de queda para os utilizadores durante a de entalamento ou esmagamento para os técnicos (Risco de queda para os utilizadores). operação de resgate). de conservação). elevare 15 Qualidade, segurança e ambiente Apenas o Decreto-Lei n.o 320 /2002 de 28 de dezembro no seu artigo 17.o define o se- Safety guinte: › Os ascensores devem ser dotados de cabina com porta. (Não se aplica a as- Progressive (when?) and selective (what?) censores instalados em edifícios exclusivamente habitacionais. Nestes ascenEN81-1/2 &D gy R nolo h c EN81-1/2 e T EN81-1/2 sores, apenas é necessário colocar um EN81-1/2 dístico aprovado pela DGGE informando para o risco de entalamento/esmagamento, por exemplo, por um contentor Safety existing lifts caso este fique preso na soleira da por- EN81-80 1920 1979 1985 1998 2000 2003 ta de patamar); › 2010 Os ascensores devem ser dotados de um dispositivo de controlo de carga. acidentes mais comuns que ocorrem nos É certo que os ocupantes dos edifícios exis- Por isso, o Estado Português deveria, à se- ascensores. Esta Norma não é de cumpri- tentes nas grandes cidades europeias são melhança de outros países europeus, criar mento obrigatório mas, por toda a Europa, pessoas de maior idade, grande parte delas um plano, co-financiado ou não, articulado a grande maioria dos países, após efetuar reformadas, vivendo das pensões de refor- com as empresas de conservação para uma avaliação dos riscos existentes no ma e, por conseguinte, sem grandes meios que, após se caraterizar o parque nacional parque de ascensores instalados nos seus financeiros para proceder à modernização de ascensores, se definam quais as medi- edifícios, traçou um plano de trabalhos dos ascensores. das a implementar de imediato e quais a implementar, por exemplo, até à próxima escalonados no tempo para implementar ações corretivas, de forma a incrementar o Por outro lado, a atual conjuntura econó- inspeção periódica ou num espaço tempo- nível de segurança dos ascensores existen- mica também não facilita. É um problema ral de 10 ou 20 anos. tes. Por exemplo, a Espanha identificou 16 social! Desta forma, teríamos a certeza que, quan- riscos mais críticos e publicou uma lei (RD 57/2005 de 21 de janeiro) que obriga à sua E em Portugal? O que se tem feito para me- do utilizássemos um ascensor antigo, este implementação. lhorar a segurança dos utilizadores e dos cumpriria os padrões mínimos de seguran- técnicos de conservação nos ascensores ça utilizados atualmente. Com estas medidas vamos aproximando o antigos? É tão fácil! nível de segurança dos ascensores antigos ao atualmente exigido! Haja vontade política! Infelizmente, praticamente nada! Anexo I – Lista de Riscos/Situações de Risco detetados em ascensores antigos. Risco n.o 16 Risco/Situação de Risco Nível de Risco Risco para Utentes Risco para Técnicos Risco para Proprietário X 1 Presença de materiais perigosos Alto X X 2 Sem ou com acesso limitado para deficientes N/A X - - 3 Má precisão de paragem /nivelamento Alto X - X 4 Sem ou com resistência anti-vandalismo insuficiente N/A X - - 5 Sem ou com funções de controlo inadequadas em caso de incêndio N/A X - - 6 Caixa fechada com paredes perfuradas (rede) Alto X X X 7 Caixa parcialmente fechada Alto X X X 8 Sistema de encravamento inadequado para acesso à caixa e ao poço Alto X X X 9 Superfície vertical inadequada por baixo da soleira da porta Alto X X X 10 Contrapeso/massa de equilíbrio sem pára-quedas no contrapeso Baixo X - X 11 Separação CWT/cabina no poço Baixo - X X 12 Falta ou inadequada separação de poços Baixo - X X 13 Falta ou inadequada separação de caixas Alto - X X 14 Falta de espaços de segurança no topo da caixa e no poço Alto - X X 15 Acesso perigoso ao poço Alto - X X 16 Falta ou inadequado interruptor de poço ou da casa de rodas Alto - X X 17 Sem ou inadequada iluminação de caixa Alto - X X 18 Sem sistema de alarme no poço e no topo da cabina Médio - X X elevare Qualidade, segurança e ambiente Risco n.o Risco/Situação de Risco Nível de Risco Risco para Utentes Risco para Técnicos Risco para Proprietário X 19 Sem acesso ou acesso perigoso às casas de máquina e de rodas Alto - X 20 Pavimento escorregadio da casa de máquina e/ou de rodas Baixo - X X 21 Folgas insuficientes na casa de máquinas Médio - X X 22 Falta ou inadequadas proteções dos níveis na casa de máquina e/ou de rodas Alto - X X 23 Iluminação inadequada da casa de máquinas/de rodas Alto - X X 24 Meios para movimentação de cargas inadequados (ganchos) Baixo - X X 25 Portas de lagarto no patamar e/ou na cabina Alto X X X 26 Design inadequado dos equipamentos das portas de patamar Alto X X X 27 Vidro inadequado nas portas Alto X X X 28 Falta ou inadequada proteção contra entalamento dos dedos nas portas automáticas de cabina ou de patamar em vidro Baixo X - X 29 Falta ou inadequada iluminação na zona das portas de patamar Médio X X X 30 Falta ou inadequados meios de proteção nas portas automáticas Alto X X X 31 Sistema de encravamento inadequado das portas de patamar Alto X X X 32 Desbloqueamento da porta de patamar sem chave especial Alto X - X 33 Caixa fechada com paredes perfuradas perto dos encravamentos de porta Alto X X X 34 Portas automáticas sem sistema de encravamento automático Alto X X 35 Ligação inadequada entre painéis da porta de patamar Médio X X 36 Falta de resistência ao fogo das portas de patamar Médio X X 37 Movimentação da porta de cabina quando a porta de patamar está aberta Médio X X 38 Área superior à carga nominal Baixo X 39 Comprimento do avental inadequado Alto X X 40 Cabina sem porta Alto X X 41 Encravamento inseguro do alçapão de resgate no teto da cabina Médio X X 42 Falta de resistência do teto da cabina Baixo 43 Falta ou inadequada balaustrada de cabina Alto 44 Ventilação insuficiente da cabina Médio X 45 Iluminação inadequada da cabina Médio X 46 Falta ou inadequada iluminação de emergência de cabina Médio X 47 Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens Médio 48 Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra saída de cabos Médio X X 49 Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra a introdução de objetos Baixo X X 50 Falta ou inadequado paraquedas e ou limitador em ascensores elétricos Alto X X 51 Falta ou inadequado interruptor do limitador? Médio X X 52 Falta de sistema de controlo de sobre velocidade da cabina à subida em ascensores elétricos Médio X X 53 Design inadequado das máquinas de tração dos ascensores elétricos Alto X X 54 Falta ou inadequado sistema de proteção contra queda livre; sobre velocidade em ascensores hidráulicos Alto X X 55 Contrapeso guiado por arames Baixo X X 56 Falta ou amortecedores inadequados Alto X X 57 Falta ou inadequados interruptores de fim de curso Médio X X 58 Folga exagerada entre a cabina e parede Alto X X 59 Folga exagerada entre soleiras de porta Alto X X 60 Falta ou inadequado sistema de operação de emergência Alto X X 61 Sem válvula de fecho (hidráulico) Baixo X X 62 Sem contactores de arranque independentes Alto X X 63 Falta ou inadequado sistema de deteção de alongamento de cabos/correntes de suspensão (em caso de 2 cabos/correntes Médio X X X X X X X 64 Sem limitador de tempo de funcionamento Baixo X X 65 Falta ou inadequado indicador de baixa pressão Médio X X 66 Proteção insuficiente contra choques elétricos e/ou marcação dos equipamentos elétricos; falta de marcações Alto X X 67 Falta de proteção ao motor de tração Baixo X X 68 Interruptores principais não bloqueáveis Médio X X 69 Sem proteção contra inversão de fase Baixo X X 70 Falta ou inadequado comando de revisão no topo da cabina Alto 71 Falta ou inadequado sistema de alarme Alto X X 72 Falta ou inadequado sistema de intercomunicação entre cabina e C.M (curso > 30 m) Médio X X 73 Falta ou inadequado sistema de controlo de carga Baixo X X 74 Falta indicações, marcações e instruções de operação Médio X X X elevare 17 Notas técnicas A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios Ângelo Mota Almeida Responsável Técnico da ENOR O artigo tenta resumir e comentar alguns dos requisitos mais importantes aplicáveis aos ascensores estabelecidos pelo novo regulamento de segurança contra incêndio, servindo como ponto de partida para o conhecimento da legislação. 1. A NOVA LEGISLAÇÃO O Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios, sendo as condições técnicas gerais e específicas estabelecidas pelo regulamento técnico aprovado pela Portaria n.º 1532/2008 de 29 de dezembro. A legislação aqui discutida aplica-se só a edifícios cujo licencia- Nota: todos os artigos mencionados no artigo referem-se à portaria 1532/2008 exceto quando indicada outra legislação. mento tenha sido requerido após o dia 1 de janeiro de 2009. A sua aplicação a imóveis classificados está salvaguardada por um ser isoladas dos restantes espaços do edi- padrão EI 30, para as paredes não resis- artigo próprio que prevê a adoção de me- fício, com exceção da caixa do elevador ou tentes, REI 30, para as paredes resisten- didas de auto-proteção adequadas, aprova- da bateria de elevadores, por elementos de tes e E 15 C, para as portas de patamar; das pela Autoridade Nacional de Proteção construção com as classes de resistência b) Para edifícios de altura inferior superior Civil em favor do cumprimento das Normas ao fogo padrão EI 60, para as paredes não a 28 m: EI 60, para as paredes não re- de Segurança Contra Incêndio. resistentes, REI 60, para os pavimentos e as sistentes, REI 60, para as paredes resis- paredes resistentes e E 30 C, para as por- tentes e E 30 C, para as portas de pata- Importa para já tomar contacto com os tas. Realce aqui para as portas das casas mar. requisitos básicos aplicáveis ao setor do das máquinas que encontram finalmente a transporte vertical uma vez que se está sua identidade: estanques ao fogo 30 minu- Devem ainda dispor de paredes EI ou REI 60 ainda no início da aplicação desta legislação tos com fecho automático (C). e portas de patamar E 30, quando sirvam mais do que um piso abaixo do plano de re- cuja aplicação no terreno vai acontecendo em função do licenciamento de novos pro- Para o significado das letras R, E, I e C ver ferência. Ter em conta que nos pisos abaixo jetos de construção civil. ponto 5. do plano de referência, os acessos aos elevadores que sirvam espaços afetos à utili- O isolamento e proteção das caixas dos zação-tipo II (Estacionamento) devem ainda 2. REQUISITOS BÁSICOS elevadores apresentados pelo art.º 28 es- ser protegidos por uma câmara corta-fogo. DAS INFRA-ESTRUTURAS RELATIVAS tipula que as paredes e portas de patamar Ponto importante é o que estabelece que as A ELEVADORES devem cumprir: portas de patamar são obrigatoriamente de Relativo à casa de máquinas, quando exis- a) Para edifícios de altura inferior ou igual funcionamento automático. Este requisito tir, o art.º 101.º estabelece que estas devem a 28 m: classes de resistência ao fogo merece uma atenção especial a ter em con- 18 elevare Notas técnicas ta em remodelações por causa das áreas diferença relativamente aos requisitos da pelo art.º 103º aponta para que os ascen- disponíveis e na instalação, por exemplo, de área prevista diante da porta de patamar sores sejam equipados com dispositivos de plataformas elevatórias cabinadas vulgo dos ascensores prioritários de bombeiros chamada em caso de incêndio, acionáveis “Homelifts”. é um tema importante que merece discus- por operação de uma fechadura com con- são dadas as questões de segurança que se tato localizada junto das portas de patamar Finalmente para edifícios com altura su- prendem com o comportamento do ascen- do piso do plano de referência, mediante perior a 28 m, os elevadores podem co- sor durante a sua utilização para evacuação uso de chave especial, e automaticamente, municar diretamente com as circulações e combate ao incêndio; a NP EN 81-72, por a partir de sinal proveniente do quadro de horizontais, com exceção dos ascensores exemplo, declara que deixa de ser aplicável sinalização e comando do sistema de alar- prioritários de bombeiros que devem ser no momento em que a câmara corta-fogo me de incêndio, quando exista. servidos por um átrio com acesso direto à for violada pelas chamas. câmara corta-fogo que protege a escada O regulamento estabelece que à exceção e contém os meios de combate a incêndio. de determinadas situações específicas nele Refira-se que não existe no regulamento 3. REQUISITOS ESSENCIAIS PARA TODOS definidas (alínea 1 do artigo 116.º), todos os definição para átrio mas fica claro que não OS ASCENSORES edifícios devem ser equipados com instala- é uma câmara corta-fogo se levarmos Olhando agora para as exigências aplicáveis ções que permitam detetar o incêndio e, em em conta o texto do artigo 105º o qual dis- a todos os ascensores instalados em edi- caso de emergência, difundir o alarme para pensa o sensor de temperatura por cima fícios abrangidos pelo novo regulamento, os seus ocupantes, alertar os bombeiros e da verga da porta se “o acesso ao átrio for começamos pelos indicativos de segurança acionar sistemas e equipamentos de segu- efetuado por câmara corta-fogo“ – a NP EN previstos no art.º 102 em que se estabelece rança. 81-72:2007 dá-nos a sua definição de átrio que junto dos acessos aos ascensores deve protegido contra o fogo como um espaço ser afixado o sinal com a inscrição: «Não A chave de acionamento do dispositivo de protegido do fogo, permitindo um acesso utilizar o ascensor em caso de incêndio» ou chamada em caso de incêndio deve estar seguro a partir das áreas de utilização do com pictograma equivalente. O Dispositivo localizada junto à porta de patamar do piso edifício ao ascensor de bombeiros. Esta de chamada em caso de incêndio referido do plano de referência, alojada em caixa PUB Notas técnicas protegida contra o uso abusivo e sinalizada gislador adotou alguns dos requisitos es- funcionamento automático com largura com a frase «Chave de manobra de emer- tabelecidos pela Norma Europeia EN 81-72 não inferior a 0,8 m; para equipamentos gência do elevador». Caso exista um posto relativa a ascensores de bombeiros. destinados a evacuação de pessoas em ma- de segurança, deverá existir aí uma cópia da chave referida. cas ou camas a cabina deve ter 1,1 m x 2,1 m O regulamento define como ascensor e as portas não inferiores a 1,1 m. prioritário para bombeiros, um ”elevador O comportamento do ascensor na sequên- situado na fachada de um edifício ou no seu O legislador cria condições para que o cia da ativação do dispositivo de chamada (e interior, dispondo neste caso de caixa própria auto-socorro do bombeiro que utiliza o que na Norma NP EN 81-72:2007 é designa- protegida, equipado com maquinaria, fonte ascensor para o combate ao incêndio seja do de Fase 1) deve ser o seguinte: de energia permanente e comandos espe- possível exigindo um alçapão de socorro a) Enviar as cabinas para o piso do plano cialmente protegidos, com dispositivo de co- no teto da cabina com dimensões mínimas de referência e mantê-las aí estaciona- mando para utilização exclusiva pelos bom- de 0,4 m x 0,5 m para os ascensores de das com as portas abertas; beiros, em caso de emergência”. 630 kg e 0,5 m x 0,7 m para os restantes b) Anular todas as ordens de envio ou de com meio de acesso a partir do interior chamada eventualmente registadas; O art.º 104 refere que este ascensor deve da cabina, degraus escamoteáveis por c) Neutralizar os botões de chamada dos ser aplicado em edifícios de altura superior exemplo para permitir a abertura do alça- patamares, os botões de envio e de pa- a 28 m ou com mais de dois pisos abaixo do pão além de uma escada que colocada no ragem das cabinas e os dispositivos de plano de referência servindo todos os pisos interior ou exterior da cabina que permite comando de abertura das portas; do edifício e cada compartimento corta-fogo ao bombeiro a saída para o patamar mais c) Se, no momento do acionamento do dis- (referência aparentemente distinta da indi- próximo, medida que perante as distâncias positivo, qualquer das cabinas se encon- cada pelo art.º 28º) neles estabelecidos por entre portas de patamar que podem existir trar em marcha, afastando-se do piso via da compartimentação geral e as zonas nas caixas poderá não ser suficiente, sendo do plano de referência, devem parar, de refúgio referidas no artigo 68º. Deve ser aconselhável seguir o requisito estabeleci- sem abertura das portas e, em seguida, identificado no patamar do plano de referên- do na NP EN 81-72 de colocação de escada ser enviadas para o piso referido. cia com a inscrição «Ascensor prioritário de fixa no interior da caixa do ascensor. bombeiros» ou pictograma equivalente. A exigir particular atenção está o facto Deverá estar previsto um sistema de in- de existir um sinal de aviso que deve soar Além do dispositivo de chamada referido no tercomunicação entre a cabina e o piso do na cabina se, no momento de acionamen- ponto anterior, está previsto um dispositivo plano de referência e o posto de segurança, to do dispositivo, o ascensor se encontrar complementar acionado por chave própria, quando exista. em serviço de inspeção ou de manobra de colocado no piso do nível de referência, que socorro. Os técnicos de manutenção de- desencadeia uma segunda atuação e o co- Refira-se que se o ascensor partilhar a cai- verão ser informados em particular sobre loca ao serviço exclusivo dos bombeiros, xa com outro ascensor como o caso dos este ponto e sobre a correta forma de agir. restabelecendo a operacionalidade dos bo- ascensores duplos, as paredes da caixa O funcionário que se encontrar no teto da tões de envio da cabina e dos dispositivos de desse ascensor deverão cumprir os re- cabina, deve sair para o patamar, colocar comando de abertura das portas devendo a quisitos do artigo 28.º o que implica que o ascensor em modo automático para que chave de manobra cumprir com os requi- a parede divisória da caixa deverá ter as regresse ao plano de referência e sair do sitos da chave do dispositivo de chamada. caraterísticas, tendo em conta a altura do edifício através do caminho previsto de eva- Alerta-se que a chave da manobra de bom- edifício, de REI30/REI60 ou EI30/EI 60 quer cuação do edifício. Caso se encontre na casa beiros deve estar colocada na porta de pa- se tratem de paredes resistentes ou não. de máquinas, ou qualquer local de maqui- tamar e não no interior da cabina. Quanto ao poço de cada ascensor, este naria (que para um ascensor sem casa de deve ser equipado com meios apropriados máquinas corresponde ao local da máqui- O regulamento não estabelece mais ne- para impedir o aumento do nível da água na e quadro de manobra) deve proceder da nhum requisito relativamente ao compor- acima do nível dos amortecedores da ca- mesma forma. tamento do ascensor quando é colocado bina completamente comprimidos, deven- em modo de uso de bombeiros e que na NP do ser adotado um sistema de drenagem EN 81-72: 2007 é referido como Fase 2. conforme previsto no Capítulo X do regu- Caso o ascensor esteja imobilizado por atuação de um dispositivo de segurança quan- lamento. do for acionado o dispositivo de chamada, A capacidade de carga nominal exigida não deve-se manter imobilizado. pode ser inferior a 630 kg aumentando este O percurso entre o plano de referência e o valor para 1000 kg quando são equipamen- piso mais afastado deste deve ser feito num tos para evacuação de pessoas em macas tempo inferior a 60 segundos, que será rea- 4. ASCENSORES PARA USO PRIORITÁRIO ou camas de ascensores com acesso duplo. lizado com o ascensor alimentado por uma DE BOMBEIROS A cabina de capacidade de carga de 630 kg fonte de emergência como a definida no Abordemos agora o ascensor para uso deve ter dimensões de 1,1 m x 1,4 m com artigo 72º e que deverá existir sempre que prioritário de bombeiros para o qual o le- portas de patamar e cabina deslizantes de exista ascensores de bombeiros. 20 elevare Notas técnicas Realce para as classes de proteção exigidas b) Ter capacidade de carga nominal não novos patamares o que irá representar um para certo equipamento elétrico localizado inferior a 1 600 kg, dimensões mínimas custo acrescido para os ascensores, colo- na caixa e cabina (IPX3) e instalado a menos de 1,3 m × 2,4 m, e portas com largura cando mais pressão nos custos da cons- de 1 m do fundo do poço (IP67). não inferior a 1,3 m. trução, em especial para edifícios de altura superior a 28 m ou mais de 2 caves e No artigo 105º mencionam-se os dispositi- Os artigos 211º e 214º definem as condições hospitalares e lares de idosos. Fica desde já vos de segurança contra a elevação anor- para instalação de uma monta carros em o repto à Elevare para que convide outros mal da temperatura. edifícios de habitação e estacionamento. profissionais a apresentar a sua experiência e conhecimento da nova legislação de segu- Os parâmetros que compõem as classes rança contra incêndio pois, como qualquer 5. OUTROS REQUISITOS de resistência ao fogo padrão (Anexo II do documento desta dimensão e complexida- O artigo 235º estipula que os ascensores a 220/2008) para produtos de construção de, não estará isento de críticas mas serão instalar em edifício de utilização tipo V «Hos- mencionados nos requisitos para ascenso- estas, juntamente com a experiência do ter- pitalares e lares de idosos» que não sendo res são os seguintes: reno que o poderão fazer evoluir. de uso prioritário de bombeiros e se desti- a) R: capacidade de suporte de carga; nam a apoiar a evacuação de pessoas em b) E: estanquidade a chamas e gases camas, com assistência médica, devem, para quentes; Deixa-se entretanto uma sugestão: a consulta da Norma NP EN 81-72: 2007 Ascen- além de alguns dos anteriormente mencio- c) I: isolamento térmico; sores de Bombeiros para esclarecimento nados, cumprir os seguintes requisitos: f) e adoção de eventuais medidas para situa- C: fecho automático; a) Possuir acesso protegido por câma- ções consideradas importantes mas que se ra corta-fogo em todos os pisos, com encontrem omissas na atual legislação. exceção dos átrios de acesso direto ao 6. CONCLUSÕES exterior e sem ligação a outros espaços Face ao apresentado conclui-se que o grau Concluímos referindo que a leitura deste interiores distintos de caixas de escadas de exigência aumentou relativamente à le- artigo não dispensa a leitura da legislação a protegidas; gislação anterior, levando a segurança para qual aconselhamos vivamente. PUB Legislação A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação Francisco Craveiro Duarte, José Pirralha ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes INTRODUÇÃO O setor da elevação tradicionalmente (auto) regulado vive, atualmente, momentos de incerteza a que a não é alheia a profunda crise em que estamos mergulhados. Neste quadro, importa que todos os intervenientes tenham claro o seu papel e que as regras sejam totalmente claras e transparentes. Na presente conjuntura, o papel › Novas instalações; Como decorre do seu próprio estatuto, es- da regulação e o suporte da legislação são › Modernizações/reparações tas Diretivas estão transpostas para o nos- (instalações existentes); so ordenamento jurídico, respetivamente Serviço de assistência técnica/manu- pelos DL 103/2008 e DL 295/98 com as tenção. alterações introduzidas pelo DL 176/2008. fundamentais, num setor que tem como principal missão assegurar a movimenta- › ção de pessoas em condições de conforto e segurança. Todavia, nem sempre a existência da lei é condição suficiente, se bem Vejamos então qual a situação e o suporte De forma simplificada, podemos dizer que que necessária, sendo fundamental o papel legal para cada uma das atividades: a colocação no mercado (ou em serviço) de novas instalações, incluindo-se neste da tutela para que não haja perversão das regras do jogo. 1.1. Novas instalações conceito a instalação de novas unidades em Vivemos como é sabido uma profunda crise edifícios existentes ou a substituição de as- A ANIEER – Associação Nacional dos Indus- no setor da construção civil com os inevitá- censores, faz-se com base no Decreto-Lei triais de Elevadores e Escadas Rolantes, veis reflexos no negócio de novas instala- n.o 295/98, no respeito pelos requisitos es- consciente do seu papel, pretende com este ções. Esta é, todavia, a área que em termos senciais de saúde e segurança, recorrendo artigo contribuir para situar os problemas de suporte legal está melhor enquadrada ou não às normas harmonizadas aplicáveis. e chamar a atenção para os riscos que se e regulada, pese embora se verifique a ne- correm se, em tempo oportuno, não forem cessidade de reforço dos mecanismos de Neste processo, para lá das empresas, in- tomadas medidas que re-coloquem a ati- salvaguarda. tervém uma nova categoria de agentes, denominados Organismos Notificados (ON), os vidade no seu verdadeiro lugar. Questões como a aplicação da Diretiva 95/16/CE, o Em Portugal, tal como na Europa em geral, quais assumem em todo o processo um pa- exercício da atividade de manutenção, a as novas instalações são realizadas com pel de extrema relevância, quer na certifica- forma como as inspeções periódicas são ou base num conjunto de Diretivas, designa- ção de componentes e ascensores, quer na não realizadas, devem merecer uma pro- das Diretivas Nova Abordagem, as quais, realização do controlo final, pós instalação. funda reflexão por parte de todas as enti- são suportadas num conjunto de normas dades e/ou empresas envolvidas. harmonizadas. Pese embora, o conjunto de Em jeito de resumo podemos dizer que as Diretivas com impacto direto na atividade novas instalações podem ser colocadas no seja bastante extenso, no âmbito deste arti- mercado por duas vias fundamentais: 1. PONTO DE SITUAÇÃO - COMO ESTAMOS? go faremos referência apenas às duas prin- No que se segue, pese embora a atividade cipais, dado o seu papel estruturante para seja um todo, vamos especializá-la nas di- todo o setor da elevação. › Ascensores com exame CE de tipo (modelo): neste caso, as empresas diretamente se forem empresas certificadas ferentes áreas de negócio como forma de melhor podermos caraterizar a situação de Referimo-nos naturalmente às Diretivas : com extensão à Diretiva, ou através cada uma. São as seguintes as três áreas de › Máquinas 2006/42/CE de organismo notificado, procedem ao atividade que nos propomos abordar: › Ascensores 95/16/CE controlo final, e verificadas as condi- 22 elevare Legislação › ções de instalação procedem à emissão tindo zonas cinzentas que urge clarificar. Municipais - em si mesmo uma vantagem, da declaração de conformidade e à apo- Sendo certo, nos termos do Decreto-Lei não tem respondido, antes pelo contrário. sição da marcação CE na cabina. n.o 320/2002, que a substituição parcial de As dificuldades de algumas Câmaras Muni- componentes deve fazer-se de acordo com cipais em responder às competências que Ascensores em presunção de confor- a Diretiva. Não está, todavia, claro o alcance lhe estão cometidas pelo Decreto-Lei, a midade: neste caso deve ser aferida a e a extensão das suas implicações, havendo juntar à perspetiva "puramente financeira" aplicação das normas harmonizadas interpretações díspares sobre esta matéria. de algumas outras, leva a que o processo correspondentes, seja pela própria em- se tenha afastado dos saudáveis princípios presa instaladora se para tal possuir O exemplo mais ilustrativo desta falta de que levaram à sua instituição – melhorar a estatuto, seja através de organismo no- clareza é a situação que resulta da instala- segurança dos equipamentos, aproveitan- tificado. ção de porta de cabina em ascensores que do para tal o conhecimento e a proximidade a não possuem. dos municípes. declaração de conformidade e com a aposi- Qual a extensão da intervenção? Foi partindo desta realidade que nos últi- ção da marcação CE, como na situação an- Está claro que a porta deve obedecer aos mos 3/4 anos dedicamos muito da nossa terior. A situação do ponto de vista legal é requisitos da Diretiva 95/16/CE, mas, o que atenção à necessidade de alteração do DL hoje suficientemente clara, havendo todavia dizer do aumento de peso da cabina? Em 320/2002, propondo a melhoria dos aspe- um défice do ponto de vista de controlo de que medida se assegura que este aumen- tos reformáveis, a substituição de outros, aplicação da Diretiva que importa sublinhar. to de peso é suportável pelos diversos ór- bem como a introdução de instrumentos Este processo fecha-se com a emissão da gãos do ascensor afetados pela alteração, que ajudem a melhorar o funcionamento Começa a ser evidente que o nível de cum- nomeadamente o pára-quedas? Como se do diploma e com ele a melhoria de segu- primento dos requisitos da Diretiva é pouco refletem estas alterações no cadastro das rança para os utilizadores. O problema das consistente, havendo indícios de que há situ- instalações? Como se inspecionam estes instalações mais antigas e das suas condi- ações no mercado pouco regulares, para as equipamentos no futuro? Deixamos o lei- ções de segurança é, todavia, uma questão quais entendemos que a entidade responsá- tor com estas interrogações, reiterando comum à grande maioria dos países euro- vel pela aplicação da Diretiva - DGEG, deve que esta é uma área muito sensível, quer peus, razão pela qual em 2000, a Comissão dirigir a sua atenção. do ponto de vista das salutares regras de Europeia concedeu ao CEN (Comité Europeu concorrência, quer pelas implicações na se- de Normalização) mandato para a prepara- gurança dos utilizadores. ção de uma norma para a melhoria da segu- 1.2. Modernizações/Reparações Esta é a área de atividade onde a falta de re- rança dos elevadores existentes, que viria a gulação mais se faz sentir. Tal situação que 1.3. Assistência técnica/manutenção já era suficientemente difusa em termos As questões da manutenção estão hoje de processo e de responsabilidade, assu- suportadas no Decreto-Lei n.o 320/2002. Esta norma, EN 81-80:2003, viria a ser me com o advento dos ascensores modelo Pese embora o esforço meritório de algu- conhecida pelo acrónimo de SNEL (Safety uma particular acuidade. Questões como mas entidades – Empresas (EMAs), Enti- Norm for Existing Lifts). as que resultam da intervenção sobre com- dades Inspetoras (Eis), Câmaras Municipais ponentes de segurança (de acordo com o (CM), e outras – a verdade é que os grandes O que é a SNEL? conceito da Diretiva) de ascensores modelo objetivos desta legislação não foram atingi- Partindo da constatação de que uma par- são críticas, exigindo por isso uma resposta dos. As Inspeções periódicas, peça nuclear te significativa do parque existente, mais das autoridades, que impeça uma completa como garante da segurança das instala- de 50%, tem 30 ou mais anos e tendo em perversão dos critérios de segurança sub- ções, ficaram muito aquém do esperado. conta a natural evolução do estado de arte, jacentes à aplicação das Diretivas. ser publicada em 2003. chegou-se à conclusão de que existem mais É hoje, um dado adquirido que o número de de 70 pontos críticos, que correspondem a Do nosso ponto de vista, qualquer interven- IPs realizadas, não ultrapassa os 50-60% outras tantas situações de risco, que afe- ção sobre ascensores modelo que tenha do parque, sem esquecer a complexa situa- tam esses equipamentos. Todavia, reconhe- que ver com componentes de segurança ou ção resultante de grande número de reins- cendo-se que as condições do parque são outros que possam afetar funções de segu- peções, que ou não se realizam nos prazos diferentes de país para país e que as realida- rança do equipamento só poderá ter um de legais ou pura e simplesmente não se rea- de económico-social são distintas, a norma dois caminhos: ou se substitui o componen- lizam, deixando fora do processo as situa- contém em si mesmo os mecanismos para te por outro igual, ou se se verificar qual- ções mais problemáticas, gerando uma teia a adaptação a cada país. Cada país decidi- quer alteração tal implicará a necessidade complexa de problemas no âmbito comer- rá, as suas medidas, quais a prioridades e de validação por organismo notificado. cial, em benefício do infrator e agravando o os respetivos calendários. O mapa a seguir risco para os utentes. ilustra a situação de aplicação da SNEL na De igual modo, a modernização das unida- Europa, encontrando-se Portugal no lote des instaladas antes da entrada em vigor da O diploma apresenta algumas fragilidades, de países em que pouco ou nada foi feito no Diretiva Ascensores, está pouco clara, exis- a que a descentralização pelas Câmaras sentido da sua aplicação. elevare 23 Legislação › Construção de uma base de dados que institucionalize a obrigatoriedade do registo de todas as unidades, conferindo-lhe as valências necessárias para uma correta identificação do parque de elevadores, suas caraterísticas, legislação aplicável, controlo de IPs, entre outros. 2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela › Regulação do processo de IPs, estabelecendo os procedimentos a adotar e definindo regras e instrumentos a utilizar nas inspeções sem esquecer as disposições relativas às garantias de mobilidade segura para os portadores de deficiência; › Reforço do papel das auditorias às entidades envolvidas, empresas e entidades inspetoras; › A cor significa: Standard EN 81/80 foi implementada através de uma lei nacional, incluindo uma posição definida de filtragem SNEL (definindo as medidas a serem adotadas, incluindo um calendário). Criar/institucionalizar mecanismos de intervenção imediata sempre que se verifiquem situações e comportamentos que ponham em causa a segurança dos Esta cor significa legislação nacional ou diretrizes a serem preparadas. utilizadores ou comportamentos ética/ /profissionalmente reprováveis. Esta cor significa: um progresso muito lento ou nada foi feito até agora ou nenhuma informação foi recebida/disponibilizada para uma implementação do EN81/80. 3. CONCLUSÕES Do que fica dito, é lícito retirar um conjunto Recolha e divulgação oficial das es- de ideias força que na nossa opinião deve- Que podemos esperar nos próximos tem- tatísticas do parque de equipamentos rão estar na base de um plano de ação para pos? De forma telegráfica poderemos sin- em exploração e em particular dos os tempos que se avizinham: tetizar as expetativas do setor em 3 gran- acidentes; › 2. EXPETATIVAS DO SETOR › A revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002 Cumprimento das exigências legais e como peça nuclear, para melhorar a 2.1. Melhoria da segurança; regulamentares de mobilidade segura qualidade do parque instalado e reforçar 2.2. Reforço do controlo/fiscalização e re- para todos, incluindo os portadores de des áreas: › gulação da atividade; deficiência. a confiança dos proprietários e utentes; › A DGEG deve assumir uma liderança clara e efetiva de todo o processo, cha- 2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela. 2.2. Reforço do controlo/fiscalização mando ao mesmo os meios humanos Apresentamos na continuação as medidas e regulação da atividade necessários, contando para tal com a que consideramos indispensáveis em cada › cooperação da indústria, em benefício uma das vertentes, pese embora possamos considerar que as mesmas se entrecruzam Alargamento do processo de IPs, cobrin- do consumidor; do o universo de unidades instaladas; › Adoção de medidas de salvaguarda que › As medidas de melhoria da segurança garantam o normal funcionamento das tipificadas na SNEL devem ser prioriza- regras da concorrência, nomeadamente: das e calendarizadas, processo este que - Processos de apoio à cobrança de deve ser instituído através de um ade- Nesta matéria consideramos prioritárias as serviços prestados, naturalmente quado instrumento legal. Este processo seguintes medidas: com a salvaguarda dos legítimos deve ser desenvolvido com a participa- direitos dos proprietários; ção das associações do setor bem como Acesso a documentação, informa- de outros intervenientes, nomeadamen- dades do setor, conferindo às IPs um pa- ção técnica e ferramentas neces- te em representação dos consumidores; pel fundamental como garante das con- sárias e/ou componentes, que per- dições de segurança dos equipamentos; mitam o exercício da atividade de no seu espírito e letra com total respei- Regulamentação da SNEL, definindo-se manutenção de forma séria e res- to pela segurança dos utilizadores, no- quais as medidas a adotar e respetivos ponsável, garantindo a segurança meadamente das pessoas portadoras calendários; dos utilizadores; de deficiência. entre si. Vejamos: 2.1. Melhoria da segurança › Revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002, por forma a adequá-lo às reais necessi- › 24 elevare - › A legislação existente deve ser aplicada Dossier: eficiência energética Eficiência energética F. Maurício Dias Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto, Fundação Politécnico do Porto SUMÁRIO A eficiência energética é uma preocupação crescente na sociedade face a questões económicas e ambientais. É nesse cenário que o setor da elevação se insere e, também, deve responder afirmativamente ao desafio ultrapassando as barreiras existentes e aproveitando as oportunidades que vão surgindo com vista a contribuir para o © Gideon Tsang bem comum através de adoção de medidas de promoção da eficiência energética. PALAVRAS CHAVE Eficiência energética, desenvolvimento sus- das suas reservas mundiais. Muito em- final do século XX através da constatação tentável, elevadores, diretivas comunitá- bora, nos nossos dias se fale e se aposte que todo o desenvolvimento económico rias, modo standby, modo funcionamento. nas energias renováveis como a solar e a terá de estar suportado num equilíbrio eco- eólica, estas apenas servem de comple- lógico/ambiental e garantir a manutenção mento a formas de produção de energia da qualidade de vida das populações. A de- 1. INTRODUÇÃO mais intensivas. Outro problema associado finição mais usada para o desenvolvimento Sempre que desenvolvemos qualquer ta- à utilização dos combustíveis fósseis para sustentável [1] é: refa, tal como: ver televisão, utilizar um produção de energia está relacionado com › computador, utilizar um veículo motori- o aumento da concentração de dióxido de fazer as necessidades da geração atu- zado, utilizar uma caixa automática para carbono na atmosfera, agravando o efeito al, sem comprometer a capacidade das consulta do saldo de uma conta bancária, de estufa e tendo como consequência o gerações futuras de satisfazerem as utilizar o elevador para sair de casa... esta- aquecimento global do planeta que arrasta suas próprias necessidades, significa mos a consumir energia. Este simples ato uma série de outros problemas para todos possibilitar que as pessoas, agora e no diário, embora passe quase despercebido, os seres vivos. futuro, atinjam um nível satisfatório de O desenvolvimento que procura satis- desenvolvimento social e económico e está presente no nosso trabalho, na nossa casa, nos transportes, no nosso conforto, Perante esta situação estamos num dilema: de realização humana e cultural, fazen- ou seja, no nosso modo de vida. Esta depen- ou abrandamos o consumo e hipotecamos do, ao mesmo tempo, um uso razoável dência faz com que a energia, nas suas mais o nosso modo de vida, ou continuamos a dos recursos da terra e preservando as diversas formas, constitua algo de extrema consumir para manter o estado atual e pro- espécies e os habitats naturais. importância para a sociedade atual e cujo vocamos o colapso do planeta. Certamente consumo tendencialmente se acentua fruto a realidade não possui só duas faces, são Ou seja, não devemos consumir os recur- do desenvolvimento económico, da procura possíveis outras saídas para o problema sos naturais numa taxa superior à taxa de de maior conforto por parte da população e que satisfaçam todas as partes. renovação desses recursos de modo a evitar o seu esgotamento. do aumento demográfico da mesma. No entanto, há o reverso da medalha. A 2. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A forma de atingir o desenvolvimento sus- maior parte da energia utilizada provém A resposta a este problema está certamen- tentável a nível energético assenta em três dos combustíveis fósseis, tais como o pe- te na definição e aplicação de políticas que vetores complementares [2], ou seja: tróleo, o carvão e o gás o que representa tenham por base o conceito de desenvolvi- › uma grande preocupação face à diminuição mento sustentável. Este conceito surge no Intensificação da eficiência energética e da cogeração; elevare 25 Dossier: eficiência energética › Aumento das energias renováveis; que podem (e devem) ser implementadas e › Fixação de dióxido de carbono. cujos resultados são facilmente visíveis em variação de velocidade por variação de frequência; termos económicos. As medidas a adotar b) Utilização de motores de alto rendi- No caso dos ascensores, e considerando podem-se agrupar atendendo ao estado do mento (Classe IE 3) ou muito alto rendi- o elevado número de unidades em todo o elevador, em modo standby e em modo de mundo, segundo [3], na União Europeia, o funcionamento. consumo dos motores elétricos dos eleva- mento (Classe IE 4); c) Aplicação de variadores de velocidade por variação de frequência a elevado- dores/escadas mecânicas/tapetes rolantes O modo standby é responsável por um é de 11% do consumo de energia elétrica consumo assinalável do equipamento, e no setor terciário. Este facto revela que em equipamentos com baixa utilização a aplicação de técnicas que promovam a pode ultrapassar 50% do consumo do eficiência energética destes equipamentos elevador. Por este facto deve ser dada possui resultados extremamente motiva- muita atenção a este estado quando pre- Outras medidas de caráter mais geral tam- dores para a redução dos consumos e com tendemos tornar o elevador mais eficiente bém devem ser adotadas para melhorar a reflexos significativos na redução (indireta) energeticamente. As principais medidas a eficiência energética. Dessas medidas des- de emissões de CO2. tomar devem incidir em: tacam-se: a) Comando do Ascensor: mesmo com o a) Tornar o elevador mais "leve" através Com vista a promover uma drástica redu- elevador parado há diversos equipa- da utilização de novos materiais para ção de emissões de CO2, e dar cumprimen- mentos a consumir energia (autómato, que a máquina possa ter uma potência transformadores, ...); to ao Protocolo de Kioto, a União Europeia emanou Diretivas que, direta ou indireta- b) Displays nos patamares: lâmpadas ou mente, abordam o tema da utilização de segmentos continuamente ligados: energia. As Diretivas mais relevantes são: c) Painel de botoeira de cabina: situação idêntica à dos displays nos patamares; Diretiva 2002/91/CE de 16 de dezembro res com máquinas de 1 ou 2 velocidades; d) Utilização de variadores eletrónicos de velocidade com regeneração. inferior; b) Sistema de arrefecimento da casa de máquinas controlado por termóstato; c) Nos ascensores com casa das máquinas, instalação de luminárias de baixo de 2002 - "EPB - Energy Performance of d) Variador de frequência: quando o as- Buildings" (Desempenho Energético de Edi- censor é dotado de um sistema de va- fícios), transposta parcialmente para o di- riação de frequência, o variador estará d) Prever luminárias de baixo consumo reito nacional pelo Decreto-Lei n.o 78/2006 sempre ativo, mesmo quando o ascen- nos patamares, podendo o seu coman- de 04 de abril, e a Diretiva 2005/32/CE de sor não se encontra em movimento; do ser efetuado por sensores de movi- 06 de julho de 2005 – “EuP – Energy Using e) Cortina foto-elétrica ou célula foto-elétrica: continuamente ativo; Products” (Requisitos de conceção ecológica dos produtos que consomem energia). f) Luz de cabina: em muitos ascensores, consumo na casa de máquinas do ascensor; mento; e) Instalação de luminárias de baixo consumo na caixa do ascensor. além de possuir iluminação incandescente, está permanentemente ligada; Ambas as Diretivas não referem explici- Contudo, é importante ter em atenção que tamente os ascensores quando se aborda g) Motor da porta de cabina: sempre em a preocupação com a eficiência energética a temática do aumento da eficiência ener- carga, para garantir que a porta de ca- deve estar presente em todas as fases do gética. Na Diretiva EPB são referidos es- bina se mantém fechada; produto, assim desde a conceção, venda sencialmente equipamentos técnicos dos h) Dispositivo de excesso de carga: siste- edifícios como sistemas de aquecimento, fício), utilização, manutenção e abate deve- Extrator instalado no teto da cabina: mos garantir que tudo foi feito de forma a temas de isolamento térmico dos edifícios. quando existe, em certos casos, pode minimizar o consumo de energia. Na EuP, por sua vez, também não se indi- estar permanentemente ligado; climatização e iluminação, bem como sis- cam especificamente os ascensores, em- i) (adequação do equipamento ao tipo de edi- ma continuamente ligado; j) Sistema de comunicação bidirecional: bora sejam referidos por exemplo motores para os ascensores instalados ao abri- 4. PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – elétricos, que farão parte integrante de um go da Diretiva Ascensores a sua instala- DIFICULDADES/DESAFIOS ascensor. Em Portugal, o Sistema de Cer- ção é obrigatória. É um dispositivo que Nos nossos dias, a preocupação com a efici- tificação Energética de Edifícios também deve estar permanentemente ativo, ência energética nos equipamentos de ele- não contempla os ascensores com vista à logo possui um consumo permanente. vação é algo que começa a dar os primeiros classificação energética do edifício, o que passos, logo, a quebrar diversas barreiras se revela uma lacuna importante e que Quanto ao modo de funcionamento, tradi- típicas da mudança. Salvo raras exceções, urge corrigir. cionalmente, somos mais sensíveis ao seu as principais barreiras que se podem apon- consumo quando comparado com o modo tar estão associadas a: standby. Aqui, as medidas a implementar a) Pouca sensibilidade dos intervenientes 3. SOLUÇÕES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS poderão incidir nos seguintes aspetos: no mercado para as questões da efici- Com vista a potenciar a eficiência energética a) Utilização de máquinas sem redutor de ência energética; dos elevadores existem diversas medidas ímanes permanentes com controlo por 26 elevare b) Desconhecimento das tecnologias que © Sancho McCann Dossier: eficiência energética permitem promover a eficiência ener- finir a metodologia de certificação das de promoção da eficiência energética gética dos ascensores; energética dos elevadores (a Norma no setor é um dever moral para com as ge- c) O Sistema Nacional de Certificação alemã VDI 4707:2009 – Ascensores rações futuras que todos temos de assumir Energética e da Qualidade do Ar Interior – Eficiência Energética (2009), define e que a ELEVARE está a dar o primeiro passo a metodologia); destacando este tema na sua primeira pu- nos Edifícios (SCE) não contempla os ascensores; d) Os fabricantes/instaladores, na grande d) Alterações nos regulamentos: a. maioria dos casos, desconhece o com- sentação da classificação energéti- portamento energético dos equipamentos; e) Utilização de tecnologias mais baratas e menos eficientes; f) Quem adquire o equipamento, normal- blicação. Exigência, no ato da venda, de apre- b. ca do ascensor; 6. BIBLIOGRAFIA Nas remodelações exigir que as [1] Report of the World Commission on Environ- alterações sejam realizadas obser- ment and Development, United Nations, Au- vando-se as melhores práticas de gust de 1987; eficiência energética. [2] Manual de Boas Práticas de Eficiência Ener- mente, não é o cliente final, logo, no ato e) As empresas de maior dimensão já apre- gética, ISR – Departamento de Engenharia da compra, a sua maior preocupação é sentam soluções energeticamente mais Eletrotécnica e de Computadores da Univer- o preço; eficientes o que faz com que o mercado sidade de Coimbra, novembro 2005; g) A eficiência energética dos equipamen- tendencialmente as acompanhe. tos não é um fator que pese na escolha [3] Ferreira, F.; Coelho, D.; “Otimização de Sistemas Elétricos de Força Motriz", Revista Manu- do equipamento, concorre com outros tenção, n.o 85, 2005; fatores mais valorizados (conforto, es- 5. CONCLUSÕES tética, ...); [4] Diretiva 1995/16/CE do Parlamento Europeu As principais conclusões relativas ao tema e do Conselho de 29 de junho de 1995 – Di- h) Não existe uma norma europeia ou na- da eficiência energética não são novas e retiva Ascensores. Jornal Oficial das Comuni- cional que defina os critérios com vista aparecem numa perspetiva muito abran- à determinação da classe energética gente a nível global. A União Europeia, atra- [5] Diretiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu dos ascensores. vés da publicação de Diretivas, pretende e do Conselho de 16 de dezembro de 2002 colocar os seus membros numa posição – EPB – Energy Performance of Buildings – No entanto, existem outros aspetos que ativa face a estas questões. O caso dos Desempenho Energético de Edifícios. Jornal podem ser considerados com vista a pro- elevadores é uma peça deste puzzle com- Oficial das Comunidades Europeias; mover a aplicação de técnicas e tecnolo- plexo mas com grande relevância face ao [6] Diretiva 2005/32/CE do Parlamento Euro- gias ao nível da eficiência energética des- número de equipamentos instalados, o que peu e do Conselho de 06 de julho de 2005 tacando-se: representa uma fatia significativa nos con- – EuP – Energy Using Products – Requisitos a) O aumento crescente do preço da ener- sumos de energia elétrica. No entanto, vá- de Conceção Ecológica dos Produtos que rios fatores, nomeadamente económicos e Consomem Energia. Jornal Oficial das Comu- gia elétrica; dades Europeias; b) Incentivos à adoção de medidas que vi- desconhecimento técnico, levam a que haja sem o fomento da eficiência energética; alguma dificuldade na implementação das [7] Norma Alemã VDI 4707:2009 – Ascensores c) Adoção/criação de normas euro- medidas. Independentemente de questões – Eficiência Energética (2009), Verein Deuts- peias ou nacionais com vista a de- técnicas e económicas, a adoção de medi- cher Ingenieure (VDI). nidades Europeias; elevare 27 Dossier: eficiência energética Regeneração… O que é e como funciona Carlos Dias Gens Jorge Miguel Vasconcelos Pinto & Cruz elevadores e instalações A regeneração é uma das tecnologias mais recentes para fazer frente à escalada dos preços da energia. Esta tecnologia permite utilizar a energia inercial proveniente da mecânica do elevador, escadas e tapetes rolantes e reaproveita-la colocando-a na rede elétrica do edifício. Nos elevadores elétricos, sendo nestes que se conseguem melhores resultados, a instalação de quadros de comando com variadores/conversores de frequência ou a adaptação ao comando existente de kits de variação de frequência tornou-se já uma variadores têm de ter a mesma potência e a vários variadores de frequência com a técnica usual para a redução do consumo essa situação por vezes não existe. vantagem de podermos no mesmo grupo energético do elevador, do desgaste mecâ- de elevadores interligar vários equipamen- nico das máquinas de tração e melhorar o Com o aparecimento dos variadores re- tos de potências diferentes e, até mesmo, conforto dos passageiros nas deslocações generadores, ou seja unidades que têm a de marcas diferentes. da cabina. função de controlar o motor e aproveitar a energia que este produz quando está a Apesar de todas as vantagens existentes ao frenar colocando-a na rede elétrica, a ques- ENTÃO COMO FUNCIONA A REGENERAÇÃO nível da redução de consumo de energia, ao tão acima descrita fica solucionada, mas EM GRUPO? utilizar a variação/conversor de frequência o enorme custo por unidade desencoraja Todos os quadros de comando de elevado- nos elevadores, escadas e tapetes rolantes, qualquer um, o que levou a Pinto & Cruz a res, escadas e tapetes rolantes equipados era do conhecimento geral que existia uma procurar outra solução. com variação de frequência têm incorpora- percentagem de energia que era desper- do resistências de frenagem cuja função é diçada em forma de calor dissipada pelas Essa solução apareceu mais recentemente dissipar a energia produzida pelo motor da resistências de frenagem dos variadores, sobre a forma de uma unidade regenerado- máquina de tração durante o seu funciona- resultante do controlo de velocidade do ra universal, que é composta por um inver- mento nos momentos de frenagem e que, elevador (frenagem). Uma das formas de sor e uma reatância que além da função de nesse instante, está a ser devolvida ao va- aproveitar essa energia é interligar os bar- filtro faz a leitura da sequência de fases, o riador de frequência. Como este não tem ramentos dos variadores/conversores de que permite a ligação em paralelo com a a capacidade de a devolver à rede, o que forma que se um elevador estiver a frenar, rede sem o menor problema para esta. aumentaria substancialmente a energia no o outro possa estar a aproveitar a energia barramento com todos os inconvenientes para tracionar a cabina, mas apesar de ser Apesar de ser uma solução versátil, conti- que daí advém, o variador envia automati- uma situação interessante em especial por nua a ser uma solução extremamente dis- camente essa energia excedente para as ser uma solução relativamente barata, esta pendiosa quando colocada unitariamente resistências de frenagem que a dissipa em solução é pouco eficiente porque é preciso por elevador. A solução encontrada pela forma de calor. que os elevadores estejam a funcionar em Pinto & Cruz para contornar esta situação condições inversas ao mesmo tempo, ou foi, como se diz na linguagem popular, “divi- Com a presença de uma única unidade re- seja um a frenar e o outro a utilizar essa dir o mal pelas aldeias”, ou seja pegar numa generadora, temos a possibilidade de a li- energia. A outra condição é que todos os unidade regeneradora e ligar essa unidade garmos em grupo entre vários variadores/ 28 elevare Dossier: eficiência energética conversores de frequências dos distintos do consumo de energia em -30% no seu elevadores, que automaticamente moni- conjunto. Após a instalação do regenerador, toriza a existência de excedente de energia foi novamente monitorizada a instalação no derivado das suas manobras e que seriam mesmo intervalo de tempo e verificou-se dissipadas pelas resistências de frenagem e que a energia devolvida à rede era cerca de reenvia essa energia para a rede elétrica do 17% que adicionado à redução de consumo edifício perfeitamente limpa. de energia pela instalação dos conversores de frequência concluiu-se que por cada ano A primeira instalação deste equipamento de consumo energético do grupo dos sete com o conceito acima descrito foi executa- elevadores, o equivalente a 2 (dois) meses da pela Pinto & Cruz no Hospital Sra. da Oli- são devolvidos à rede e dado que se trata de veira em Guimarães, no qual utilizamos os um unidade de saúde cujo tráfego é relati- sete elevadores existentes com potências vamente elevado o retorno do investimento de 11 kW cada e interligamos em paralelo será inferir a 5 (cinco) anos. todos os variadores de frequência a um regenerador de 45 kW. Em conclusão, a instalação de sistemas de regeneração de energia em elevadores, escadas e tapetes rolantes, além de mais ecológicos são economicamente vantajo- A LIGAÇÃO DO REGENERADOR PODE SER FEITA DE DUAS FORMAS: programada para enviar para a rede um ní- sos essencialmente em edifícios de médio e Através da saída da resistência de frena- vel inferior àquele a que o conversor está alto tráfego tais como hotéis, hospitais, edi- gem, controlada pelo variador, e a outra programado para enviar para a resistência fícios de serviços, centros comerciais, aero- através da ligação do barramento direta- de frenagem. portos e similares. Esta condição é fundamental para o aproveitamento energético, mente, sendo aí o regenerador o principal elemento no controlo da energia existente Nesta instalação foram utilizados um con- dado que a energia que retorna se não for no barramento, neste caso dos sete varia- junto de 7 (sete) ascensores equipados de utilizada pelos equipamentos de elevação é dores existentes. origem com máquina assíncrona com redu- utilizada por outros equipamentos que na- tora, dos quais apenas 2 (dois) já estavam quele momento estejam ligados na coluna A configuração utilizada no Hospital Sra. equipados com comandos com controlo de alimentação do edifício. da Oliveira em Guimarães foi a segunda, por variação de frequência, sendo os res- uma vez que esta nos permite manter as tantes de duas velocidades. Foi colocado Cada vez mais se verifica que existem en- resistências de frenagem presentes e em um contador energético à entrada da insta- tidades sensíveis às questões ecológicas, caso de um possível bloqueio da unidade lação antes de se proceder à remodelação às poupanças energéticas e à renta- regeneradora os elevadores continuam a e monitorizado num período de tempo de- bilidade funcionar normalmente e sem qualquer finido. Após a instalação de variadores de mostrando-se recetivas às novas soluções problema. Apesar das resistências estarem frequência nos restantes cinco elevadores, que o mercado vai oferecendo nesta área a presentes, estas nunca irão dissipar a ener- procedeu-se novamente à monitorização que a Pinto & Cruz elevadores e instalações, gia em excesso, salvo em caso de anomalia da contagem energética no mesmo inter- tem-se mantido pioneira na oferta das mais da unidade regeneradora, porque esta está valo de tempo e constatou-se uma redução diversas soluções inovadoras. dos equipamentos instalados, elevare 29 Dossier: eficiência energética Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes na União Europeia – Projeto E4 Aníbal de Almeida e João Fong ISR – Universidade de Coimbra INTRODUÇÃO Atualmente existem cerca de 4,8 milhões de elevadores, bem como cerca de 75 mil escadas e tapetes rolantes instalados por toda a União Europeia dos 27. Todos os anos, 115 mil novos elevadores e 3,5 mil escadas rolantes são colocados em fun- Figura 1. Distribuição de elevadores por setor. cionamento. Tendo em conta as tendências demográficas, bem como uma necessidade crescente por conveniência, é esperado que de associações nacionais de elevadores e tributo para melhorar a compreensão do o número de elevadores e escadas rolan- escadas rolantes da Associação Europeia consumo de energia e eficiência energética tes instalados mundialmente aumente, tal de Elevadores (ELA) de 19 países europeus de elevadores e escalas rolantes na Euro- como na Europa. O consumo energético – Alemanha, Áustria, Bélgica, República pa. Os objetivos desta campanha foram a dos elevadores estima-se atualmente em Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Gré- ampliação da base empírica do consumo de 3 a 5% do consumo global de um edifício cia, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Polónia, energia de elevadores e escadas rolantes, [1] [2]. Cerca de um terço do consumo fi- Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, No- fornecer dados de monitorização disponí- nal de energia na Comunidade é utilizado ruega e Suíça. O objetivo deste inquérito foi veis publicamente e encontrar dicas para no setor terciário e residencial, sobretudo a caraterização dos equipamentos instala- configurações de sistemas de elevada efi- em edifícios. Devido à crescente exigência dos, de acordo com as suas caraterísticas ciência. O número inicial de instalações a de conforto, o consumo de energia em edi- tecnológicas básicas e o tipo de edifício serem monitorizadas no âmbito deste Pro- fícios registou recentemente um aumento onde estão instalados. De acordo com os jeto era de 50 mas, no final, 74 elevadores significativo, sendo este um dos principais resultados do inquérito existem cerca de e 7 escadas rolantes, isto é, um total de 81 motivos que levaram a uma maior quan- 4,5 milhões de elevadores instalados nos instalações, foram analisadas nos quatro tidade de emissões de CO2. Existem, neste 19 países pesquisados. A Figura 1 mostra a países em estudo: Alemanha, Itália, Polónia setor, elevados potenciais de poupança distribuição, por setor, dos elevadores ins- e Portugal. inexplorados em equipamentos energica- talados em cada um dos países estudados. Foi feito um esforço para selecionar eleva- mente eficientes, decisões de investimento e abordagens comportamentais. O Projeto Nos países estudados, os elevadores re- dores com diferentes idades e utilizando di- E4 teve como objetivo melhorar o desem- sidenciais representam, de longe, o maior ferentes tecnologias de forma a permitir a penho energético dos elevadores e escadas grupo com cerca de 2,9 milhões de eleva- comparação da performance de uma vasta rolantes, nos edifícios do setor terciário e dores em utilização. Segue-se o setor ter- gama de elevadores com diferentes cara- nos edifícios residenciais multi-familiares. ciário com cerca de 1,4 milhões de elevado- terísticas. Este artigo tem como objetivo apresentar res instalados e no setor industrial existem os principais resultados do projeto. apenas 180 mil elevadores. A Figura 2 mostra a segmentação das unidades monitorizadas pelo tipo de tecnologia utilizada. MERCADO EUROPEU DE ELEVADORES E CONSUMO DE ENERGIA DOS ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES ESCALAS ROLANTES Foi utilizada uma metodologia comum a Como parte do Projeto E4 foi realizado um Uma campanha de monitorização foi rea- todos os parceiros para garantir a repe- inquérito com a colaboração dos membros lizada no âmbito do Projeto E4 como con- tibilidade das medições [3]. Esta metodo- 30 elevare Dossier: eficiência energética solas operacionais, em cada piso e dentro da cabine do elevador, utilizados. Nos elevadores analisados, a gama de potência varia entre 15 W e 710 W. A importância relativa do consumo em standby varia entre 5% a 95%. Esta diferença surge sobretudo pela existência de diferentes perfis de utilização (quanto maior o número de viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo), mas também pela diferença nos valores medidos de consumo em viagem e em standby. Figura 2. Instalações monitorizadas por um tipo de tecnologia. Combinando os resultados do inquérito de mercado e da campanha de monitorização, foi feita uma estimativa da energia utilizada nos elevadores europeus. A Figura 7 mostra uma estimativa do consumo de energia dos elevadores europeus em funcionamento e em standby, no setor residencial e terciário. Embora haja um número menor de elevadores instalados no setor terciário, os seus consumos de energia são muito maiores do que no setor residencial, devido à sua utilização mais intensa. A energia elétrica total consumida pelos eleFigura 3. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor ter- vadores estima-se em 18,4 TWh, dos quais ciário [mWh/kg.m]. 6,7 TWh no setor residencial, 10,9 TWh no setor terciário e apenas 810 GWh no setor industrial. logia descreve a medição da energia elé- Os valores medidos da potência em standby Como pode ser visto, o consumo de energia trica consumida durante um período de também apresentam uma grande variação. eléctrica em standby representa uma parte utilização normal de elevadores, escalas Este consumo em standby deriva dos siste- importante do consumo total de eletricida- e tapetes rolantes. Em particular é feita ma de controlo, iluminação, displays e con- de, sobretudo em elevadores instalados no a distinção entre o consumo em funcionamento e em standby nos equipamentos analisados. O consumo total de energia para um ciclo completo é influenciado por numerosos fatores internos, como o consumo do sistema de controlo, o conversor de frequência, equipamento auxiliar, aceleração e desaceleração para nomear apenas alguns, mas também varia com a carga e especialmente com o comprimento do poço do elevador, tornando difícil a comparação direta dos valores de consumo de um ciclo durante a fase de funcionamento. Por esta razão, uma abordagem normalizada, utilizando o consumo específico em viagem em mWh/ Figura 4. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor residencial (kg*m), pode facilitar a comparação. [mWh/kg.m]. elevare 31 Dossier: eficiência energética Figura 7. Consumo anual de energia elétrica nos elevadores, UE-27. Figura 5. Medição de energia em elevadores em standby no setor terciário. Figura 8. Proporção do modo standby e modo de funcionamento em todo o consumo de energia dos elevadores [4]. custo-eficácia da utilização destas tecnologias; – Os sobrecustos de manutenção, como a mão-de-obra e a substituição de peças, não foi incluída nos cálculos; – Figura 6. Medição da energia em elevadores em standby no setor residencial. Algumas tecnologias podem aumentar o consumo em standby enquanto reduzem o consumo durante a fase de funcionamento. Portanto, a sua aplica- setor residencial onde o tempo gasto no ainda não se encontram disponíveis para ção deve ser cuidadosamente avaliada, modo standby é maior. A Figura 8 apresen- comercialização. caso a caso. ta a proporção do consumo de energia em modo de funcionamento e em standby, rela- No que diz respeito aos valores alcançados A Figura 9 mostra a estimativa do consumo tivamente ao total, em elevadores do setor de potencial de poupança, é importante re- de energia nos elevadores, de acordo com residencial e terciário. ferir que: os diferentes cenários propostos. – O custo inicial das tecnologias utilizadas, sendo uma questão importante Os resultados mostram que é possível uma ESTIMATIVA DAS POUPANÇAS ENERGÉTICAS relativamente a esta aplicação não foi poupança global de mais de 65%. A redu- A estimativa de poupanças energéticas em considerado, não se podendo, por isso, ção de 10 TWh consegue-se utilizando as elevadores é feita de acordo com uma me- retirar conclusões quanto à relação Melhores Tecnologias Disponíveis e de 12 tolodogia previamente descrita ao assumir dois cenários: 1. São utilizadas as Melhores Tecnologias Disponíveis (Best Available Technologies - BAT), 2. São utilizadas as Melhores Tecnologias Ainda não Disponíveis (Best Not yet Available Technologies - BNAT). As Melhores Tecnologias Disponíveis são atualmente os melhores componentes a serem comercializados e as Melhores Tecnologias Não Disponíveis são tecnologias em estado-de-arte que têm sido recentemente desenvolvidas mas que 32 elevare Figura 9. Estimativa do consumo total de eletricidade em elevadores, de acordo com diferentes cenários. PUB TWh quando as tecnologias que estão a ser desenvolvidas são utilizadas, o que se traduz numa redução de cerca de 4,4 milhões de toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de CO2eq, respetivamente, com os métodos atuais de produção de eletricidade. A poupança no consumo de energia em standby é particularmente notável, mesmo no cenário BAT onde, embora sejam utilizados equipamentos de baixa potência estes estão sempre ligados, mesmo quando não estão a ser utilizados, o que é atualmente uma prática comum. A redução da po- Weidmüller Weidmüller tência em standby de mais de 80% é considerada viável Fontes de Alimentação Conectores Industriais com tecnologias “off-the-shelf”. Em particular, a utilização de iluminação LED pode desempenhar um papel crucial nesta redução. CONCLUSÕES O potencial de redução da energia consumida no modo standby é uma oportunidade para a eficiência energética que não pode Weidmüller Weidmüller Quadros para Fotovoltaicas Ethernet/Profibus ser ignorada: a necessidade energética no modo standby pode ser reduzida em mais do que 70% se for utilizada a melhor tecnologia disponível. No entanto, a percentagem do modo standby nos elevadores representa 5 a 95% do consumo total, o que é um amplo intervalo. Este amplo intervalo deriva, por um lado, do padrão de utilização – quanto maior o número de Carlo Gavazzi Carlo Gavazzi viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo Sensores de Nível Sensores de Vento – e, por outro lado, o consumo de energia durante o modo de funcionamento e o modo de standby é determinado pela tecnologia utilizada e pela sua eficiência energética. Os resultados da estimativa de poupanças mostram que é possível uma poupança global de mais do que 65%. A redução de 10 TWh é garantida pela BAT e de 12 TWh na BNAT, Carlo Gavazzi Carlo Gavazzi o que se traduz numa redução de cerca de 4,4 milhões de Relés de Estado Sólido Contadores Analógicos e Digitais toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de CO2eq, respetivamente, uma estimativa com base nos métodos actuais de produção de energia eléctrica. REFERÊNCIAS [1] Sachs, H. M. “Opportunities for elevator energy efficiency impro- Schmersal Schmersal Autómatos de Segurança Barreiras de Segurança IP69K vements”, ACEEE, April 2005. www.aceee.org/buildings/coml_ equp/elevators.pdf; [2] E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP3 D3.2-Country reports with the results of the monitoring campaign”, Report elaborated for the EC, December 2009, www.e4project.eu (documents section); [3] Brzoza-Brzezina, Krzysztof (2008): Methodology of energy me- Enda Enda asurement and estimation of annual energy consumption of lifts Controladores de Temperatura Potenciometros Digitais (elevators), escalators and moving walks. Project report of the E4 project. www.e4project.eu (documents section); [4] De Almeida, A. T., Patrão C., Fong J., Nunes U., Araújo, R. E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP4 D4.2: Estimation of Savings”, Report elaborated for the EC, December 2009, www. e4project.eu (documents section). AVControlo - Material Eléctrico, Lda. Centro Empresarial AAA - Rua Ponte de Pedra - 240 D19 - 4470-108 Gueifães - Maia Telefone: 220 187 283 - Fax: 222 455 240 www.avcontrolo.pt - [email protected] Dossier: eficiência energética Normalização sobre eficiência energética em ascensores Miguel Leichsenring Franco Baixo consumo Eng.o Eletrotécnico, A Administrador da Schmitt-Elevadores, Lda A B C D 1. INTRODUÇÃO E A segurança, o conforto e o aproveitamento do espaço são os temas centrais com que F a indústria de ascensores normalmente se G preocupa. A eficiência energética não era Alto consumo discutida até há alguns anos. Contudo, o auFigura 1a. Figura 1b. conduziu ao rápido aumento de importân- Europeia emanou várias Diretivas que se posta parcialmente para o direito nacional cia da temática da eficiência energética em relacionam direta ou indiretamente com a pelo Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril, ascensores. Assim, quer para novos ascen- temática da utilização de energia. As mais e a Diretiva 2005/32/CE de 06 de julho de sores quer para ascensores já instalados, importantes são entre outras, a Diretiva 2005 – “EuP – Energy Using Products” (Requi- são necessários métodos e procedimentos 2002/91/CE de 16 de dezembro de 2002 - sitos de conceção ecológica dos produtos que permitam a determinação e avaliação “EPB - Energy Performance of Buildings” (De- que consomem energia)3. mento substancial do custo da energia elétrica associado à relevância da temática das alterações climáticas e à sustentabilidade, da necessidade energética de ascensores e 2 sempenho Energético de Edifícios) , trans- que possibilitem uma comparabilidade das diferentes soluções oferecidas pelos fabri- mente para a ordem jurídica nacional esta O objetivo desta Diretiva passa pela promo- Diretiva Comunitária, tendo como finalidade cantes através de uma identificação fácil, ção da melhoria do desempenho energético assegurar a aplicação regulamentar, nome- uniforme e normalizada da classe de efici- dos edifícios na Comunidade, tendo em conta adamente no que respeita às condições de ência energética. as condições climáticas externas e as condi- eficiência energética, à utilização de sistemas ções locais, bem como as exigências em ma- de energias renováveis e, ainda, às condições Este artigo apresentará um breve resumo téria de clima interior e a rentabilidade eco- de garantia da qualidade do ar interior, de de algumas das normas atualmente exis- nómica. Esta Diretiva estabelece requisitos acordo com as exigências e disposições con- tentes ou em fase de elaboração sobre a em termos de: eficiência energética em ascensores. 2 a) enquadramento geral para uma metodologia tidas em: a) tamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) – De- de cálculo do desempenho energético inte- creto-Lei 80/2006 de 04 de abril, e grado dos edifícios; b) 2. AS NORMAS EXISTENTES 1 Segundo um estudo da União Europeia , o setor dos edifícios será responsável por c) aplicação de requisitos mínimos para o de- Regulamento das Caraterísticas de Compor- b) Regulamento dos Sistemas Energéticos e de sempenho energético de novos edifícios; Climatização dos Edifícios (RSECE) – Decreto- aplicação de requisitos mínimos para o de- Lei 79/2006 de 04 de abril. cerca de 40% do consumo total de energia sempenho energético de grandes edifícios neste espaço geográfico. Cerca de 70% do existentes que sejam sujeitos a importantes consumo de energia deste setor verificar- obras de renovação; requisitos comunitários de concepção ecoló- 3 Esta Diretiva cria um quadro de definição dos -se-á nos edifícios residenciais. Em Portu- d) certificação energética dos edifícios; gica dos produtos consumidores de energia gal, mais de 28% da energia final e 60% da e) inspeção regular de caldeiras e instalações com o objetivo de garantir a livre circulação de ar-condicionado nos edifícios e, comple- destes produtos no mercado interno. mentarmente, avaliação da instalação de Prevê ainda a definição de requisitos a obser- Por forma a dar cumprimento ao Protocolo aquecimento quando as caldeiras tenham var pelos produtos consumidores de energia de Kyoto, no qual se definiu uma drástica mais de 15 anos. abrangidos por medidas de execução, com redução da emissão de CO2, a Comunidade O Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril – vista à sua colocação no mercado e/ou co- Sistema Nacional de Certificação Energética locação em serviço. Contribui para o desen- e da Qualidade do Ar (SCE), transpõe parcial- volvimento sustentável, na medida em que energia elétrica é consumida em edifícios. 1 34 Ver Diretiva 2002/91/CE de 16.12.2002. elevare Dossier: eficiência energética Os ascensores não são referidos explici- Contudo a sua adoção falha na falta de co- energética e uma classificação em ter- tamente nestas duas Diretivas, quando se nhecimento e divulgação, bem como na dis- mos energéticos de ascensores. É atu- aborda a temática do aumento da eficiência tribuição dos custos resultantes. almente a Norma mais utilizada pelos energética. Na Diretiva EPB são referidos Um ascensor representa cerca de 3% a 8% principais fabricantes europeus de as- essencialmente equipamentos técnicos dos do consumo anual global estimado de ener- edifícios como sistemas de aquecimento, gia elétrica de um edifício, em função da es- climatização e iluminação, bem como sis- trutura do edifício, do seu tipo de utilização, Comité Técnico ISO/TC178 em colabora- temas de isolamento térmico dos edifícios. do tipo e da quantidade de ascensores neles ção com o Comité Técnico CEN/TC10 ini- Na EuP, por sua vez, também não se indicam instalados. Este consumo anual de energia ciou o desenvolvimento da Norma prEN especificamente os ascensores, embora elétrica é determinado por três fatores: ISO 25745:2010. sejam referidos, por exemplo, motores a. o consumo durante o standby5; elétricos, que farão parte integrante de um b. o consumo durante cada manobra; ascensor. c. a frequência de utilização do ascensor. De acordo com um estudo da S.A.F.E – O consumo de energia elétrica de um as- mundo a incluir exigências em termos de “Agência Suíça para a Utilização Eficiente da censor é relativamente baixo quando com- consumo de energia elétrica em ascenso- Energia”, realizado em 2005, os ascensores parado com outros equipamentos elétricos res. A Norma SIA 380/4 “Energia elétrica podem representar uma parte significativa instalados num edifício, como os sistemas em edifícios em altura” descreve, na parte do consumo de energia num edifício (o con- de aquecimento, de arrefecimento, venti- referente a ascensores, baseia-se num es- sumo energético de um ascensor poder re- lação e iluminação. Mas perante o elevado tudo de consumo de energia elétrica de as- presentar em média 5% do consumo total número de ascensores instalados num país censores e os seus potenciais de poupança. de energia de um edifício de escritórios). Na (em Portugal estima-se que estejam ins- Pela primeira vez faz-se referência à impor- Suíça estima-se que o somatório do consu- talados mais de 130.000 ascensores) ou tância que assume o consumo de energia mo de energia dos cerca de 150.000 ascen- numa região, o consumo global dos equi- elétrica em standby em ascensores. sores instalados represente cerca de 0,5% pamentos de elevação pode assumir uma do total de 280 GWh de consumo energéti- grande relevância. censores; – Em 2010 o grupo de trabalho WG10 do 2.1. A Norma suíça SIA 380/4 A Suíça foi um dos primeiros países do co do país. Para a Norma SIA 380/4 foi desenvolvido um método de cálculo do consumo ener- Existem várias tentativas nacionais na defi- gético de um ascensor a partir dos valores O Projeto E4 – “Energy efficient elevators nição de Normas que permitam comparar o de consumo de energia elétrica extremos and escalators”4 foi concluído em abril de consumo energético de ascensores e ava- medidos na manobra à subida e na mano- 2010 e tinha como objetivo a melhoria da liar a eficiência energética: bra à descida, ao longo de todo o curso do eficiência energética de ascensores e esca- – ascensor. Em 2000, em Hong-Kong, foram defini- das mecânicas em edifícios de serviços e de das regras para a eficiência energética habitação. de ascensores, tendo sido prescritos Para a determinação do consumo anual de valores limite para o consumo dos mo- energia a partir dos valores medidos, é uti- Como resultado do projeto verificou-se tores elétricos, em função da velocida- lizado o seguinte modelo: que, do ponto de vista técnico, é possível de e carga nominal dos ascensores; obter-se uma redução no consumo ener- – Em 2005 foi introduzida na Suíça a EF, a = ZF * k1 * k2 * hmax * Pm [Eq. 1] v* 3600 gético através da adoção de modernas tec- Norma SIA 380/4 “Energia elétrica em nologias (máquinas gearless, variadores de edifícios em altura” que descreve, entre Legenda: frequência de última geração, iluminação outras, as exigências em relação aos EF,a: consumo de energia para a movimentação da por intermédio de lâmpadas LED, e outros). ascensores; – ZF: número de manobras por ano; aumenta a eficiência energética e o nível de 4707 – Parte 1 pela Associação dos En- k 1: proteção do ambiente, e permite ao mesmo genheiros Alemães (Verein Deutscher tempo aumentar a segurança do forneci- Ingenieure). É a base para a avaliação mento de energia. 4 cabina (manobras) [kWh/ano]; Em 2009 (março) foi publicada a VDI O Projeto E4 foi fomentado oficialmente pela Comissão Europeia no âmbito do programa “Intelligent Energy Europe” e foi desenvolvido conjuntamente entre a ELA (European Lift Association), a Universidade de Coimbra, a ENEA (Agências de energia italianas), a KAPE (Polónia) e o Frauenhofer Institut für System- und Innovationsforschung (Alemanha). 5 Estado em que se encontra o ascensor quan- ascensor elétrico: k1=0,35; ascensor hidráulico: k1=0,30. k 2: fator de curso, curso médio/curso máximo: k 2=1 para 2 pisos; do não está em movimento (ascendente ou descendente). O consumo de energia elétrica de standby é provocado por vários componentes do ascensor, nomeadamente o comando do ascensor, a sinalização (displays) instalados nos patamares, o variador de frequência e luz de cabina constantemente ligada. fator de carga médio (fator tecnológico): k 2=0,5 para > 2 pisos. Hmax: curso máximo, entre piso inferior e piso superior; Pm: Potência da máquina – indicada na chapa de caraterísticas [kW]; v: velocidade [m/s]; 1 : tempo de viagem em horas vx3600 (simplificado) elevare 35 Dossier: eficiência energética Este modelo descreve os fatores de carga, ascensores é o facto de a eficácia desses do as manobras de abertura e de fecho da bem como um fator de curso, a partir dos dados só poder ser verificada após a entra- porta de cabina. quais, com a indicação do curso máximo, da da em funcionamento do ascensor. potência do sistema de tração e velocida- Para normalizar o valor do consumo ener- de do ascensor, bem como do número de A parte 2 desta Norma, que se encontra em gético ao longo da manobra de referência, viagens, é possível calcular o consumo de preparação, deverá permitir que a classifi- cria-se uma relação entre a manobra e a energia anual para movimentação do as- cação em termos de eficiência energética carga nominal do ascensor e o seu consu- censor. seja possível para os componentes indivi- mo energético efetivo. Desta forma obtém- duais do ascensor. O objetivo é o de poder -se uma dada energia de manobra em O consumo em standby é determinado a planear a classe de eficiência energética de mWh/kgm, que pode ser utilizada para ela- partir das medições e baseia-se no pressu- um ascensor através da escolha dos com- borar a comparação de ascensores com posto de um funcionamento do ascensor de ponentes adequados, antes do ascensor ser diferentes dimensões. 8.760 horas (365 dias x 24 horas) / ano. instalado. O número de viagens é determinante para o A VDI 4707 apresentou novos impulsos 3. A NORMA VDI 4707:2009 PARTE 1 cálculo do consumo de energia do ascensor para o desenvolvimento de novos produ- Com a Norma Alemã VDI 4707:2009 – Parte em movimento. Assim, são considerados tos mais eficientes energeticamente, sendo 1 pretende-se realizar uma avaliação e clas- os seguintes valores para o número de via- a Norma atualmente mais utilizada pelos sificação universal e transparente da efici- gens em função do tipo de edifício: fabricantes europeus de ascensores, pelo ência energética de ascensores, com base que a iremos apresentar em mais detalhe em critérios standardizados. Tabela 1. Número de viagens por ano, em função do no ponto 3. tipo de edifício. 3.1. Os objetivos da Norma: Tipo de Edifício Nº de Viagens / Ano 2.3. prEN ISO 25745 Habitação 60.000 A Norma prEN ISO 25745:2010 “Eficiência universal e transparente da eficiência Escritórios 200.000 Shopping-Centre 200.000 energética de ascensores, escadas mecâni- energética de ascensores, baseada em Hospital 200.000 cas e tapetes rolantes” será constituída por métodos de cálculo e teste dos seus Parque Estacionamento 150.000 duas partes: a parte 1 incidirá sobre a de- Indústria 60.000 terminação e a medição das necessidades 2. Disponibilizar um enquadramento que energéticas de ascensores e a parte 2 des- permita incluir a procura de energia de Para comparar o consumo energético do creverá a avaliação e as ações a desenvol- ascensores na avaliação da eficiência ascensor em movimento e em standby, ver para aumentar a eficiência energética energética do edifício e assim selecio- será calculado o consumo de energia por de ascensores. Permitir uma avaliação e classificação consumos energéticos; nar os equipamentos mais adequados; 3. Servir de base para um rating energé- ano para a movimentação da cabina a partir da equação 1. 1. Trata-se de uma Norma elaborada como tico de ascensores no âmbito da efici- reação ao aumento da necessidade de sal- ência energética total do edifício, dando O consumo de energia elétrica determina- vaguarda e apoio à utilização eficiente e origem à elaboração de um certificado do, por viagem e por ano para os ascenso- eficaz da energia elétrica. Esta proposta de energético. res tipificados, permitirá obter uma grande- Norma apresenta um procedimento unifor- za da relação energética. me para a medição do consumo energético 3.2. O âmbito da Norma: de ascensores, escadas mecânicas e tape- A Norma aplica-se à avaliação e classifica- tes rolantes já instalados em edifícios. Isto ção de novos ascensores de pessoas e de 2.2. A Norma alemã VDI 4707 possibilitará a elaboração de um certifica- cargas, quanto à sua eficiência energética. A VDI 4707 é a base para a avaliação ener- do da conformidade energética de um dado Pode igualmente ser utilizada para a: gética e uma classificação em termos equipamento. a. Determinação da eficiência energética publicada em março de 2009, define um Trata-se de uma tentativa internacional de b. Comprovação dos parâmetros forneci- procedimento através do qual o ascen- apresentar um método de medição unifor- sor no seu todo, dada uma determinada me do consumo energético para ascenso- utilização, é classificado de acordo com o res, escadas mecânicas e tapetes rolantes. seu consumo energético em standby e em Ao contrário da VDI 4707, os ascensores movimento. A VDI 4707 Parte 1 apresenta não são subdivididos em categorias. O ciclo 3.3. Os valores caraterísticos: explicitamente a forma como se devem da manobra de referência é idêntico ao de- A necessidade energética, isto é, o valor obter os dados dos consumos energéticos finido na VDI 4707: uma cabina vazia sobe esperado de consumo de energia, calcula- através de medições. Problemático para os e depois desce ao longo de todo o curso, do com base em determinadas premissas, fabricantes e empresas de montagem de medindo-se o consumo energético, incluin- pode ser caraterizada com base na: de ascensores já instalados; energéticos de ascensores. A Parte 1, já 36 elevare dos pelos fabricantes de ascensores; c. Determinação do consumo energético estimado. Dossier: eficiência energética 1. Necessidade energética de standby e; Tabela 2. Categorias de Utilização. 2. Necessidade energética de manobra. Categoria de Utilização A necessidade energética de manobra é a 1 Intensidade de Utilização muito baixa 2 3 4 5 baixa média elevada muito elevada Frequência de Utilização muito rara rara pontualmente elevada muito elevada Tempo médio de manobra (horas / por dia) 0,2 (≤0,3) 0,5 (>0,3-1) 1,5 (>1-2) 3 (>2-4,5) 6 (>4,5) terminada carga específica. Tempo médio de standby (horas / por dia) 23,8 23,5 22,5 21 18 Dependendo dos valores de necessidade Tipo de Edifício e de utilização Edifício de habitação com até 6 apartamentos Edifício de habitação com até 20 apartamentos Edifício de habitação com até 50 apartamentos Edifício de habitação com mais de 50 apartamentos Pequeno edifício de escritórios e de serviços com pouco movimento Pequeno edifício de escritórios e de serviços com 2 a 5 pisos Edifício de escritórios e de serviços com até 10 pisos Edifício de escritórios e de serviços em altura com mais de 10 pisos necessidade energética total do ascensor durante a manobra para um ciclo de manobras previamente definido e com uma de- energética, os ascensores são divididos em classes de necessidade energética de standby e de manobra. Estes dois valores de necessidade energética determinam a classe de eficiência Pequeno Hotel Hotel de dimensão média energética do ascensor, dependendo da sua intensidade de utilização. Existem sete classes de necessidade energética e de eficiência energética, represen- Ascensor de carga com pouco movimento tadas pelas letras A a G. A classe A representa a menor necessidade energética, e Ascensor de carga com movimento médio logo a de melhor eficiência energética. Edifício de escritórios e de serviços em altura com mais de 100m Grande Hotel Hospital de pequena ou média dimensão Grande hospital Ascensor de carga integrado no processo produtivo, com 1 turno Ascensor de carga integrado no processo produtivo, com vários turnos A necessidade energética global de um As necessidades energéticas de manobra As necessidades energéticas de manobra ascensor depende, para além da sua con- são determinadas para manobras de refe- determinadas nas manobras de referência ceção, especialmente da sua utilização. De- rência utilizando-se cargas individuais com são divididas pela carga nominal da cabi- pendente do tipo de edifício, da utilização do referência à carga nominal de acordo com na e pela distância percorrida durante a ascensor e do número de passageiros, são a seguinte Tabela: manobra de referência. Para garantir uma definidas 5 categorias de utilização que diferem entre si devido ao tempo médio de boa qualidade de dados, as manobras de referência deverão ser realizadas diversas Tabela 3. Espetro de Cargas. manobra diário. Dependendo da parcela temporal entre a necessidade energética de vezes. Carga em % da carga nominal % de manobras standby e de manobra, podem ser calcula- 0% 50% As medições dos valores de consumo de das várias classes de eficiência energética 25% 30% 50% 10% energia devem ser feitas a seguir ao inter- 75% 10% 100% 0% para as 5 categorias de utilização. Na Tabela 2 são apresentadas as 5 catego- ruptor principal do circuito de potência e a seguir ao interruptor para os circuitos de iluminação. rias de utilização, os tempos médios de ma- As manobras de referência são constituí- nobra e de standby, bem como exemplos das pelo seguinte ciclo de manobra: As medições devem ocorrer em condições de ascensores que se enquadram nessas 1. Início da manobra de referência com a reais de funcionamento do ascensor, não porta aberta do ascensor; se podendo desligar quaisquer cargas, que categorias: 2. Fechar a porta do ascensor; normalmente estejam ativas durante o nor- 3. Viagem para cima ou para baixo utili- mal funcionamento do ascensor. 3.4. Determinação das especificações e dos valores caraterísticos zando todo o curso do ascensor; 4. Abrir e fechar imediatamente a porta do As necessidades energéticas de standby podem ser determinadas por medição ou pela ascensor; 5. Viagem para baixo ou para cima utili- soma dos valores de necessidades energé- zando todo o curso do ascensor; 3.5. Necessidades energéticas e classes de eficiência energética O ascensor é atribuído a uma classe de ne- ticas individuais, desde que suficientemente 6. Abrir a porta; cessidade energética tomando por base as conhecidos. 7. Tabelas 2 e 3, e de acordo com as necessi- Fim da manobra de referência. dades energéticas de standby e de manobra. As necessidades energéticas de standby As manobras de referência são somadas são determinadas 5 minutos após a conclu- de acordo com o rácio temporal indicado na As classes de eficiência energética para um são da última manobra. Tabela 3. ascensor são determinadas a partir dos va- elevare 37 Dossier: eficiência energética lores de consumo de energia em standby e em manobra, projetando a potência em standby 3.6. Certificado e a necessidade energética em manobra com os tempos médios de standby e viagem para Os valores caraterísticos poderão ser final- a obtenção do consumo diário, de acordo com a Tabela 3 e dividindo o valor obtido pelo mente apresentados num certificado ener- número de metros percorridos e pela carga nominal. Obtém-se assim a energia necessária gético. Apresenta-se um exemplo de um total específica para o ascensor. certificado energético para um ascensor já existente. Para a atribuição das necessidades específicas de energia a classes de eficiência energética, os valores limite para a manobra e para as necessidades de standby pertencentes a uma mesma classe são combinados de acordo com as Tabelas 4 e 5, utilizando-se a seguinte 4. CONCLUSÃO equação: Apesar do ascensor ser responsável por EAscensor, max = Emanobra, max + uma parte reduzida do consumo global Pstand-by, max × tstand-by × 1000 [Eq. 2] Q × vnominal × tmanobra × 3600 anual de energia elétrica de um edifício, o consumo global de todos os ascensores instalados num país ou em todo o espaço Pstandby deverá ser indicado em mW e tmanobra em h. geográfico da comunidade europeia, aumenta substancialmente a sua relevância. A eficiência energética de ascensores é um Tabela 4. Classes de necessidades energéticas – standby. dos maiores desafios que se coloca à indústria de ascensores, procurando-se atu- Classes de necessidades energéticas - standby Potência / Output (W) ≤ 50 ≤ 100 ≤ 200 ≤ 400 ≤ 800 ≤ 1600 > 1600 almente propor métodos de medição, ava- Classe A B C D E F G liação e classificação, bem como medidas de ação para reduzir o consumo energético Tabela 5. Classes de eficiência energética - manobra numa base normalizada e por todos aceite. Os ascensores deviam ser incluídos nas Classes de eficiência energética - Manobra avaliações indicadas na Diretiva Comuni- Consumo energético específico tária EPB. Dessa forma, o tema eficiência ≤ 0,56 ≤ 0,84 ≤ 1,26 ≤ 1,89 ≤ 2,80 ≤ 4,20 > 4,20 A B C D E F G (mWh/(kg.m) Classe de uma Norma harmonizada (como é o caso Figura 2. Certificado energético para um ascensor. 38 elevare energética conduziria à rápida introdução das Normas da família EN81). Figuras Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva Amadeu Moura Ferreira da Silva, nascido a 20 de fevereiro de 1934, no Porto, empresa lhe confiassem desde muito cedo obras de grande importância. muito cedo começou a contactar com o mundo dos materiais elétricos através Por volta dos vinte anos, já fazia parte da da antiga empresa de engenheiros “G. equipa que esta empresa destacou para Perez, Lda” representante na altura trabalhar na “Barragem de Picote”. em Portugal dos ascensores suíços Schlieren, do Porto. Aos vinte e quatro anos, nomeado chefe de montagens, foi transferido para Lisboa, O seu pai, António Ferreira da Silva Júnior tendo ficado responsável pela instalação foi nesta empresa também um técnico es- e montagem do elevador num dos pilares pecializado e desde muito cedo começou a do Cristo-Rei com uma equipa de cinco co- levar os filhos com ele para a empresa nas legas. férias da escola. Pode-se imaginar o esforço e o engenho Mais informações: Rapaz sagaz, curioso e inteligente desde mui- que foram necessários àqueles homens Pesquisa Google: “Elevador vai durar to cedo começou a ter a estima e carinho dos para que, no espaço de quinze meses, com mais 50 anos” ou http://videos.sapo.pt trabalhadores mais velhos e até dos pró- as escassas ajudas técnicas que existiam prios donos desta empresa que, como ele naquela época, tivessem pronto no prazo considerava, foi a sua “Maior Universidade”. previsto o elevador “Schlieren”. aquilo que construía, apesar de todos os contratempos por que tinha passado. Dedi- Foi ali que, depois de ter completado o ciclo Atualmente, continua a funcionar como no cou grande atenção a todos os projetos em preparatório da “Escola Industrial Infante D. primeiro dia e está apto para funcionar por que participou, mas demonstrava um cari- Henrique” no Porto, se quis empregar e con- mais uns largos anos. “A Schlieren”, empre- nho especial pelo “projeto do Cristo-Rei” e tinuar a aprender com aqueles que já muito sa suíça, que faliu nos finais dos anos seten- pelo “Projeto da EDP”da Rua Camilo Castelo respeitava pelo empenhamento, dedicação ta do século passado apostava na qualidade Branco, 43 em Lisboa. e capacidade de ensino aos mais novos. e segurança dos materiais para que estes Mas esta era só uma das vertentes que ele tivessem uma longa duração e segurança Como lembrava muitas vezes, parafrase- para os utentes. ando Lavoisier, "na natureza nada se cria, considerava muito importante, e que acha- nada se perde, tudo se transforma". Era esta va não ser suficiente e por isso continuou a Desta qualidade era adepto Amadeu Ferrei- máxima que servia para pautar tudo quan- estudar no curso noturno da escola acima ra da Silva, pois conhecia deveras os com- to fazia. No seu trabalho, tentava todos os referida. Como Amadeu Ferreira da Silva di- ponentes da marca, dado que tinha estuda- dias aprender e descobrir algo de relevante, zia: para toda a prática havia sempre uma do profundamente todos os seus atributos. que lhe garantiu o reconhecimento de téc- razão teórica e toda a teoria somente fazia Entre eles estava o sistema de pára-quedas nico conhecedor, responsável e eficiente. sentido quando podia ser aplicada à prática. que garantia a segurança das pessoas que Na sua vida pessoal, em que o seu traba- Continuou a estudar, chegando a frequentar se encontravam dentro da cabine em caso lho era uma das suas principais paixões, o antigo “Instituto Industrial”, cujo curso não de desprendimento dos cabos, que em 1970 tentou transformar os seus valores e co- terminou, pois a sua opção a tempo inteiro ainda não era conhecido pelos engenheiros nhecimentos em sabedoria, o que fez deste foi a dedicação à “G. Perez Lda”. portugueses. “Homem”, uma pessoa, solidária, atenciosa, amante de valores altruístas e da partilha O seu interesse, empenhamento e perfecio- Falava do seu trabalho com uma paixão dos seus conhecimentos, com todos os que nismo, fez com que os responsáveis desta intensa, própria de quem amava a vida e com ele lidavam. elevare 39 Informação técnico-comercial A subir! Os fabricantes de elevadores atingem um novo patamar com o elevado desempenho do drive de máquina ABB Matti Turtiainen ABB Drives, Helsinki, Finland, matti.turtiainen@fi.abb.com Mika Alakotila ABB Automation Products, Mölndal, Sweden, [email protected] A elevada performance do novo drive de máquina ABB está a ter um grande impacto entre os utilizadores e integradores de sistemas para Original Equipment Manufacturers (OEM), de uma ampla gama de indústrias e aplicações exigentes. Motala Hissar, um fabricante sueco de elevadores para mercados Figura 1. Drive de máquinas de elevado desempenho ABB. em toda a Europa, é um exemplo disso mesmo. Perante uma dificuldade técnica que outros fornecedores de que eles podem adaptar de forma precisa específicas de clientes individuais, combina outros drives podem não solucionar de às suas exigências. Equipado com o Con- as seguintes caraterísticas cruciais num drive altamente versátil e de baixo custo: uma forma satisfatória, Motala Hissar trolo Direto de Binário, uma tecnologia da recebeu uma chamada oportuna da ABB. ABB, o novo drive pode controlar qualquer – Design modular; O resultado: o problema foi resolvido tipo de motor no modo de circuito aberto – Unidade de memória em separado; dentro de horas e Motala Hissar tinha ou fechado. – Funcionalidades ilimitadas. um produto que era “melhor, simples e mais competitivo” do que antes. O drive de máquina ABB fornece um controlo da velocidade, do binário e de movimen- DESIGN MODULAR tos para uma elevada gama de aplicações A ABB separou as principais funcionalida- num dos eventos-chave no calendário da exigentes. Indústrias onde o drive já marca des do hardware e do software em três mó- automação – a feira anual SPS/IPC/Drives a diferença nas operações dos clientes são dulos – uma unidade eletrónica de potência, em Nuremberga, Alemanha – o drive ABB o caso da indústria alimentar e de bebidas, uma unidade de controlo eletrónico e uma de máquina de elevado desempenho provo- movimentação de material, indústria têxtil, unidade de memória de software. cou rapidamente um impacto significativo de impressão, de plásticos e borrachas, e na ampla gama de aplicações em máquinas de madeira. Lançado para a indústria no final de 2006 (Figura 1). UNIDADE ESPECÍFICA DE MEMÓRIA Equipado com a tecnologia ABB de Controlo A unidade de memória pré-programada Como resultado de um programa de pes- Direto de Binário, este drive de máquina de contém todas as aplicações de software do quisa e desenvolvimento de três anos, este elevado desempenho pode controlar qual- drive e configurações do parâmetro para drive fortalece o portfólio da ABB no que quer tipo de motor – síncrono ou assíncro- uma substituição mais fácil, e um módulo diz respeito ao estado-de-arte dos con- no, servo ou com elevado binário, de uma simples de instalar. versores para baixas potências nominais, gama de 0.75 a 110 kW (1 a 150 hp), em modo enquanto fornece Original Equipment Manu- de circuito aberto ou fechado. Projetado facturers (OEMs), integradores de sistemas para responder às enormes necessidades FUNCIONALIDADE ILIMITADA e clientes finais, aliado ao facto de ser um do fabricante e dos fabricantes de máqui- Apesar da solução Plug-and-Play pré-fabri- produto de flexibilidade e potência únicas nas, bem como à aplicação de exigências cada, os programas estão disponíveis para 40 elevare Informação técnico-comercial aplicação na maioria das máquinas de ele- Muitas opções de ligação para exten- ças à tecnologia de cadeia guiada que a em- vado desempenho. A única abertura do dri- sões I/O, interfaces do estado do motor presa desenvolveu e patenteou na década ve permite que os utilizadores se adaptem e comunicações. de 90 e a qual exige o mínimo espaço para o › e modifiquem esses programas segundo elevador subir ou descer (Figura 2). as suas exatas necessidades. A combinação destas caraterísticas tem benefícios ULTRAPASSAR EXPETATIVAS “O drive ABB ajudou-nos a simplificar o pro- consideráveis para muitos construtores de Uma das muitas aplicações de máquinas duto. O Motala 6000 é mais fácil de montar, máquinas em termos de engenharia e mon- na qual o elevado desempenho do drive mais fácil no serviço e na inspeção. Isto reduz tagem final, distribuição e logística, além da ABB teve um impacto significativo é nos os nossos custos operacionais e o dos nos- proteção e substituição de componentes. elevadores. Uma empresa que selecionou sos clientes”, segundo Ari Nieminen, Mana- este drive e obteve mais benefícios do que ger Local, Motala Hissar A ABB separou o hardware principal e a fun- o anteriormente previsto foi a fabricante de cionalidade do software em três módulos elevadores sueca, Motala Hissar. – uma unidade de eletrónica de potência, Como parte do seu programa de pesquisa e desenvolvimento relacionado com o produ- uma unidade de controlo eletrónica e uma Parte da Kone Corporation, um dos princi- to, a Motala Hissar redesenhou recentemen- unidade de software de memória. pais fabricantes de elevadores e escadas te esta tecnologia para um novo elevador, rolantes, Motala Hissar fabrica dois produ- o Motala 6000, através da substituição da Os módulos de hardware (unidades de po- tos especializados: a plataforma elevatória corrente guiada por um único sistema de tência e de controlo eletrónicos) podem Motala 2000 para pessoas deficientes e correia de drive que permite que o elevador ser entregues ao cliente final através dos fisicamente imobilizadas; e o Motala 3000, funcione duas vezes mais rápido – e com habituais horários de distribuição, enquan- um elevador compacto para edifícios que menor ruído e mais conforto – do que o seu to a entrega da unidade de memória pode foram concebidos originalmente sem ele- concorrente mais próximo (Figura 3). Foi tão ser adiada até ao último momento. Não vador. A empresa vende cerca de 1.000 grande a procura deste novo elevador por existe necessidade de custos de viagem elevadores por ano para todo o mercado parte do cliente que foram vendidas mais de através do envio de engenheiros para colo- europeu. Tem cerca de 60 funcionários e 30 unidades antes do seu lançamento ofi- car em funcionamento – um técnico local rendimentos anuais à volta de 22 milhões cial. O principal fator do sucesso deste ele- com formação básica em drives pode ligar de dólares (SEK 140 milhões). vador e da tecnologia que está por detrás facilmente a unidade de memória no local. do mesmo passa pelo elevado desempenho O número de componentes do produto e A Motala Hissar diferencia-se dos concor- do drive de máquina ABB. Ari Nieminen, Ma- as suas variantes é mínimo, e os direitos rentes com o slogan “Maior no interior – me- nager Local na fábrica da Hotala Hissar no de propriedade intelectual para OEMs que nor no exterior”. As cabines dos seus ele- centro da Suécia, explica as razões. desenvolvem as suas próprias funções de vadores possuem as maiores dimensões controlo são protegidos por criptografia. internas e as menores áreas de cobertura “Tínhamos atingido uma fase onde se aproxi- Se a unidade de memória ou um dos módu- do mercado, caraterísticas possíveis gra- mava a nossa data de lançamento mas tive- de a gama 0.75 até 110 kW/1 até 150 hp; Figura 2. O Motala 6000 é geralmente instalado Figura 3. Motala 6000 mostrando o sistema de Controlo de circuito aberto ou circuito numa escada já existente, algo possível pela capaci- correia do drive em amarelo e o motor na parte su- fechado; dade compacta do design. perior do eixo. los de hardware falha durante o trabalho é facilmente removido e substituído por uma ligação. CARATERÍSTICAS DO DRIVE › Design compacto modular: – 3 módulos separados para uma potência, controlo e memória eletrónicos; › Controlo de velocidade, binário e movimento; › Unidade de memória separada para uma facilitada instalação Plug-and-Play; › Memória programável com funcionalidades ilimitadas; › Programas pré-fabricados disponíveis › Controlos de qualquer tipo de motor des- para a maioria das aplicações de máquinas; › elevare 41 Informação técnico-comercial mos um problema técnico que não podíamos ao desenvolver uma segunda caraterística resolver”, explica Nieminen. “Como o eleva- que distingue o Motala 6000 dos seus con- dor foi projetado sem um contra-peso para correntes. Os elevadores estão sujeitos a economizar espaço, produzia uma sensação rigorosas normas de segurança. Na maio- de movimentos bruscos antes de começar a ria dos países, os elevadores são testados funcionar. Abordámos vários fornecedores por inspetores independentes pelo menos de drives para nos garantirem uma solução uma vez por ano; em Espanha – um dos que impediria o pendular do elevador e sem principais mercados – os elevadores são utilizar um codificador, mas nenhum deles inspecionados uma vez por mês. A inspeção conseguiu resolver o problema de forma inclui o carregamento do elevador com ele- satisfatória. Depois surgiu a ABB com o seu vadas cargas para assegurar que ele pode drive de máquinas de elevado desempenho funcionar de forma segura na sua máxima e uma equipa de especialistas para trabalha- carga. Este é um procedimento dispendioso rem no problema. Dentro de horas não só e demorado. A Motala Hissar resolveu isto tínhamos uma solução, como tínhamos um ao programar o drive ABB para simular o produto melhor, mais simples e mais compe- teste de inspeção – e sem utilizar um sen- uma gama completa de produtos de auto- titivo.” sor de carga – de uma forma aceitável para mação e de potência e sistemas para fabri- os reguladores. A poupança de tempo e cantes mundiais de elevadores e escalas No centro do drive de elevado desempenho despesas para os clientes da Motala Hissar rolantes. O elevado desempenho do drive da ABB está o binário de resposta notável e foram significativos. de máquinas ABB adiciona a capacidade do a velocidade de precisão da tecnologia Con- fabricante de personalizar o seu próprio trolo Direto de Binário (DTC) da ABB. Isto e a “O drive ABB tem-nos ajudado a simplificar interface (com ou sem a ajuda da ABB) e capacidade do programa do drive com fun- o produto”, disse Nieminen. “O Motala 6000 controla qualquer tipo de motor, ou liga se cionalidades ilimitadas resultam numa ca- é mais fácil de montar, mais fácil no serviço necessário a qualquer tipo de dispositivo de pacidade poderosa que continua inigualável e mais fácil de inspecionar. Assim reduzimos retorno ou fieldbus. Se o drive falhar pode perante qualquer outro tipo de drive. o nosso custo operacional e o dos nossos ser facilmente substituído por um técnico clientes. E temos um elevador que funcio- do edifício com conhecimentos elétricos bá- A tecnologia DTC tem não só a capacidade na duas vezes mais rápido do que o modelo sicos – todos os dados da aplicação estão de fornecer uma precisão no controlo do do nosso elevador anterior. Estes todos são na unidade de memória. circuito aberto com velocidade baixa ou pontos importantes na venda para os nos- sem velocidade – fornecendo assim o exigi- sos clientes.” do para que o elevador comece a funcionar A ABB presta apoio aos drives dos seus clientes com o seu próprio serviço técnico – mas para fazê-lo sem necessidade de um “Testamos os níveis de ruído de drive de di- e uma extensa rede global de ABB Drives codificador ou outro dispositivo de respos- ferentes marcas e o drive ABB era o mais Alliance. Um especial apoio é dado aos ta (drives concorrentes necessitam de um silencioso.” – Ari Nieminem, Manager Local, clientes OEM, independentemente da região codificador para garantir um arranque sua- Motala Hissar. onde se encontrem. ve mas não poderiam fazê-lo com controlo do circuito aberto). Os níveis de ruído são mais baixos do que no elevador anterior, uma melhoria torna- VANTAGENS DO MOTALA HISSAR › Em segundo lugar, o drive está programa- da possível através de uma combinação da do para calcular o peso combinado dos tecnologia de correias do drive e o elevado › Arranque suave do elevador; passageiros na cabine, e assim ele sabe a desempenho do drive. “Testamos os níveis de › Elevado conforto dos passageiros. quantidade de binário a aplicar para o ele- ruído de drive de diferentes marcas e o drive › Função única de sensor de peso; vador arrancar e preveni-lo de abanar nos ABB era o mais silencioso”, disse Nieminen. › Solução de circuito aberto (sem enco- importantes milímetros de arranque. Quan- “A maioria dos nossos clientes está satisfei- to mais pessoas estiverem na cabine do ele- ta com o novo elevador, tal como, de acordo › Potência ilimitada para funcionalidades vador, mais é requerido o binário. Esta é a com a nossa pesquisa, os passageiros. O fun- maior inovação na indústria de elevadores, cionamento é rápido, silencioso e suave. Não e que foi possível graças ao potencial do existem vibrações e paragens e arranques › Sem dispositivos de substituição; programa de drive da ABB com as suas fun- tremidos. Tudo isto contribui ao máximo para › Sem células de carga. cionalidades personalizadas. Além disso, o o conforto dos passageiros.” drive faz isto sem necessidade de utilização e custo adicional de um sensor de carga. futuras; › › Poupança anual de custos derivado a: Vantagens para os nossos clientes: › Duas vezes mais rápido; › Testes de peso facilitados; a Motala Hissar avaliou o travão do mo- › Menos peças, menos desgaste me- tor e considerou a utilização de circuito de porou esta capacidade de sensor de peso seccionadores e contatores. A ABB fornece elevare ders); Para reduzir ainda mais os níveis de ruído, Em terceiro lugar, a Motala Hissar incor- 42 Binário total a velocidade zero para: cânico; › Menor manutenção. Informação técnico-comercial Segurança em altura igus®, Lda. Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321 [email protected] · www.igus.pt Em aplicações verticais de calhas porta- de energia e dados seguro, em armazéns -cabos articuladas as alturas são cada vez de mercadorias e frigoríficos, gruas ou por maiores, os cursos mais longos e tudo isto exemplo em instalações eólicas. com elevadas velocidades e acelerações. Podem acontecer frequentemente movimentos laterais bruscos da calha articula- NOVO: REDUÇÃO DE 80% da, particularmente com elevadas acelera- NOS CUSTOS DAS GUIAS ções transversais, por exemplo na direção Se antigamente a calha porta-cabos arti- das estantes. No caso da calha embater de- culada suspensa era guiada verticalmente vido à sua dinâmica, em suportes metálicos com um perfil fechado ou com outra so- ou paletes, podem ocorrer ruturas. Para lução semelhante, hoje em dia é possível este fim a igus, especialista em calhas por- prescindir de tais alojamentos dispendiosos ta-cabos, acabou de desenvolver o sistema e complicados. A partir de agora, já não é ativados automaticamente, fixam a calha “Guidelok Slimline (SL)”. A calha articulada necessário uma guia contínua em metal, o articulada na sua posição. mantém-se sempre alinhada com seguran- que leva a uma redução do custo das guias ça em alturas de mastros e de torres até 50 até 80%, segundo afirmações da igus. Pois Os dispositivos basculantes – peças fulcrais metros e mais. graças a um truque de construção, a calha deste sistema – formam um mecanismo articulada encaixa no novo sistema “Guide- de travamento que funciona do seguinte O novo sistema é destinado a aplicações de lok SL”, através de dispositivos em plástico modo: quando a curva da calha passa pelo calhas porta-cabos articuladas verticais basculantes. segmento da guia, o dispositivo basculante com grandes alturas de elevação em ar- é ativado mantendo a calha articulada fixa mazéns automáticos, elevadores e disposi- na sua posição. Este mecanismo, além de tivos de transporte de materiais. Através de DISPOSITIVOS PLÁSTICOS BASCULANTES tornar o funcionamento seguro, também uma montagem compacta e fácil, mesmo à FIXAM A CALHA NA SUA POSIÇÃO permite um funcionamento suave, baixando posteriori, este sistema torna o transporte A calha funciona livremente e de forma claramente o nível sonoro. Para além disso, segura entre pequenos segmentos metáli- em caso de manutenção, a calha articula- cos de guia. Estas unidades de guia de fácil da é acessível muito mais facilmente, visto montagem e económicas, segundo indica- já não se encontrar num canal contínuo. O ções do fabricante, são aplicadas em inter- novo sistema “Guidelok SL” já é usado com valos de somente dois metros. Dois dispo- êxito em vários fabricantes de armazéns sitivos basculantes nos segmentos da guia, automáticos. elevare 43 Informação técnico-comercial Schneider Electric Portugal apresenta “Revamping de elevadores” Schneider Electric Portugal 6GNÀ(CZ RVEQOWPKECECQ"UEJPGKFGTGNGEVTKEEQOÀYYYUEJPGKFGTGNGEVTKEEQORV Atualmente, o parque instalado de eleva- dução do número de intervenções para ma- dores antigos em que o arranque da má- nutenção e respetivos custos associados, quina é efetuado por intermédio de conta- maior conforto dos passageiros, economia tores (arranque direto - DOL), representa de energia entre outras vantagens. No en- um número considerável de unidades ins- tanto, a substituição de um sistema antigo taladas no país. No entanto, este tipo de por um da atual geração, representa um arranque conduz a um elevado stress me- investimento considerável para o condomí- cânico e elétrico do equipamento, tendo nio, por vezes até incomportável. como consequência um maior desgaste do mesmo, redução do seu tempo de vida, A pensar nas necessidades dos profissio- aumento do número de avarias e conse- nais deste ramo, a Schneider Electric Por- quentemente um acréscimo dos custos de tugal tem na sua oferta, conversores de manutenção associados, desconforto dos frequência que integram funções dedicadas utilizadores, bem como o transtorno cau- à elevação em elevadores. Representando sado aquando das paragens por avaria ou este tipo de conversores de frequência uma manutenção. alternativa mais económica em termos de remodelação do acionamento motor do Com a evolução tecnológica, as máquinas › Precisão de velocidade: 10% do escorregamento nominal do motor em malha aberta e 0,01% em malha fechada; › Possibilidade de utilizar vários tipos de encoder, para funcionamento em malha elevador. fechada; atualmente instaladas integram converso› Acionamento de motores síncronos. res de frequência dedicados à elevação em Ao nível de conversores de frequência da elevadores, com os quais se obtêm melho- Schneider Electric, a oferta disponível para rias substanciais ao nível da performance, aplicações de elevação em elevadores é Relativamente às funcionalidades do Alti- longevidade do equipamento instalado, re- constituída por duas famílias: var 71 dedicadas à elevação em elevadores, salientam-se as seguintes: › Controlo de freio; ALTIVAR 71 › Controlo de contatores a jusante; Destacando-se as seguintes caraterísticas › Elevação de alta velocidade; do Altivar 71: › Velocidades pré-selecionadas; › Potência (400 V): 0,75…500 kW; › Duas rampas configuráveis para a ace- › Funcionamento em malha aberta ou fechada; › leração e para a desaceleração; › em S, personalizáveis independente- corrente em malha aberta e em corren- mente, para melhoria do conforto no arranque e na paragem; te em malha fechada; › Sobre-binário de 170% do binário no- › e 220% do binário nominal do motor › › elevare Medida de carga via células de carga externas; da corrente nominal do conversor de 44 Proteção do motor, térmica e/ou por sondas PTC; durante 2 segundos; Corrente máxima transitória de 150% Paragem em roda livre para a manobra de inspeção; minal do motor durante 60 segundos › Rampas de aceleração e desaceleração Controlo vetorial de fluxo em tensão ou frequência durante 60 segundos e › Função de evacuação; 165% durante 2 segundos; › Função de piso intermédio. Informação técnico-comercial ALTIVAR 312 dos maiores fabricantes de elevadores, Relativamente às caraterísticas do Altivar com o intuito de desenvolver e melhorar 312, destacam-se as seguintes: funcionalidades dedicadas a este tipo de › Potência (400 V): 0,75…15 kW; aplicação. Tendo, ao longo dos anos, de- › Funcionamento em malha aberta; senvolvido e testado várias soluções para o › Controlo vetorial de fluxo; comando de conversores de frequência no › Sobre-binário de 170…200% do binário acionamento de motores em sistemas de nominal do motor; elevação em elevadores. › Corrente máxima transitória de 150% da corrente nominal do conversor de Apresenta-se seguidamente o esquema de frequência durante 60 segundos. princípio para a solução mais económica utilizando o conversor de frequência Alti- Relativamente às funcionalidades do Alti- var 312, para um acionamento de motor de var 312 dedicadas à elevação em elevado- elevação de elevador, com uma velocidade. res, salientam-se as seguintes: › Controlo de freio; › Velocidades pré-selecionadas; › Duas rampas de aceleração e de desaceleração configuráveis; › Rampas de aceleração e desaceleração em S, personalizáveis independentemente, para melhoria do conforto; › Paragem em roda livre para a manobra › Proteção do motor, térmica e/ou por de inspeção; sondas PTC. No âmbito da continuidade de desenvolvimento de novas funcionalidades e à melhoria das existentes disponibilizadas pelos conversores de frequência, a Schneider Electric tem uma equipa de engenheiros dedicados a este tipo de aplicações (ADEs, Applications Developement Engineers), os quais trabalham em parceria com alguns Paralelamente, a Schneider Electric Portu- tado à utilização com elevadores, ou seja, gal desenvolveu ainda uma nova gama de possui uma sinalização luminosa a 360º e é botoneiras, específica para utilização com do tipo “carregar-puxar” com encravamen- elevadores e radical genérico XALF. to brusco; a visualização do seu estado é efetuada por: Esta nova gama de botoneiras está per- › duas “janelas” na face frontal do botão; feitamente adaptada aos problemas de › um sinalizador luminoso branco no cen- › um “anel” verde/vermelho na totalidade segurança e de conformidade para o setor de elevadores, permitindo controlar o mo- tro da cabeça; vimento do elevador e, associada a outros da “circunferência” do botão. componentes de manobra, facilitar as operações de inspeção e de manutenção. Esta nova gama Schneider Electric foi desenvolvida em conformidade com as Normas: A nova oferta está dividida em três tipos: › IEC/EN 60947-1; “teto de cabina”, “fundo da fossa” e “de co- › IEC/EN 60947-5-1; luna”, podendo ser vendida já equipada, ou › IEC/EN 60947-5-4; com a botoneira vazia, para posterior mon- › IEC/EN 60947-5-5; tagem pelo utilizador de unidades de co- › EN 418 (paragens de emergência com mando e de sinalização tipo XB5 ou XB7. O botão “paragem de emergência” está adap- encravamento brusco); › EN 81 (Norma para elevadores). elevare 45 Informação técnico-comercial Há alguma coisa que seja absolutamente segura? Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 [email protected] · www.schmersal.pt Os ascensores são os “meios de transporte” mais seguros – a segurança absoluta é inatingível. Mas devemos trabalhar para aproximar-nos o máximo possível do objetivo de 100% e para encontrar soluções para superar a diferença que nos separa de 100%. Deste ponto de vista, a SafeLine gosta de tratar o tema da “comunicação” ou, mais concretamente, o das ligações telefónicas de emergência. Na sequência do hardware em cascata de um elevador a partir da rede de comunicação até à ligação e à intervenção, há muitas ações individuais e interfaces. Estas últimas, nomeadamente, podem ser problemáticas. tema de atualidade. Entretanto há muita linhas (de dados) VoIP, as ligações telefónicas Qualquer pessoa que esteja sempre a pro- oferta de soluções GSM. Mas aqueles que de emergência também podem fazê-lo”. Am- curar os componentes mais baratos por durante décadas apenas se ocuparam da bas as afirmações são falsas. razões históricas ou de preço, talvez poupe tecnologia de transmissão analógica tive- uns euros. Mas, a que preço? No melhor dos ram problemas rapidamente. Consulte o A SafeLine pode transmitir tons DTMF via casos, isto envolve custos adicionais e de- seu fornecedor sobre a supressão do eco, GSM e aparelhos de fax que, em geral, não sencantamento dos clientes e, no pior caso, as descontinuidades ou os atrasos e pode operam como dispositivos de ligações te- um risco para a segurança. recolher manifestações do tipo “os tons lefónicas de emergência. Por isso, a última DTMF não podem ser transmitidos via GSM”; afirmação é enganosa e pode ser perigosa ou “se os aparelhos de fax trabalham com se se der a aparência de que realmente a A REDE DE COMUNICAÇÃO segurança não existe. Há apenas poucos anos, não se tinha completa consciência de que existiam alterna- Vários fornecedores apenas oferecem a tivas às redes analógicas de linha fixa. Por sua unidade GSM juntamente com “o seu” conseguinte, os produtos tradicionais são cartão SIM, o qual vendem como uma “van- concebidos para se adaptarem apenas a tagem para o cliente”. Isto esconde um pe- esses serviços analógicos. O facto de as li- rigoso problema: aqueles que não possam nhas telefónicas não serem populares nem transmitir tons DTMF via GSM recorrem baratas para os clientes é uma coisa sim- rapidamente a utilizar o canal de dados do plesmente aceite neste sentido. cartão SIM. Mas o funcionamento simultâneo dos canais de voz e de dados não é pos- Devido à nossa entrada no mercado, a questão do GSM tornou-se rapidamente um 46 elevare sível para todos os fornecedores de redes Sistema de monitorização de baterias: Safeline BC1. em todas as localizações. Por conseguinte, Informação técnico-comercial a eleição entre possíveis fornecedores fica abertos, existe a função de auto-correção. restringida. O resultado é um funcionamento muito estável. O facto de existir uma vantagem É preciso dispor de forma contínua das re- económica para os clientes como resultado des de voz e de dados. Se uma delas falhar, da oportunidade de escolher também é um não se pode continuar a dispor da função aspeto importante. Muitos centros de apoio de ligações telefónicas de emergência. Irão telefónico e as suas empresas de softwa- argumentar que a “segurança da transmis- re implementaram o protocolo P100 reco- são” foi resolvida adequadamente com os mendado pela SafeLine. serviços de redes analógicas de linha fixa. Mas, por um lado, nenhum fornecedor de redes fixas poderá garantir uma plena dis- A INTERVENÇÃO ponibilidade. E, por outro lado, é bem co- A SafeLine, como fabricante de hardware e nhecido, em geral, que o futuro das redes o primeiro da sequência, confia em parcei- telefónicas analógicas não é demasiado ros fiáveis e que contem com os respetivos prometedor. certificados. Sala de controlo de serviços e de ligações Por isso, estamos muito perto do objetivo de emergência do Centro de Comunicações MEDIDAS QUE NOS APROXIMAM DE UMA de 100%. Uma simples ligação opcional da Bosch. SEGURANÇA DE 100% sem ativar complicados códigos de progra- A SafeLine apresentou na Interlift 2011 ma aumenta a segurança. um produto que proporciona redes fixas e transmissão GSM de forma simultânea. Porquê? Se apenas se utilizar uma rede A REDE DE FORNECIMENTO ELÉTRICO E A RESUMO continua a existir uma diferença de 3% se SUA ESTABILIDADE Não existe nada que seja absolutamente se- se assumir uma disponibilidade de 97% da Frequentemente, não há qualquer controlo guro. Mas há muitos aspetos que nos apro- rede; mas, se a rede cobrir automaticamen- sobre o funcionamento do sistema de con- ximam deste objetivo. Basta dar passos na te a referida diferença, a mesma baixa até trolo. A SafeLine resolveu este problema direção correta. Em geral, é certo que os 0,09%. mediante a função de controlo standard da sistemas abertos corrigem os seus pró- bateria. Evidentemente, esta função pode prios erros, enquanto os sistemas fechados ser atualizada. são caros e propensos ao erro. A SafeLine Se o dispositivo puder reconhecer um erro de corrente e enviar um impulso ao disposi- oferece soluções interessantes. Apenas tivo de controlo para chegar até ao seguinte Se o fornecedor A sempre transmitir ape- aqueles que dominam toda a sequência po- andar, a diferença até 100% reduz-se ainda nas para o recipiente A, a correção de er- dem garantir segurança. A qualidade fala mais. ros reduz-se muito. No caso de protocolos por si. Otimização de trocas individuais e de coordenação de interfaces através de medidas técnicas e organizativas. Hardware Comunicação Centro de apoio Intervenção telefónico Elevar o nível de À UWRTGUU£QFQGEQ segurança até 100% À FGUEQPVKPWKFCFG redundante (rede para a correção (medidas técnicas) À EQPVTQNQFCDCVGTKC de linha fixa, GSM) de erros À TQVCUFGVTCPUOKUU£Q À RTQVQEQNQCDGTVQ À PXGNFGSWCNKFCFG certificado À RTQEGUUQDGO estabelecido À WUQºPKEQFQECPCN de voz, não do canal de dados Tratamento da À EQPJGEKOGPVQFC À NKIC§£QQREKQPCNFG À NKPJCNKXTGGVGUVG À UKPCNFGGTTQFCTGFG diferença que falta de funcionamento de transmissão para não disponibilidade retorno sem códigos de segurança (medidas (teste de 72 horas) a rede de controlo de ligações de programa telefónicas de complicados organizativas) À ĵEJGKTQFGTGIKUVQ de erros para a sua emergência com análise as suas respetivas medidas elevare 47 Informação técnico-comercial Soluções inteligentes para uma moderna tecnologia de elevadores Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 [email protected] · www.weidmuller.pt Quer sejam elevadores ou monta-cargas, tanto para pequenas soluções como para uma construção de edifícios altos, com o rápido desenvolvimento da arquitetura também aumentam as exigências de mercado no que se refere a elevadores. A instalação tradicional de sistemas elétricos para elevadores ainda requer uma grande quantidade de tempo. Não temos de pensar no fabrico da cablagem, nos conetores, e contribui, de forma decisiva, para a otimi- cional estabelece-se uma pressão de na colocação da tubagem dos cabos, zação dos seus processos de trabalho e as contacto contra o isolamento de plás- na montagem e instalação dos cabos estruturas relacionadas com os gastos. E, tico do condutor e isto deve ser evitado no fosso do elevador… o tempo e o naturalmente, oferece uma vantagem rela- devido à flexibilidade do cobre. Da mes- tivamente à concorrência. ma forma, também se garante, com dinheiro gastos nestas operações são elevados. Já para não falar das taxas toda a segurança, uma ligação segura de erro existentes nas diferentes fases As vantagens do sistema KonboX® re- do cabo durante décadas, graças ao do trabalho. É necessário analisar sultam da inteligente combinação de di- fecho do núcleo de cobre entre os dois os erros e as correções que convém ferentes componentes inovadores, espe- contactos. implementar, além do reduzido tempo e cialmente concebidos à medida das suas fator económico. necessidades: › Cabo plano de 14 pólos: tudo num só Um único cabo ao invés de fios isolados. Estes problemas pertencem agora › Técnica de inserção direta PUSH IN: Rá- Assim poderá ligar, em simultâneo, o pida e segura circuito para o controlo da porta, um profissional do setor e um dos principais Este desenvolvimento especial da Weid- sistema de bus e a iluminação do fosso fornecedores de tecnologia de ligação müller garante uma ligação segura dos através de um interruptor. Além disso, elétrica, a Weidmüller oferece soluções bornes de forma simples e fácil. O cabo poderá dispor livremente de outros ao passado. Como um parceiro inteligentes que, depois de uma análise é inserido e fica preparado. profunda de mercado, são desenvolvidas com a máxima precisão para aplicações de elevadores. › Contacto TwinPiercing: se é duplo, segura melhor Com este desenvolvimento melhorou-se o desempenho do contacto da KONBOX® MARCA A DIFERENÇA perfuração normal. A otimização está A nossa mais recente inovação denomina- relacionada com a ponta dupla, na me- -se KonboX® e é um revolucionário sistema tade da qual estão sujeitos os fios de de cablagem para a caixa do fosso dos ele- cobre. Deste modo duplica-se o núme- vadores que reduz o tempo de instalação ro de pontos de contacto, aumentando e o material necessário e aumenta a segu- substancialmente a segurança. Como rança. O sistema KonboX® define o padrão comparação, na perfuração conven- 48 elevare Informação técnico-comercial quatro condutores; por exemplo, para piso, indicadores luminosos, digital display, ligações de serviço técnico, iluminação campainha, entre outros). Finalmente, o ou botão de paragem de emergência. sistema é configurado mediante o softwa- Assim poderá trabalhar de forma rá- re fornecido, de acordo com a cablagem pida, segura e cómoda. É praticamente correspondente. impossível que surjam erros. No caso de utilizar um PLC como controlo › A caixa: Qualidade com um simples do elevador, pode-se fornecer o softwa- movimento re para se comunicar diretamente com os A robusta e compacta caixa reúne to- circuitos da instalação, sem necessidade de dos os componentes e pode ser facil- utilizar o circuito Concentrador. mente montada, sem necessidade de parafusos. Basta uma chave de fendas normal e já temos o KonBoX® ligado. CAIXA DE FOSSO: POUPANÇA DE TEMPO E Mais simples é impossível. E, se neces- REDUÇÃO DE CUSTOS sário, também pode engatar na porta Para facilitar a cablagem do fosso do eleva- do elevador o sistema já montado sem necessidade de o aparafusar. A combinação destes elementos individuais dor com o KonboX®, a Weidmüller desen› › garante inúmeras vantagens em todos os âmbitos. › Ligação segura graças às suas posi- volveu uma caixa de fosso especial. A caixa ções de contacto fixas; já está completamente cablada e pode ser Maior segurança pela ausência da calha ligada de forma simples e rápida como uma de plástico no fosso do elevador; solução Plug & Play. Simplificação na instalação. As caraterísticas técnicas destas configu- Aproveite também estes benefícios. Au- rações são feitas à medida para a sua uti- VANTAGENS CONVINCENTES mente a eficiência e a segurança. Reduza os lização com o KonBoX®, e oferecem vanta- Quando se opta por uma tecnologia nova é custos de mão-de-obra e o material utiliza- gens decisivas: normal que, no início, surjam as seguintes do de forma a conseguir ótimos benefícios, › questões comerciais e tecnológicas: além de clientes satisfeitos e vantagens pe- › rante a concorrência. Podem-se reduzir os tempos de trabalho, e em simultâneo, os custos de Já não é necessário realizar nenhuma cablagem; › Redução do tempo de instalação › Caixas de diferentes dimensões, o que permite uma utilização flexível. mão-de-obra? › Pode-se poupar material? APLICAÇÃO DO EASY WIRING › A montagem é simplificada? Aumenta a O circuito Concentrador Easy Wiring, como No entanto, uma caixa standard nem sem- segurança? unidade de controlo, representa uma liga- pre satisfaz as exigências: por isso desen- A taxa de erros é reduzida? ção com as suas entradas e saídas do ar- volvemos e produzimos estas caixas com › mário de distribuição do elevador. Median- uma configuração individual, consoante as Com o sistema KonBoX® todas estas per- te uma linha de ligação de quatro pólos, suas necessidades. guntas têm a mesma resposta, um Sim, de preferência o cabo plano do KonboX®, pois oferece um verdadeiro e real rendi- são unidas as diferentes instalações entre mento relativamente à cablagem tradicio- si mediante slaves do Easy Wiring. Cada nal devido à sua… uma destas instalações pode ter várias entradas e saídas consoante o seu modelo ... poupança de tempo (por exemplo: botões de chamada de cada ... maior segurança ... e facilidade de instalação. Mais especificamente, a soma das caraterísticas apresentadas anteriormente fornecem os seguintes resultados positivos: › Redução significativa do tempo de instalação no fosso do elevador; › Redução dos componentes da instalação, e por isso, dos custos de material; › Montagem simples e isenta de erros A caixa de fosso da Weidmüller é a solução ideal tanto no fosso do elevador como na para uma cablagem do fosso do elevador com uma produção; otimização de tempo e de gastos. Sistema Sistema novo tradicional com Easy Writing elevare 49 Produtos e tecnologias Notícias iluminação uniforme onde quer que se apli- 13.6.3.2, 6.3.7 – confirma a necessidade da que, mesmo em espaços pequenos. existência de um ponto de luz perto das zonas de trabalho e de máquinas. Para As suas caraterísticas especiais passam dar cumprimento a este requisito são ins- HL1: Loop magnético para tecto de cabine por ser uma luminária LED economizado- talados pontos de comando em cada piso ra e para encastrar com os LEDs de ele- dos elevadores, assim como um relé, ori- Schmersal Ibérica, S.L. vado fluxo OSRAM OSLON. Tem uma liga- ginando um custo mais elevado devido ao Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 ção direta a 220 – 240 V, uma longa vida número de pontos de comando necessá- [email protected] · www.schmersal.pt média de 20 mil horas, aros de remate rios e respetivas cablagens. Assim sendo, em branco mate e alumínio anodizado, é utilizando apenas o interruptor FR 573 há O HL1 faz com que o seu elevador seja extremamente compacta com 13 mm de um comando de luz por cada um dos pisos, plenamente acessível para pessoas com profundidade de instalação e um diâmetro utilizando somente a sua própria cablagem, dificuldades auditivas. Este é um produto de perfuração de 68 mm. Encontra-se dis- sem haver necessidade de outros pontos de adequado para a comunicação entre passa- ponível em 2 temperaturas de cor (830 e luz, relés e outro tipo de cablagens. O inter- geiros com dificuldades auditivas e o centro 840) e pode substituir o downlights de 20 W ruptor encontra-se fixado na parte superior de assistência. Está disponível para novas de halogéneo. do elevador, sendo-lhe anexado um cordão instalações ou atualizações de instalações existentes. Além disso há diferentes ver- com passagem decrescente (de cima para ... baixo) junto à cabine do elevador. sões de montagem, como em superfície, encastrado ou no tecto da cabine. Interruptor de sinalização para elevadores – FR 573 O cordão deve ser guiado através dos anéis O tamanho do HL1 é muito compacto e ape- Casa das Lâmpadas, S.A. devido à circulação de ar na cabine. Ao lon- nas requer a ligação a uma alimentação e à Tel.: +351 229 059 000 · Fax: +351 229 024 596 go do cordão, em intervalos regulares, por alta-voz. O HLI pode ser aplicado em edifí- [email protected] norma, em cada andar, é anexado um indi- cios públicos, prédios, centros de saúde, es- www.casadaslampadas.com cador que nos fornece indicações da respe- critórios de turismo, centros de formação de forma a evitar flutuações excessivas tiva função. Na extremidade final do cordão, e administração. Ou para centros de lazer O interruptor FR 573 da Pizzato Elettrica, o indicador possui um peso, o qual permite como centros comerciais, cinemas, teatros representada em Portugal pela Casa das manter o cordão sob tensão. Desta forma ou salas de exposição. Lâmpadas, foi especificamente estudado o operador, em qualquer posição, ao longo para o comando da luz no vão dos eleva- do espaço da cabine do elevador, pode acio- dores. A Norma EN 81 – parágrafos 6.4.9, nar o interruptor, puxando o dispositivo ou ... diretamente o cordão. O interruptor FR 573 LEDVANCE® DOWNLIGHT S da OSRAM possui uma modalidade de funcionamento OSRAM o primeiro acionamento estreita os con- Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259 tactos, e no seguinte os contactos abrem, [email protected] · www.osram.pt e assim sucessivamente. Com tal descrição em posição constante, o que significa que conclui-se que o interruptor FR 573 possui capacidade para substituir a utilização do relé. Este interruptor foi testado com 20 lâmpadas de Neon de 36 W, superando 100.000 manobras. O funcionamento é simples: para acender a luz no elevador, basta puxar o cordão e para a desligar, basta repetir a mesma operação. Esta é uma inovadora luminária LED para encastrar que necessita apenas de 13 mm de profundidade para instalação. É adequada para a iluminação de espaços pequenos, tendo um corpo em alumínio e anéis em alumínio anodizado ou em branco e estando equipada com uma fonte de alimentação e com os LEDs OSRAM OSLON de alto fluxo (eficiência 50 lm/W) para uma economia até 70% de energia. Proporciona uma ótima 50 elevare Produtos e tecnologias F.Fonseca apresenta barreiras óticas SGS da Sick metros através do one-touch teach-in, sem da qualidade e empenho que carateriza a PC. A sincronização ótica elimina a neces- UNIMEC e razão da longa cooperação com F.Fonseca, S.A. sidade de passar cabos, poupando tempo. a Pietro Carnaghi. A UNIMEC é representada Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 Apresentam a opção de botão de teach-in em Portugal pela REIMAN. [email protected] · www.ffonseca.com capacitivo e LEDs para facilitar ainda mais www.facebook.com/FFonseca.SA.Solucoes. a instalação em soluções mais complexas, de.Vanguarda assim como Plug & Play com auto-teach e ... sistema de instalação Click & Go para uma Interruptor de posição com desbloqueio remoto ZSM 476 instalação ainda mais rápida são outras das Schmersal Ibérica, S.L. inúmeras vantagens oferecidas pelas bar- Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 reiras óticas SGS da Sick. [email protected] · www.schmersal.pt auto-muting. A ajuda no alinhamento e o ... Quer seja esguio, plano, curto ou longo, UNIMEC: produz os seus maiores gatos mecânicos nada consegue passar despercebido pelas REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, barreiras de luz inteligentes SGS da Sick que Lda. abrem a porta para a deteção inteligente. Tel.: +351 229 618 090 · Fax: +351 229 618 001 As barreiras óticas SGS da Sick podem ser [email protected] · www.reiman.pt montadas dentro de portas, portões e pontos de entrada/saída. Como resultado, elas são o maior grupo de barreiras da família SLG, possuem teach-in por comando remoto e têm o maior alcance entre emissor e Com o ZSM 476, o Grupo Schmersal apre- recetor. As barreiras óticas SGS da Sick po- senta um interruptor de posição de encra- dem ser instaladas facilmente graças ao vamento com múltiplos contactos, que sistema de instalação simples Click & Go. pode ser utilizado tanto na tecnologia de Adicionalmente, caraterísticas como auto- elevação como na construção geral de má- -muting, auto-teach e ajuda ao alinhamento quinas. O interruptor de posição com função de segurança incorpora uma função de permitem uma disponibilidade de funcionamento mais elevada. Existe ainda um esta- A UNIMEC atingiu recentemente um novo desbloqueio com ativação elétrica. Quando bilizador em alumínio para montagem indi- patamar na construção de gatos mecâni- o interruptor for acionado, o pistão aciona- vidual, o que torna a instalação ainda mais cos ao fabricar o maior equipamento da sua dor fecha, abrindo ou fechando circuitos simples. gama, em dimensões e capacidade de car- elétricos. O interruptor não volta automa- ga, para a Pietro Carnaghi, especialista na ticamente à sua posição original, mas deve Ao nível das caraterísticas destacamos as construção de tornos verticais e máquinas ser desbloqueado de forma intencionada, alturas de deteção variáveis de 600 mm a ferramenta de pórticos móveis de desbaste um desbloqueio que pode ser realizado de 1.400 mm (em incrementos de 160 mm); vertical. Estes gatos mecânicos têm fusos forma manual ou através de um sinal elé- alcance máximo de 10 m; o teach-in sim- de 8 m com 160 mm de diâmetro e passo trico. Nas zonas de difícil acesso ou com um ples via cabo de configuração; ajuste de de 28 mm, e irão fazer parte de um torno espaço mínimo, a função de desbloqueio parâmetros opcionais através do botão de vertical de 12 m de altura e 20 m de compri- remoto torna o ZSM 476 numa opção em teach-in, sem necessidade de PC; o tempo mento a ser instalado no Brasil. comparação com outros tipos de interruptores convencionais. O valor de disparo do de resposta de 18 ms; objeto mínimo detetável de 25 mm ou 45 mm; a imunidade Esta não é a primeira vez que a UNIMEC contacto, de apenas 0,3 mm, juntamente muito elevada à luz solar até 150.000 lx e fabrica equipamentos de dimensões espe- com a reduzida força de atuação de 6 +/-2N, uma zona morta muito pequena de 11 mm. ciais, tendo já construído 20 gatos mecâni- garante que o ZSM 476 possa ser utilizado O design pequeno, fino e elegante permite cos de 12 m de comprimento de fuso, sendo em aplicações críticas para a segurança, uma integração simples nas aplicações. Os estes, no entanto, os mais importantes pe- como, por exemplo, reguladores de veloci- modelos esguios e planos das barreiras las suas dimensões e capacidade de carga. dade dos elevadores. óticas SGS oferecem opções de montagem Os requisitos desta construção estendem- flexíveis e otimizam espaço de prateleira se também à precisão, pois a tolerância Para diferenciá-lo do modelo anterior, o enquanto reduzem a possibilidade de so- no passo entre os dois fusos é de apenas novo ZSM 476 oferece-se com uma gama frerem danos. Oferecem configuração de 0,28 mm entre os dois fusos de 8 metros. de alavancas em ângulo e de rolo, o que opções pré-definidas ou ajuste de parâ- Esta realização é apenas mais uma prova faz com que esta série se adapte de forma 52 elevare O MAIOR DIRETÓRIO INDUSTRIAL B2B NA EUROPA E NA AMÉRICA LATINA logismarket.pt Promova os seus produtos grátis no Logismarket SEM COMPROMISSO Mais de 400.000 pedidos de orçamento gerados em 2011 Mais de 11.500.000 visitas em 2011, a nível global Como aceder ao seu teste gratuito?* - Em logismarket.pt/anunciar - Diretamente, lendo com o seu smartphone o código QR *Consulte as condições do período de teste em logismarket.pt/anunciar O Diretório Industrial Produtos e tecnologias ainda mais universal a toda uma ampla va- proporcionam estabilidade na velocidade e e um ótimo equilíbrio ecológico, graças aos riedade de aplicações. Tendo uma classe de uma rotação suave do motor, mesmo em reduzidos requisitos energéticos na produ- proteção IP 67, esta gama de interruptores velocidades de rotação reduzidas. Outras ção e no funcionamento, sem mercúrio e é adequada para ambientes com humidade funções como travagem controlada após com um menor desperdício e baixo consu- ou com pó. Oferecem-se diferentes comu- paragem em emergência, controlo opcional mo de recursos graças à muito longa du- tadores com um máximo de três contactos em malha fechada e um PLC integrado são ração. De destacar algumas caraterísticas NF e também há disponível uma combina- algumas das mais-valias desta série. importantes desta lâmpada PARATHOM® ção de dois contactos NF e 1 contacto NA. PAR16 20 como: uma vida média até 35.000 As opções de tensão são de 24 V, 110 V e Ao nível de caraterísticas do variador de horas (ciclos de manobras 165 minutos li- 230 V. Da mesma forma que os interrupto- velocidade FR-A700 da Mitsubishi Electric gada, 15 minutos desligada), um ângulo de res estandardizados convencionais, o resis- destacam-se a alimentação: 3x400 VAC; abertura de 35°, um casquilho GU10, e é tente invólucro plástico possui uma largura potência: 0,75 KW a 630 KW; frequência de adequada para a substituição direta de lâm- de apenas 30 mm; além disso, o interruptor Saída: 0 a 400 Hz; e o tipo de Controlo: Ve- padas de halogéneo 20 W. possui as mesmas dimensões de monta- torial avançado sensorless. As vantagens gem. O cabo de ligação pode ser fornecido, deste variador são inúmeras desde o biná- de forma opcional, em três dos lados do rio de arranque excecional; filtro EMC inte- invólucro. Além de oferecer as vantagens grado; controlo do motor em malha aberta Sistema telefónico de emergência de numerosas possibilidades de seleção ou fechada; controlo de velocidade, binário Schmersal Ibérica, S.L. e uma classe de proteção elevada, o ZSM ou posição; alerta de manutenção e PLC in- Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 476 constitui uma alternativa mais flexível tegrado. As aplicações típicas são máquinas [email protected] · www.schmersal.pt e económica em relação à série ZSM 241 já de elevada performance onde a precisão na disponível. velocidade é de elevada importância, como ... elevadores, guindastes e posicionamento ... F.Fonseca apresenta Variador de Velocidade Topo de Gama - FR-A700 da Mitsubishi Electric (embalagem, paletização, indexação). ... F.Fonseca, S.A. PARATHOM® PAR16 20: lâmpada LED da OSRAM Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 OSRAM [email protected] · www.ffonseca.com Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259 www.facebook.com/FFonseca.SA.Solucoes. [email protected] · www.osram.pt Este é um sistema a 2 fios, disponíveis em PSTN e GSM e instalados ao mesmo tempo. de.Vanguarda Uma das suas caraterísticas e vantagens passa pelas 6 estações de que faz parte a funcionalidade integrada para sistemas de intercomunicação de incêndio e evacuação. Além de uma elevada resistência ao ruído sem necessidade de cabos protegidos. Além disso tem um interface USB para programação, com um interface CANopen-Lift opcional. Esta é uma gama inovadora de lâmpadas O sistema a dois fios é de fácil instalação e A série de variadores de velocidade FR- LED com formas variadas e casquilhos tem disponíveis PSTN e GSM instalados ao A700 da Mitsubishi Electric apresenta-se ao tradicionais, que oferece uma economia mesmo tempo, sendo imune a falhas por mercado como a melhor escolha quando é convincente, funcionalidade e variedade. redundância. As estações extras são sis- requerida uma elevada performance. Com- As suas caraterísticas passam pela luz temas de comunicação sem equipamentos binando uma elevada robustez, modo de 100% instantânea, baixo desenvolvimento separados, incluindo sistemas de comuni- funcionamento e tecnologias de controlo térmico, sem UV e reduzida radiação infra- cação de incêndio. Tem ainda uma bateria de potência avançadas, a gama A700 pos- vermelha, luz branca com boa restituição monitorizada, algo requerido pela EN 81-28 sui a flexibilidade e o desempenho neces- de cores, resistente a impactos e vibrações. e sem paragens imprevistas. E como tem uma luz de emergência não é necessário sários e para soluções de engenharia topo de gama ou aplicações muito exigentes. Além disso tem até 90% menos emissão Tecnologias como controlo vetorial sem de CO2 comparada com as lâmpadas con- recurso a sensores e auto-tuning online vencionais incandescentes e de halogéneo, 54 elevare um sistema externo. ... especialista em comunicação industrial Pautando pela exigência com que atua nos serviços que oferece e na eficácia de concretização dos mesmos, garantimos sempre o respeito e o reconhecimento dos nossos clientes. Formação Revista “manutenção” Comunicação e Marketing Revista “robótica” Webdesign e Artes Gráficas Workshops e Seminários Técnicos Newsletter e revistas corporativas Revista “renováveis magazine” Revista “o electricista” CIE Comunicação e Imprensa Especializada, Lda. – GRUPO PUBLINDÚSTRIA Praça da Corujeira, 38 · Apartado 3825 4300-144 Porto Telefone: +351 225 899 626/8 | Fax: +351 225 899 629 e-mail: [email protected] www.cie-comunicacao.pt