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Com paixão, talento
e confiança.
A honestidade e excelência
permanecem intactas.
A inovação é constante
e a responsabilidade social
uma atitude.
Sede Martifer Group | PORTUGAL
06
RELATÓRIO
DE GESTÃO
Grupo Martifer
Enquadramento
Desempenho financeiro
Análise por segmento
Comportamento da acção Martifer
Principais riscos
Perspectivas futuras
46
INFORMAÇÃO
OBRIGATÓRIA
50
INFORMAÇÃO
FINANCEIRA
CONSOLIDADA
Demonstrações financeiras
consolidadas
Notas às demonstrações
financeiras consolidadas
106
INFORMAÇÃO
FINANCEIRA
INDIVIDUAL
Demonstrações financeiras
individuais
Notas às demonstrações
financeiras individuais
128
RELATÓRIOS
DE AUDITORIA
RELATÓRIO
E CONTAS
RELATÓRIO
DE GESTÃO
Hospital CUF | PORTUGAL
GRUPO
MARTIFER
Mensagem
da Comissão Executiva
Caros
accionistas,
2 | JORGE MARTINS
CEO Grupo Martifer
Em tempos desafiantes como os que enfrentamos, é premente tomar decisões e avançar com medidas,
muitas vezes difíceis – têm que ser feitas escolhas. Nos dois últimos anos, assistimos a grandes alterações
no Grupo devido a uma constante necessidade de adaptação às condicionantes de mercado e em resposta
à crise. Foram tempos complexos, mas acreditamos que criámos os alicerces para estarmos hoje mais fortes
e confiantes no futuro, que é já amanhã!
O ano 2010, à semelhança de 2009, foi um desafio para o tecido empresarial, principalmente na Europa. A
economia mundial ainda se encontrava em processo de recuperação quando se iniciou uma nova crise - a crise
da dívida soberana, a afectar principalmente a Europa e, em particular, países como Grécia, Irlanda, Portugal e
Espanha. A economia Europeia cresceu 1,6% e a inflação terá atingido os 1,7%.
Neste cenário adverso, o Grupo atingiu Proveitos Operacionais de 602 milhões de euros e EBITDA de 59 milhões de euros, com uma margem de 10%, e reduziu a sua Dívida Líquida em 100 milhões de euros, para um
total de 344 milhões de euros, o que corresponde a um rácio Net Debt/EBITDA de 5,8x, e focalizámo-nos nas
áreas em que somos mais fortes, Construção Metálica e Solar, que representam já 85% das nossas receitas.
O crescimento da Economia Mundial, que se esperava vir a ser entre os 3% e os 4% em 2011, poderá
ficar novamente ameaçado com os recentes acontecimentos, como a crise política no Norte de África e a
catástrofe natural no Japão. São cada vez mais os estudos que apontam para a possibilidade de assistirmos
a um período de abrandamento de 5 anos nas economias mais desenvolvidas, devido ao constrangimento
imposto pelos défices das finanças públicas, até podermos voltar a uma fase de crescimento sustentado.
Com factores externos cada vez mais adversos, e os riscos redobrados, foi necessário avaliar internamente a
nossa actividade e estratégia.
Sentimos a necessidade de sermos mais conservadores acerca do futuro e percorrer um caminho sólido de
preparação para um crescimento sustentável. Vamos continuar o processo de consolidação da presença do
Grupo em alguns mercados, tornando-o cada vez mais internacional.
Traçámos metas realistas para os próximos anos (até 2013), seguindo como princípios orientadores um enfoque, tanto em termos de negócios (Construções Metálicas e Solar) como de geografias (Europa, Angola
e Brasil), uma situação financeira robusta, assumindo o compromisso de reduzir os rácios de endividamento
e uma estratégia “asset light”, uma adequação do modelo organizacional e uma melhoria da eficiência
operacional com o Programa “New Step”, que consiste na alienação de activos non-core e na optimização
do fundo de maneio e dos cash costs.
A área de negócio da Construção Metálica está a crescer em mercados Europeus com maior potencial, como
França e Reino Unido, expandindo-se, ao mesmo tempo, no mercado brasileiro, sem descurar outros mercados com potencial de crescimento e margens atractivas. No segmento de equipamentos energéticos, agora
integrado nesta área, será feita uma aposta nos negócios offshore (tanto para eólicas como para plataformas
petrolíferas), mantendo-se a produção de torres para eólicas onshore.
No segmento Solar continuaremos o esforço de crescimento sustentado com base no negócio de EPC, criando massa crítica em mercados com forte potencial, apostando também na oferta de serviços de valor acrescentado de Operação e Manutenção (O&M) e diversificando actividades através da distribuição de módulos.
Com estas alterações, o Grupo Martifer assume-se cada vez mais como um Grupo Industrial, com uma abordagem cautelosa à expansão e com risco controlado, orientado para o retorno ao accionista.
Hoje, mais do que nunca, acreditamos no Futuro do Grupo.
3 | MÁRIO COUTO
CFO Grupo Martifer
Caro Stakeholder obrigado pela confiança depositada!
2
1
3
1 | CARLOS MARTINS
Presidente
“These are challenging times. In
the past two years
we have laid the
foundations for
future profitable
growth.
We are now ready
to take a «New
Step» forward.
The future is now!”
11
MARTIFER GROUP
Principais Indicadores
Financeiros
VAR. %
606,1
-0,7%
Proveitos Operacionais (M€)
CAGR – 06/10 = 21,6%
700
EBITDA
59,0
9,8%
66,8
11,0%
-11,7%
EBIT
-21,0
-3,5%
-9,2
-1,5%
<-100%
Resultado Financeiro
-20,9
134,1
s.s.
400
Resultado antes de imposto
-41,9
125,0
s.s.
300
10,5
7,9
32,7%
200
19,3%
s.s.
100
16,5%
s.s.
Impostos
Resultado Líquido de Operações Continuadas
-52,4
Resultado Líquido de Operações Descontinuadas
Resultado Líquido Consolidado
-8,7%
-52,4
117,0
100,2
500
2008
2009
2010
0
-16,9
-8,7%
600
602.1
MARG.
606.1
602,1
ANO 2009
635.1
MARG.
396.6
• Proveitos Operacionais estáveis de
602 M€ e EBITDA
de 59 M€, com
margem de 10%
Proveitos Operacionais
ANO 2010
275
DESTAQUES
VALORES REPORTADOS
€M - IFRS
2006
2007
Atribuível:
a interesses não controlados
ao Grupo
2,5
-7,5
s.s.
-54,9
107,7
s.s.
EBITDA (M€)
CAGR – 06/10 = 19,8%
MARG.
606,1
VAR. %
70
-0,7%
60
EBITDA
59,0
9,8%
66,8
11,0%
-11,7%
50
EBITDA sem o efeito Tavira Plaza
62,1
10,3%
64,0
10,6%
-3,0%
40
EBIT
24,7
4,1%
38,3
6,3%
-35,7%
30
Resultado Financeiro
-15,2
-26,7
43,3%
20
10
Resultado antes de imposto
9,5
11,6
-18,0%
Impostos
10,5
7,9
32,7%
Resultado Líquido de Operações Continuadas
-1,0
Resultado Líquido de Operações Descontinuadas
Resultado Líquido Consolidado
-0,2%
3,7
-0,2%
-13,2
-1,0
0,6%
s.s.
-2,2%
92,3%
59
602,1
ANO 2009
66.8
MARG.
61.7
Proveitos Operacionais
80
ANO 2010
2009
2010
36.8
VALORES AJUSTADOS
€M - IFRS
28.6
12
• Redução da Dívida
Líquida em 100 M€,
de 444 M€ para 344
M€ o que corresponde a um Net Debt/
EBITDA de 5,8x
0
2006
2007
2008
-16,9
Atribuível:
3,5
-7,5
s.s.
-4,5
-5,7
21,2%
Resultado Líquido (M€)
Média Rep – 06/10 = 19,1 M€
100.2
ao Grupo
120
80
Resultado Líquido Consolidado (Reportado)
-52,4
60
Mais-valia na Prio
+13,1
40
Menos-valia na RE Developer
-15,0
Total de Ajustamentos
-51,4
Resultado Líquido Consolidado (Ajustado)
-1,0
2006
2007
2008
0
-1
-45,7
-20
-40
-60
-52.4
-3,8
Imparidades relativas à RE Developer
-12.6
Aplicação do Equity Method na Prio
20
7.7
5.3
100
ANO 2010
26.2
12.6
DETALHES DOS AJUSTAMENTOS
€M - IFRS
13.9
10.3
• FOCUS: nas áreas
de Construção
Metálica e Solar que
representam já 85%
dos Proveitos
Operacionais
a interesses não controlados
-80
Reported
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
2009
2010
Adjusted
Principais
Acontecimentos
FEVEREIRO 2010
AGOSTO 2010
Martifer vende Tavira Gran-Plaza
A Martifer Gestão de Investimentos, S.A. vendeu a sua participação de 100% no centro comercial
Tavira Gran-Plaza à empresa Estia, pelo valor total de 44,3 milhões de euros.
A Estia é uma empresa especializada em diversas áreas do ramo imobiliário, executando actualmente funções de concepção, implementação, promoção e gestão de vários projectos, tais
como, Centros Comerciais, Retail Parks, Hotéis, Escritórios, Plataformas Logísticas e de Armazenagem, Habitação, Complexos Múltiplos, Resorts e Senior Living.
Martifer Renewables vende à Galp 15% da Ventinveste
A Martifer Renewables vendeu, ao grupo Galp Energia, 50% do capital da sociedade Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda, a qual detém 30% do capital social da Ventinveste, S.A. (‘Ventinveste’). O valor da transacção foi de aproximadamente 5 milhões de euros.
O Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. foi adquirido pela Martifer Renewables ao Grupo
Babcock & Brown em Junho de 2009. A venda de metade do capital social desta sociedade reequilibrará as participações da Martifer SGPS e do grupo Galp Energia na Ventinveste. Após esta
operação os accionistas da Ventinveste são o grupo Galp Energia com 49%, a Martifer SGPS com
46,6%, a REpower com 2,4% e a Efacec com 2%.
MARÇO 2010
Martifer procedeu à alienação de 11% na Prio Foods e Prio Energy
Martifer SGPS, S.A. procedeu à alienação de 11% da sua participação nas subsidiárias PRIO SGPS,
S.A. (“Prio Foods”) e PRIO Advanced Fuels SGPS, S.A. (“Prio Energy”) e respectivas prestações
suplementares à companhia Severis SGPS, S.A., pelo valor de 13,75 milhões de euros, procedendo desta forma à redução do interesse económico no negócio de Agricultura & Biocombustíveis.
Através desta operação, a Martifer SGPS, S.A. reduz a sua participação de 60% para 49% do capital social, naquelas empresas e nas respectivas subsidiárias.
Martifer compra remanescente do capital social
da Martifer Alumínios à HSF SGPS
Em 22 de Março de 2010, a subsidiária Martifer Construções celebrou o contrato promessa de
aquisição de 45% do capital social da Martifer Alumínios à HSF SGPS, transacção que ficou concluída antes do ano, passando assim a deter 100% do capital da mesma.
ABRIL 2010
Martifer aprova em AG distribuição de dividendos no valor de
10 milhões de euros
No dia 7 de Abril de 2010, foi aprovada em Assembleia Geral de Accionistas, a distribuição de
dividendos aos accionistas, sobre o resultado líquido do exercício de 2009, no montante de 10 milhões de euros, sendo o respectivo valor por acção de Euro 0,10. O pagamento destes dividendos
foi efectuado no dia 5 de Maio de 2010.
Martifer informa sobre aumento de capital na Martifer Solar
A Martifer SGPS, SA, no seguimento do actual foco estratégico do Grupo nos sectores da construção metálica e das energias renováveis (eólico e solar) aprovou, por unanimidade, um aumento
de capital da sua subsidiária Martifer Solar no montante de 35 milhões de euros, passando o
capital social para 50 milhões de euros.
Este aumento de capital pretende responder às necessidades de investimento da empresa e será
proporcionalmente subscrito pelos seus accionistas. O objectivo desta operação é fortalecer a
estrutura de capital da Martifer Solar, de forma a dotar a empresa de todas as condições para que
possa beneficiar da actual conjuntura de crescimento no sector Solar.
OUTUBRO 2010
Martifer vende a sua participação financeira na EDP
A Martifer concluiu a venda da sua participação financeira na EDP, iniciada no segundo trimestre do exercício, ou seja, as 17.700.000 acções, correspondentes a uma participação de 0,48% no capital da empresa em
questão. O preço médio foi de €2,55 por acção, o que corresponde a um valor total de aproximadamente
45 milhões de euros.
DEZEMBRO 2010
Martifer vende parques eólicos na Alemanha
Martifer Renováveis vendeu os parques eólicos que detinha na Alemanha, Bippen e Holleben,
com 53,1 MW de capacidade instalada, à empresa alemã WPD por 26,35 M€.
A venda destes activos ocorre dentro da política de rotação de activos implementada pela equipa
de gestão na Martifer Renewables, a empresa que trabalha no desenvolvimento de energias
renováveis. Esta alienação teve efeitos a partir de 31 de Outubro de 2010.
13
Martifer vende a sua participação na Home Energy à EDP
Martifer Solar celebrou um acordou para alienação da participação de 60% na sociedade Home
Energy à empresa EDP – Energias de Portugal, S.A. (“EDP”). Este acordo foi seguido também
pelos restantes accionistas. A transacção ficou, no entanto, condicionada à aprovação pela Autoridade da Concorrência, a qual foi obtida no mês de Fevereiro de 2010.
Eventos subsequentes
FEVEREIRO 2011
Martifer vendeu a sua participação na REpower Portugal e Powerblades
A Martifer vendeu a sua participação de 50% na REpower Portugal à REpower Systems AG, que
assim passa a deter a empresa na sua totalidade. Adicionalmente a Martifer também vendeu a
sua participação de 10% da Powerblades, uma joint venture para o fabrico de pás, à REpower,
que agora detém 100% da empresa.
Autoridade da Concorrência autoriza venda da Home Energy à EDP
Em 21 de Fevereiro foi aprovada pela Autoridade da Concorrência, sem imposição de condições ou
obrigações, a transação de venda da Home Energy à EDP Serviços. O contrato de venda da Home
Energy foi celebrado a 30 de Dezembro de 2010 tendo ficado condicionado à referida autorização.
MARTIFER GROUP
Parque Solar de Moratalla | ESPANHA
ENQUADRAMENTO
Actividade
A Martifer iniciou a sua actividade em 1990, actuando no sector das estruturas metálicas. No ano
2010, em que completou 20 anos de actividade, a Martifer SGPS, SA desenvolveu a sua actividade em dois sectores: Construção Metálica e Energias Renováveis. No sector de Energias Renováveis exerceu a sua actividade em três segmentos de negócio: Solar (Martifer Solar), Equipamentos
para Energia (através da Martifer Energy Systems) e RE Developer - Promoção e Desenvolvimento
de Projectos Eólicos (Martifer Renewables).
Durante o ultimo trimestre desse ano, e também fruto dos ambientes macroeconómico e geopolítico adversos em que vivemos, a Martifer fez uma análise profunda da sua estratégia – a qual
é melhor explicada no capítulo dedicado às perspectivas futuras – decidindo concentrar a sua
actividade nas áreas da Construção Metálica e Solar.
O Grupo Martifer:
presente e futuro
16
Como consequência natural deste focus estratégico, a Martifer começará a apresentar as contas
do Grupo, já no primeiro trimestre de 2011, agrupando a sua actividade naquelas duas áreas –
construção metálica e solar – não deixando, contudo, de fazer referência, quando assim o justificar, às outras actividades e participadas.
A actividade divulgada actualmente como ‘Equipamentos para Energia’, passará a ser divulgada
conjuntamente com a actividade da construção metálica, integrando esse segmento, de forma
a reflectir a desagregação das actividades do Grupo tal como estas são geridas e monitorizadas
internamente pela gestão.
Assim, com este relatório e contas relativo ao exercício de 2010, terminaremos a desagregação
dos segmentos, conforme o temos vindo a apresentar.
HOLDING
A Martifer SGPS, SA, sociedade aberta, holding do Grupo Martifer, é responsável pela definição
de regras e políticas e pela orientação estratégica do Grupo.
As áreas de negócio do Grupo Martifer actuam de forma autónoma, seguindo as orientações
estratégicas aprovadas a nível da holding, com base em orçamentos anuais e planos de negócio
anuais aprovados pelo Conselho de Administração da Martifer.
De forma transversal, as áreas de negócio utilizam o centro de serviços de suporte do Grupo, o qual
tem como objectivo a prestação de serviços administrativos de suporte que contribuam para a competitividade de cada uma das áreas de negócio. O número de colaboradores no final de 2010 era de 156.
As principais rubricas de custos, relacionam-se com provisões e perdas de imparidade, juros e perdas
em investimentos financeiros. Os proveitos são essencialmente de rendimentos financeiros. A variação
face ao ano anterior resulta do facto de, em 2010, ter ocorrido a venda da REpower Systems AG.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
CONSTRUÇÃO METÁLICA
Esta área de negócio é líder na Península Ibérica e um dos players de referência do sector na
Europa. Com presença industrial em Portugal, Polónia, Roménia, Austrália e Angola, tem competências na execução de projectos complexos, com capacidade própria de desenho e engenharia,
completada por uma vasta equipa de gestão de obra. Executa contratos de elevada incorporação
de estrutura metálica em aço, fachadas de alumínio e vidro e soluções em aço inox.
A empresa tem centrado a sua estratégia de desenvolvimento em países de maior crescimento
na Europa Central e em Angola. Em Portugal, Espanha e outros países, como por exemplo a
Irlanda, procura diferenciar-se pela qualidade da engenharia e a capacidade de liderar projectos
de grande complexidade. No ano 2010 deu-se a entrada nos mercados do Reino Unido e França,
onde já se acumula carteira. No final do ano avançou-se também para o Brasil, um mercado no
qual a empresa aposta para o futuro.
Esta actividade registou proveitos operacionais em 2010 de 291,6 milhões de euros, com 2.088
colaboradores no final do ano. A presença industrial e comercial estende-se actualmente por 12
países. O total da sua capacidade produtiva é de 80.000 toneladas anuais.
SOLAR
No segmento Solar, a actividade do Grupo é exercida através da Martifer Solar, a qual se dedica ao
desenvolvimento de projectos fotovoltaicos, instalação de parques fotovoltaicos chave-na-mão ou
em regime de EPC, desenvolvimento de projectos de integração arquitectónica e microgeração.
Em termos industriais, a Martifer Solar possui uma das unidades mais automatizadas do mundo para
produção de módulos fotovoltaicos, com capacidade para 50 MW. A Martifer Solar, presente no mercado desde 2007, continua a sua expansão internacional com a entrada em novos países em 2010.
Esta área registou proveitos operacionais de 220,8 milhões de euros em 2010, com 426 colaboradores no final do ano. Está presente em 12 países.
EQUIPAMENTOS PARA ENERGIA
Este segmento de negócios iniciou a sua actividade em 2004, com o arranque da fábrica de
torres eólicas e da actividade de construção de parques eólicos chave-na-mão, em sinergia
com as competências industriais e de gestão de projectos, decorrentes da experiência acumulada na actividade de construção metálica.
Actualmente, desenvolve a sua actividade no segmento eólico, na engenharia e no desenvolvimento de
novas tecnologias no segmento de produção de energia de fontes renováveis. No segmento eólico, a
Martifer Energy Systems tem um posicionamento claramente industrial, com a produção de componentes para aerogeradores, assemblagem de aerogeradores, fabrico de torres metálicas e construção de
parques eólicos chave-na-mão. No segmento de engenharia, a sua actividade insere-se na construção
de projectos industriais (ex.: fábricas de extracção, fábricas de biodiesel) e engenharia naval (Navalria).
Esta área registou proveitos operacionais de 72,6 milhões de euros em 2010, com um número de
colaboradores no final do ano de 465. Está presente em 6 países.
RE DEVELOPER
Neste segmento de negócio, a Martifer Renewables, actuará como um developer nas energias
renováveis, principalmente no desenvolvimento de projectos de energia eólica. Mais do que acumular
MWs em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utilização de capitais
no desenvolvimento e construção de projectos. Brasil. No final do ano foram vendidos os parques
eólicos da Alemanha, no total de 53,1 MW. Esta área de negócio registou proveitos operacionais de
23,9 milhões de euros em 2010, com um número final de 43 colaboradores. Está presente em 6 países.
Presença internacional
CANADÁ
EUA
PORTUGAL
BÉLGICA
RÉPUBLICA CHECA
ESPANHA
ALEMANHA
POLÓNIA
IRLANDA
ITÁLIA
ROMÉNIA
REINO UNIDO
GRÉCIA
ESLOVÁQUIA
FRANÇA
BULGÁRIA
17
MARROCOS
CABO VERDE
ANGOLA
BRASIL
AUSTRÁLIA
ENQUADRAMENTO
História
Engil (Mota-Engil)
passa a ser accionista
Expo 98, com a
participação da
Martifer em várias
obras (Ex. Torre
Vasco da Gama)
100 Colaboradores
OPA sobre a REpower
Systems AG, conjuntamente com a Suzlon
Início de actividade nas áreas
de Agricultura e
Biocombustíveis
e Desenvolvimento de Parques
Eólicos
Criação da
Fábrica de
Construções
Metálicas na
Polónia, 1ª fora
de Portugal
Consórcio Ventinveste
vence Fase B do Concurso Eólico Nacional
(400 MW)
Aquisição de
25,4% da REpower
Systems AG
Entrada em bolsa
(IPO)
1.800 colaboradores
18
Fundação
da Martifer
Construção dos
estádios para
o Euro 2004
18 Colaboradores
Início da internacionalização
com a entrada
em Espanha
Segunda fábrica em Portugal,
Benavente
Início de actividade no sector
de Equipamentos
para Energia Renovável – Eólica
900 Colaboradores
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Início de actividade no sector Solar
Fotovoltaico
Criação do Consórcio Ventinveste
para o Concurso
Eólico Nacional,
em parceria com
a Galp
Criação de uma Joint Venture
com a Hirschfeld para a
produção de componentes
para energia eólica nos EUA
Martifer Renewables ultrapassa 100 MW de capacidade
instalada
Martifer Renewables ganha
217 MW no primeiro Leilão
eólico no Brasil
Venda da participação detida
na REpower Systems AG
Alienação de 11% na Prio e Prio
Advanced Fuels, passando a
deter 49% do seu capital
Construção dos dois maiores
parques solares fotovoltaicos
do Continente Africano,
em Cabo-Verde
19
HOJE
~3.000
colaboradores
Início de operação das unidades industriais de componentes para parques eólicos,
módulos fotovoltaicos e assemblagem de aerogeradores
Presente em
21 países
16 Unidades
Industriais
Aquisição da Navalria, especializada no negócio da Construção e Reparação Naval
ENQUADRAMENTO
Envolvente de mercado
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Grécia
-69%
Irlanda
Espanha
-75%
Portugal
-42%
-32%
França
Brent
Light Crude
2010
-67%
$
160
140
120
100
80
60
40
20
0
2008
EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS
ÍNDICES BOLSISTAS EUROPEUS
EVOLUÇÃO DO PREÇO DO BARRIL
DE PETRÓLEO
2006
No ano 2010, os mercados de capitais sofreram
bastante com o clima de desconfiança, por parte
dos investidores, quanto à sustentabilidade das finanças públicas em muitos dos países na Europa,
principalmente Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha
e Itália, gerando uma nova onda de volatilidade
que deverá continuar durante o ano 2011.
Ou seja, desde 2007 que os investidores retiraram aproximadamente 400 mil milhões de dólares dos mercados accionistas nos mercados
mais desenvolvidos, enquanto os mercados
emergentes e os mercados de dívida atraíram
176 mil milhões de dólares e 56 mil milhões
de dólares, respectivamente. Em 2011, este
movimento de deslocação de capitais para
diferentes mercados irá ser ainda uma realidade. A razão para tal prende-se com a contínua
desregulamentação e institucionalização dos
planos de pensões para fundos.
2004
MERCADO DE CAPITAIS
2002
06 | 10
12 | 09
06 | 09
12 | 08
06 | 08
12 | 07
06 | 07
12 | 06
06 | 06
12 | 05
06 | 05
12 | 04
06 | 04
12 | 03
06 | 03
12 | 02
06 | 02
12 | 01
Fonte: Reuters
As expectativas de evolução das taxas de juro a
curto prazo (EURIBOR a 3 meses) implícitas nos
contratos de futuros apontam para a continuação da subida gradual das taxas de juro no
mercado monetário interbancário. No que
respeita às taxas de juro a longo prazo da dívida
soberana portuguesa, a manutenção do diferencial da taxa de juro face à Alemanha implica
uma gradual subida ao longo de 2011 e 2012. A
evolução dos prémios de risco da dívida soberana portuguesa tem sido condicionada principalmente pelas dúvidas quanto à sustentabilidade
das finanças públicas; será, por isso, crucial que
ao longo do próximo ano possa haver sinais
claros de que as finanças públicas irão convergir
para os níveis requeridos de défice público. Este
facto irá condicionar as condições de acesso do
sistema bancário nacional aos mercados internacionais de dívida por grosso, com efeitos de
transmissão progressiva e provavelmente mais
intensa sobre as condições de financiamento
das empresas. De acordo com a informação
disponível nos mercados de futuros, o preço do
barril de petróleo deverá aumentar gradualmente ao longo de 2011, atingindo valores médios
próximos dos 90 dólares, o que de certa forma
reflecte a recuperação da actividade económica mundial e o consequente aumento das
matérias-primas.
2000
O ano 2011 será palco de alguns esforços de crescimento utilizando alguma da liquidez entretanto criada mundialmente. As empresas Asiáticas e Africanas irão ter um papel fundamental em
todo este processo. Em 2010 aproximadamente 40% dos movimentos “cross border” de fusões e
aquisições aconteceram de firmas asiáticas para a América Latina, Médio Oriente e África, e tudo
aponta para que a tendência se mantenha em 2011.
JP
1998
Apesar de tudo, o sector empresarial mundial está a entrar em 2011 notavelmente em condições
mais favoráveis que apresentou nos anos de 2008 e 2009, com as margens operacionais de volta
aos níveis pré-crise, com os balanços mais reforçados e os níveis de liquidez a apresentarem
melhorias significativas. Durante os últimos 3 anos, muitas das empresas adoptaram políticas de
maior flexibilidade financeira como escudo contra a incerteza nos mercados e a crise económica
e financeira, e isso tornou-as mais capitalizadas e saudáveis.
US
1996
Tudo aponta que as economias mais desenvolvidas vão passar por um período de abrandamento de “5 anos”, devido ao peso das finanças públicas, até se voltar a uma nova fase
de crescimento sustentado
Euro Zone
1994
Outra das medidas económicas nos EUA passa por congelar a despesa pública até 2015, o que
permitirá poupar 400 mil milhões de dólares com o objectivo de reduzir o défice público. O
investimento, porém, irá estar fortemente concentrado em infra-estruturas. Ou seja, as estradas
e infra-estruturas rodoviárias do país precisam de ser reparadas, para além de estar previsto um
grande projecto do Governo de Obama com o objectivo de garantir o acesso à alta velocidade
ferroviária a cerca de 80% da população americana até 2035.
UK
1992
O FED vai manter activo, até Julho de 2011, o seu plano de estímulos que envolve a possibilidade de injectar até 600 mil milhões de dólares na Economia Norte Americana. A retoma está em
curso mas com uma dinâmica excessivamente lenta, incapaz de combater o elevado desemprego que persiste na casa dos 9,4%.
Brasil
1990
20
12
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
TAXAS DE JURO E
PREÇOS DO PETRÓLEO
1988
Os Estados Unidos da América e a Europa irão enfrentar quatro problemas em 2011: a) consolidação
fiscal, b) desendividamento do sector privado, c) pressões sobre os capitais dos bancos e d) aumento
do preço da dívida soberana. Por estas razões, será de esperar um crescimento muito baixo em
muitos dos países na Europa podendo, em alguns casos, esse crescimento ser até negativo.
%
06 | 01
Quanto ao futuro, e segundo algumas das conclusões retiradas no Fórum Económico Mundial
em Davos, tudo aponta para que o crescimento da Economia Mundial se situe entre os 3% e os
4% em 2011, mas, também, que esse Crescimento da Economia irá acontecer a três velocidades, ou seja, a Zona Euro irá crescer abaixo dos 2%, os Estados Unidos da América irá crescer a
mais de 3% e finalmente as Economias Emergentes deverão crescer na ordem dos 6%.
EVOLUÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL
12 | 00
O ano 2010 foi caracterizado por um clima de recuperação económica a nível mundial, ainda
suportado por pacotes expansionistas, entretanto a chegar ao fim, que estimularam todos os
mecanismos e permitiram uma saída da crise que afectou mundialmente todas as economias
em 2008 e 2009. No segundo semestre de 2010 as recuperações foram mais moderadas e as
pressões inflacionistas mais acentuadas, reflectindo as pressões ao nível da crise actual da dívida
soberana de alguns países da Europa. Em contraste, as economias emergentes apresentaram
um crescimento robusto. O crescimento real da economia mundial em 2010 foi de 4,8%, a
reflectir a performance positiva da produção industrial e do forte crescimento do comércio
internacional. Os países que mais se destacaram neste ano foram o Brasil, a Índia e a China, com
um crescimento de 7,5%, 9,7% e 10,5% respectivamente. A economia Europeia cresceu 1,6% e a
inflação terá atingido os 1,7%. A economia Alemã, em contraste com alguns países na Europa tem
vindo a apresentar uma performance muito positiva nos últimos meses.
Fonte: Reuters
€M - IFRS
2006
2007
2008
2009
2010e
2011e
2012e
EUA
2,7%
2,1%
0,4%
-2,6%
2,6%
2,3%
2,8%
Zona Euro
3,0%
2,8%
0,5%
-4,1%
1,7%
1,5%
1,7%
Alemanha
3,2%
2,5%
1,0%
-4,7%
3,3%
2,0%
2,2%
Portugal
1,4%
1,9%
0,0%
-2,6%
1,3%
-1,3%
0,7%
EUA
3,2%
2,9%
3,9%
-0,4%
1,3%
1,6%
2,0%
Zona Euro
2,2%
2,1%
3,3%
0,3%
1,9%
2,0%
2,0%
Alemanha
1,8%
2,3%
2,8%
0,3%
1,3%
1,4%
1,6%
Portugal
2,7%
3,0%
2,4%
-1,0%
1,4%
2,0%
2,0%
PIB, Var. % annual
PORTUGAL
Em 2010 o Produto Interno Bruto acabou por
crescer 1,3%, acabando por ser superior ao
antecipado devido ao crescimento das Exportações e do Consumo Público.
Em Portugal, aguarda-se contracção da
actividade económica em 2011 (de aprox.
-1,3%), seguida de um crescimento limitado
(de aprox. 0,6%) em 2012.
O consumo e o investimento públicos deverão registar reduções em termos reais quer
em 2011 quer em 2012.
A inflação deverá aumentar para cerca de
2,7% em 2011 (versus 1,4% em 2010)
Os principais aspectos negativos a assinalar
são a diminuição do consumo interno, a
consolidação orçamental, e a continuação
da dificuldade dos bancos portugueses no
acesso aos mercados.
Neste contexto, a recuperação do comércio
internacional será uma determinante fundamental para a recuperação da actividade
económica em Portugal.
Quanto às condições de financiamento da
Economia Portuguesa nos próximos dois
anos, assume-se a manutenção do recurso do
sistema bancário nacional ao financiamento
pelo Eurosistema.
Inflação, Var. % anual
Taxa de Desemprego, Var. % anual
EUA
4,6%
4,6%
5,8%
9,3%
9,7%
9,6%
9,5%
Zona Euro
8,3%
7,5%
7,5%
9,5%
10,0%
9,9%
9,6%
Alemanha
9,8%
8,4%
7,3%
7,7%
7,6%
7,3%
7,0%
Portugal
7,7%
8,1%
7,7%
9,6%
10,8%
11,0%
10,6%
EUA
-2,0%
-2,7%
-4,8%
-10,3%
-9,2%
-8,0%
-6,5%
Zona Euro
-1,3%
-0,6%
-2,0%
-6,3%
-6,5%
-5,2%
-4,2%
Alemanha
-1,6%
0,30%
0,10%
-3,0%
-3,8%
-3,0%
-2,4%
Portugal
-3,9%
-2,6%
-2,6%
-9,3%
-7,3%
-4,6%
-3,3%
61,6
93,9
45,6
80,0
85,0
90,0
95,0
Peso do Défice, % PIB
21
Preço do Crude
USD por Barril
Taxas de Juro, Final do ano (%)
Taxas de Juro
- Fed (Fed Funds)
5,25%
4,25%
0,75%
0,25%
0,25%
0,75%
1,75%
- BCE
3,50%
4,00%
2,50%
1,00%
1,00%
1,50%
2,50%
- BoE
5,00%
5,50%
2,00%
0,50%
0,50%
1,25%
2,25%
Long-Term Rates (10 y Bonds)
US
4,70%
4,00%
2,20%
3,80%
2,90%
3,50%
4,00%
Euro Zone
3,90%
4,30%
2,95%
3,40%
2,70%
3,30%
4,00%
UK
4,75%
4,50%
3,02%
4,00%
3,20%
3,75%
4,30%
1,32
1,46
1,40
1,43
1,35
1,40
1,41
Taxas de Câmbio, final do ano
EUR/USD
Fonte: Reuters, IMF, OCDE and Economist Intelligence
GUIDELINES
Artenius PTA | PORTUGAL
DESEMPENHO
FINANCEIRO
Análise de resultados
ANO 2010
AJUSTADO
ANO 2009
AJUSTADO
Proveitos operacionais
602,1
606,1
Resultado bruto
€M
ANO 2009
REPORTADO
-0,7%
602,1
606,1
VAR. %
-0,7%
218,6
205,3
6,5%
218,6
205,3
6,5%
Resultados operacionais antes de amortizações
e provisões e perdas de imparidade (EBITDA)
59,0
66,8
-11,7%
59,0
66,8
-11,7%
Margem EBITDA
9,8%
11,0%
-1,2 pp
9,8%
11,0%
-1,2 pp
Amortizações
26,1
23,9
8,9%
26,1
23,9
8,2
4,5
83,3%
53,9
52,0
3,6%
24,7
38,3
-35,7%
-21,0
-9,2
<-100%
Provisões e perdas de imparidade
Resultados antes de impostos e encargos financeiros (EBIT)
8,9%
Margem EBIT
4,1%
6,3%
-2,2 pp
-3,5%
-1,5%
Resultados financeiros
-15,2
-26,7
43,3%
-20,9
134,1
s.s.
9,5
11,6
-18,0%
-41,9
125,0
s.s.
10,5
7,9
32,7%
10,5
7,9
-1,0
3,7
s.s.
-52,4
117,0
-
-16,9
-
-16,9
-1,0
-13,2
92,3%
-52,4
100,2
s.s.
3,5
-7,5
s.s.
2,5
-7,5
s.s.
-4,5
-5,7
20,9%
-54,9
107,7
s.s.
-0,045
-0,057
-0,549
1,077
Resultados antes de impostos
Impostos
Resultado Líquido de Operações Continuadas
Resultados da unidade operacional detida para venda
Resultado líquido do exercício
Atribuível a interesses não controlados
Atribuível ao Grupo
por acção
24
ANO 2010
REPORTADO
VAR. %
-2 pp
32,7%
s.s.
Nota: Os resultados apresentados correspondem a valores reportados. Para permitir uma melhor avaliação dos resultados foram feitos ajustamentos por eventos não recorrentes ou não relacionados com
a actividade operacional. No ano de 2010 os ajustamentos atingiram os 54,1 milhões de euros, sendo 45,6 milhões de euros relativos a perdas por imparidade, 13,1 milhões de euros referentes à mais-valia
com a venda das participações da Prio Energy e Prio Foods, 13,3 milhões de euros de menos-valias relativas à venda dos parques eólicos na Alemanha e 1,7 milhões de euros de outras menos-valias no mesmo segmento. Adicionalmente, os resultados financeiros foram ajustados em 3,8 milhões de euros relativos ao efeito líquido negativo da aplicação do método da equivalência patrimonial às participações
na Prio Energy e Prio Foods.
Os valores relativos ao ano de 2009 foram reclassificados de forma a destacar os resultados da unidade operacional detida para venda. Os valores reportados no ano de 2009 incluem um ganho financeiro de
160,9 milhões de euros decorrente da venda da REpower Systems, AG, e 47,5 milhões de euros de provisões e perdas por imparidade resultantes da reavaliação de activos.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
PROVEITOS
OPERACIONAIS
Em 2010 os Proveitos Operacionais mantiveram-se estáveis (-0,7%), relativamente a
2009, cifrando-se nos 602,1 milhões de euros,
apresentando uma tendência crescente ao
longo do ano. A diminuição dos Proveitos
Operacionais, no segmento de Equipamentos
para Energia (-53% face ao período homólogo), foi mais do que compensada pelo forte
crescimento registado nos Proveitos Operacionais dos segmentos Solar e RE Developer,
com +69,2% e +9,8%, respectivamente, e
registou-se um decréscimo de 7,6% na área de
negócio de Construção Metálica.
O segmento Solar registou um crescimento
dos Proveitos Operacionais de 69,2% para os
220,8 milhões de euros, acima da tendência
do sector. Este segmento tem tirado partido
da actual conjuntura favorável no sector fotovoltaico, particularmente em alguns países da
Europa, como a Itália.
Na área de negócio de Construção Metálica
os Proveitos Operacionais apresentaram um
decréscimo de 7,6%, relativamente ao mesmo
período do ano anterior, que se justifica fundamentalmente pelo adiamento pontual verificado
no arranque de algumas obras mais complexas,
devido a indefinições técnicas e de projecto.
A área de RE Developer apresentou um
crescimento nos Proveitos Operacionais de
9,8% para os 23,9 milhões de euros, apesar
de não contar com as receitas dos parques
na Alemanha nos últimos dois meses do ano,
devido à sua alienação.
A redução dos Proveitos Operacionais no segmento de Equipamentos para Energia (-53%) é
maioritariamente explicada pelo abrandamento
económico e condições adversas no mercado
financeiro, bem como pela incerteza legislativa
devido aos cortes orçamentais dos diversos governos, que levaram a uma quebra da procura
de sistemas e equipamentos eólicos e também,
consequentemente, a uma redução dos projectos chave-na-mão por toda a Europa.
PROVEITOS OPERACIONAIS
Martifer Consolidado
ANO 2010
€M
ANO 2010
PESO
ANO 2009
€M
602,1
ANO 2009
PESO
606,1
VAR, %
-0,7%
Construção Metálica
291,6
48,4%
315,5
52,1%
-7,6%
Solar
220,8
36,7%
130,5
21,5%
69,2%
-53,0%
Equipamentos para Energia
72,6
12,1%
154,5
25,5%
RE Developer
23,9
4,0%
21,8
3,6%
9,8%
Holding, Elim. e Ajust.
-6,8
-1,1%
-16,1
-2,7%
58,1%
É muito importante sublinhar que em termos de peso das áreas de negócio nos Proveitos Operacionais ocorreu no ano 2010 uma transferência do segmento eólico para o solar, com as áreas de Construção Metálica e Solar a representarem 85,1%, que compara com 73,6% no período homólogo. É
também de destacar que a área de negócio Solar é já a segunda maior área em termos de Proveitos
Operacionais do Grupo, o que justifica o aumento de capital realizado durante 2010 para potenciar a
actual carteira de projectos.
A distribuição de proveitos operacionais consolidados por geografia, em 2010, foi a seguinte:
Portugal 38,5%, Espanha 12,2%, Europa Central e de Leste 9,5%, Angola 6,3% e o resto do Mundo
representa 33,5%.
EBITDA E RESULTADO LÍQUIDO
Em 2010, o EBITDA consolidado ascendeu aos 59,0 milhões de euros, o que representa um
decréscimo de 11,7% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, e corresponde
a uma margem EBITDA de 9,8%, o que compara com a margem EBITDA de 11% no mesmo
período do ano anterior. No entanto, o EBITDA ajustado pelos efeitos do Tavira Gran-Plaza, atingiu os 62,1 milhões de euros, o que representa um decréscimo de apenas 3% quando comparado
com 2009. O aumento do EBITDA nas áreas Solar e RE Developer, face ao período homólogo,
não foi suficiente para compensar a queda do EBITDA das áreas de Equipamentos para Energia e
Construção Metálica.
ANO 2010
€M
ANO 2010
MARG,
ANO 2009
€M
ANO 2009
MARG,
VAR, %
Martifer Consolidado
59,0
9,8%
66,8
11,0%
-11,7%
Construção Metálica
21,6
7,4%
37,1
11,8%
-41,9%
Solar
22,2
10,0%
12,5
9,6%
77,4%
Equipamentos para Energia
-4,9
-6,7%
11,2
7,3%
s.s.
RE Developer
17,9
74,7%
4,3
20,0%
>100%
EBITDA
2,3
-
1,6
-
Martifer Consolidado Aj.
Holding, Elim. e Ajust.
62,1
10,3%
64,0
10,6%
-3,0%
-
Construção Metálica Aj.
24,7
8,5%
34,3
10,9%
-28,0%
Nota: Os ajustamentos no EBITDA, realizados em 2010 e 2009, respectivamente de 3,1 milhões de euros e -2,7 milhões de euros, estão
relacionados com a actualização do justo valor do activo Tavira Gran-Plaza (44,4 milhões de euros em Julho de 2010 contra 47,5 milhões de
euros em 2009).
Os resultados antes de encargos financeiros
e impostos (EBIT) foram de -21 milhões de
euros numa base reportada, o que compara
com -9,2 milhões de euros no mesmo período
do ano anterior. No entanto, para que os dois
valores sejam efectivamente comparáveis (excluindo os efeitos não recorrentes), torna-se
necessário ajustar 45,6 milhões de euros em
provisões e perdas de imparidade em 2010,
e 47,5 milhões de euros em 2009. Excluindo
este efeito, o EBIT ascende a 24,7 milhões de
euros no final de 2010, o que compara com
38,3 milhões de euros no mesmo período de
2009. Os Resultados Financeiros reportados
foram de 20,9 milhões de euros negativos,
incluindo dois efeitos positivos: 13,1 milhões
de euros de mais-valia na venda de 11% das
participações na Prio Energy e Prio Foods (não recorrente), -3,8 milhões de euros
da aplicação do método de equivalência
patrimonial à Prio Energy e Prio Foods, e -15
milhões de euros em menos valias, resultantes essencialmente da venda dos parques
eólicos na Alemanha. Os Resultados Financeiros líquidos, ajustados por eventos não
recorrentes e pela aplicação do método da
equivalência patrimonial na Prio, evoluíram
favoravelmente para -15,2 milhões de euros
no final de 2010, o que compara com -26,7
milhões de euros no período anterior, correspondendo a uma melhoria de 11,5 milhões
de euros. Esta melhoria deveu-se não só a um
valor de juros inferior, resultante da redução
do nível de endividamento e das taxas de
juro, como também ao registo de diferenças
cambiais positivas. Os Encargos Líquidos com
juros foram de 18,1 milhões de euros, o que
compara positivamente com os 26,9 milhões
de euros em 2009.
As diferenças de câmbio líquidas foram
favoráveis, atingindo os 2,3 milhões de euros
devido à valorização do Kwanza (Angola) e
do Zloti Polaco (Polónia) face ao Euro, o que
compara com uma perda cambial líquida de
8,4 milhões de euros em 2009.
DESEMPENHO FINANCEIRO
25
Investimento Situação Financeira
INVESTIMENTO (M€)
250
213
200
54.5
50
102.4
100
122.4
150
0
2007
2008
2009
2010
VAR, %
494,0
-15,6%
Outros activos não correntes
116,7
75,2
47,7%
20,1
55,0
-53,4%
495,8
412,5
20,2%
76,7
24,8
>100%
Activos financeiros disponíveis para venda
Existências e devedores correntes
Disponibilidades e equivalentes
Activos da unidade operacional detida para venda
-
361,2
-
1.126,1
1.422,7
-20,9%
309,3
387,1
-20,1%
31,0
19,0
63,2%
-
32,0
-
340,2
438,0
-22,3%
Dívida e leasings não correntes
218,8
198,4
10,3%
Outros passivos não correntes
38,4
24,6
56,3%
Dívida e leasings correntes
201,2
270,0
-25,5%
Outros passivos correntes
327,3
241,4
35,6%
Activo Total
Capital Próprio
Interesses não controlados
Interesses não controlados associados a activos detidos para venda
Total do Capital Próprio
Passivos associados à unidade operacional detida para venda
Passivo Total
-
250,3
-
785,8
984,7
-20,2%
O total de activos, a 31 de Dezembro de 2010, ascendia a 1.126,1 milhões de euros, enquanto o activo não corrente ascendia a 553,0 milhões de euros, face a, respectivamente, 1.422,7 milhões de euros
e 624,2 milhões de euros no final de 2009. Os Capitais Próprios decresceram de 438,0 milhões de
euros, no final de 2009, para 340,2 milhões de euros no final de 2010. Esta variação deve-se, essencialmente, ao resultado liquido negativo de 2010, aos interesses não controlados associados a activos
para venda (Prio) registados em 2009 e à distribuição de dividendos em 2010. Não obstante da redução do valor absoluto dos capitais próprios a Martifer manteve uma estrutura financeira robusta, na
qual o rácio de autonomia financeira se manteve estável nos 30%. Esta estabilidade é justificada pela
redução do activo devido à venda da Prio e de activos não core, durante o exercício.
Análise da estrutura
de capital
A Dívida Líquida consolidada do Grupo, no
final 2010, ascendia a 343,8 M€, que compara com 444,5 M€ no final de 2009. A variação
(-22,7%, ou redução absoluta de 100,7 M€)
deve-se essencialmente à a) venda do Tavira Gran-Plaza, b) venda das acções da EDP
detidas pelo Grupo, c) venda dos parques
na Alemanha e d) gestão do Fundo de
Maneio durante o período.
COMPARAÇÃO DA ESTRUTURA
DA DÍVIDA | FY2009 vs FY2010
445 M€
344 M€*
64%
DEZ-09
416,8
FY2009
36%
DEZ-10
Activos Fixos (incluindo Goodwill)
51%
€M
49%
O valor do investimento em activos tangíveis
e intangíveis no final de 2010 ascendeu a 54,5
milhões de euros, tendo o valor sido canalizado essencialmente para a construção da
nova fábrica de torres no Texas, EUA, para o
desenvolvimento dos activos do segmento RE
Developer na Roménia, Polónia, Portugal e Brasil e também para os investimentos realizados
em Angola para a conclusão das instalações
da área de Construção Metálica. No entanto, o
investimento líquido considerando a venda dos
parques na Alemanha atingiu 3,2 milhões de
euros. O breakdown do investimento, no período, por área de negócio, foi de 5,5 milhões
de euros na Construção Metálica, 6,5 milhões
de euros nos Equipamentos para Energia,
30,7 milhões de euros na área de RE Developer e 11,8 milhões de euros na Solar. A 31 de
Dezembro de 2010, o Grupo já não detinha
qualquer acção da EDP – Energias de Portugal
SA. A sua venda representou uma mais-valia
de 342.600 euros.
FY2010
27
Curto prazo
M/L prazo
ESTRUTURA DA DÍVIDA
TX FIXA vs VARIÁVEL (FY2010)
30%
70%
DÍVIDA LÍQUIDA
CONSTRUÇÃO
METÁLICA
Dívida Financeira alocada a áreas
operacionais
61,1
Dívida Financeira alocada a áreas não
operacionais
29,5
€M
SOLAR
EQUIP.
PARA
ENERGIA
RE
DEVELOPER
HOLDING
MARTIFER
CONSOLIDADO
29,7
44,3
45,2
117,5
297,8
29,5
Dívida Líquida sem Recurso
16,5
Total Dívida Líquida
90,6
Dívida da Holding alocada às áreas
de negócio (Suprimentos)
25,0
EBITDA FY2010
21,6
(Dívida Financeira alocada a áreas
operacionais + Dívida da Holding alocada às áreas de negócio) / EBITDA
4,0 x
29,7
16,5
44,3
61,8
117,5
1,2
90,9
-117,1
22,2
-4,9
17,9
2,3
1,3 x
-9,3 x
7,6 x
Nota: Dívida Líquida = Empréstimos + Leasing Financeiro + Derivados – Caixa e Equivalentes
Taxa fixa M/L prazo
Taxa variável M/L prazo
* O cálculo das percentagens teve em consideração 20 M€
que, apesar de estarem em curto prazo no balanço, se encontram em processo de refinanciamento e por essa razão foram
considerados em Dívida de Médio e Longo Prazo (M/L Term)
343,8
59,0
5,0 x
Em 2010 a estrutura da dívida de MLP e de
Curto Prazo era de 58% e 42%, respectivamente, o que compara com uma estrutura de 45%
MLP e 55% Curto Prazo em 2009. Quanto ao
tipo de taxa inerente à Dívida, no final de 2010,
30% era taxa fixa e 70% taxa variável.
DESEMPENHO FINANCEIRO
Sede EDP Porto | PORTUGAL
ANÁLISE POR
SEGMENTO
Construção Metálica
ANÁLISE SECTORIAL
Este segmento continua a debater-se com uma procura reduzida e uma intensificação do ambiente competitivo.
A recuperação económica na Europa, após a crise, está a demorar mais do que o esperado.
Nos países emergentes assiste-se a uma crescente procura, que as empresas de construção metálica têm de aproveitar; países asiáticos e América do Sul são opções interessantes actualmente.
Os preços do aço aumentaram em 2010. O índice de preços European Steel subiu cerca de 31,3%
YoY; em 2011 espera-se que os preços subam devido a um aumento de procura e aumento do
custo das matérias-primas.
NUMA ANÁLISE POR MERCADO:
PENÍNSULA IBÉRICA | Tanto Espanha como Portugal enfrentam uma crise de dívida; actualmente,
o investimento privado contraiu e o investimento público tem sido maioritariamente adiado
ANGOLA | Continua a mostrar uma dinâmica forte, tanto no sector público como no privado,
mas o elevado risco do país mantém-se o ponto principal problema para as empresas que operam neste mercado
30
EUROPA CENTRAL E DE LESTE | O crescimento económico nestes países é actualmente muito
lento, com investimentos reduzidos, apesar de continuar a mostrar sinais positivos de procura; a
recuperação está a ser mais lenta do que o esperado inicialmente
BRASIL | Um dos países com maior crescimento previsto para os próximos anos, com elevado
investimento público devido ao Campeonato do Mundo de Futebol em 2014 e aos Jogos Olímpicos em 2016; é uma aposta segura para o futuro
OUTRAS GEOGRAFIAS | O Norte de África e Médio Oriente são geografias interessantes para
analisar nos próximos meses e anos, apesar da tensa situação política e social recomendar cautela
e uma selecção criteriosa de mercados/projectos
PROJECTO
LOCALIZAÇÃO
VALOR TOTAL
ANO INÍCIO
ANO CONCLUSÃO
Fábrica da Artenius – PTA
Sines, Portugal
Euro 21,7 M
2008
2011
Galp Petrogal - reconversão refinaria
Sines, Portugal
Euro 21,2 M
2009
2011
Museu dos Coches
Lisboa, Portugal
Euro 5,7 M
2010
2011
Ponte de Ulla
Corunha, Espanha
Euro 20,8 M
2009
2011
Sede da Repsol
Madrid, Espanha
Euro 18,3 M
2009
2011
Hospital de Amiens
Amiens, França
Euro 7,0 M
2010
2011
Edifício de escritórios – ZAC Victor Hugo
Paris, França
Euro 3,0 M
2010
2011
CHU D'Orleans
Paris, França
Euro 9,6 M
2010
2011
Estádio do Lille (serralharias)
Lille, França
Euro 3,8 M
2011
2012
JMD Koszalin
Koszalin, Polónia
PLN 48,2 M
2010
2011
Carfi
Siedlce, Polónia
PLN 11,5 M
2010
2011
Fábrica da Renault
Tânger, Marrocos
Euro 38,2 M
2009
2011
Terminal do Aeroporto de Canberra
Canberra, Austrália
AUD 10,5 M
2009
2011
Alstom – Mannheim 9
Mannheim, Alemanha
Euro 17,7 M
2010
2011
Morocco Mall
Casablanca, Marrocos
Euro 5,0 M
2010
2011
Edifício de escritórios em Luanda
Luanda, Angola
Euro 13,3 M
2010
2011
“Financial City”
Luanda, Angola
Euro 13,6 M
2010
2011
Centro de Conferências de Edimburgo
Edimburgo, Escócia
GBP 6,9 M
2010
2011
Scotland’s National Arena
Glasgow, Escócia
GBP 12,1 M
2011
2012
Birmingham New Street
Birmingham, Inglaterra
GBP 8,3 M
2011
2011
Pontes de Sisk
Torun, Polónia
PLN 63,8 M
2010
2011
Nota: Alterações, entre períodos, ao valor de alguns projectos, poderão ocorrer devido a mudanças nos trabalhos pedidos.
DISTRIBUIÇÃO DA CARTEIRA DE ENCOMENDAS
ANO 2010 | 270 M€
23%
Actividade
A Carteira de Encomendas, com projectos espalhados em 11 países, ascendia a 270 milhões de
euros no final de 2010, em linha com o final de 2009. Durante 2010 deu-se a mudança do peso
para mercados externos à Ibéria, com a sua participação no portfolio a subir de 46% para cerca de
64%, realçando assim o esforço efectuado na diversificação de mercados. . Dos últimos projectos
em carteira destacam-se o projecto para um Centro Internacional de Conferências em Edimburgo, no valor de 8,3 milhões de euros, o projecto de Sisk Bridges em Tórum, na Polónia, no valor
de 77 milhões de Zlotis Polacos, o projecto da Scotland’s National Arena em Glasgow, no valor de
12,1 milhões de libras e a “Cidade Financeira”, em Luanda, no valor de 13,6 milhões de euros.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
ANO 2009 | 270 M€
27%
35%
39%
13%
14% 11%
Portugal
Espanha
Europa Central e de Leste
Angola
Outros
19%
19%
Portugal
Espanha
Europa Central e de Leste
Outros
Resultados
Os Proveitos Operacionais da área de Construção Metálica diminuiram cerca de 8%, face ao
período homólogo, para 291,6 milhões de euros. No final de 2010 os Proveitos Operacionais
por geografia foram: Ibéria com um peso de
53% (representa uma diminuição face ao peso
de 60% da Ibéria registado em 2009) e mercados externos a representarem cerca de 47%
dos resultados. O EBITDA reportado em 2010
atingiu os 21,6 milhões de euros, o que corresponde a uma margem de 7,4%, 4,4 p.p. abaixo
da margem reportada em 2009. No entanto este
valor está afectado por variações registadas no
justo valor de activos imobiliários, que distorcem a análise da actividade operacional deste
segmento. Se tomarmos em conta o EBITDA,
ajustado destes efeitos, de 24,7 milhões de euros, que compara com 34,3 milhões de euros no
período homólogo do ano anterior, a margem
EBITDA atinge os 8,5%, que corresponde a um
decréscimo de 2,4 p.p. face ao mesmo período
do ano anterior. Esta diminuição é justificada
pelo aumento significativo de concorrência em
alguns mercados, especialmente na Ibéria, onde
os projectos têm escasseado, e na Europa de
Leste. Os ajustamentos no EBITDA, realizados em 2010 e 2009, respectivamente de 3,1
milhões de euros e -2,7 milhões de euros, estão
relacionados com a actualização do justo valor
do activo Tavira Gran-Plaza. O EBIT reportado
ascendeu a 10,8 milhões de euros, reflectindo
uma margem de 3,7%. Este valor representa
uma quebra de 60% face ao mesmo período do
ano anterior, justificada, para além do já descrito
acima para justificar a redução do EBITDA,
por um aumento do valor das amortizações e
provisões de 0,7 milhões de euros. Os Encargos
Financeiros Líquidos apresentaram significativas
melhorias, decrescendo 52% face ao período
homólogo e ascendendo a 7,4 milhões de euros, que correspondem a 4,8 milhões de euros
em juros e outros custos financeiros e a um
efeito positivo de taxas de câmbio no valor de
0,7 milhões de euros.
A Dívida Financeira líquida na área de Construção
Metálica a 31 de Dezembro de 2010 ascendia a
90,6 milhões de euros, um decréscimo de 21%
face ao final de 2009 ou uma redução de 24,2
milhões de euros, explicada pela venda do Tavira
Gran-Plaza e também por uma gestão rigorosa
do fundo de maneio e do investimento, conjuntamente com um aumento do nível de actividade.
Do total da Dívida Líquida, 29,5 milhões de
euros estão alocados a projectos na área de
Retail, considerada como uma área não core. À
Dívida Líquida da área de negócio acresce 25
milhões de euros de dívida da Holding alocada
a este segmento.
O investimento atingiu os 5,5 milhões de
euros em 2010, o que denota uma redução
significativa relativamente ao mesmo período
de 2009, no qual o investimento foi de 10,4
milhões de euros. Cerca de 60% do investimento foi aplicado às novas fábricas em
Angola, o restante foi realizado na melhoria
de processos produtivos.
Construção Metálica
€M
ANO
2010
ANO
2009
Proveitos operacionais
291,6
315,5
-8%
EBITDA
21,6
37,1
-42%
Margem EBITDA
7,4%
11,8%
-4,4 pp
EBITDA Ajust.
24,7
34,3
-28%
Margem EBITDA Ajust.
8,5%
10,9%
-2,4 pp
EBIT
10,8
27,0
-60%
Margem EBIT
VAR, %
3,7%
8,6%
-4,9 pp
Encargos financeiros líquidos
7,4
15,4
-52%
Impostos
3,0
3,4
-14%
Resultado líquido do exercício
0,4
8,1
-95%
1,1
2,4
-54%
-0,7
5,7
s.s.
90,6
114,8
-21%
5,5
13,1
-58%
Attributable to non-controlling interests
Atribuível ao Grupo
Dívida Líquida
Investimento
31
Nota: O EBITDA Ajustado tem em conta perdas de 3,1 milhões de euros em 2010 e ganhos de 2,7 milhões de euros em 2009, ambos
devido à actualização na avaliação do Tavira Gran-Plaza. O Tavira Gran-Plaza foi avaliado em 44,4 milhões de euros em Julho de 2010,
enquanto em 2009 estava avaliado em 47,5 milhões de euros.
ANÁLISE POR SEGMENTO
Solar
Tendência Sectorial
Em 2010, as instalações serão de 16,1 a 17,9 GW. 2011 poderá ser ligeiramente melhor, com valores entre os 16,3 e 21,2 GW, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance (BNEF). A situação
económica na Europa está a estabilizar devido à intervenção do FMI. A Alemanha manteve-se o
maior mercado fotovoltaico do mundo, mas as instalações foram mais baixas do que as previsões
iniciais, com valores entre os 8 e 9 GW. No entanto, e apesar dos cortes significativos nas tarifas,
espera-se que 2011 se mantenha um bom ano, com instalações entre os 6 e os 8 GW (embora a
situação possa alterar-se, com mudanças ao longo do ano).
NUMA ANÁLISE POR MERCADO:
ITÁLIA | Em 2010, as instalações ultrapassaram 1,2 GW, com o valor final ainda a aguardar confirmação; o novo decreto para a energia solar terá um limite de 3 GW até 2013 e a tarifa irá sofrer um corte
de 6% de 4 em 4 meses em 2011, e outros 6% nos 2 anos seguintes; o governo planeia atingir os
8GW de capacidade solar até 2020; BNEF prevê que as instalações em 2011 atinjam 3,4 a 4,2 GW
FRANÇA | O mercado está neste momento a aguardar a elaboração de um novo programa; para
2010, é esperado um máximo de 500 MW
32
CANADÁ | Um mercado interessante, em especial em Ontário, onde existe uma forte tarifa de
feed-in; para 2011 são esperados entre 280 e 345 MW
BÉLGICA | Continua a ser um mercado interessante com o seu incentivo a sistemas integrados
em coberturas industriais; as instalações em 2011 deverão ser de 110 a 480 MW
Resultados
Os Proveitos Operacionais cresceram 69% em
2010, em comparação com o mesmo período
do ano passado, totalizando 220,8 milhões
de euros, o que demonstra uma performance
acima do sector.
Itália e Espanha foram os mercados que mais
contribuíram para os Proveitos Operacionais
neste período; pela primeira vez os EUA tiveram
uma contribuição significativa, sendo já a quarta
maior geografia em termos de Proveitos. Novas
geografias como o Canadá e a Eslováquia iniciaram o seu contributo para os Proveitos, apesar
da entrada nestes mercados ser muito recente.
Por último, tanto a Bélgica como a Grécia aumentaram os Proveitos durante este período.
O EBITDA total cresceu 77% para os 22,2 milhões de euros, com a margem EBITDA a atingir
10% contra os 9,6% de margem no mesmo
período do ano anterior. Os Encargos Financeiros líquidos atingiram 3,2 milhões de euros,
mais 42% face ao período homólogo, o que é
justificado por um aumento nos juros pagos e
devido a efeitos cambiais negativos. O aumento
dos juros é referente a um valor superior da dívida bruta registada em 2010, quando comparada
com 2009, e que é explicada pelo aumento de
actividade registado no ano.
O Resultado Líquido chegou aos 10,4 milhões
de euros em 2010, o que compara com 4,8
milhões de euros no mesmo período do
ano anterior. Com este nível de resultados,
a partir de 2010 a visibilidade da área Solar
ganha outra dimensão e o seu contributo
para os resultados consolidados do Grupo é
significativo. O Investimento em 2010 foi de
11,8 milhões de euros, contrastando com 4,4
milhões de euros no final de 2009. A Dívida
Financeira líquida no final de 2010 situava-se
nos 29,7 milhões de euros, o que significa
um decréscimo de 17,2 milhões de euros
face ao final de 2009. Esta variação deve-se
maioritariamente ao aumento de capital de
35 milhões de euros e da redução do fundo
de maneio.
A actual carteira de encomendas no final
do ano situava-se nos 330 milhões de
euros, contemplando aproximadamente 18
meses de actividade.
EUA | Mercado de grande dimensão e enorme potencial que, no entanto, aguarda ainda um apoio
regulatório forte que impulsione o seu desenvolvimento; no entanto, as estimativas para 2011 apontam para números entre 1,5 e 1,9 GW
GRÉCIA | Actualmente um mercado pouco atractivo para o desenvolvimento de projectos,
devido à grande incerteza associada à crise profunda que o país enfrenta e também pelo actual
estrangulamento ao nível de licenças
Solar
€M
ANO
2010
ANO
2009
VAR, %
Proveitos operacionais
220,8
130,5
69%
22,2
12,5
77%
10,0%
9,6%
0,5 pp
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
18,1
9,3
94%
Margem EBIT
8,2%
7,1%
1 pp
Encargos financeiros líquidos
3,2
2,2
42%
Impostos
4,5
2,3
99%
10,4
4,8
>100%
Atribuível a interesses não controlados
2,6
1,0
>100%
Atribuível ao Grupo
7,8
3,8
>100%
Dívida Líquida
29,7
46,9
-37%
Investimento
11,8
4,4
>100%
Resultado líquido do exercício
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Equipamentos para energia
Tendência Sectorial
O mercado atingiu cerca de 36 GW de capacidade adicional em 2010. Em 2011 espera-se que o
mercado recupere e cresça até cerca de 43 GW de capacidade adicional.
Os principais mercados continuarão a ser a China (cerca de 20 GW), EUA (aproximadamente 7
GW), seguidos por outros países, tais como a Índia, Alemanha, França, Espanha, Itália e Canadá.
O mercado europeu atingiu cerca de 7 GW de novas instalações em 2010 e espera-se que este
número se repita em 2011.
O mercado norte-americano foi uma desilusão em 2010, atingindo apenas 6 GW, quando as previsões iniciais apontavam para os 10 GW. Para 2011, estimam-se 9 GW de novas instalações.
O sector eólico enfrenta um excesso de oferta – em 2010 a produção atingiu cerca de 49 GW
e em 2011 a capacidade ultrapassará os 62 GW. Esta situação não é sustentável e exigirá uma
adaptação do mercado.
Na Península Ibérica existe uma enorme discrepância entre a capacidade instalada e a capacidade de produção; em 2010, a nova capacidade instalada atingiu cerca de 1,8 GW nesta região,
enquanto a capacidade de produção, mesmo após cortes significativos, foi de 6,7 GW (uma
diferença de quase 5 GW).
Resultados
Os Proveitos Operacionais no final de 2010
somaram 72,6 milhões de euros, registando
um decréscimo de 53% face ao período
homólogo do ano anterior, seguindo a
tendência antecipada no início de 2010,
que se deveu principalmente ao impacto do
abrandamento económico e das condições
adversas no mercado financeiro, que reduziram a procura de equipamentos e sistemas
do sector eólico e também de projectos
chave-na-mão em toda a Europa.
Como consequência desta redução abrupta
de actividade, a margem EBITDA em 2010 caiu
para uma margem negativa de 6,7%, devido,
como tínhamos referido, às fortes pressões
externas pela queda generalizada do sector, não
acompanhada por uma redução dos custos de
estrutura na mesma proporção. A actividade de
Engenharia Naval foi também negativamente
afectada pelas margens operacionais dos projectos actualmente em mãos, que representam
uma primeira incursão neste nicho de mercado.
Os Encargos Financeiros líquidos registaram um
valor de 3,3 milhões de euros, mantendo o nível
registado no mesmo período do ano passado.
A Dívida Financeira líquida da área de Equipamentos para Energia ascendeu, em 31 de
Dezembro de 2010, a 44,3 milhões de euros, à
qual acresce 1,2 milhões de euros de dívida da
Holding alocada a esta área de negócio. Face
ao final de 2009 verificou-se um decréscimo de
21,0 milhões de euros no total da Dívida Líquida.
O Investimento total realizado em 2010 foi de
6,5 milhões de euros, principalmente na nova
fábrica de torres nos EUA, concluída em Junho.
34
Equipamentos para Energia
€M
ANO
2010
ANO
2009
VAR, %
Proveitos operacionais
72,6
154,5
-53%
EBITDA
-4,9
11,2
s.s.
-6,7%
7,3%
-14 pp
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Encargos financeiros líquidos
Impostos
Resultado líquido do exercício
Atribuível a interesses não controlados
Atribuível ao Grupo
Dívida Líquida
Investimento
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
-10,7
4,3
s.s.
-14,7%
2,8%
-17,5 pp
3,3
3,3
0%
-0,7
1,0
s.s.
-13,2
0,1
s.s.
0,0
-0,2
75%
-13,2
0,3
s.s.
44,3
65,3
-32%
6,5
12,8
-49%
RE Developer
Resultados
Os Proveitos Operacionais aumentaram 10%
para os 23,9 milhões de euros em 2010, correspondentes a 104,7 MW de activos em operação,
até Outubro e 51,6 MW de Novembro até
ao final do ano, após a conclusão da venda
dos parques em operação na Alemanha (53,1
MW). O breakdown das principais fontes de
Proveitos Operacionais é o seguinte: Alemanha
(5,5 milhões de euros), Brasil (5,3 milhões de
euros), Espanha (5,9 milhões de euros), Polónia
(2,2 milhões de euros) e Portugal (4,5 milhões
de euros). O EBITDA em 2010 atingiu os 17,9
milhões de euros, o que corresponde a uma
margem EBITDA de 74,7%, mais 54,7 p.p. que
no período homólogo anterior. A melhoria significativa da margem deveu-se à diminuição de
custos de estrutura e melhoria dos load factors
no período. A média da margem EBITDA dos
parques em operação foi de aproximadamente
80%, o que significa uma melhoria relativamente
à média do final do ano de 2009 (70%), reflectindo a melhoria progressiva das margens dos
parques que entraram em operação durante o
ano de 2009. Esta área de negócio reconheceu
44,8 milhões de euros de perdas por imparidade
RE Developer
€M
não recorrentes, na sequência da incorporação,
nas perspectivas futuras dos projectos, do comportamento recente dos mercados e do sector
financeiro, em particular nos projectos dos EUA
(11,5 milhões de euros), Polónia (13,6 milhões
de euros), Roménia (11,6 milhões de euros) e
Austrália (8,1 milhões de euros). O Investimento
total realizado em 2010 atingiu os 30,7 milhões
de euros com o desenvolvimento de projectos
eólicos na Polónia, Roménia Brasil e Portugal,
nomeadamente no projecto Ventinveste. A Dívida Financeira líquida a 31 de Dezembro de 2010
era de 61,8 milhões de euros, dos quais 16,5
milhões de euros referentes a Dívida em Project
Finance e 13,5 milhões de euros referentes a
Leasings associados aos projectos. A esta dívida
deverão também ser adicionados 90,9 milhões
de euros de suprimentos ao nível da Holding e
afecto à área de negócio. Relativamente a 2009
conseguiu-se uma redução de 36,4 milhões de
euros no total da Dívida Líquida. O Resultado
Líquido ajustado de efeitos não recorrentes
tomou o valor de -0,5 milhões de euros.
ANO
2010
ANO
2009
Proveitos operacionais
23,9
21,8
10%
EBITDA
17,9
4,3
>100%
74,7%
20,0%
54,7 pp
-38,5
-49,9
23%
-161,0%
-229,3%
68,3 pp
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
EBIT Ajustado
Margem EBIT Ajustada
Encargos financeiros líquidos
Impostos
Resultado líquido do exercício
Resultado líquido do exercício Ajustado
Atribuível a interesses não controlados
€M
Net Asset Value
Tarifa
MWs
18 MW operação + 10 MW
em construção
Portugal
34,0
v
Espanha
50,0
v
7.2 MW PV operação
Roménia
67,0
v
42 MW em construção
Polónia
52,0
v
28 MW operação
Brasil
32,8
v
15 MW operação
235,8
35
VAR, %
6,3
-5,5
s.s.
26,4%
-25,5%
51,8 pp
18,9
5,7
>100%
2,8
1,1
>100%
-60,2
-56,7
-6%
-0,5
-12,3
96%
-1,2
1,1
69%
-59,1
-56,7
-12%
Dívida Líquida
61,8
143,6
-57%
Investimento
30,7
69,5
-55%
Atribuível ao Grupo
Activos em carteira
A RE Developer no final de 2010 acumulava um total de 235,8 milhões de euros de activos em
carteira, em Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil. Este valor poderá, no futuro, reverter para
redução de dívida líquida do Grupo.
Nota: Em 2010 os valores referentes a eventos não recorrentes atingem os 44,8 milhões de euros de perdas por imparidade nos EUA,
Polónia, Roménia e Austrália, bem como 15 milhões de euros de menos valias registadas.
ANÁLISE POR SEGMENTO
Parque Solar de Moratalla | ESPANHA
COMPORTAMENTO
DA ACÇÃO
MARTIFER
PRINCIPAIS
RISCOS
Acção
Martifer
AQUISIÇÃO DE ACÇÕES PRÓPRIAS
Nos termos e para o efeito do disposto no Regulamento da Comissão de Mercado de Valores
Mobiliários nº 5/2008, designadamente os números 1 e 2 do Artigo 11º, a Martifer SGPS, SA
adquiriu em bolsa as seguintes acções próprias:
DESEMPENHO DA ACÇÃO
120
Martifer
PSI 20
100
80
60
40
20
38
Jan/11
Dez/10
Nov/10
Set/10
Out/10
Jul/10
Ago/10
Jun/10
Abr/10
Mai/10
Mar/10
Jan/10
Fev/10
Dez/09
0
A cotação das acções da Martifer terminou o
ano de 2010 com o preço de €1,49 por acção,
o que representou uma queda de 55,5% face à
cotação no final do ano de 2009. . No mesmo
período, o PSI-20, índice principal do mercado
Euronext Lisbon, caiu 10,73%. A cotação mais
alta atingida em 2010 foi de €3,61 enquanto a
mínima foi de €1,32. O volume médio de acções
transaccionadas durante o período foi 80.878 acções. Durante 2010, alguns mercados mundiais
recuperaram largamente a sua performance, tais
como o índice Dow Jones Industrial (+10,95%),
S&P (+12,80%) e Nasdaq (+19,64%). No entanto,
outros mercados como Grécia, Espanha, Irlanda
e Portugal tiveram performances mais negativas
devido à crise sovereign (ou da dívida soberana). A performance bolsista das small caps
nestes países ficou muito afectada, como foi o
caso da acção da Martifer, que ficou penalizada
perante esta conjuntura. Acrescente-se a isto a
performance do índice de Renováveis (ERIXP),
com uma queda de 38,36% desde o início do
ano, para se concluir que o sector de energias
renováveis não tem sido favorável à evolução do
preço da acção da Martifer. A capitalização de
mercado da Martifer no final de 2010 situou-se
nos 149 milhões de euros.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
DATE
MARKET / TRANSACTION
PRICE (€)
NUMBER HOLD
14-Mai-10
Euronext Lisbon – Compra
20.000
2,06
20.000
14-Mai-10
19-Out-10
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28-Dez-10
29-Dez-10
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06-Jan-11
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14.109
850
50.000
30.578
7.748
12.130
89.048
3.283
6.100
1.200
8.590
500
3.669
20.401
5.230
3.620
50.001
27.942
800
800
500
600
100
250
200
3.350
4.350
100
5.500
19.077
10.300
4.644
13.395
1.050
4.550
19.100
19.700
50.100
39.926
250
1.000
5.000
9.500
8.250
2.934
12.000
2.300
7.053
14.000
900
17.300
2.000
8.516
2.000
350
1.900
2,02
1,54
1,58
1,59
1,61
1,59
1,61
1,55
1,54
1,53
1,49
1,49
1,49
1,49
1,49
1,47
1,44
1,40
1,40
1,42
1,42
1,44
1,43
1,45
1,45
1,48
1,47
1,49
1,50
1,49
1,46
1,45
1,44
1,44
1,48
1,48
1,48
1,45
1,47
1,46
1,37
1,38
1,45
1,47
1,50
1,47
1,46
1,46
1,47
1,48
1,49
1,48
1,47
1,46
1,46
1,46
34.109
34.959
84.959
115.537
123.285
135.415
224.463
227.746
233.846
235.046
243.636
244.136
247.805
268.206
273.436
277.056
327.057
354.999
355.799
356.599
357.099
357.699
357.799
358.049
358.249
361.599
365.949
366.049
371.549
390.626
400.926
405.570
418.965
420.465
425.015
444.115
463.815
513.915
553.841
534.564
535.564
540.564
550.064
558.314
561.248
573.248
575.548
582.601
596.601
597.501
614.801
616.801
625.317
627.317
627.667
638.567
SIZE (SHARES)
Após estas transacções a Martifer passou a deter
638.567 acções próprias, representativas de
0,6385% do seu capital social.
Risco de preço
A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo. Alterações do preço
do aço e do alumínio afectam a actividade operacional das áreas de negócio de construção
metálica e de equipamentos para energia. A Martifer tem procurado mitigar este risco através
de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no
valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projectos de
grande dimensão.
Risco cambial
O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de
variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. . A exposição ao risco de taxa de câmbio do
Grupo resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente
do Euro, das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transacções efectuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de
reporte do Grupo. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como
objectivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais. No
âmbito da actividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transacções sejam realizadas nas respectivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respectivas moedas locais. Certas actividades
desenvolvidas pelo Grupo estão expostas a variações das taxas de câmbio das moedas locais face a
outras moedas. O preço de algumas matérias-primas, como sejam o aço e o alumínio, são geralmente expressos ou indexados ao dólar norte-americano, o que pode ter impacto nos resultados do
Grupo. Em grande medida, é possível repercutir essas variações nos preços de venda. . Quando não
é possível, o Grupo procura mitigar esta exposição através da contratação de derivados cambiais na
subsidiária exposta a esse risco. O Grupo tem subsidiárias localizadas fora da zona Euro, designadamente na Roménia, Polónia, Brasil, Estados Unidos da América, Angola, Austrália, República Checa,
Reino Unido, Marrocos e Canadá, que relatam em moeda diferente do Euro. A exposição ao risco
cambial decorre do facto de, no processo de preparação das contas consolidadas do Grupo, ser necessário a transposição das demonstrações financeiras das subsidiárias para o Euro. No que respeita
ao risco cambial emergente da conversão dos investimentos do Grupo em subsidiárias que relatam
em moedas diferentes do Euro, o Grupo procura efectuar a sua gestão com base em hedging natural, recorrendo ao balanço das empresas, nomeadamente procurando contrair financiamento em
moeda local. Paralelamente, o Grupo procura mitigar este impacto cambial através da diversificação
dos países em que está presente.
Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre a empréstimos de
taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição
a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos
de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa
de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.
Risco de liquidez
O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras
tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.
O Grupo gere o risco de liquidez de duas formas principais:
Por um lado, procura garantir que a estrutura de financiamento do Grupo é adequada à natureza
das suas obrigações. Investimentos realizados em activos fixos, incluindo investimentos financeiros, são financiados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não correntes), enquanto responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de
curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazo são contratados geralmente por prazos de
5 a 7 anos, normalmente com períodos de carência de reembolso de capital de 1 a 2 anos.
Por outro lado, as subsidiárias têm contratado com instituições financeiras facilidades de crédito
disponíveis de imediato, por um montante que garante adequada liquidez. O montante das
linhas de crédito disponíveis e não utilizadas, no final de 2010, ascendia a cerca de Euro 57
milhões. As subsidiárias contam, ainda, com disponibilidades suficientes para garantir os seus
compromissos de curto prazo.
39
Risco de crédito
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias a
uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do Grupo
Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.
Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como
racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objectivo último assegurar a efectiva
cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos. Com este objectivo, o Grupo recorre a agências de
informação financeira e avaliação de crédito, e efectua regularmente análises de risco e controlo de
crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para
gerir a actividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.
O Grupo recorre a financiamentos externos no decurso da sua actividade, estando exposto ao risco de
taxa de juro já que grande parte da dívida financeira do Grupo está indexada a taxas de juro de mercado.
COMPORTAMENTO DA ACÇÃO MARTIFER | PRINCIPAIS RISCOS
Hotel Sweet Atlantic | PORTUGAL
PERSPECTIVAS
FUTURAS
Perspectivas futuras
GUIDANCE ESTRATÉGICO
O Grupo Martifer aproveitou o clima económico difícil em que nos encontramos para repensar e
afinar a sua estratégia para os próximos anos. Esta estratégia foi apresentada no passado dia 24 de
Fevereiro, simultaneamente com a apresentação de resultados referente à actividade do ano 2010.
As principais ideias a sublinhar e a reter dessa apresentação são:
- evidenciar a base de engenharia que fez crescer a Martifer até à sua dimensão actual, concentrando a sua actividade em duas áreas: construções metálicas (que passa agora a incluir a área de
produção de equipamentos para energia) e energia solar fotovoltaica, focando em 3 geograficas-chave: Europa, Angola e Brasil (deixando em aberto a possibilidade de considerar possíveis
oportunidades atractivas no negócio solar, como por exemplo os EUA)
- reduzir os rácios de endividamento, apostando numa estratégia “asset light”, para atingir uma
situação financeira robusta ORGANIGRAMA FUTURO E APRESENTAÇÃO
DE CONTAS
Em termos de guidance foram dados números que são objectivo da empresa para atingir até 2013:
CRESCIMENTO
2013
Volume de negócios (M€)
> 750
RENTABILIDADE GLOBAL
42
RoE (%)
Margem EBITDA (%)
> 10,0%
> 10,0%
ESTRUTURA DE CAPITAIS
NET DEBT/ EBITDA (x)
< 4,0x
As principais linhas de orientação estratégica para a Martifer Metallic Constructions são:
− Continuar a apostar forte em mercados Europeus com forte potencial (França e Reino Unido, que
somam já 60 M€ na carteira de encomendas)
− Entrar no mercado do Brasil e outros mercados com potencial de crescimento e margens atractivas
−Potenciar negócios off-shore e plataformas petrolíferas
−Implementar um programa de optimização operacional
As principais linhas de orientação estratégica para a Martifer Solar são:
− Crescer de forma sustentada no negócio de EPC, criando massa crítica em mercados com
forte potencial
−Potenciar uma oferta de serviços de valor acrescentado de Operação e Manutenção (O&M),
completando a presença integrada ao longo da cadeia de valor de EPC
− Diversificar a base de negócios solar através da distribuição
− Optimizar a gestão do working capital
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
OUTRAS
Estruturas Metálicas
Alumínios
Inox
Engenharia
Indústria Eólica
EPC
Soluções fotovoltaicas
Distribuição
Como referido no enquadramento, e em consequência deste focus estratégico, a Martifer começará
a apresentar as contas do Grupo, já no primeiro trimestre de 2011, agrupando a sua actividade nestas
duas áreas = construção metálica e solar – não deixando, contudo, de fazer referência, quando assim
o justificar, às outras actividades e participadas. A actividade divulgada actualmente como ‘Equipamentos para Energia’, passará a ser divulgada conjuntamente com a actividade da construção
metálica, integrando esse segmento, de forma a reflectir a desagregação das actividades do Grupo
tal como estas são geridas e monitorizadas internamente pela gestão.
PROGRAMA “NEW STEP”
Após uma avaliação interna do Grupo, a Martifer traçou como objectivo para 2011 a implementação do programa “New Step” com vista à melhoria da eficiência operacional. As iniciativas
estão divididas em 5 grupos para os quais foram identificadas medidas concretas a adoptar no
decorrer dos próximos 3 anos.
INICIATIVAS DO PROGRAMA “NEW STEP” - MELHORIA
DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL
ACÇÕES CONCRETAS DO PROGRAMA
Detalhe e implementação de novo modelo organizativo
Revisão de processos de negócio ao longo das várias
fases de cadeia de valor
Activos imobiliários
Activos eólicos
AJUSTES AO MODELO
ORGANIZACIONAL
ALIENAÇÃO
DE ACTIVOS NON-CORE
Ajuste dos níveis de stocks à actividade
Optimização da cadeia de valor
Revisão de processos de negócio
Optimização dos custos com pessoal e FSEs
OPTIMIZAÇÃO DO
WORKING CAPITAL
OPTIMIZAÇÃO DOS
CASH COSTS
Revisão dos layouts e processos produtivos
REAJUSTAMENTO DOS
LAYOUTS INDUSTRIAIS
Para conseguir aquele objectivo, foram delineadas as seguintes acções:
• Continuação da política de alienação de activos non-core, já iniciada em 2010
• Gestão operacional do fundo de maneio
• Política de contenção de investimento, na sequência do que já aconteceu em 2010
No exercício de 2011, é nosso objectivo atingir um nível de dívida líquida abaixo dos
300 milhões de euros.
No entanto, assistiremos, durante o ano, a duas tendências distintas:
• Aumento progressivo da dívida líquida nos primeiros meses de 2011, fundamentalmente
no segmento solar, e também algum aumento na área da construção metálica, resultado dos
investimentos em fundo de maneio nestas duas actividades, normais no início dos projectos de
engenharia e turnkey
• No segundo semestre, resultado quer do progressivo desinvestimento do fundo de maneio, nas fases
mais avançadas dos projectos, quer da alienação provável de mais activos, estimamos que a dívida
líquida da Martifer se vá reduzindo, atingindo no final do ano um valor abaixo dos 300 milhões de euros
RESUMO
Em suma, a estratégia da Martifer passa por uma maior focalização, aposta em mercados atractivos, forte redução da dívida e maior rentabilidade:
43
ESTRUTURA DE CAPITAL
PLANO 2011-2013
Conforme destacamos, a Martifer reduziu a sua dívida líquida em 100 milhões de euros para 344
milhões de euros, e um rácio NET DEBT / EBITDA de 5,8x (344 M€ / 59M€). Ao nível de estrutura
de capital, foi traçado como objectivo até 2013 uma forte redução do nível de endividamento do
Grupo, ou seja, entre 90 a 110 milhões de euros com o objectivo de alcançar uma estrutura de
capitais mais robusta, com um rácio NET DEBT / EBITDA abaixo dos 4x.
ENDIVIDAMENTO DO GRUPO MARTIFER (2008-2013E; M€)
Alienação de activos non-core:
- Parques eólicos
- Activos imobiliários
485
344
90-110M€
230-250
62
Net Debt/
EBITDA
59
Net Debt
EBITDA
FOCALIZAÇÃO EM APENAS
DOIS NEGÓCIOS
Construções Metálicas
Solar
REFORÇO DA PRESENÇA INTERNACIONAL DA MMC EM MERCADOS COM
FORTE POTENCIAL DE CRESCIMENTO
Redução da dependência na Ibéria
Enfoque em três geografias core (Europa,
Angola e Brasil)
LIBERTAÇÃO DE FUNDOS DO
GRUPO (ALIENAÇÃO DE ACTIVOS
E OPTIMIZAÇÃO DE CASH COSTS E
WORKING CAPITAL)
Alienação de activos: 100-120 M€
Optimização de cash costs: 20-25 M€
Redução do working capital: 25-30 M€
REDUÇÃO SIGNIFICATIVA
DO ENDIVIDAMENTO DO GRUPO
Redução do Net Debt/EBITDA: 5,8x (2010) vs
<4,0x (2013)
Redução do Net Debt = 90-110 M€
INCREMENTO DO RETORNO
DOS ACCIONISTAS
Aumento do RoE: -15% (2010); vs >10% (2013)
70-80
2008
2010
2013E
7,9
5,8
<4,0
PERSPECTIVAS FUTURAS
Declaração de conformidade nos termos
da alínea c) do número i do artº 245 do código
de valores mobiliários
Senhores Accionistas,
Nos termos previstos na alínea c) do número 1 do artigo 245º do Código dos Valores
Mobiliários, informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:
(i) a informação constante no relatório de gestão consolidado expõe fielmente a evolução
dos negócios, do desempenho e da posição da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta,
e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos
principais riscos e incertezas com que se defronta; e
A ADMINISTRAÇÃO
Carlos Manuel Marques Martins
(Presidente)
Jorge Alberto Marques Martins
(Vice-Presidente)
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Filipe Cardoso da Silva
(Vogal do Conselho de Administração)
Mário Jorge Henriques Couto
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Valadares Tavares
(Vogal do Conselho de Administração)
(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas
aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas
incluídas no perímetro de consolidação.
Oliveira de Frades, 24 de Fevereiro de 2011
Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha
(Vogal do Conselho de Administração)
INFORMAÇÃO
OBRIGATÓRIA
PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ORGÃOS
DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
Apresentam-se de seguida as transacções efectuadas pela I’M – SGPS, S.A. durante o ano de 2010:
De acordo com o disposto nos artigos 447º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela Martifer SGPS, SA e por sociedades com as
quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de Janeiro
de 2010 a 31 de Dezembro de 2010, por titulares de órgãos sociais:
TITULARES
N.º DE ACÇÕES EM 31/12/2010
Carlos Manuel Marques Martins
Conselho de Administração
70.030
Jorge Alberto Marques Martins
Conselho de Administração
131.760
I’M – SGPS, S.A. *
Conselho de Administração
41.757.331
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
Conselho de Administração
3.000
Luís Filipe Cardoso da Silva
Conselho de Administração
2.000
MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. **
Conselho de Administração
37.500.000
Mário Jorge Henriques Couto
Conselho de Administração
0
Luís Valadares Tavares
Conselho de Administração
0
Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha
Conselho de Administração
0
Manuel Simões de Carvalho e Silva
Conselho Fiscal
0
Carlos Alberto da Silva e Cunha
Conselho Fiscal
0
Carlos Alberto de Oliveira e Sousa
Conselho Fiscal
0
Américo Agostinho Martins Pereira
Revisor Oficial de Contas
0
Presidente da Mesa da Assembleia Geral
0
José Carreto Lages
48
ÓRGÃO SOCIAL
* Os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins detêm a totalidade do capital social da I’M –
SGPS, S.A., de cujo Conselho de Administração são igualmente Presidente e Vogal, respectivamente.
** Os Administradores Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo e Luís Filipe Cardoso da Silva são membros do Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.
*** O Administrador Mário Jorge Henriques Couto foi cooptado pelo Conselho de Administração da sociedade, em 19 de Maio de
2009, após a renúncia ao cargo do Administrador Pedro Álvaro de Brito Gomes Doutel, cuja cooptação foi ratificada em Assembleia
Geral de Accionistas de 7 de Abril de 2010.
ÓRGÃO SOCIAL
TRANSACÇÕES NO ANO DE 2010
DATA
AQUISIÇÕES
ALIENAÇÕES
PREÇO
MÉDIO
ACÇÕES
DETIDAS EM
31.12.2010
Carlos Manuel Marques Martins
70.030
70.030
Jorge Alberto Marques Martins
131.760
131.760
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
3.000
3.000
Luís Filipe Cardoso da Silva
2.000
2.000
Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins, respectivamente Presidente e
Vice-Presidente do Conselho de Administração, além de titulares directos das acções da Martifer
SGPS, S.A., são detentores, em partes iguais, da totalidade do capital social da sociedade I’M
SGPS, S.A., a qual, por sua vez, em 31 de Dezembro de 2010, era detentora de um total de
41.757.331 acções da Martifer SGPS, S.A..
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
AQUISIÇÕES
PREÇO MÉDIO
DATA
AQUISIÇÕES
5.000
ALIENAÇÕES
3,38 €
22-Abr
53
ALIENAÇÕES
PREÇO MÉDIO
2.54 €
26-Fev
5.000
2,95 €
23-Abr
501
2.57 €
26-Fev
10.000
2,96 €
23-Abr
250
2.56 €
26-Fev
4.985
2,99 €
23-Abr
250
2.55 €
26-Fev
5.015
3,00 €
23-Abr
20.000
2.48 €
30-Mar
2.099
2,78 €
23-Abr
20.000
2.47 €
30-Mar
2.800
2,79 €
27-Abr
10
2.46 €
30-Mar
6.001
2,80 €
27-Abr
5.080
2.32 €
31-Mar
7.400
2,78 €
27-Abr
10.010
2.39 €
31-Mar
16
2,80 €
28-Abr
3.500
2.22 €
1-Abr
830
2,79 €
28-Abr
2.500
2.20 €
1-Abr
835
2,80 €
25-Mai
10
1.83 €
6-Abr
3.000
2,80 €
26-Mai
350
1.83 €
7-Abr
2.700
2,76 €
22-Set
3.886
1.64€
7-Abr
3.300
2,75 €
22-Set
5.000
1.65€
16-Abr
4.213
2,74 €
22-Set
4.442
1.66€
16-Abr
1.287
2,75 €
22-Set
10
1.67€
19-Abr
10
2.67 €
23-Set
10.000
1.63€
19-Abr
10
2.68 €
24-Set
1.500
1.61€
19-Abr
30
2.69 €
24-Set
1.451
1.63€
19-Abr
10
2.70 €
24-Set
5.154
1.62€
20-Abr
10
2.69 €
27-Set
4.301
1.60€
21-Abr
2500
2.57 €
27-Set
1.102
1.61€
22-Abr
447
2.52 €
ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS
MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
FACTOS ENUMERADOS NO ARTIGO 447.º
DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS
ACÇÕES
DETIDAS
EM 31.12.09
DATA
22-Jan
Para além de integrar o Conselho de Administração da Martifer SGPS, SA, cada administrador não executivo integra, pelo menos, uma das Comissões nomeadas pelo Conselho de Administração (Comité
do Governo Societário ou Comissão de Ética e de Conduta), cujo regulamento se encontra divulgado
no sítio da internet do Grupo e cujas funções e actividades desenvolvidas ao longo do ano de 2010 se
encontram descritas no capítulo Relatório sobre o Governo da Sociedade.
Durante o ano, os administradores não executivos partilharam e manifestaram opiniões relevantes,
relativamente a áreas de negócio específicas, tendo por base o desempenho dos negócios, os riscos
incorridos e as perspectivas para o futuro, mantendo uma comunicação regular com os administradores
executivos, administradores das áreas de negócios e directores.
AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS A NEGÓCIOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SEUS ADMINISTRADORES, NOS TERMOS DO ART. 397.º DO CÓDIGO
DAS SOCIEDADES COMERCIAIS
Durante o exercício de 2010, foram concedidas as seguintes autorizações pelo Conselho de
Administração, a negócios entre a sociedade e sociedades que estão em relação de domínio com
administradores do Grupo, as quais mereceram parecer prévio favorável do conselho fiscal:
TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS
De acordo com o disposto na alínea b) do número 1 do artigo 8º do regulamento 5/2008 da CMVM,
e dando cumprimento ao artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, abaixo segue a lista
dos titulares de participações qualificadas, com indicação do número de acções detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores
Mobiliários, em 31 de Dezembro de 2010:
ACCIONISTAS
I’M – SGPS, SA
• A sociedade Severis, SGPS, SA, da qual são accionistas o Eng.º Carlos Martins e o Dr. Jorge Martins
através da sociedade Expertoption SGPS, SA, adquiriu à Martifer SGPS SA, 11% do capital social de
cada uma das sociedades Prio Foods SGPS, SA e Prio Energy, SGPS e respectivas prestações acessórias, pelo valor de 13.750.000 euros.
• Alienação da sociedade Tavira Gran Plaza, SA e posterior alienação da propriedade de investimento Centro Comercia “Tavira Gran Plaza” à Sociedade Estia SGPS, SA, detida em 50% pela sociedade
I’m SGPS, SA (holding da qual são accionistas o Engº Carlos Martins e o Dr. Jorge Martins).
Ambas as transacções foram deliberadas favoravelmente e por maioria dos votos, com a abstenção dos administradores interessados
Nº DE ACÇÕES
% DO CAPITAL
SOCIAL
% DOS DIREITOS
DE VOTO
41,76%
41.757.331
41,76%
Carlos Manuel Marques Martins *
70.030
0,07%
0,07%
Jorge Alberto Marques Martins *
131.760
0,13%
0,13%
41.959.212
41,96%
41,96%
37.500.000
37,50%
37,50%
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo **
3.000
0,00%
0,00%
Luís Filipe Cardoso da Silva **
2.000
0,00%
0,00%
37.505.000
37,51%
37,51%
Total imputável à I’M – SGPS, SA
Mota-Engil – SGPS, SA
Total Imputável à FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA
* Membro de um órgão social da I’M SGPS, SA
** Membro de um órgão social da Mota-Engil SGPS, SA
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
49
O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral de Accionistas que o resultado líquido
negativo apurado nas demonstrações financeiras individuais no montante de 70.836.538,00 euros,
registado no ano de 2010, seja transferido para Resultados Transitados.
OUTRAS INFORMAÇÕES
A Martifer SGPS, S.A. não tem dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer outras entidades
públicas, incluindo a Segurança Social.
INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
INFORMAÇÃO
FINANCEIRA
CONSOLIDADA
Cais Office | PORTUGAL
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Demonstrações dos resultados consolidados separadas
para os exercícios e trimestres findos em 31 de dezembro
de 2010 e 2009
(valores em Euros)
NOTAS
Vendas e prestações de serviços
ANO 2009
IFRS (AUDITADO)
4º TRIMESTRE 2010
IFRS (NÃO AUDITADO)
4º TRIMESTRE 2009
IFRS (NÃO AUDITADO)
176.193.886
3e4
587.225.838
512.705.658
180.151.343
Outros rendimentos
5
14.901.834
93.387.580
5.839.266
24.180.185
Custo das mercadorias e dos subcontratos
6
(383.516.414)
(400.753.728)
(127.425.674)
(135.581.501)
218.611.258
205.339.510
58.564.935
64.792.570
Resultado bruto
Fornecimentos e serviços externos
7
(84.772.625)
(80.963.783)
(24.773.798)
(20.977.512)
Gastos com o pessoal
8
(77.634.943)
(71.473.135)
(19.763.235)
(17.234.472)
Outros rendimentos / (gastos) operacionais
9
2.762.295
13.858.662
3.098.833
432.501
4
58.965.985
66.761.255
17.126.735
27.013.087
4, 17 e 18
(26.068.965)
(23.936.632)
(6.231.174)
(6.755.569)
4 e 10
(53.864.522)
(51.988.760)
(37.455.369)
(13.044.152)
Resultado operacional
4
(20.967.502)
(9.164.137)
(26.559.808)
7.213.366
Rendimentos financeiros
11
40.296.864
177.633.588
9.102.968
4.792.809
Gastos financeiros
11
(57.350.161)
(43.359.086)
(27.828.401)
(14.501.583)
Amortizações
Provisões e perdas de imparidade
54
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
Ganhos / (perdas) em empresas associadas
4 e 12
(3.847.936)
(137.592)
(2.299.116)
(145.221)
Imposto sobre o rendimento
13
(10.515.530)
(7.923.001)
(4.909.535)
(4.666.349)
Resultado depois de impostos
4
(52.384.265)
117.049.770
(52.493.892)
(7.306.979)
-
(16.868.188)
-
(3.997.861)
Resultado da unidade operacional detida para venda
Atribuível:
a interesses não controlados
-
(7.021.286)
-
(1.637.889)
ao Grupo
-
(9.846.902)
-
(2.359.972)
(52.384.265)
100.181.583
(52.493.892)
(11.304.840)
Resultado consolidado líquido do exercício
Atribuível:
a interesses não controlados
ao Grupo
2.509.792
(7.523.661)
(886.288)
(4.715.867)
(54.894.057)
107.705.244
(51.607.604)
(6.588.973)
Resultado consolidado líquido por acção
básico
15
(0,5493)
1,0771
(0,5173)
(0,0659)
das unidades operacionais em continuação
15
(0,5493)
1,1755
(0,5173)
(0,0423)
da unidade operacional detida para venda
15
-
(0,0985)
-
(0,0236)
15
(0,5493)
1,0771
(0,5173)
(0,0659)
das unidades operacionais em continuação
15
(0,5493)
1,1755
(0,5173)
(0,0423)
da unidade operacional detida para venda
15
-
(0,0985)
-
(0,0236)
diluído
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Demonstrações do rendimento integral consolidado para
os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(valores em Euros)
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
ANO 2009
IFRS (AUDITADO)
(52.384.265)
100.181.583
(82.005)
(1.606.603)
-
5.419.842
Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; (ii)
investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) actualização cambial de diferenças de consolidação
2.889.706
3.068.973
Reserva de reavaliação de activos fixos tangíveis, líquido de imposto
(288.468)
-
Resultados consolidados reconhecidos directamente no capital próprio
2.519.233
6.882.211
(49.865.032)
107.063.794
Resultado líquido consolidado do exercício
Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto
Justo valor de investimentos financeiros disponíveis para venda, líquido de imposto
Rendimento integral consolidado do exercício
Atribuível:
a interesses não controlados
ao Grupo
2.962.675
(6.372.808)
(52.827.707)
113.436.602
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
55
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstrações
da posição financeira
consolidada em
31 de dezembro
de 2010 e 2009
(valores em Euros)
NOTAS
31 DEZEMBRO 2010
IFRS (AUDITADO)
31 DEZEMBRO 2009
IFRS (AUDITADO)
40.495.583
Activo
Não corrente
Diferenças de consolidação
16
20.689.425
Activos intangíveis
17
28.658.372
55.315.241
Activos fixos tangíveis
18
367.482.823
398.191.844
57.013.000
Propriedades de investimento
19
14.981.893
4 e 20
11.954.290
90.469
Investimentos financeiros disponíveis para venda
21
20.186.393
55.046.568
Clientes e outros devedores
23
83.172.197
9.841.286
Activos por impostos diferidos
13
6.446.069
8.249.453
553.571.462
624.243.444
Investimentos financeiros em equivalência patrimonial
Corrente
Inventários
22
56.367.267
51.171.469
Clientes
23
218.884.487
203.047.084
Outros devedores
23
34.394.644
26.773.327
Estado e outros entes públicos
24
20.779.512
45.353.151
Outros activos correntes
25
165.387.543
86.074.198
Caixa e seus equivalentes
26
76.666.431
24.844.210
-
361.190.780
Activos da unidade operacional detida para venda
Total do Activo
4
572.479.884
798.454.219
1.126.051.346
1.422.697.663
Capital Próprio
56
Capital
27
50.000.000
50.000.000
Reservas
27
314.153.874
229.365.149
Resultado consolidado líquido do exercício
(54.894.057)
107.705.244
Capital próprio atribuível ao Grupo
309.259.817
387.070.394
30.988.178
18.999.457
Interesses não controlados
27
Interesses não controlados associados a activos da
unidade operacional detida para venda
Total do Capital Próprio
-
31.958.178
340.247.995
438.028.029
Passivo
Não corrente
Empréstimos
28
167.443.037
171.259.217
Credores por locações financeiras
29
31.398.405
27.174.571
Credores diversos
30
11.520.911
7.146.910
Provisões
31
16.588.337
7.515.356
Passivos por impostos diferidos
13
10.334.013
9.859.456
237.284.703
222.955.511
261.946.120
Corrente
Empréstimos
28
212.654.520
Credores por locações financeiras
29
8.573.620
8.102.374
Fornecedores
30
197.532.331
162.194.213
Credores diversos
30
63.621.163
25.527.973
Estado e outros entes públicos
33
21.878.594
13.923.945
Outros passivos correntes
34
43.884.568
38.831.813
Derivados
35
373.852
908.058
Passivos associados a activos da unidade operacional
detida para venda
Total do Passivo
4
Total do Capital Próprio e do Passivo
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
-
250.279.627
548.518.648
761.714.123
785.803.351
984.669.634
1.126.051.346
1.422.697.663
Demonstrações das alterações no capital próprio para
os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(valores em Euros)
RESERVAS DE JUSTO VALOR
OUTRAS
RESERVAS
RESULTADO
LÍQUIDO
TOTAL DO
CAPITAL
PRÓPRIO
50.000.000
-
186.500.000
17.549.418
2.841.818
(1.705.601)
(22.974.300)
-
33.663.383
7.439.955
273.314.673
60.375.467
333.690.141
-
-
-
-
-
-
-
-
7.439.955
(7.439.955)
-
-
-
Resultado líquido consolidado
-
-
-
-
-
-
-
-
-
107.705.244
107.705.244
(7.523.661)
100.181.583
Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) investimento
líquido nas subsidiárias
-
-
-
(1.795.721)
1.181.395
(614.326)
-
-
-
3.290.653
392.646
3.683.299
-
-
-
4.236.425
(423.187)
3.813.239
-
-
107.705.244
113.436.602
(6.372.808)
107.063.794
Aplicação do resultado líquido consolidado de 2008
RESERVAS DE
CONVERSÃO
CAMBIAIS
CAPITAL
PRÓPRIO
ATRIBUÍVEL
A ACCIONISTAS
MINORITÁRIOS
PRÉMIOS DE
EMISSÃO
Saldo em 1 de Janeiro de 2009
DERIVADOS
CAPITAL PRÓPRIO
ATRIBUÍVEL A
ACCIONISTAS
MAIORITÁRIOS
ACÇÕES
PRÓPRIAS
CAPITAL
INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA
VENDA
RESERVAS
RELATIVAS A
OPÇÕES
SOBRE
ACÇÕES
REAVALIAÇÃO DE ACTIVOS FIXOS
TANGÍVEIS
Rendimento integral consolidado do exercício:
-
-
-
-
-
-
(1.795.721)
Actualização das diferenças de consolidação
expressas em moeda estrangeira
-
-
-
-
-
-
3.290.653
Outras variações no capital próprio das empresas
participadas, líquidos de imposto
-
-
-
-
5.419.842
(1.183.416)
-
Sub-total
-
-
-
-
5.419.842
(1.183.416)
1.494.932
Distribuição de dividendos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(539.752)
(539.752)
Opções sobre acções – valor dos serviços prestados
-
-
-
-
-
-
-
17.347
-
-
17.347
-
17.347
Outras variações no capital próprio das empresas
participadas
-
-
-
-
-
-
-
301.771
-
301.771
(698.796)
(397.025)
Alterações no perímetro de consolidação
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1.806.476)
(1.806.476)
Saldo em 31 de Dezembro de 2009
50.000.000
-
186.500.000
17.549.418
8.261.660
(2.889.017)
(21.479.368)
17.347
41.405.109
107.705.244
387.070.394
50.957.635
438.028.029
Saldo em 1 de Janeiro de 2010
50.000.000
-
186.500.000
17.549.418
8.261.660
(2.889.017)
(21.479.368)
17.347
41.405.109
107.705.244
387.070.394
50.957.635
438.028.029
-
-
-
-
-
-
-
-
107.705.244
(107.705.244 )
-
-
-
Resultado líquido consolidado
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(54.894.057)
(54.894.057)
2.509.792
(52.384.265)
Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas
em moeda estrangeira; e (ii) investimento líquido
nas subsidiárias
-
-
-
84.308
501.770
586.078
-
-
-
2.306.488
(2.860)
2.303.628
(288.468)
-
(288.468)
Aplicação do resultado líquido consolidado de 2009
57
Rendimento integral consolidado do exercício:
-
-
-
-
-
-
84.308
Actualização das diferenças de consolidação
expressas em moeda estrangeira
-
-
-
-
-
-
2.306.488
Reavaliação de terrenos e edifícios, líquidos
de imposto
-
-
-
(288.468)
Outras variações no capital próprio das empresas
participadas, líquidos de imposto
-
-
-
-
-
(35.978)
-
-
-
(35.978)
(46,027)
(82,005)
Sub-total
-
-
-
(288.468)
-
(35.978)
2.390.796
-
-
(54.894.057)
(52.827.707)
2.962.675
(49.865.032)
Distribuição de dividendos
-
-
-
-
-
-
-
-
(10.000.000)
-
(10,000,000)
(107.252)
(10.107.252)
Aquisição de acções próprias
-
(852.587)
-
-
-
-
(852.587)
-
(852.587)
Opções sobre acções – valor dos serviços prestados
-
-
-
-
-
-
-
-
96.147
Alienação de investimentos financeiros disponíveis
para venda
-
-
-
-
8.261.660
-
(8,261,660)
Aumento de capital em empresas participadas
-
-
-
-
-
-
Transacções com interesses não controlados
-
-
-
-
-
-
-
Outras variações no capital próprio das empresas
participadas
-
-
-
-
-
-
-
Alterações no perímetro de consolidação
-
-
-
(1.333.700)
-
2.696.240
5.591.214
50.000.000
(852.587)
186.500.000
15.927.250
-
(228.755)
(13.497.358)
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
96.147
-
-
96.147
-
-
--
(8.261.660)
-
-
-
-
-
8.750.000
8.750.000
-
(13.247.046)
-
(13.247.046)
(7.685.704)
(20.932.750)
-
328.522
-
328.522
4.100.230
4.428.752
-
-
-
6.953.754
(27.989.408)
(21.035.654)
113.494
126.191.829
(54.894.057)
309.259.817
30.988.178
340.247.995
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstrações
dos fluxos de caixa
consolidados para
os exercícios e trimestres findos em
31 de dezembro
de 2010 e 2009
(valores em Euros)
NOTAS
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
4.º TRIMESTRE 2010
IFRS (NÃO AUDITADO)
4.º TRIMESTRE 2009
IFRS (NÃO AUDITADO)
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
634.120.891
814.609.795
236.802.688
232.775.564
(516.387.963)
(730.135.135)
(191.324.095)
(188.990.249)
Pagamentos ao pessoal
(77.530.471)
(63.733.325)
(21.615.112)
(6.260.226)
Fluxos gerados pelas operações
40.202.457
20.741.335
23.863.481
37.525.089
Pagamento de imposto sobre o rendimento
(5.181.829)
(13.193.114)
(873.702)
(960.528)
Outros recebimentos /(pagamentos) de actividades operacionais
(2.838.758)
7.849.104
(17.802.138)
5.439.893
Pagamentos a fornecedores
Outros fluxos gerados
(8.020.587)
(5.344.010)
(18.675.840)
4.479.365
32.181.870
15.397.325
5.187.641
42.004.454
92.637.708
183.134.883
57.445.178
635.410
17.051.550
1.350.263
275.452
582.448
Activos intangíveis
21.493
45.151
18.446
21.019
Subsídios ao investimento
27.979
306.816
27.979
167.337
Juros e rendimentos similares
4.756.821
5.559.875
3.654.763
1.571.533
Dividendos
2.743.689
2.478.230
-
84
252.399
-
131.410
-
117.491.639
192.875.217
61.553.228
2.977.830
(14.251.582)
(9.091.832)
(11.252.500)
(222.192)
(44.383.600)
(147.978.712)
(35.803.283)
(37.779.264)
(7.161.714)
(13.984.700)
(3.057.002)
(1.891.856)
(214.425)
-
(12.024)
-
(66.011.321)
(171.055.245)
(50.124.809)
(39.893.312)
51.480.318
21.819.972
11.428.419
(36.915.482)
1.000.282.100
2.190.778.228
274.076.425
57.633.084
-
585.179
-
437.527
456.632
-
6.236
-
1.000.738.732
2.191.363.407
274.082.661
58.070.611
(74.955.366)
Fluxos das actividades operacionais (1)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
42
Activos fixos tangíveis
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
42
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Outros
58
ANO 2009
IFRS (AUDITADO)
Fluxos das actividades de investimento (2)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Subsídios e doações
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
(977.824.478)
(2.212.954.867)
(262.511.959)
Amortizações de contratos de locação financeira
(17.905.092)
(18.858.540)
(3.087.656)
(5.882.299)
Juros e gastos similares
(22.145.614)
(38.078.830)
(8.603.693)
(10.809.105)
Dividendos
(10.000.000)
(450.000)
-
(450.000)
(850.004)
-
(780.304)
-
(1.193.789)
-
(153.689)
-
(1.029.918.977)
(2.270.342.236)
(275.137.301)
(92.096.770)
(29.180.245)
(78.978.829)
(1.054.640)
(34.026.159)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
54.481.943
(41.761.532)
15.561.420
(28.937.187)
Variação de perímetro e outras variações
(5.240.384)
(32.811)
(1.063.378)
10.945
2.580.662
(8.432.764)
718.728
(4.798.665)
Aquisição de acções próprias
Outros
Fluxos das actividades de financiamento (3)
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
26
24.844.210
84.275.826
61.449.661
67.773.625
76.666.431
34.048.718
76.666.431
34.048.718
Atribuível à unidade operacional detida para venda
Caixa e seus equivalentes no fim do período
26
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
9.204.508
9.204.508
24.844.210
24.844.210
59
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Parque Solar de Moratalla | ESPANHA
NOTAS ÀS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Nota introdutória
A Martifer, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades – Portugal (‘Martifer SGPS’ ou ‘Empresa’), e empresas participadas (‘Grupo’), têm como actividade
principal a construção de infra-estruturas metálicas, a produção de equipamentos para energia,
eólica e solar e, ainda, a promoção, desenvolvimento e gestão de projectos de geração eléctrica a partir de fontes de energia renovável (Nota 4).
A Martifer SGPS foi constituída em 29 de Outubro de 2004, tendo o seu capital social sido
realizado através da entrega da totalidade das acções, avaliadas a valores de mercado, que
os accionistas do Grupo detinham na Martifer – Construções, S.A., participada constituída em
1990 e que nessa altura era a Empresa-mãe do actual Grupo Martifer.
A partir de Junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, o Grupo passou a ter as suas acções cotadas na Euronext Lisboa.
Em 31 de Dezembro de 2010, o Grupo desenvolve a sua actividade em Portugal, Espanha, Polónia, Eslováquia, Alemanha, Roménia, República Checa, Angola, Brasil, Grécia, Estados Unidos
da América, Austrália, Moçambique, Irlanda, Itália, Bélgica, Bulgária, Holanda, França, Tailândia,
Marrocos, África do Sul, Reino Unido e Canadá.
Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro (com
arredondamentos às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.
1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
62
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras consolidadas das
empresas do Grupo Martifer e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (‘IFRS’), tal como adoptadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico
iniciado em 1 de Janeiro de 2010. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas
pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing
Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adoptadas na União Europeia.
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos da Empresa, das suas subsidiárias e dos empreendimentos conjuntos onde participa
(Nota 2), no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico,
excepto para a reavaliação de certos activos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que
se encontram registados pelo justo valor.
Para o Grupo, não existem diferenças entre os IFRS adoptados pela União Europeia e os IFRS publicados pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB). As políticas contabilísticas e os critérios
de mensuração adoptados pelo Grupo no exercício de 2010 foram consistentes com os aplicados
pelo Grupo na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para
efeitos comparativos.
Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2010, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010:
DATA DE EFICÁCIA
IFRIC 12 - Acordo de concessão de serviços
01-04-09
IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira
01-07-09
IAS 27 - Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (Emendas)
01-07-09
IFRS 3 – Concentração de actividades empresariais (Revista)
01-07-09
IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis
01-01-10
IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração (Emendas)
01-07-09
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro (Emendas)
01-01-10
IFRS 2 – Pagamento com base em acções (Emendas)
01-01-10
IFRIC 17 – Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa
01-11-09
IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes
01-11-09
IAS 32 – Instrumentos financeiros: apresentação (Emendas)
01-02-11
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro
01-01-10
O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.
Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios
económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas
(‘endorsed’) pela União Europeia:
DATA DE EFICÁCIA
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro (Emendas)
01-07-10
IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações (Emendas)
01-07-10
IFRIC 19 - Extinção de passivos financeiros com instrumentos de capital
01-07-10
IAS 24 – Partes relacionadas (Revista)
01-01-11
IFRIC 14 – O limite sobre um activo de benefícios definidos, requisitos de financiamento mínimo
e respectiva interacção
01-01-11
Estas normas, apesar de aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo
Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, em virtude de a sua aplicação não ser ainda
obrigatória. Não se estima que da futura adopção das normas acima referidas, decorram impactos
significativos para as demonstrações financeiras consolidadas anexas.
Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas ainda em processo de aprovação
pela União Europeia
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não
se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:
DATA DE EFICÁCIA
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
IFRS 9 – Instrumentos financeiros: classificação e mensuração
01-01-13
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (2010)
01-01-11
IFRS 7 - Instrumentos financeiros: divulgações (Emendas)
01-07-11
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro (Emendas)
01-07-11
IAS 12 – Impostos sobre o rendimento (Emendas)
01-07-11
Não se estima que da futura adopção das normas acima, as quais não se encontram ainda
aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia, decorram impactos significativos para as demonstrações financeiras consolidadas anexas.
1 de Janeiro de 2004, correspondeu ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo dos
IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 – ‘Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de
Relato Financeiro’. January 2004 corresponds to the first period of application by the Group of
the IAS/IFRS, in accordance with the IFRS
As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euro por esta ser a moeda
principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas
em moeda estrangeira foram convertidas para Euro de acordo com as políticas contabilísticas
descritas na Nota 1 xiv).
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/
IFRS, o Conselho de Administração do Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que
afectam os activos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xxv)). Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo
Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente
à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo entende que
as mesmas serão aprovadas sem alterações.
BASES DE CONSOLIDAÇÃO
São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:
a) Empresas do Grupo
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais
de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de
controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral.
O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada (na rubrica
de capitais próprios – interesses não controlados) e na demonstração dos resultados consolidada
(incluída no resultado consolidado líquido atribuível a interesses não controlados), respectivamente.
As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação
integral encontram-se detalhadas na Nota 2.
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio
da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente
reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos
tenha sido recuperada.
Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, os activos e passivos de cada
filial (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição
conforme estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso / défice do custo de aquisição face ao justo
valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respectivamente, como diferença de
consolidação positiva no activo (Goodwill, ou a somar à respectiva rubrica, que originou a diferença,
quando identificada) e no caso de diferença de consolidação negativa (Badwill), após reconfirmação
do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados
do exercício. Os interesses de accionistas minoritários incluem a proporção dos terceiros no justo
valor dos activos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às utilizadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os
dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Nas
situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com fins
específicos, ainda que não tenha participações de capital nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. À data de 31 de Dezembro de 2010 não existiam
entidades nesta situação.
b) Empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital
de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial na rubrica ‘Investimentos
financeiros em equivalência patrimonial’.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas
pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nos resultados líquidos das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos, líquido de perdas de imparidade acumuladas.
Os activos e passivos de cada associada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao
seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor
dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva
(Goodwill), sendo adicionada ao valor de balanço do investimento financeiro e a sua recuperação
analisada anualmente como parte integrante do investimento financeiro e, no caso de diferença de
consolidação negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso
este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício.
É efectuada uma avaliação dos investimentos financeiros em empresas associadas quando existem
indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração
dos resultados sempre que tal se confirme.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo
qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto
o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão na rubrica do passivo
‘Provisões’ para fazer face a essas obrigações.
Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao
interesse do Grupo nas mesmas por contrapartida do investimento nessas entidades. As perdas não
realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie
que o activo transferido esteja em situação de imparidade.
As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência
patrimonial encontram-se detalhadas na Nota 2.
63
c) Empresas controladas conjuntamente
Os interesses financeiros em empresas controladas conjuntamente foram consolidados nas demonstrações financeiras pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é
partilhado. De acordo com este método os activos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas
foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do
controlo atribuível ao Grupo.
A classificação dos interesses financeiros detidos em entidades controladas conjuntamente é determinada com base:
- nos acordos parassociais que regulam o controlo conjunto;
- na percentagem efectiva de detenção;
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
- nos direitos de voto detidos.
Qualquer diferença de consolidação gerada na aquisição de uma empresa controlada conjuntamente é registada de acordo com as políticas contabilísticas definidas para as empresas
subsidiárias (Nota 1a)).
As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção
do controlo atribuível ao Grupo.
As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método proporcional
encontram-se detalhadas na Nota 2
PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS
Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, nos exercícios apresentados, são os seguintes: 64
i) Diferenças de consolidação positivas (Goodwill)
Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, as diferenças positivas entre o
custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos
e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica ‘Diferenças de consolidação’ (no caso dos investimentos em empresas
do Grupo e entidades conjuntamente controladas) ou no valor do investimento financeiro em associadas (no caso dos investimentos em associadas). As Diferenças de consolidação positivas geradas
antes da data de transição para os IFRS (1 de Janeiro de 2004) ou as resultantes da constituição do
Grupo, mantêm-se registadas pelo seu valor líquido contabilístico, apurado de acordo com o Plano
Oficial de Contabilidade, sendo objecto de testes de imparidade anualmente a partir daquela data.
O valor das Diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar
se existem perdas por imparidade, ou seja, se as Diferenças de consolidação não se encontram registadas por um valor superior à sua quantia recuperável. As perdas por imparidade das Diferenças de
consolidação verificadas no exercício são registadas na demonstração dos resultados na rubrica de
‘Provisões e perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido
e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo
numa transacção ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que
surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade
geradora de caixa à qual o activo pertence. As perdas por imparidade relativas a Diferenças de
consolidação não podem ser revertidas. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos
em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sediadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição,
encontram-se registadas na moeda funcional dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de
relato do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As
diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do Capital próprio - ‘Reservas
de conversão cambiais’. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do
Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da
sua aquisição, quando negativas são reconhecidas como ganho na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.
ii) Activos não correntes classificados como detidos para venda
Os activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos
for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado. Contudo, tal
classificação exige que a transacção de venda seja altamente provável, que o activo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração do Grupo esteja comprometido com
a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
no prazo de um ano).Os activos não correntes classificados como detidos para venda são registados
ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu valor de realização, deduzido dos gastos com
a sua alienação, sendo a amortização dos activos fixos afectos à unidade operacional detida para
venda interrompida durante tal período.
iii) Activos intangíveis
Os activos intangíveis adquiridos pelo Grupo encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos
se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o Grupo, se possa medir
razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos. Os activos intangíveis
são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos
amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, bem como pelas
despesas incorridas com a obtenção de licenças para a exploração de parques eólicos, as quais são
amortizadas de acordo com o período das licenças atribuídas (actualmente em 20 anos).
As despesas incorridas com o licenciamento de parques eólicos são capitalizadas em activos intangíveis apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:
- os estudos de viabilidade económica demonstrem que existirão benefícios económicos futuros;
- o Grupo tenha capacidade técnica e financeira para proceder à instalação e exploração dos
parques eólicos; e
- os gastos afectos à fase de licenciamento dos parques eólicos sejam mensuráveis de forma fiável.
Os gastos incorridos pelo Grupo durante a fase de pesquisa e de instalação de parques eólicos são
reconhecidos na demonstração dos resultados no momento em que são incorridos.
As restantes despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas.Os activos intangíveis gerados na aquisição de uma empresa subsidiária, ou conjuntamente
controlada, são identificados e registados separadamente da rubrica de ‘Diferenças de consolidação’
se o seu justo valor puder ser estimado com fiabilidade. O custo de aquisição de tais activos intangíveis é o seu justo valor na data de aquisição.Após o seu reconhecimento inicial, os activos intangíveis
gerados na aquisição de uma empresa subsidiária, ou conjuntamente controlada, são registados ao
custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, da
mesma forma que os activos intangíveis adquiridos pelo Grupo. Tais activos são amortizados pelo
método das quotas constantes, geralmente durante o período em que se espera que benefícios
económicos ocorram.
iv) Imóveis para uso próprio
Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que
é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e
quaisquer perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são efectuadas periodicamente, por
avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um activo
fixo tangível que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes se encontra
sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio
até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações
anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado
como gasto do exercício por contrapartida do resultado líquido do exercício. As depreciações são
imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, actualmente variando
entre 20 e 50 anos, enquanto os terrenos não são depreciáveis.
v) Outros activos fixos tangíveis
Os outros activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para as IFRS)
encontram-se registados ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo
de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal
até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade acumuladas. Os
activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas.
Os activos tangíveis em curso representam activos ainda em fase de construção / desenvolvimento,
encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas de imparidade
acumuladas. Estes activos tangíveis são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias em termos de qualidade e
fiabilidade técnica para operar. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a sua
vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste
natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Equipamentos:
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
3 a 7 anos
4 a 5 anos
3 a 5 anos
3 a 10 anos
Outros activos fixos tangíveis:
- Parques eólicos e solares
15 a 20 anos
- Outros activos fixos tangíveis
3 a 10 anos
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis, são registadas como gasto
do exercício em que ocorrem.
vi) Locações
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como
(ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e
vantagens inerentes à posse do activo sob locação.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância económica e não da forma do contrato.
Os activos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o activo fixo
tangível, as amortizações acumuladas correspondentes, conforme definido nas políticas iv) e v) acima
e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente,
os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do activo fixo tangível são reconhecidos
como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na
demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
vii) Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis e terrenos detidos para
auferir rendimento ou valorização do capital, ou ambos, e não para utilização no decurso da actividade corrente dos negócios.
As propriedades de investimento são inicialmente registadas ao custo de aquisição acrescido das
despesas de compra e registo de propriedade. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de
investimento são reavaliadas pelos seus justos valores, com reconhecimento das alterações de justo
valor nos resultados do exercício em que ocorram.
Os gastos incorridos (manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades), a par dos
rendimentos e rendas obtidos com propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício a que se referem.
viii) Activos e passivos financeiros
Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira consolidada quando o Grupo se torna parte contratual do respectivo instrumento financeiro.
A) INSTRUMENTOS FINANCEIROS
O Grupo classifica os investimentos financeiros nas seguintes categorias: ‘Investimentos registados
ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao
vencimento’ e ‘Investimentos disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.
A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral. - Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas
subcategorias: ‘activos financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Um activo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for
adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também
classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos
para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data da
demonstração da posição financeira;
- Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não derivados,
com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;
- Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que
são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração
tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração
da posição financeira.
Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como investimentos não correntes,
excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.
Os investimentos registados a justo valor através de resultados são classificados como investimentos
correntes.Todas as compras e vendas de investimentos financeiros são reconhecidas à data da transacção, isto é, na data em que o Grupo assume todos os riscos e obrigações inerentes à compra ou
venda do activo. Os investimentos são todos inicialmente reconhecidos ao justo valor mais gastos de
transacção, sendo a única excepção os ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Neste último caso, os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os gastos de
transacção são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos são desreconhecidos quando o direito de receber fluxos financeiros tiver expirado ou tiver sido transferido e, consequentemente, tenham sido transferidos todos os riscos e benefícios associados.
Os ‘investimentos disponíveis para venda’ e os ‘investimentos registados ao justo valor através de
resultados’ são posteriormente mantidos ao justo valor.Os ganhos e perdas, realizados ou não,
provenientes de uma alteração no justo valor dos ‘Investimentos registados ao justo valor através
de resultados’ são registados na demonstração dos resultados do exercício. Os ganhos e perdas,
provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos não monetários classificados como
disponíveis para venda, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral na rubrica de
‘Reservas de justo valor’ até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado,
momento em que o ganho ou perda acumulada é reconhecida na demonstração consolidada dos
65
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
66
resultados.O justo valor dos investimentos é baseado nos preços correntes de mercado. Se o mercado em que os investimentos estão inseridos não for um mercado activo/líquido (investimentos não
cotados), o Grupo estabelece o justo valor através de outras técnicas de avaliação como o recurso a
transacções de instrumentos financeiros substancialmente semelhantes, análises de fluxos financeiros
e modelos de opção de preços ajustados para reflectir as circunstâncias específicas. O justo valor dos
investimentos cotados é calculado com base na cotação de fecho da Euronext à data da demonstração da posição financeira.Os ‘Empréstimos e contas a receber’ e os ’Investimentos detidos até ao
vencimento’ são registados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efectiva.
O Grupo efectua avaliações à data de cada demonstração da posição financeira sempre que exista
evidência objectiva de que um activo financeiro possa estar em imparidade. No caso de instrumentos
de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa (queda superior a 20%)
ou prolongada (queda durante dois trimestres consecutivos) do seu justo valor para níveis inferiores ao
seu custo é indicativo de que o activo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes activos
financeiros, indícios objectivos de imparidade podem incluir:
- dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas;
- não cumprimento atempado por parte da contraparte dos créditos concedidos pelo Grupo;
- probabilidade elevada que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação
de dívida.
Para os activos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta
da diferença entre o seu valor contabilístico e o valor actual dos fluxos de caixa futuros descontados à
taxa de juro efectiva inicial.O valor contabilístico dos activos financeiros é reduzido directamente pelas
perdas de imparidade detectadas, com excepção das contas a receber de clientes e outros devedores em que o Grupo constitui uma conta de ‘Perdas de imparidade acumuladas’ específica para as
mesmas. Quando uma conta a receber de clientes e outros devedores é considerada como incobrável
a mesma é anulada por contrapartida da conta ’Perdas de imparidade acumuladas’. Recebimentos
posteriores de contas a receber de clientes e outros devedores anuladas das demonstrações financeiras
são registados a crédito na demonstração dos resultados do exercício. Alterações ocorridas na conta
‘Perdas de imparidade acumuladas’ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.Com
excepção dos ‘Investimentos disponíveis para venda’, se, num exercício subsequente, ocorrer uma
diminuição das Perdas de imparidade acumuladas e se esse decréscimo se dever objectivamente a um
evento posterior à data de reconhecimento de tal imparidade, esse decréscimo é registado através da
demonstração dos resultados do exercício até ao limite da conta
em que o suporte contratual da transacção evidencie que o Grupo detém um interesse residual num
conjunto de activos após dedução de um conjunto de passivos.
b) CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor
nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
g) LETRAS DESCONTADAS E CONTAS A RECEBER CEDIDAS EM FACTORING
O Grupo desreconhece activos financeiros das suas demonstrações financeiras, unicamente quando o
direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma terceira
entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos,
continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica de ‘Empréstimos’ a contrapartida monetária pelos activos cedidos.Consequentemente, os saldos
de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring
à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de ‘factoring sem
recurso’, são relevadas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.
c) EMPRÉSTIMOS
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões
com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa
de juro efectiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio
da especialização dos exercícios.
d) CONTAS A PAGAR E OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.
e) PASSIVOS FINANCEIROS E INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transacção. São considerados pelo Grupo instrumentos de capital próprio aqueles
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
f) INSTRUMENTOS DERIVADOS
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma
de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de
negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada
pelo Conselho de Administração do Grupo.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura
de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de
empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos
de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro
são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que
configuram relações perfeitas de cobertura.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos
de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- A eficácia da cobertura pode ser fielmente mensurada;
- Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
- A transacção objecto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados pelo
seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor
destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efectiva, são reconhecidas na demonstração do
rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo transferidos para resultados no
mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta os resultados. A parcela de cobertura
não efectiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.
A reavaliação dos instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido.
Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura,
as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral
na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são transferidas para resultados do exercício, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.
ix) Caixa e seus equivalentes
Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa,
depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três
meses) para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.
x) Inventários
As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo
médio de aquisição, ou do respectivo valor de mercado (estimativa do seu preço de venda deduzido
dos gastos a incorrer com a sua alienação). Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e
os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo
valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra
directa e gastos gerais de fabrico.
Considera-se, para efeito de capitalização dos encargos financeiros, que o empreendimento está em
curso se aguardar decisão das autoridades envolvidas, ou se se encontrar em fase de construção.
Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado parado e as capitalizações acima
referidas são suspensas.O rédito, neste tipo de operações, tem sido gerado e reconhecido, essencialmente, aquando da cedência da posição contratual que as empresas do Grupo detêm nos contratos
de locação financeira imobiliária, em função da diferença entre o preço acordado com um terceiro e o
preço inicialmente contratado com a locatária.
xi) Especialização de exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo
qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em
que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outros activos correntes’, ‘Outros activos não
correntes’, ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros passivos não correntes’.
d) TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA
Os gastos internos (materiais, mão de obra e gastos gerais de fabrico) incorridos na produção de
activos fixos tangíveis são objecto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes
requisitos:
- os activos desenvolvidos são identificáveis;
- existe forte probabilidade de os activos gerarem benefícios económicos futuros; e
- os gastos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.
Os trabalhos para a própria empresa registados no exercício de 2010 pelo Grupo correspondem,
essencialmente, à actividade de construção de parques eólicos na Polónia, Roménia e Portugal.
xii) Rédito
O rédito é registado pelo justo valor dos activos recebidos ou a receber, líquido de descontos e
de devoluções expectáveis.
a) RECONHECIMENTO DE GASTOS E RENDIMENTOS EM OBRAS (CONSTRUÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS E CONSTRUÇÃO DE PARQUES EÓLICOS E SOLARES CHAVE NA MÃO).
O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada
obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a
obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores facturados, são contabilizadas nas sub-rubricas ‘Trabalhos em curso’ ou
‘Facturação antecipada’, incluídas nas rubricas ‘Outros activos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’,
respectivamente.Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente
da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.As reclamações para reembolso de
gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações
atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é
possível mensurá-la com fiabilidade.Para fazer face aos gastos a incorrer durante o período de garantia
das obras, o Grupo reconhece anualmente uma provisão para fazer face a tal obrigação legal, a qual
é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de gastos incorridos no passado
com as obras em período de garantia.Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de
construção excedam os rendimentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do exercício.
b) OBRAS DE CURTA DURAÇÃO
Nestes contratos de prestação de serviços, o Grupo reconhece os rendimentos e gastos à medida que
se facturam ou incorrem, respectivamente.
c) RECONHECIMENTO DE GASTOS E RENDIMENTOS NA ACTIVIDADE IMOBILIÁRIA
As empresas do Grupo têm recorrido a operações de leasing imobiliário, como forma de financiar
todos os seus projectos imobiliários. Os gastos relevantes com os empreendimentos imobiliários são
apurados tendo em conta os gastos directos de construção, assim como todos os gastos associados
à elaboração de projectos e licenciamento das obras. Os gastos imputáveis ao financiamento do
empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imobiliários, desde que
estes se encontrem em curso.Em 31 de Dezembro de 2010, foram incluídos na rubrica de ‘Inventários’
o montante de Euro 107.869 (Euro 350.975 em 31 de Dezembro de 2009) relativos a juros suportados
especificamente com empréstimos destinados à construção de empreendimentos imobiliários.
e) RECONHECIMENTO DE RÉDITO EM VENDAS DE MERCADORIAS E PRODUTOS ACABADOS
O reconhecimento do rédito resultante da venda de mercadorias e de produtos acabados, ocorre unicamente quando todas as condições descritas abaixo se encontrarem cumpridas:
- O Grupo transferiu para o comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à posse dos
bens alienados;
- O Grupo não retém qualquer envolvimento ou qualquer controlo continuado sobre os bens alienados;
- O montante do rédito possa ser estimado de forma fiável;
- É provável que os benefícios económicos associados à alienação de tais bens venham a ser
recebidos; e
- Os gastos incorridos, ou a incorrer, com tal alienação possam ser estimados com fiabilidade.
67
f) RECONHECIMENTO DO RÉDITO RELATIVO A DIVIDENDOS E A JUROS
O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito do Grupo ao recebimento dos mesmos for estabelecido.O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o valor do capital mutuado e a
taxa de juro efectiva da operação.
xiii) Gastos com a preparação de propostas
Os gastos incorridos com a preparação de propostas em concursos diversos são reconhecidos na
demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho das propostas não ser controlável.
xiv) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Demonstrações financeiras individuais:
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de
apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças
de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em
vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da
demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na
demonstração dos resultados do exercício.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstrações financeiras consolidadas:
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os activos e passivos das demonstrações financeiras das entidades estrangeiras do Grupo são convertidos para Euro utilizando as taxas
de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira. Os gastos e rendimentos, bem
como os fluxos de caixa são igualmente convertidos para Euro, utilizando a taxa de câmbio média
verificada no exercício. Adicionalmente, alguns empréstimos de médio e longo prazo ou sem prazo
de reembolso definido, concedidos a participadas que operam em países que não adoptam o Euro,
foram considerados como parte integrante do investimento líquido do Grupo, sendo a diferença cambial resultante registada na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de
conversão cambiais’. No momento da alienação de tais entidades estrangeiras, as diferenças de
conversão cambiais acumuladas são registadas na demonstração dos resultados do exercício.
As diferenças de consolidação e os ajustamentos para o justo valor dos activos e passivos adquiridos,
resultantes da aquisição de entidades estrangeiras, são tratados como activos e passivos em moeda
estrangeira e são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira.Foram usadas as seguintes taxas de câmbio na preparação das demonstrações financeiras:
1 € EQUIVALE A:
TAXA DE FECHO
31 DEZEMBRO
2010
VARIAÇÃO
EM %
31 DEZEMBRO
2010
31 DEZEMBRO
2009
VARIAÇÃO
EM %
-18,6%
Dólar da Austrália
1,314
1,601
-17,9%
1,442
1,773
Lev da Bulgária
1,956
1,956
-
1,956
1,956
-
25,061
26,473
-5,3%
25,284
26,435
-4,4%
Coroa checa
68
TAXA MÉDIA
31 DEZEMBRO
2009
Zloti da Polónia
3,975
4,105
-3,2%
3,995
4,328
-7,7%
Novo Leu da Roménia
4,262
4,236
0,6%
4,212
4,240
-0,7%
Dólar dos Estados
Unidos
1,336
1,441
-7,2%
1,326
1,395
-5,0%
Rand da África do Sul
8,863
10,666
-16,9%
9,698
11,674
-16,9%
Real do Brasil
2,218
2,511
-11,7%
2,331
2,767
-15,8%
40,170
47,986
-16,3%
42,014
47,804
-12,1%
126,470
131,499
-3,8%
125,436
110,360
13,7%
11,241
11,422
-1,6%
11,250
11,322
-0,6%
Libra esterlina
0,861
0,888
-3,1%
0,858
0,891
-3,7%
Dólar do Canadá
1,332
-
-
1,365
-
Baht da Tailândia
Kwanza de Angola
Dirham de Marrocos
-
xv) Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respectivos resultados tributáveis, de
acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte
contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos
fiscais atribuídos ao Grupo.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as
taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças
temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira
é efectuada uma reapreciação dos impostos diferidos activos, sendo os mesmos desreconhecidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
O montante de imposto diferido que resulte de transacções ou eventos reconhecidos em
contas de capital próprio, é registado directamente nessas mesmas rubricas, não afectando o
resultado do exercício.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
xvi) Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do
exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a construção de
activos fixos e de algumas existências (projectos imobiliários) são capitalizados, fazendo parte do
custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades
de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização, no final de
produção ou de construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.
A partir de 1 de Janeiro de 2009, o Grupo passou a capitalizar todos os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para a aquisição/produção de activos que se qualificam. Em 31 de
Dezembro de 2010 o montante de encargos financeiros capitalizados ascendeu a Euro 240.654 (Euro
795.439 em 31 de Dezembro de 2009 ).
xvii) Provisões
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente
(legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de
modo a reflectir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa
futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.
xviii) Subsídios atribuídos pelo Estado
Subsídios atribuídos para financiar acções de formação de pessoal e de apoio à contratação são
reconhecidos como rendimentos durante o período de tempo durante o qual o Grupo incorre nos
respectivos gastos.
Subsídios atribuídos para financiar investimentos em activos são registados como rendimentos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados durante o período de vida útil estimado para os
bens subsidiados.
xix) Imparidade de activos que não diferenças de consolidação
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e
sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante
pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma
perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas
por imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso.
O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção
ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à alienação. O valor
de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso
continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada
para cada activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à
qual o activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os
motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o activo
deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade
é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer
através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.
xx) Benefícios aos empregados
Complementos de reforma
Conforme mencionado na Nota 37, o Grupo contratou junto de uma empresa de seguros uma
apólice, que se traduz num fundo de capitalização, para fazer face aos complementos de reforma a
atribuir no futuro aos seus colaboradores.
As dotações de capital efectuadas para a referida apólice de seguro, mantida na Companhia de Seguros Global, são efectuadas anualmente, sempre que o Conselho de Administração do Grupo assim o delibere, e caso venham a ter lugar, traduzem-se num montante equivalente a um salário base
por colaborador e são registadas como gasto, na demonstração dos resultados, na rubrica ‘Gastos
com o pessoal’. Adicionalmente, o direito a receber tal seguro na idade de reforma apenas ocorrerá
se o colaborador terminar a sua carreira no Grupo, caso contrário perderá o direito ao mesmo.
Opções sobre acções
O Grupo remunera os serviços prestados por alguns dos seus colaboradores, através de um plano de
atribuição de opções sobre acções, liquidado com base em capital próprio. O justo valor dos serviços recebidos é registado como um gasto na demonstração dos resultados, por contrapartida de um
incremento nos capitais próprios, ao longo do período de aquisição de direitos pelos colaboradores.
O valor total a registar como gasto foi determinado com base no justo valor das opções atribuídas,
que foi estimado apenas com recurso a condições de mercado. As condições de aquisição que não
são as condições de mercado foram consideradas para estimar o número de opções que no final do
período de aquisição terão direitos adquiridos. Em cada data de relato, o Grupo revê a estimativa do
número de opções que se espera que se tornem exercíveis e reconhece o impacto da revisão da estimativa original na demonstração dos resultados por contrapartida da demonstração das alterações
no capital próprio.
xxi) Classificação na demonstração da posição financeira
Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição
financeira são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes. Adicionalmente,
pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como activos e passivos
não correntes.
xxii) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo
os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando
benefícios económicos futuros seja remota. Um activo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de um benefício
económico futuro.
xxiii) Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do
método directo. O Grupo classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais, de financiamento e de investimento. As actividades operacionais englobam os recebimentos de clientes,
pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a actividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas actividades de investimento incluem, nomeadamente,
aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos
decorrentes da compra e da venda de activos tangíveis e intangíveis. Os fluxos de caixa abrangidos
nas actividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.
xxiv) Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem
informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira
(adjusting events) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a
data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que
ocorram após a data da demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são
divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.
xxv) Julgamentos e estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo
baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 incluem:
- justo valor e vidas úteis dos activos tangíveis, nomeadamente, dos terrenos e edifícios;
- testes de imparidade realizados às diferenças de consolidação;
- registo de provisões e perdas de imparidade;
- reconhecimento de rendimentos em obras em curso;
- reconhecimento de activos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais;
- apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação
das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas.
Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
consolidadas serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
69
xxvi) Gestão dos riscos financeiros
A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos
quais as actividades do Grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de preço,
risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.
a) RISCO DE PREÇO
A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo. Alterações do preço do
aço e do alumínio afectam a actividade operacional das áreas de negócio de construção metálica e
de equipamentos para energia. A Martifer tem procurado mitigar este risco através de contratos com
clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente
e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projectos de grande dimensão.
b) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO
O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de
variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio do
Grupo resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
70
do Euro, das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transacções efectuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de
reporte do Grupo.
A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objectivo último
diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.
No âmbito da actividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transacções sejam
realizadas nas respectivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respectivas moedas locais.
Certas actividades desenvolvidas pelo Grupo estão expostas a variações das taxas de câmbio das
moedas locais face a outras moedas. O preço de algumas matérias-primas, como sejam o aço e o
alumínio, são geralmente expressos ou indexados ao dólar norte-americano, o que pode ter impacto
nos resultados do Grupo. Em grande medida, é possível repercutir essas variações nos preços de
venda. Quando não é possível, o Grupo procura mitigar esta exposição através da contratação de
derivados cambiais na subsidiária exposta a esse risco.
O Grupo tem subsidiárias localizadas fora da zona Euro, designadamente na Roménia, Polónia,
Brasil, Estados Unidos da América, Angola, Austrália, República Checa, Reino Unido, Marrocos
e Canadá, que relatam em moeda diferente do Euro. A exposição ao risco cambial decorre do
facto de, no processo de preparação das contas consolidadas do Grupo, ser necessário a transposição das demonstrações financeiras das subsidiárias para o Euro. Existem ainda transacções
entre empresas do Grupo realizadas em moeda diferente do Euro ou em Euro com empresas
que reportam em outra moeda, resultando em variações cambiais (é o caso dos suprimentos
realizados pelas holdings de cada área de negócio a subsidiárias estrangeiras, nomeadamente
as localizadas fora da Zona Euro).
No que respeita ao risco cambial emergente da conversão dos investimentos do Grupo em
subsidiárias que relatam em moedas diferentes do Euro, o Grupo procura efectuar a sua gestão
com base em hedging natural, recorrendo ao balanço das empresas, nomeadamente procurando contrair financiamento em moeda local. Paralelamente, o Grupo procura mitigar este
impacto cambial através da diversificação dos países em que está presente.
O montante de activos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro,
materialmente relevantes, pode ser resumido como se segue:
ACTIVOS
PASSIVOS
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
Novo Leu (Roménia)
184.470.569
375.126.865
101.593.126
277.780.174
Zloti (Polónia)
171.742.898
150.689.688
168.886.764
147.746.056
Dólar Americano (E.U.A.)
78.012.779
45.115.616
36.111.992
11.942.939
Kwanza (Angola)
61.491.755
46.898.885
49.399.625
41.344.309
Real (Brasil)
58.095.144
90.013.456
30.164.765
61.096.257
Dirham (Marrocos)
24.530.513
-
23.031.876
-
Dólar Australiano (Austrália)
14.386.480
9.785.819
11.648.413
7.597.881
Coroa Checa (República Checa)
4.225.015
1.033.870
3.993.186
1.010.456
Dólar Canadiano (Canadá)
3.980.095
-
3.988.297
-
Libra Esterlina (Reino Unido)
526.248
-
521.246
-
Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das
demonstrações financeiras das suas subsidiárias, que relatam em moeda diferente do Euro, caso
ocorresse uma variação de 1% nas taxas de câmbio acima referidas, podem ser resumidos como se
segue (valores em Euro):
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
2010
DEPRECIAÇÃO
DA MOEDA LOCAL
FACE AO EURO
2009
IMPACTO
EM
RESULTADOS
IMPACTO
EM CAPITAIS
PRÓPRIOS
IMPACTO
EM
RESULTADOS
IMPACTO
EM CAPITAIS
PRÓPRIOS
(963,829)
New leu (Romania)
1%
222,075
167,127
125,696
Zloty (Poland)
1%
147,867
105,501
73,975
(29,145)
US dollar (U.S.A.)
1%
4,181
61,269
27,090
(328,442)
-
Canadian dollar (Canada)
1%
81
17
-
Pound sterling (United Kingdom)
1%
(50)
(156)
-
-
Czech koruna (Czech Republic)
1%
(2,295)
(2,045)
160
(232)
Moroccan dirham (Morocco)
1%
(14,838)
(14,728)
-
-
Australian dollar (Australia)
1%
(22,210)
1,295
7,830
(21,663)
Kwanza (Angola)
1%
(78,711)
(65,478)
(12,359)
(54,996)
Real (Brazil)
1%
(276,538)
(41)
21,271
(286,309)
c) RISCO DE TAXA DE JURO
O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado. O
Grupo recorre a financiamentos externos no decurso da sua actividade, estando exposto ao risco de taxa
de juro já que grande parte da dívida financeira do Grupo está indexada a taxas de juro de mercado.
Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre a empréstimos de
taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição
a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos
de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa
de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.
d) RISCO DE LIQUIDEZ
O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras
tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.
O Grupo gere o risco de liquidez de duas formas principais:
- Por um lado, procura garantir que a estrutura de financiamento do Grupo é adequada à natureza
das suas obrigações. Investimentos realizados em activos fixos, incluindo investimentos financeiros,
são financiados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não
correntes), enquanto que responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de curto
prazo. Os empréstimos de médio e longo prazo são contratados geralmente por prazos de 5 a 7
anos, normalmente com períodos de carência de reembolso de capital de 1 a 2 anos.
- Por outro lado, as subsidiárias têm contratado com instituições financeiras facilidades de crédito
disponíveis de imediato, por um montante que garante adequada liquidez. O montante das linhas de
crédito disponíveis e não utilizadas, no final de 2010, ascendia a cerca de Euro 57 milhões. As subsidiárias
contam, ainda, com disponibilidades suficientes para garantir os seus compromissos de curto prazo.
e) RISCO DE CRÉDITO
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias a
uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do Grupo
Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.
Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como
racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objectivo último assegurar a efectiva
cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.
Com este objectivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito, e efectua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a actividade creditícia e
minimizar a ocorrência de incobráveis.
2. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
Em 31 de Dezembro de 2010, as empresas incluídas na consolidação, respectivos métodos de consolidação, bem como as suas sedes sociais e proporção
do capital detido, são como se segue:
EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL
PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO
DENOMINAÇÃO SOCIAL
SEDE SOCIAL
DESIGNAÇÃO
DIRECTAMENTE
Martifer SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer SGPS
Holding
Martifer Inovação e Gestão, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Inovação
Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L.
Bucareste
Martifer Inovação Roménia
Oliveira de Frades
Martifer Metallic Constructions
Oliveira de Frades
Martifer Construções
Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A.
Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A.
Marifer Mota-Engil Coffey Construction
Joint Venture Limited
INDIRECTAMENTE
TOTAL
100,00%
-
100,00%
100,00%
-
100,00%
100,00%
-
100,00%
-
100,00%
100,00%
Dublin
MMECC
-
60,00%
60,00%
Martifer – Construcciones Metálicas España, S.A.
Madrid
Martifer Espanha
-
100,00%
100,00%
Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A.
Luanda
Martifer Angola
-
78,75%
78,75%
Martifer Construction Limited
Dublin
Martifer Irlanda
-
100,00%
100,00%
Martifer Polska Sp. Zo.o.
Gliwice
Martifer Polska
-
100,00%
100,00%
Martifer Constructions, SAS
Rungis
Martifer França
-
100,00%
100,00%
Martifer Constructii SRL
Bucareste
Martifer Constructii
-
100,00%
100,00%
Park Logistyczny Biskupice
Gliwice
Biskupice
-
90,00%
90,00%
Martifer Konstrukcje Sp. Z o.o.
Gliwice
Martifer Konstrukcje
-
100,00%
100,00%
Martifer Slovakia S.R.O.
Bratislava
Martifer Slovakia
-
100,00%
100,00%
Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A.
Albergaria-a-velha
Madeiras do Vouga
-
100,00%
100,00%
Martifer - Gestão de Investimentos, S.A.
Oliveira de Frades
MGI
-
100,00%
100,00%
Oliveira de Frades
Nagatel Viseu
-
100,00%
100,00%
Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A.
Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A.
Luanda
Martifer Retail Angola
-
100,00%
100,00%
Martifer - Alumínios, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Alumínios
-
100,00%
100,00%
Martifer - Alumínios, S.A.
Madrid
Martifer Alumínios Espanha
-
100,00%
100,00%
Martifer Alumínios Angola, S.A.
Luanda
Martifer Alumínios Angola
-
92,00%
92,00%
Martifer Recycling S.R.L.
Bucareste
Martfer Recycling Roménia
-
100,00%
100,00%
Martifer Recycling Sp. Zo.o
Gliwice
Martfer Recycling Polónia
-
100,00%
100,00%
Martifer Aluminium Pty, Ltd
Sidney
Sassall
-
100,00%
100,00%
Banguecoque
Global Façade Systems 1)
-
49,00%
49,00%
Martifer Aluminium UK Limited
Londres
Martifer Aluminium UK
-
100,00%
100,00%
Martifer Aluminium Limited
Dublin
Martifer Aluminium Irlanda
-
100,00%
100,00%
Martifer Aluminium S.R.L.
Bucareste
Martifer Aluminium Roménia
-
100,00%
100,00%
Sever do Vouga
Martifer II Inox
-
75,00%
75,00%
Luanda
Martinox Angola
-
63,00%
63,00%
MT Construction Maroc, S.A.R.L.
Tânger
Martifer Marrocos
-
100,00%
100,00%
Martifer - Construções Metálicas, Ltda.
Fortaleza
Martifer Brasil
-
100,00%
100,00%
Viena
Martifer GmbH
100,00%
-
100,00%
Gliwice
M City Gliwice
-
52,80%
52,80%
Global Façade Systems Company Limited
Martifer II Inox, S.A.
Martinox, S.A.
Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH
M City Gliwice Sp. Zo.o
Martifer Energy Systems SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Energy Systems
100,00%
-
100,00%
Martifer Energia – Equipamentos para Energia, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Energia
-
100,00%
100,00%
Martifer Energia S.R.L.
Bucareste
Martifer Energia Roménia
-
100,00%
100,00%
Martifer Energia Sp. Z.o.o
Gliwice
Martifer Energia Polónia
-
100,00%
100,00%
Martifer Energia LLC
Kiev
Martifer Energia Ucrânia
-
100,00%
100,00%
Martifer Wind Energy Systems LLC
San Angelo TX
Martifer Wind USA
-
100,00%
100,00%
71
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO
DENOMINAÇÃO SOCIAL
SEDE SOCIAL
DESIGNAÇÃO
Martifer Energy Systems PTY
Cidade do Cabo
INDIRECTAMENTE
TOTAL
Martifer Energia África do Sul
-
85,00%
85,00%
Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A.
Aveiro
Navalria
-
100,00%
100,00%
Ventinveste Indústria SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Ventinveste Indústria
-
46,60%
46,60%
Martifer Solar SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Solar
100,00%
-
100,00%
Oliveira de Frades
Martifer Solar
-
75,00%
75,00%
Madrid
Martifer Solar Sistemas Solares
-
75,00%
75,00%
Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE, S.A.
Madrid
Solar Parks
-
75,00%
75,00%
Parque Solar Seseña I, S.L.
Madrid
Seseña I
-
75,00%
75,00%
Parque Solar Segovia, S.L.
Madrid
Segovia
-
75,00%
75,00%
Parque Solar Quintanar, S.L.
Madrid
Quintanar
-
75,00%
75,00%
Parque Solar Seseña III, S.L.
Madrid
Seseña III
-
75,00%
75,00%
Inovsun, Lda.
Oliveira de Frades
Inovsun
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar S.R.L.
Milão
Martifer Solar Itália
-
75,00%
75,00%
MTS1 S.R.L.
Siracusa
MTS1
-
75,00%
75,00%
MTS2 S.R.L.
Siracusa
MTS2
-
75,00%
75,00%
MTS3 S.R.L.
Siracusa
MTS3
-
75,00%
75,00%
MTS4 S.R.L.
Siracusa
MTS4
-
75,00%
75,00%
MTS5 S.R.L.
Siracusa
MTS5
-
75,00%
75,00%
S. Francisco CA
-
75,00%
75,00%
-
47,63%
47,63%
Martifer Solar, S.A.
Martifer Solar Sistemas Solares, S.A.
Martifer Solar Inc.
72
DIRECTAMENTE
Martifer Solar USA, Inc.
Santa Monica CA
Martifer Inc.
AEM 1)
Martifer Silverado Fund LLC
S. Francisco CA
Silverado 1)
-
38,25%
38,25%
Martifer Solar Hellas, A.T.E.
Atenas
PVI
-
50,58%
50,58%
Martifer Solar Angola
Luanda
Martifer Solar Angola
-
56,25%
56,25%
Martifer Solar N.V.
Deerlijk
Martifer Solar Bélgica
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar S.A.S.
Lyon
Martifer Solar França
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar CZ s.r.o.
Praga
-
75,00%
75,00%
Home Energy II, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Solar República Checa
Home Energy II 1)
-
45,00%
45,00%
PVGlass, S.A.
Oliveira de Frades
PVGlass
-
52,50%
52,50%
Home Energy France S.A.S.
Lyon
Home Energy França
-
75,00%
75,00%
MPrime Solar Solutions, S.A.
Oliveira de Frades
MPrime
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar Investments, B.V.
Amsterdam
Martifer Solar Holanda
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar Canadá, Ltd.
Toronto
Martifer Solar Canadá
-
75,00%
75,00%
MTS6 S.R.L.
Siracusa
MTS6
-
75,00%
75,00%
MTSK1 s.r.o.
Cadca
MTSK1
-
75,00%
75,00%
Martifer Solar SK s.r.o.
Dolny Kubin
Martifer Solar Eslováquia
-
75,00%
75,00%
Canopy - Apollo S.A.S.
Paris
Canopy
-
75,00%
75,00%
Gargano Solar Park S.R.L.
Cassola
Gargano Solar Park
-
75,00%
75,00%
Ginosa Solar Farm, S.R.L.
Roma
Ginosa Solar Farm
-
75,00%
75,00%
Solar Spritehood S.R.L
Roma
Solar Spritehood
-
75,00%
75,00%
MTS7, S.R.L.
Roma
MTS7
-
75,00%
75,00%
Martifer Renewables SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Renewables SGPS
100,00%
-
100,00%
Martifer Renewables, S.A.
Oliveira de Frades
Martifer Renewables SA
-
100,00%
100,00%
Martifer Renovables ETVE, S.A.U.
Madrid
Martifer Renovables
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 1 S.L.
Madrid
Eurocab 1
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 2 S.L.
Madrid
Eurocab 2
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 3 S.L.
Madrid
Eurocab 3
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 4 S.L.
Madrid
Eurocab 4
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 5 S.L.
Madrid
Eurocab 5
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 6 S.L.
Madrid
Eurocab 6
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 7 S.L.
Madrid
Eurocab 7
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 8 S.L.
Madrid
Eurocab 8
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 9 S.L.
Madrid
Eurocab 9
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 10 S.L.
Madrid
Eurocab 10
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 11 S.L.
Madrid
Eurocab 11
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 12 S.L.
Madrid
Eurocab 12
-
100.00%
100.00%
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO
DENOMINAÇÃO SOCIAL
SEDE SOCIAL
DESIGNAÇÃO
DIRECTAMENTE
Eurocab FV 13 S.L.
Madrid
INDIRECTAMENTE
TOTAL
Eurocab 13
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 14 S.L.
Eurocab FV 15 S.L.
Madrid
Eurocab 14
-
100,00%
100,00%
Madrid
Eurocab 15
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 16 S.L.
Madrid
Eurocab 16
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 17 S.L.
Madrid
Eurocab 17
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 18 S.L.
Madrid
Eurocab 18
-
100,00%
100,00%
Eurocab FV 19 S.L.
Madrid
Eurocab 19
-
100,00%
100,00%
Martifer Renewables Brasil Participações LTDA
Fortaleza
Martifer Renewables Brasil
-
100,00%
100,00%
Martifer Renováveis - Geração de Energia e
Participações S.A.
Fortaleza
Ventania
-
55,00%
55,00%
Fortaleza
Faisa
-
55,00%
55,00%
Eólica Faisa I, Ltda.
Fortaleza
Faisa I
-
55,00%
55,00%
Eólica Faisa II, Ltda.
Fortaleza
Faisa II
-
55,00%
55,00%
Eólica Faisa III, Ltda.
Fortaleza
Faisa III
-
55,00%
55,00%
Eólica Faisa IV, Ltda.
Fortaleza
Faisa IV
-
55,00%
55,00%
Eólica Faisa V, Ltda.
Fortaleza
Faisa V
-
55,00%
55,00%
MS – Participações Societárias, S.A.
Fortaleza
MS (ex-Faisa Biomassa)
-
55,00%
55,00%
Eólica Embuaca, Ltda.
Fortaleza
Embuaca
-
55,00%
55,00%
Eólica Mar e Terra, Ltda.
Fortaleza
Mar e Terra
-
55,00%
55,00%
Eólica Bela Vista, Ltda.
Fortaleza
Bela Vista
-
55,00%
55,00%
Eólica Cajueiro da Praia, Ltda .
Fortaleza
Cajueiro
-
55,00%
55,00%
Eólica Cacimbas, Ltda.
Fortaleza
Cacimbas
-
55,00%
55,00%
SBER – Sociedade Brasileira de Energias
Renováveis, Ltda.
Fortaleza
SBER 1)
-
41,25%
41,25%
Melosa – Geração de Energia e Participações, Ltda.
Fortaleza
Melosa
-
55,00%
55,00%
Eólica Paraipaba, Ltda .
Fortaleza
Paraipaba
-
55,00%
55,00%
Eólica Chapadão, Ltda.
Fortaleza
Chapadão
-
55,00%
55,00%
Rosa dos Ventos - Geração e Comercialização
de Energia, S.A
Fortaleza
Rosa dos Ventos
-
52,25%
52,25%
Eólica Icaraí, Ltda.
Fortaleza
Icaraí
-
55,00%
55,00%
Madrid
Eurocab 20
-
100,00%
100,00%
Eólica Faisa, Ltda.
Eurocab FV 20 S.L.
Eviva Energy S.R.L.
Bucareste
Eviva Roménia
-
100,00%
100,00%
Eviva Nalbant S.R.L.
Bucareste
Eviva Nalbant
-
99,00%
99,00%
Eviva Agighiol S.R.L.
Bucareste
Eviva Agighiol
-
99,00%
99,00%
Eviva Casimcea S.R.L.
Bucareste
Eviva Casimcea
-
99,00%
99,00%
Premium Management Consulting, S.R.L.
Bucareste
Premium Management
-
85,00%
85,00%
MW Topolog, S.R.L.
Bucareste
MW Topolog
-
99,00%
99,00%
Gliwice
Eviva Polónia
-
100,00%
100,00%
IWP Sp. Z o.o.
Gliwice
IWP
-
100,00%
100,00%
Bukowsko
Gliwice
Bukowsko
-
100,00%
100,00%
Eviva Mepe
Atenas
Eviva Grécia
-
100,00%
100,00%
Martifer Renewables, S.A.
Martifer Renewables Pty, Ltd.
Sidney
Eviva Austrália
-
100,00%
100,00%
Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH
Wien
Eviva GmbH
-
100,00%
100,00%
Eviva Hidro S.R.L.
Bucareste
Eviva Hidro
-
100,00%
100,00%
Martifer Deutschland GmbH
Berlim
Martifer Deutschland
-
100,00%
100,00%
Martifer Renewables Bippen GmbH
Berlim
Eviva Bippen
-
100,00%
100,00%
San Francisco CA
Eviva Electricity
-
80,00%
80,00%
Martifer Renewables Wind LLC
San Diego CA
Eviva Spinnaker
-
80,00%
80,00%
Martifer Renewables Solar Thermal LLC
San Diego CA
Eviva Solar LLC
-
80,00%
80,00%
Gesto Energia, S.A.
Oliveira de Frades
Gesto Energia
-
75,00%
75,00%
Martifer Renewables II Microprodução, S.A.
Vouzela
Martifer Renewables II Microprodução
-
60,00%
60,00%
Martifer Renewables Electricity LLC
73
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO
DENOMINAÇÃO SOCIAL
SEDE SOCIAL
DESIGNAÇÃO
DIRECTAMENTE
Oliveira de Frades
INDIRECTAMENTE
TOTAL
G.I.G.
-
75,00%
75,00%
Hidroavelar, Unipessoal Lda.
Sociedade Hidroeléctrica do Távora, Unipessoal Lda.
Oliveira de Frades
Hidroavelar
-
75,00%
75,00%
Oliveira de Frades
Hidroeléctrica do Távora
-
75,00%
75,00%
Sociedade Geotérmica da Bacia Lusitaniana, Unipessoal Lda.
Oliveira de Frades
Soc. Geotérmica da Bacia Lusitaniana
-
75,00%
75,00%
Gesto Itália, S.R.L.
Roma
Gesto Itália
-
75,00%
75,00%
Eviva Energy SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Enerpetra
-
100,00%
100,00%
Wind Farm Odrzechowa Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Odrzechowa
-
100,00%
100,00%
Energia Wiatrowa Sp. Zo.o
Gliwice
Energia Wiatrowa
-
100,00%
100,00%
Eviva Gizalki Sp. Zo.o
Miastko
Eviva Gizalki
-
60,00%
60,00%
Wind Farm Bukowsko Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Farm Bukowsko
-
100,00%
100,00%
Wind Farm Markowa Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Farm Markowa
-
100,00%
100,00%
Wind Farm Lada Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Farm Lada
-
100,00%
100,00%
Wind Farm Jawornik Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Farm Jawornik
-
100,00%
100,00%
Wind Farm Piersno Sp. Zo.o
Gliwice
Wind Farm Piersno
-
100,00%
100,00%
Martifer Renewables Brazil B.V.
Amesterdão
Renewables Holanda
-
100,00%
100,00%
Varna
Vesto
-
100,00%
100,00%
DVP1 Limited
Varna
DVP1
-
100,00%
100,00%
DVP2 Limited
Varna
DVP2
-
100,00%
100,00%
Madrid
Eurocab 21
-
100,00%
100,00%
Martifer Renewables Italy B.V.
Amesterdão
Renewables Italy Holanda
-
100,00%
100,00%
Prio Agriculture, B.V.
Delft
Prio Holanda
-
100,00%
100,00%
Amesterdão
Porthold
-
100,00%
100,00%
G.I.G. - Gesto Investimento e Gestão, SGPS, S.A.
Vesto EAD
Martifer Renewables Investments ETVE, S.A.
Porthold Project Development BV
1)
A consolidação destas empresas pelo método integral justifica-se na medida em que o Grupo detém participações em escada com controlo a cada nível.
74
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO PROPORCIONAL
As empresas consolidadas pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:
PERCENTAGE OF SHARE CAPITAL HELD
COMPANY
HEAD OFFICE
DESIGNATION
DIRECTLY
Gebox, S.A.
Ílhavo
INDIRECTLY
TOTAL
Gebox
-
50,00%
50,00%
Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda.
Oliveira de Frades
WPT – Wind Power Transmission, S.A.
Promoquatro
WPT 1)
-
50,00%
50,00%
Oliveira de Frades
-
33,33%
33,33%
Ventinveste, S.A.
Lisboa
Ventinveste SA 2)
5,00%
41,60%
46,60%
Ventinveste Eólica, SGPS, S.A.
Lisboa
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico de Torrinheiras, S.A.
Lisboa
Ventinveste Eólica 2)
PE Torrinheiras 2)
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico do Douro Sul, S.A.
Lisboa
PE Douro Sul 2)
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A.
Lisboa
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico de Vale Grande, S.A.
Lisboa
PE Pinhal do Oeste 2)
PE Vale Grande 2)
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico de Vale do Chão, S.A.
Lisboa
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A.
Lisboa
PE Vale do Chão 2)
PE Cabeço Norte 2)
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A.
Lisboa
-
46,60%
46,60%
Parque Eólico do Planalto, S.A.
Lisboa
PE Serra do Oeste 2)
PE Planalto 2)
-
46,60%
46,60%
Eviva Dunowo, Sp. Z o.o.
Gliwice
Eviva Dunowo
-
50,00%
50,00%
SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A.
Lisboa
SPEE 3
-
50,00%
50,00%
SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A.
Oliveira de Frades
SPEE 2
-
50,00%
50,00%
Macquarie Capital Wind Fund Pty Limited
Sidney
-
50,00%
50,00%
Silverton Wind Farm Holding
Sidney
Macquarie
Silverton 1)
-
25,00%
25,00%
REpower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A.
Oliveira de Frades
-
50,00%
50,00%
Ventipower, S.A.
Oliveira de Frades
Repower Portugal
Ventipower 2)
-
46,60%
46,60%
Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC
San Angelo TX
Martifer Energy Systems USA
-
50,00%
50,00%
M City Bialystok Sp. Zo.o
Gliwice
M City Bialystok
-
50,00%
50,00%
M City Radom Sp. Zo.o
Gliwice
M City Radom
-
50,00%
50,00%
Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda.
Oliveira de Frades
PE Penha da Gardunha
-
50,00%
50,00%
75
A consolidação destas empresas pelo método proporcional justifica-se na medida em que o Grupo detém controlo conjunto sobre as empresas que
detêm estas participações, as quais têm depois controlo ou controlo partilhado sobre a empresa participada.
2) A consolidação destas empresas pelo método proporcional justifica-se pela existência de acordos parassociais que determinam o controlo partilhado
das mesmas.
1)
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
As empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:
PERCENTAGE OF SHARE CAPITAL HELD
COMPANY
HEAD OFFICE
DESIGNATION
Porto
Parque Tecnológico do Tâmega
Felgueiras
Liszki Green Park, Sp. Zo.o
Gliwice
Proempar
76
DIRECTLY
INDIRECTLY
TOTAL
Proempar
-
24,00%
24,00%
PTT
Liszki Green Park
-
19,40%
19,40%
-
45,00%
45,00%
Parque Solar Seseña I, S.L.
Madrid
Seseña I
Prio Foods SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Prio SGPS
-
37,48%
37,48%
49,00%
-
49,00%
49,00%
Prio Foods, S.A.
Oliveira de Frades
Prio Foods
-
49,00%
Prio Agricultura, S.A.
Maputo
Prio Agricultura Moçambique
-
49,00%
49,00%
Prio Agricultura, S.R.L.
Bucareste
Prio Agricultura Roménia
-
49,00%
49,00%
49,00%
Prio Agromart S.R.L.
Bucareste
Prio Agromart
-
49,00%
Prio Balta S.R.L.
Bucareste
Prio Balta
-
49,00%
49,00%
Prio Facaieni S.R.L.
Bucareste
Prio Facaieni
-
49,00%
49,00%
Prio Ialomita S.R.L.
Bucareste
Prio Ialomita
-
49,00%
49,00%
Prio Rapita S.R.L.
Bucareste
Prio Rapita
-
49,00%
49,00%
49,00%
Prio Terra Agricola S.R.L.
Bucareste
Prio Terra Agricola
-
49,00%
Prio Turism Rural S.R.L
Bucareste
Prio Turism Rural
-
49,00%
49,00%
Agromec Balaciu, S.A.
Bucareste
Agromec Balaciu
-
42,60%
42,60%
Miharox
Zimbrul
-
40,47%
40,47%
-
49,00%
49,00%
-
48,98%
48,98%
Miharox S.R.L.
Bucareste
Zimbrul, S.A.
Bucareste
Agrozootehnica Facaeni, S.A.
Bucareste
Prio Agrotrans S.R.L.
Bucareste
Agrozootehnica
Prio Agrotrans
Prio Agricultura e Extracção Ltda.
S. Luís do Maranhão
Prio Agricultura e Extracção
-
49,00%
49,00%
-
49,00%
49,00%
49,00%
Prio Extractie S.R.L.
Bucareste
Prio Extractie
-
49,00%
Prio Agro Industries, Sp. Z o.o.
Gliwice
Prio Polónia
-
49,00%
49,00%
Prio Biocombustibil S.R.L.
Bucharest
Prio Biocombustibil
-
49,00%
49,00%
49,00%
Prio Energy SGPS, S.A.
Oliveira de Frades
Prio Energy SGPS
-
49,00%
Prio Biocombustíveis, S.A.
Oliveira de Frades
Prio Biocombustíveis
-
49,00%
49,00%
Prio Energy, S.A.
Oliveira de Frades
Prio Energy
-
49,00%
49,00%
Mondefin, S.A.
Coimbra
Mondefin
-
49,00%
49,00%
Veiga & Seabra, S.A.
Aguada de Baixo
Veiga & Seabra
-
49,00%
49,00%
Prio Parque de Tanques de Aveiro, S.A.
Oliveira de Frades
Prio Tanques
-
49,00%
49,00%
Durante os exercícios de 2010 e de 2009, as alterações
ocorridas no perímetro de consolidação foram como segue:
CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS:
Em 2010:
Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. (Martifer Inovação Roménia)
MTS6 S.R.L. (MTS6)
Ginosa Solar Farm S.R.L. (Ginosa Solar Farm)
Solar Spritehood S.R.L. (Solar Spritehood)
Martifer - Construções Metálicas, Ltda (Martifer Brasil)
Martifer Solar SGPS, S.A. (Martifer Solar SGPS)
MT Silverado Fund LLC (Silverado)
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Home Energy France S.A.S. (Home Energy França)
MPrime Solar Solutions, S.A. (MPrime)
Martifer Solar Canadá, Ltd. (Martifer Solar Canadá)
Eólica Faisa I, Ltda (Faisa I)
Eólica Faisa II, Ltda (Faisa II)
Eólica Faisa III, Ltda (Faisa III)
Eólica Faisa IV, Ltda (Faisa IV)
Eólica Faisa V, Ltda (Faisa V)
Eólica Icaraí, Ltda. (Icaraí)
Martifer Renewables Italy BV (Renewables Italy Holanda)
Martifer Constructions, S.A.S. (Martifer França)
Martifer Solar SK s.r.o. (Martifer Solar Eslováquia)
Canopy – Apollo S.A.S. (Canopy)
Parque Solar Segovia, S.L. (Segovia)
Parque Solar Quintanar, S.L. (Quintanar)
Parque Solar Seseña III, S.L. (Seseña III)
Inovsun, Lda. (Inovsun)
Prio Parque de Tanques de Aveiro, S.A. (Prio Tanques)
Em 2009:
Martifer Solar S.A.S. (Martifer Solar França)
Parque Solar Seseña I, S.L. (Seseña I)
Parque Solar Seseña II, S.L. (Seseña II)
MTS1 S.R.L. (MTS1)
MTS2 S.R.L. (MTS2)
MTS3 S.R.L. (MTS3)
MTS4 S.R.L. (MTS4)
MTS5 S.R.L. (MTS5)
Martifer Recycling, S.R.L. (Martifer Recycling Roménia)
Martifer Wind Energy Systems LLC (Martifer Wind USA)
Martifer Energy Systems, PTY (Martifer Energia África do Sul)
MT Construction Maroc, S.A.R.L. (Martifer Marrocos)
Martifer Solar CZ (Martifer Solar República Checa)
Martifer Renewables II Microprodução, S.A. (Martifer Renewables II Microprodução)
G.I.G. - Gesto Investimento e Gestão, SGPS, S.A. (G.I.G.)
Hidroavelar, Unipessoal Lda. (Hidroavelar)
Sociedade Hidroeléctrica do Távora, Unipessoal Lda. (Soc. Hidroeléctrica do Távora)
Sociedade Geotérmica da Bacia Lusitaniana, Unipessoal Lda. (Soc. Geotérmica da Bacia Lusitaniana)
Gesto Itália, S.R.L. (Gesto Itália)
Wind Hidro Sun Energy Services, Lda. (WHS Energy Services)
Martifer Renewables Brasil Participações LTDA (Martifer Renewables Brasil)
Prio Advanced Fuels SGPS, S.A. (Prio AF SGPS)
Martifer Solar Investments, B.V. (Martifer Solar Holanda)
Martifer Aluminium UK Limited (Martifer Aluminium Reino Unido)
AQUISIÇÃO DE EMPRESAS:
Em 2010:
Gargano Solar Park, SRL (Gargano Solar Park)
MTSK1 s.r.o. (MTSK1))
Porthold Project Development BV (Porthold)
Em 2009:
Miharox, S.R.L. (Miharox)
Premium Management Consulting, S.R.L. (Premium Management)
Ground Investment Corp, S.R.L. (Ground Investment)
Parque Eólico Penha da Gardunha, S.A. (PE Penha da Gardunha)
Prio Agrotrans S.R.L. (Prio Agrotrans)
RDS Farmers Seeds B.V. (Renewables Holanda)
M City Bialystok Sp. Zo.o (M City Bialystok)
ALIENAÇÃO DE EMPRESAS:
Em 2010:
Wind Hidro Sun Energy Services, Lda. (WHS Energy Services)
Ground Investment Corp, S.R.L. (Ground Investment)
Nova Eco LLC (Nova Eco LLC)
Eviva Redęcin Sp. Z o.o. (Eviva Redecin)
Eviva Rumsko Sp. Z o.o. (Eviva Rumsko)
Windpark Bippen GmbH & Co. KG (Bippen KG)
Windpark Holleben GmbH & Co. KG (Holleben KG)
Pro Wind LLC (Pro Wind)
Eviva Zebowo SP (Eviva Zebowo)
Eviva Gac SP (Eviva Gac)
Eviva Drzezewo SP (Eviva Drzezewo)
Clean Energy Solutions (Clean Energy Solutions)
Total Natural SRL (Total Natural)
Eviva S.R.O. (Eviva Eslováquia)
Em 2009:
Martifer Retail & Warehousing, SRL (Martifer Retail, SRL)
RPW Investments SGPS SA (RPW Investments)
Martifer Enerq – Sistemas de Energias Renováveis, S.A. (Martifer Enerq)
Martifer CZ, SRO (Martifer CZ)
ALTERAÇÃO DO MÉTODO DE CONSOLIDAÇÃO:
Em 2010:
77
Parque Solar Seseña I, S.L. (Seseña I) – from full consolidation method to equity method due to the
changes in the percentage held by the Group
Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. (PE Penha da Gardunha) – from full to proportionate
consolidation method resulting from changes in the percentage of control that became joint
Prio SGPS, S.A. (Prio SGPS)1)
Prio Foods, S.A. (Prio Foods)1)
Prio Agricultura, S.A. (Prio Agricultura Moçambique)1)
Prio Agricultura, S.R.L. (Prio Agricultura Roménia)1)
Prio Agromart S.R.L. (Prio Agromart)1)
Prio Balta S.R.L. (Prio Balta)1)
Prio Facaieni S.R.L. (Prio Facaieni)1)
Prio Ialomita S.R.L. (Prio Ialomita)1)
Prio Rapita S.R.L. (Prio Rapita)1)
Prio Terra Agricola S.R.L. (Prio Terra Agricola)1)
Prio Turism Rural S.R.L. (Prio Turism Rural)1)
Agromec Balaciu (Agromec Balaciu)1)
Miharox S.R.L. (Miharox)1)
Zimbrul, S.A. (Zimbrul)1)
Agrozootehnica, S.A. (Agrozootehnica)1)
Prio Agrotrans S.R.L. (Prio Agrotrans)1)
Prio Agricultura e Extracção LTDA (Prio Agricultura e Extracção)1)
Prio Extractie S.R.L. (Prio Extractie)1)
Prio Agro Industries, Sp. Z o.o. (Prio Polónia)1)
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Prio Biocombustibil S.R.L. (Prio Biocombustibil)1)
Prio Advanced Fuels SGPS, S.A. (Prio AF SGPS)1)
Prio Biocombustíveis, S.A. (Prio Biocombustíveis)1)
Prio Energy, S.A. (Prio Energy)1)
Mondefin (Mondefin)1)
Veiga & Seabra, S.A. (Veiga & Seabra)1)
1) Estas empresas alteraram o método de consolidação de integral para equivalência patrimonial em virtude da alteração
na percentagem de participação detida pelo Grupo acompanhada pela perda de controlo económico nestas participadas.
3. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
têm a seguinte composição:
ANO 2010
ANO 2009
Vendas de mercadorias
116.918.673
154.791.396
Vendas de produtos
271.698.084
275.372.102
Prestações de serviços
198.609.081
82.542.160
587.225.838
512.705.658
Em 2009:
78
REpower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A. (REpower Portugal) – de integral para proporcional em
virtude da alteração do controlo sobre a participada que passou a ser conjunto
Ventipower, S.A. (Ventipower) – de integral para proporcional em virtude da alteração do controlo
sobre a participada que passou a ser conjunto
Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC (Martifer Energy Systems USA) – de integral para proporcional em virtude da alteração na percentagem de participação detida pelo Grupo na participada
Nova Eco LLC (Nova Eco LLC) – de integral para equivalência patrimonial em virtude da perda de
controlo sobre a participada
Global Façade Systems Company Limited (Global Façade Systems) – de equivalência patrimonial para integral em virtude da alteração na percentagem de participação detida pelo Grupo
na participada
M City Radom Sp. Zo.o (M City Radom) – de integral para proporcional em virtude da alteração na
percentagem de participação detida pelo Grupo na participada
Liszki Green Park, Sp. Zo.o (Liszki Green Park) - de integral para equivalência patrimonial em virtude
da alteração na percentagem de participação detida pelo Grupo na participada
4. SEGMENTOS DE NEGÓCIO
O Grupo serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte
da informação por segmentos primários.
O Grupo está organizado em duas áreas de negócio principais – Construção Metálica e Energias
Renováveis, as quais são coordenadas e apoiadas pela Martifer SGPS. A área de negócio ‘Construção Metálica’ inclui as actividades de construção de estruturas metálicas, fachadas em alumínio e
soluções em aço inox. A área de negócio ‘Energias Renováveis’ inclui os segmentos ‘Equipamentos
para Energia’, ‘Solar’ e ‘RE Developer’. O segmento ‘Equipamentos para Energia’ inclui a divisão
de Energia Eólica que se dedica ao fabrico de componentes bem como à construção de parques
eólicos chave na mão, a divisão de Engenharia responsável pela gestão e construção de projectos
em regime de chave na mão de unidades industriais de elevada incorporação tecnológica e a divisão
Naval que inclui a reparação e construção naval. O segmento ‘Solar’ abrange a produção de equipamentos para energia solar, bem como a promoção, licenciamento, operação e manutenção de
parques solares. O segmento ‘RE Developer’ (anteriormente designado de ‘Geração Eléctrica’) inclui
as actividades de produção, comercialização e distribuição de energia eléctrica de fontes renováveis.
Os valores relativos à Martifer SGPS, à Martifer Inovação e Gestão, S.A. (MIG) e à Martifer Gestiune Si
Servicii, S.R.L. (MIG RO) estão incluídos na linha ‘Holding e MIG’s’.
Como resultado da adopção da IFRS 8 – Relato por Segmentos não houve, para além da redenominação de alguns segmentos, alteração dos segmentos relatáveis do Grupo dado que o mesmo já
era efectuado de acordo com a informação utilizada pela Gestão na análise dos negócios do Grupo.
Adicionalmente, as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na preparação da
informação por segmentos foram os mesmos das demonstrações financeiras anexas (Nota 1).
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as vendas e prestações de serviços por segmentos primários
podem ser analisadas como se segue:
VENDAS PARA
CLIENTES EXTERNOS
Holding e MIG’s
Construção Metálica
Equipamentos para Energia
Solar
RE Developer
VENDAS
INTERSEGMENTOS
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
2.472.412
720.294
9.573.411
11.022.444
12.045.823
11.742.738
285.044.275
283.168.931
102.387.681
174.566.855
387.431.956
457.735.786
ANO 2009
62.628.458
83.818.060
14.123.425
71.152.460
76.751.883
154.970.520
213.380.354
123.850.672
97.385.192
64.357.939
310.765.546
188.208.611
23.700.339
21.147.701
8.765.679
678.148
32.466.018
21.825.849
587.225.838
512.705.658
232.235.388
321.777.846
819.461.226
834.483.504
(216.124.938)
(232.831.434)
Eliminações intersegmentos
Trabalhos para a própria empresa (Nota 5)
Total das vendas e das prestações de serviços para clientes externos
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
TOTAL
ANO 2010
(16.110.450)
(88.946.413)
587.225.838
512.705.658
Com excepção do segmento Equipamentos para Energia, todas as restantes áreas de negócio
registam, no exercício de 2010, variações positivas nas vendas e prestações de serviços para clientes
externos. No segmento Construção Metálica este crescimento ficou a dever-se ao início de diversos
projectos importantes e a uma ligeira tendência de subida dos preços do alumínio e aço no mercado
internacional, apesar de se verificar um adiamento pontual no arranque de algumas obras mais complexas, devido a indefinições técnicas e de projecto.
No segmento Solar a variação ocorrida respeita, essencialmente, à crescente actividade no
sector fotovoltaico, particularmente em alguns países da Europa, como a Itália e Espanha e
também em Cabo Verde.
No segmento RE Developer, o crescimento das vendas e prestações de serviços face ao período homólogo é explicado pelo aumento do número de MWs em operação, uma vez que alguns parques
iniciaram as suas operações em meados de 2009.
A redução ocorrida na área de negócio dos Equipamentos para Energia é justificada pelo
abrandamento económico e pelas condições adversas do mercado financeiro, bem como pela
incerteza legislativa devido aos cortes orçamentais dos diversos governos, que levaram a uma
quebra da procura de sistemas e equipamentos eólicos e também a uma redução dos projectos chave-na-mão por toda a Europa.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os resultados operacionais antes (EBITDA) e depois de
amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBIT) e o resultado líquido do exercício (RLE) por
segmentos primários podem ser analisados como se segue:
EBITDA
EBIT
RLE
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
2.276.620
1.601.301
(630.076)
94.680
10.275.320
160.663.691
Construção Metálica
21.552.082
37.077.728
10.774.091
27.021.303
405.782
8.140.298
Equipamentos para Energia
(4.894.189)
11.233.333
(10.697.165)
4.344.651
(13.229.646)
107.444
Solar
22.168.080
12.498.970
18.086.772
9.321.256
10.404.086
4.827.853
RE Developer
17.863.392
4.349.922
(38.501.124)
(49.946.026)
(60.239.807)
(56.689.514)
58.965.985
66.761.255
(20.967.502)
(9.164.137)
(52.384.265)
117.049.770
Holding e MIG’s
79
As perdas e os ganhos em empresas associadas, o valor de balanço dos investimentos financeiros
em associadas, bem como a constituição e reversão de provisões e perdas de imparidade por segmentos primários são como se segue:
PERDAS EM EMPRESAS
ASSOCIADAS
VALOR DE BALANÇO DOS
INVESTIMENTOS REGISTADOS
PELO MÉTODO DE
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
GANHOS EM EMPRESAS
ASSOCIADAS
PROVISÕES E PERDAS DE
IMPARIDADE REGISTADAS
NO EXERCÍCIO
REVERSÕES DE PROVISÕES
E PERDAS DE IMPARIDADE
REGISTADAS NO EXERCÍCIO
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
4.957.673
-
1.110.974
81.773
6.495.894
88.501
904.654
-
19
-
Construção Metálica
-
206.609
-
-
-
-
3.934.440
3.659.389
1.298.978
1.636.295
Equipamentos para Energia
-
-
-
-
-
-
1.717.808
2.581.787
294.134
63.505
Solar
-
-
-
-
5.458.396
-
1.768.487
1.270.171
-
-
1.237
12.756
-
-
-
1.968
45.539.133
44.477.413
-
-
4.958.910
219.365
1.110.974
81.773
11.954.290
90.469
53.864.522
51.988.760
1.593.131
1.699.800
Holding e MIG’s
RE Developer
ANO 2009
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
O activo líquido total e o passivo do Grupo por segmentos primários podem ser analisados
como se segue:
Em 2010, das vendas e prestações de serviços realizadas na Península Ibérica, 24% foram efectuadas
no mercado Espanhol (2009: 19%).
ACTIVO
Os activos detidos e os investimentos efectuados por segmentos geográficos podem ser analisados
como se segue:
PASSIVO
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
31 DEZEMBRO 2010
Holding e MIG’s
565.221.974
513.303.855
151.012.332
39.431.016
Construção Metálica
627.724.431
570.861.886
518.309.746
472.359.926
Equipamentos para Energia
199.871.028
229.272.498
174.915.822
204.009.976
Solar
330.818.853
151.620.064
261.226.190
138.573.011
Península Ibérica
RE Developer
782.082.162
982.432.226
768.366.884
860.154.458
-
596.874.676
-
590.788.986
(1.379.667.102)
(1.621.667.542)
(1.088.027.623)
(1.320.647.738)
1.126.051.346
1.422.697.663
785.803.351
984.669.634
-
361.190.780
-
250.279.627
Agricultura & Biocombustíveis
Eliminações intragrupo
Atribuível à unidade operacional detida
para venda
31 DEZEMBRO 2009
ACTIVO
INVESTIMENTO
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
ANO 2010
ANO 2009
1.802.002.210
2.142.488.331
10.068.539
38.686.624
Europa Central
356.212.380
525.837.446
21.259.721
100.996.583
Outros Mercados
347.503.858
376.039.427
23.487.246
35.245.526
(1.379.667.102)
(1.621.667.542)
-
-
1.126.051.346
1.422.697.663
54.815.506
174.928.733
-
361.190.780
Eliminações intragrupo
Atribuível à unidade operacional detida
para venda
-
72.019.011
54.815.506
102.909.721
O investimento (aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis) e as amortizações do Grupo por
segmentos primários são como se segue:
INVESTIMENTO
Holding e MIG’s
Construção Metálica
Equipamentos para Energia
80
AMORTIZAÇÕES
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
294.481
3.122.791
2.002.041
1.506.621
5.497.073
13.093.265
6.843.551
6.397.037
6.530.212
12.762.348
4.085.169
4.306.895
Solar
11.758.640
4.430.907
2.312.821
1.907.543
RE Developer
30.735.100
69.500.410
10.825.383
9.818.536
54.815.506
102.909.721
26.068.965
23.936.632
O decréscimo verificado no investimento em activos intangíveis e tangíveis, face ao período homólogo, justifica-se na medida em que ficaram concluídos grande parte dos investimentos iniciados
durante os exercícios de 2008 e 2009, com destaque para a implementação do ERP SAP, construção
de parques eólicos no segmento RE Developer e das novas unidades fabris em Angola, no segmento da Construção Metálica.
O investimento registado no exercício de 2010 foi canalizado principalmente para a construção da
nova fábrica de torres no Texas, EUA, no segmento de Equipamentos para Energia, para o desenvolvimento de parques eólicos no segmento RE Developer na Roménia, Polónia, Portugal e Brasil bem
como para a conclusão das unidades fabris em Angola, no segmento da Construção Metálica.
As vendas e prestações de serviços para clientes externos, por segmentos geográficos, podem ser
analisadas como se segue:
Península Ibérica
Europa Central
Outros Mercados
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
ANO 2010
ANO 2009
302.931.096
310.132.239
52.484.211
31.777.471
231.810.531
170.795.949
587.225.838
512.705.658
5. OUTROS RENDIMENTOS
Os outros rendimentos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser
analisados como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
Variação da produção
(1.208.616)
4.441.168
Trabalhos para a própria empresa
16.110.450
88.946.413
14.901.834
93.387.580
A redução verificada na rubrica ‘Trabalhos para a própria empresa’ está relacionada com a finalização
da construção das unidades fabris em Angola, no segmento de Construção Metálica, bem como dos
parques eólicos no segmento de RE Developer.
6. CUSTO DAS MERCADORIAS
E DOS SUBCONTRATOS
8. GASTOS COM O PESSOAL
O custo das mercadorias e dos subcontratos dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010
e 2009 pode ser analisado como se segue:
MERCADORIAS
Remunerações
MATÉRIAS-PRIMAS,
SUBSIDIÁRIAS
E DE CONSUMO
TOTAL
Ano 2009
Existências iniciais
29.837.056
38.924.957
68.762.013
Compras
18.193.518
213.860.756
232.054.274
Variações de perímetro, diferenças cambiais,
transferências e outros
(4.758.661)
(1.767.531)
(6.526.192)
Existências finais
16.954.342
21.017.753
37.972.094
26.317.572
230.000.429
256.318.000
Subcontratos
144.435.728
Custo das mercadorias e dos subcontratos
Os gastos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:
400.753.728
ANO 2010
ANO 2009
60.715.628
55.204.370
Encargos sociais:
Pensões e outros benefícios concedidos
Outros
478.580
681.726
16.440.735
15.587.040
77.634.943
71.473.135
A rubrica ‘Pensões e outros benefícios concedidos’ inclui os valores depositados nos respectivos exercícios no fundo gerido pela Companhia de Seguros Global, conforme descrito nas Notas 1 xx) e 37.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os custos suportados
com a Segurança Social, com os subsídios de refeição e de doença e com os seguros de acidentes
de trabalho.
Ano 2010
Existências iniciais
Compras
16.954.342
21.017.753
37.972.095
8.357.207
247.404.188
255.761.395
Variações de perímetro, diferenças cambiais,
transferências e outros
(6.446.408)
(687.980)
(7.134.389)
Existências finais
10.824.027
35.051.566
45.875.592
8.041.114
232.682.395
240.723.509
Subcontratos
NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL
Durante os exercícios de 2010 e 2009, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser
analisado como se segue:
ANO 2010
142.792.905
Custo das mercadorias e dos subcontratos
383.516.414
Administradores
Empregados
Assalariados
Atribuível à unidade operacional detida para venda
7. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2010 e de 2009 é a seguinte:
ANO 2010
ANO 2009
Trabalhos especializados
30.239.857
37.861.571
Rendas e alugueres
16.820.952
15.344.894
Transportes de mercadorias
13.946.385
9.631.391
Honorários
7.865.977
14.700.830
Deslocações e estadas
6.378.779
5.895.708
Electricidade e combustíveis
6.004.251
4.740.000
Seguros
4.451.660
3.578.655
Conservação e reparação
3.944.135
4.109.692
Comunicação
1.920.288
1.570.324
Vigilância e segurança
1.716.167
1.855.738
Ferramentas e utensílios
1.388.690
1.199.458
Contencioso e notariado
1.322.073
446.424
Publicidade e propaganda
1.168.193
1.913.440
Comissões
1.108.177
6.151.897
Limpeza, higiene e conforto
1.052.638
1.058.817
Outros
7.801.772
7.649.517
(22.357.369)
(36.744.574)
84.772.625
80.963.783
Eliminações intragrupo
ANO 2009
17
56
2.242
2.198
1.034
1.541
3.293
3.795
-
615
3.293
3.180
Portugueses
2.170
2.508
Portugueses no estrangeiro e estrangeiros
1.123
1.287
3.293
3.795
Atribuível à unidade operacional detida para venda
-
615
3.293
3.180
81
9. OUTROS RENDIMENTOS / (GASTOS)
OPERACIONAIS
A variação ocorrida nesta rubrica está, essencialmente, influenciada pela cessação da capitalização
de custos de parques eólicos e solares, no segmento RE Developer devido à sua conclusão e consequente entrada em funcionamento.
Esta rubrica inclui ainda a reversão de provisões e perdas de imparidade no valor de Euro 1.593.131
(2009: Euro 1.699.800).
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
10. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE
As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010
e 2009 são como se segue:
Perdas de imparidade em diferenças de consolidação (Nota 16)
Perdas de imparidade em investimentos financeiros
Perdas de imparidade em activos intangíveis (Nota 17)
Perdas de imparidade em activos fixos tangíveis (Nota 18)
Perdas de imparidade em clientes e outros devedores (nota 23)
Perdas de imparidade em inventários
Provisões (Nota 31)
ANO 2010
ANO 2009
20.371.745
24.332.520
-
6.607.167
4.851.537
9.694.648
12.518.916
4.951.625
3.790.278
2.517.358
-
1.200.885
12.332.046
2.684.557
53.864.522
51.988.760
A área de negócio RE Developer reconheceu, durante o exercício de 2010, Euro 44.803.164 de perdas de imparidade não recorrentes na sequência da avaliação do seu portfólio de activos.
Todas as diferenças para os valores totais apresentados por segmento, na nota 4 acima, dizem
essencialmente respeito a perdas de imparidade em clientes e outros devedores e a provisões para
garantias de qualidade.
12. GANHOS / (PERDAS) EM EMPRESAS
ASSOCIADAS
11. RESULTADOS FINANCEIROS
82
Os ganhos e as perdas em empresas associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:
RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS
ANO 2010
ANO 2009
Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)
- Juros obtidos
4.941.294
2.669.772
- Rendimentos de participação de capital
2.745.389
2.478.230
- Ganhos na alienação de investimentos
3.004.041
-
13.062.857
160.885.470
Investimentos disponíveis para venda
Investimentos detidos para venda
- Ganhos na alienação de investimentos
Os valores constantes da rubrica ‘Rendimentos de participação de capital’ referem-se, em ambos os
exercícios, a dividendos da EDP – Energias de Portugal, S.A. recebidos pelo Grupo.
Os ‘Ganhos na alienação de investimentos detidos para venda’ respeitam, em 2010, à perda de
controlo nas subsidiárias dos Grupos Prio Foods e Prio Energy. Em 2009, o montante de Euro
160.885.470 respeita à mais valia registada na venda da participação do Grupo no capital social
da Repower Systems AG.
Os ‘Ganhos / Perdas na alienação de investimentos disponíveis para venda’ resultam da estratégia de rotação de activos no segmento RE Developer. As alienações da GreenVouga e dos
parques eólicos na Polónia foram os que mais contribuíram para a mais valia registada ao passo
que a menos valia se ficou, essencialmente, a dever à alienação dos parques eólicos na Alemanha e da subsidiária na Suécia.
As rubricas ‘Diferenças de câmbio favoráveis / (desfavoráveis)’ estão relacionadas com a ocorrência
de variações cambiais, essencialmente, nas participadas do Grupo localizadas na Roménia, Polónia e
Angola, sendo que a sua variação face ao período homólogo relaciona-se com as recentes valorizações das moedas locais face ao Euro, com especial enfoque para a apreciação do Kwanza (Angola) e
do Zloty (Polónia), face ao Euro.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, para efeito de capitalização de encargos financeiros ao custo de
aquisição de activos em construção foi utilizada uma taxa média de 2,31% e de 3,05%, respectivamente.
ANO 2010
ANO 2009
Grupo Prio Foods
(4.957.673)
-
Grupo Prio Energy
1.110.974
-
Seseña I
(1.237)
-
Liszki Green Park
-
(206.609)
Power Blades
-
81.773
Green Vouga
-
(12.474)
WHS Energy Services
-
(282)
(3.847.936)
(137.592)
Outros rendimentos e ganhos financeiros relativos a outros activos financeiros
- Diferenças de câmbio favoráveis
16.118.003
10.320.286
- Descontos de pronto pagamento obtidos
152.886
794.603
- Outros rendimentos e ganhos financeiros
272.394
485.226
40.296.864
177.633.588
ANO 2010
ANO 2009
23.302.304
22.179.233
(240.654)
(795.439)
15.231.922
-
-
-
13.866.171
17.809.655
50.767
13.502
GASTOS E PERDAS FINANCEIROS
Empréstimos e contas a pagar
- Juros suportados em empréstimos bancários e operações de locação financeira
dos quais incluídos nos custos de aquisição de activos em construção
Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros activos financeiros
- Perdas na alienação de investimentos financeiros
- Perdas por imparidade em investimentos financeiros
Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros
- Diferenças de câmbio desfavoráveis
- Descontos de pronto pagamento concedidos
- Outros gastos e perdas financeiros
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
5.139.652
4.152.135
57.350.161
43.359.086
13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O detalhe dos activos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em
31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode ser analisado da seguinte forma:
DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS DEDUTÍVEIS
Provisões não aceites fiscalmente
Prejuízos fiscais
Justo valor dos derivados
Benefícios fiscais
Outros
ANO 2010
ANO 2009
3.299.192
1.280.321
23.096.595
17.912.197
383.148
171.699
1.108.489
3.035.879
2.887.013
4.317.901
30.774.437
26.717.997
DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS TRIBUTÁVEIS
ANO 2010
ANO 2009
Reavaliação de activos fixos tangíveis
22.940.358
32.057.905
92.668
92.668
Diferimento de tributação de mais valias
Justo valor dos derivados
Acréscimos de rendimentos não tributados
Outros
9.297
-
17.152.934
6.355.346
1.282.406
1.246.751
41.477.663
39.752.670
Em 31 de Dezembro de 2010, os activos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro
6.446.069 e Euro 10.334.013, respectivamente (2009: Euro 8.249.453 e Euro 9.859.456, respectivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados negativo de Euro 2.619.975 (2009: efeito negativo
de Euro 276.363).
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne
à tributação de dividendos, as diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, associadas e participadas para as quais não foram registados passivos por impostos diferidos
não são materialmente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.
A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
7.895.555
7.646.638
Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias
(758.977)
213.380
Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias
4.272.731
946.712
Imposto corrente
Efeito das alterações nas taxas de imposto
Registo de activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis
-
6.251
(893.779)
(889.980)
Imposto diferido
2.619.975
276.363
Imposto do exercício
10.515.530
7.923.001
-
6,3%
Taxa de imposto efectiva
Em 31 de Dezembro de 2010, a reconciliação entre a taxa normal e efectiva de imposto é como
se segue:
Resultado antes de impostos
Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 26,5%)
ANO 2010
ANO 2009
(41.868.735)
124.972.771
(11.095.215)
33.117.784
(57.326)
(42.448.407)
Resultados isentos de tributação:
Alienação de investimentos financeiros
Gastos não dedutiveis para efeitos fiscais:
Amortizações de reavaliações de activos fixos tangíveis
Imparidade de activos
Outros
Resultados em associadas em equivalência patrimonial
-
316.797
12.091.824
12.586.794
-
470.547
1.089.139
165.554
Utilização de benefícios fiscais
(1.878.325)
(2.119.859)
Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido
imposto diferido activo
10.088.237
6.101.269
Reversão de activos por impostos diferidos no exercicio
Taxas de imposto diferenciadas
Outros ajustamentos
Imposto efectivo sobre o rendimento
3.019.238
1.748.827
(2.421.032)
(1.695.414)
(321.010)
(320.892)
10.515.530
7.923.001
A Martifer SGPS e as suas empresas participadas nacionais são tributadas individualmente e
encontram-se sujeitas a impostos sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 25%, sendo a matéria colectável até €12.500,00
tributada à taxa de 12,5%. Sobre o lucro tributável das sociedades incide ainda derrama municipal, no máximo pode atingir a taxa de 1,5%, e, apenas sobre lucro tributável, de cada uma
das sociedades, superior a €2.000.000,00, incide derrama estadual, com taxa de 2,5%. Para as
empresas do Grupo localizadas em Oliveira de Frades, as mesmas beneficiam de uma redução
de taxa de IRC para 15%, até ao limite de Euro 200.000 por empresa, durante um período de
três exercícios, ao abrigo dos auxílios ‘de minimis’
Estes auxílios concedidos ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comissão, de 15
de Dezembro, viram o seu limite aumentar para Euro 500.000 por empresa, durante um período
de três exercícios, aplicável a todos os apoios concedidos desde 1 de Janeiro de 2009 até 31
de Dezembro de 2011, conforme disposto na Portaria n.º 184/2009, de 20 de Fevereiro de 2009
e na Portaria 70/2011, de 9 de Fevereiro de 2011. Adicionalmente, os resultados gerados em
Espanha, na Polónia e na Roménia são tributados, respectivamente a 30%, 19% e 16%.
Mais se informa que o Estado Polaco atribuiu à Martifer Polska uma isenção fiscal de Impostos
sobre lucros durante 19 anos. No entanto, uma vez que o benefício fiscal está directamente
correlacionado com o valor dos lucros tributáveis futuros, não é possível quantificar o montante
futuro de tal benefício, pelo que o mesmo não foi alvo de registo.
De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correcção por parte das Autoridades Fiscais por um período de quatro anos (dez anos para a
Segurança Social até 31 de Dezembro de 2001, cinco anos após essa data) e, consequentemente, as declarações fiscais dos exercícios de 2007 a 2010 poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais correcções, resultantes de diferentes
interpretações da legislação vigente, por parte das Autoridades Fiscais, não poderão ter um
efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.
Conforme corroborado pelos nossos advogados, não existem activos ou passivos materiais
associados a contingências fiscais prováveis ou possíveis ou a liquidações adicionais recebidas
das Autoridades Fiscais que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações
financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2010 e 2009.
83
14. DIVIDENDOS
O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral de Accionistas que o resultado líquido negativo de Euro 70.836.537,86, registado no ano de 2010, seja transferido para Resultados Transitados.
Em 2010 foram distribuídos Euro 10.000.000 de dividendos, correspondentes à distribuição de um
dividendo bruto por acção de 10 cêntimos.
15. RESULTADOS POR ACÇÃO
A Martifer SGPS emitiu apenas acções ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos
especiais de dividendo ou voto.
A Martifer tem apenas um tipo de potenciais acções ordinárias diluitivas: as opções sobre acções.
Para efeitos de cálculo do resultado por acção diluído é necessário determinar se estas opções,
independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando
o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das acções.
Na medida em que o preço médio de mercado das acções da Martifer, no período compreendido
entre 1 de Janeiro de 2010 e 31 de Dezembro de 2010, se situou no Euro 2,19, inferior ao preço de
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não diluitivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de acções ordinárias em circulação. Assim, em 31 de Dezembro
de 2010 não existe dissemelhança entre o cálculo dos resultados por acção básicos e o cálculo dos
resultados por acção diluídos. O capital social da Martifer SGPS SA é representado por 100.000.000
de acções ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro
50.000.000. O número médio ponderado de acções em circulação encontra-se deduzido de 70.908
acções correspondente a um volume de acções próprias adquiridas pela Martifer SGPS, durante o
exercício de 2010, de 553.841 acções.
VALOR DE BALANÇO DOS
ACTIVOS E PASSIVOS
ADQUIRIDOS ANTES DA
AQUISIÇÃO
AJUSTAMENTOS DE JUSTO
VALOR
JUSTO VALOR
Activos fixos tangíveis
324.240
-
324.240
Activos intangíveis
209.167
-
209.167
-
-
-
12.760
-
12.760
Activos líquidos adquiridos:
Inventários
Clientes e outros devedores
Caixa e seus equivalentes
Empréstimos bancários
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o cálculo do resultado por acção básico e diluído pode ser
demonstrado como se segue:
Fornecedores e credores diversos
Outros
12.216
-
12.216
(556.008)
-
(556.008)
(18.423)
-
(18.423)
(539)
-
(539)
(16.586)
-
(16.586)
ANO 2010
ANO 2009
Diferenças de consolidação geradas nas aquisições
1.927.961
(54.894.057)
107.705.244
Total do custo de aquisição
1.911.375
99.929.092
100.000.000
Valor de aquisição a liquidar em espécie
Resultado por acção básico e diluído (I) / (II)
(0.5493)
1.0771
Total dos custos de aquisição liquidados em numerário
das unidades operacionais em continuação
(0.5493)
1.1755
Fluxos de caixa resultantes das aquisições:
-
(0.0985)
Resultado líquido do exercício (I)
Número médio ponderado de acções em circulação (II)
da unidade operacional detida para venda
1.911.375
- Montante de caixa e seus equivalentes pago
1.911.375
- Montante de caixa e seus equivalentes nas empresas adquiridas
(12.216)
1.899.159
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a empresa procedeu ao pagamento de Euro
10.000.000 de dividendos.
O contributo das empresas adquiridas para os proveitos operacionais e para o resultado líquido
consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, entre a data da sua aquisição e 31
de Dezembro é imaterial. De igual forma, o efeito da consolidação de tais empresas desde 1 de
Janeiro de 2010, ao nível do resultado líquido e de proveitos operacionais é imaterial e por esse
motivo não é divulgado.
Em virtude de as aquisições de empresas ocorridas entre 31 de Dezembro de 2010 e a data de aprovação destas demonstrações financeiras serem imateriais, o Conselho de Administração do Grupo
não procedeu à divulgação de informação sobre as mesmas.
16. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
84
A informação relevante sobre as aquisições efectuadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de
Dezembro de 2010, pode ser resumida como se segue:
EMPRESA ADQUIRIDA
ACTIVIDADE
Energia Wiatrowa
Geração de energia
eléctrica
Ventinveste, S.A.
Sociedade gestora de
participações sociais
Gargano Solar Park
Produção, distribuição
e venda de energia
Porthold Project Development BV
Sociedade gestora de
participações sociais
DATA DE
AQUISIÇÃO
% DE PARTICIPAÇÃO ADQUIRIDA
CUSTO DE
AQUISIÇÃO
Janeiro 10
-
1.390.055
Fevereiro 10
5%
462.500
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
67.513.979
57.736.208
1.927.961
8.978.238
- SPEE 2
-
(1.300.000)
- Ventania
-
(596.193)
Valor bruto
Abril 10
Outubro 10
100%
100%
56.320
2.500
1.911.375
As aquisições acima referidas foram contabilizadas de acordo com o método da compra e tiveram,
maioritariamente, como contrapartida da sua aquisição numerário.
As diferenças de consolidação apuradas nas aquisições acima referidas, foram alocadas na sua totalidade a ‘Diferenças de consolidação’, por ainda não se encontrar concluído o processo de imputação
de justo valor.
Como resultado das aquisições acima referidas, o Grupo não decidiu abandonar/alienar qualquer
das operações desenvolvidas pelas empresas adquiridas.
O detalhe do exercício de imputação de justo valor aos activos e passivos adquiridos pode ser resumido como se segue:
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
O movimento ocorrido na rubrica de ‘Diferenças de consolidação’ nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:
Saldo inicial
Aquisições de subsidiárias
Reduções resultantes do processo de imputação de justo valor
Alterações resultantes da perda de controlo nas subsidiárias:
- Parque Eólico Penha da Gardunha
(1.698.870)
-
Alienação de subsidiárias
(7.255.986)
(981.156)
Actualização cambial
2.293.143
3.693.784
Outros
(154.280)
(16.901)
62.625.947
67.513.979
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas
Saldo inicial
27.018.396
2.685.876
Perdas de imparidade do exercício (Nota 10)
20.371.745
24.332.520
Alienação de subsidiárias
(5.453.619)
-
Saldo final
41.936.522
27.018.396
Valor líquido no início do exercício
40.495.583
67.995.855
Valor líquido no final do exercício
20.689.425
40.495.583
O detalhe das ‘Diferenças de consolidação’, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, pode ser analisado como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
VALOR BRUTO
IMPARIDADES
ACUMULADAS
VALOR
LÍQUIDO
2009
VALOR
LÍQUIDO
Martifer Construções
5.448.792
-
5.448.792
5.448.792
Sassall Glass & Joinery
4.837.691
-
4.837.691
3.969.760
Martifer Metallic Constructions
4.127.466
-
4.127.466
4.127.466
Parque Eólico Penha da Gardunha
1.974.515
-
1.974.515
3.673.386
Navalria
1.618.675
-
1.618.675
1.618.675
Martifer Solar
1.493.776
1.493.776
-
1.493.776
Ventinveste
473.525
-
473.525
-
Martifer Solar USA
371.328
-
371.328
344.418
Sassall Aluminium
187.940
-
187.940
154.221
72.205
-
72.205
72.205
Martifer Solar Hellas
Gargano Solar Park
50.002
-
50.002
-
Porthold
14.379
-
14.379
-
8.373
-
8.373
8.373
MGI
Martifer GmbH
6.026
-
6.026
6.026
M City Bialystok
4.733
-
4.733
4.733
6.246.877
16.850.087
(16.850.087)
-
Eviva Energy SR.L.
Macquarie
9.368.124
(9.368.124)
-
-
Eviva S.A.
7.329.313
(7.329.313)
-
7.329.313
1.857.699
Energia Wiatrowa
3.247.753
(3.247.753)
-
Solar Parks
2.685.876
(2.685.876)
-
-
796.974
(796.974)
-
796.974
Bukowsko
Eviva Gizalki
602.432
(602.432)
-
602.432
IWP
574.545
(574.545)
-
574.545
Silverton
249.875
(249.875)
-
-
Premium Management
199.060
(199.060)
-
200.267
17.895
(17.895)
-
-
6.000
(6.000)
-
6.000
Vesto
Martifer Renewables Brazil
Eviva GmbH
5.587
(5.587)
-
-
Eviva Bippen
3.000
(3.000)
-
3.000
Eviva Rumsko
-
-
-
637.197
Eviva Drzezewo
-
-
-
634.959
dades geradoras de caixa foi determinada com base no valor de uso, de acordo com o método dos
fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das
empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas
de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.
Em 31 de Dezembro de 2010, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência,
ou não, de imparidade, para os principais valores de diferenças de consolidação registadas por
cada um dos segmentos nas demonstrações financeiras anexas foram como se segue:
1. CONSTRUÇÃO METÁLICA
MARTIFER CONSTRUÇÕES
Diferenças de consolidação
MARTIFER METALLIC
CONSTRUCTIONS
SASSAL ALUMINIUM
5.448.792
4.127.466
5.025.631
projecções de cash flow
para 5 anos
projecções de cash flow
para 5 anos
projecções de cash flow
para 5 anos
Taxas de crescimento (g) 1
0,00%
0,00%
0,00%
Taxa de desconto utilizada 2
9,27%
9,27%
10,34%
Período utilizado
O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais das unidades geradoras de caixa deste segmento, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu
que, em 31 de Dezembro de 2010, o valor contabilístico dos activos líquidos, incluindo as diferenças
de consolidação, não excede o seu valor recuperável.
As projecções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expectativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de
um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não
irá originar perdas de imparidade.
2. EQUIPAMENTOS PARA ENERGIA
NAVALRIA
Diferenças de consolidação
1.618.675
projecções de cash flow
para 5 anos
Período utilizado
Eviva Redecin
-
-
-
232.945
Home Energy II
-
-
-
154.280
Taxas de crescimento (g) 1
0,00%
Eviva Gac
-
-
-
148.633
Taxa de desconto utilizada 2
10,24%
Eviva Zebowo
-
-
-
148.633
62.625.947
(41.936.522)
20.689.425
40.495.583
O processo de apuramento do justo valor dos activos e passivos obtidos nas aquisições, bem como
o apuramento definitivo do valor das diferenças de consolidação, foi realizado com base nas demonstrações financeiras das empresas adquiridas à data da respectiva aquisição.
O Grupo tem por procedimento efectuar testes anuais de imparidade às diferenças de consolidação,
tal como definido na secção ‘Principais critérios valorimétricos’. Durante o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2010, foram registadas perdas de imparidade relativas às diferenças de consolidação
no valor de Euro 20.371.745, no segmento de RE Delevoper. Estas perdas de imparidade estão registadas na linha “Provisões e perdas de imparidade” da Demonstração dos Resultados.
Para efeitos da análise de imparidade, as diferenças de consolidação foram distribuidas pelas unidades geradoras de caixa que se espera que beneficiem das sinergias da concentração de actividades
empresariais, dentro de cada segmento operacional. A quantia recuperável de cada uma das uni-
85
1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan
2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projectados
As projecções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e tiveram em conta as
expectativas de desenvolvimento do negócio. O Conselho de Administração, suportado no valor
dos fluxos de caixa previsionais descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu
que, o valor contabilístico dos activos líquidos, incluindo as respectivas diferenças de consolidação,
não excede o seu valor recuperável. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível
alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do
valor recuperável não irá originar perdas de imparidade.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
3. SOLAR
MARTIFER SOLAR
Diferenças de consolidação
MARTIFER SOLAR USA
1.493.776
371.328
projecções de cash flow
para 5 anos
projecções de cash flow
para 5 anos
Taxas de crescimento (g) 1
1.00%
1.00%
Taxa de desconto utilizada 2
9,84%
9,86%
Período utilizado
• em projectos em desenvolvimento na Austrália no valor de Euro 7,6 milhões (Euro 9,5 milhões em
2009), decorrente, essencialmente, dos efeitos na valorização actual do investimento em resultado
da reavaliação das condições financeiras e da adopção de uma abordagem de prudência quanto ao
plano de execução das diversas fases do projecto de Silverton.
Para além das perdas de imparidade registadas nas diferenças de consolidação, procedeu-se adicionalmente à redução do valor contabilístico dos outros activos pertencentes a este segmento, nomeadamente nos EUA no valor de Euro 4,9 milhões, na Roménia no valor de Euro 11,5 milhões (Euro 2,7
milhões em 2009) e na Polónia no valor de Euro 1 milhão. As perdas de imparidade registadas estão
relacionadas com a incorporação nas perspectivas futuras dos projectos em curso, no segmento RE
Developer, das recentes alterações de comportamento nos mercados financeiros mundiais.
1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan
2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projectados
As projecções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e tiveram em conta as
expectativas de desenvolvimento do negócio. O Conselho de Administração, suportado no valor
dos fluxos de caixa previsionais descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu
que, o valor contabilístico dos activos líquidos, incluindo as respectivas diferenças de consolidação,
não excede o seu valor recuperável. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível
alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do
valor recuperável não irá originar perdas de imparidade, para além da perda já registada.
4. RE DEVELOPER
Durante o exercício de 2010, as variações ocorridas nas Diferenças de Consolidação deste
segmento são como se segue:
86
2009
AUMENTOS /
(DIMINUIÇÕES)
ACTUALIZAÇÃO
CAMBIAL
IMPARIDADE
2010
Parque Eólico Penha da Gardunha
3.673.386
(1.698.870)
-
-
Macquarie
6.246.877
-
1.365.791
(7.612.667)
-
Eviva S.A.
7.329.313
-
-
(7.329.313)
-
Energia Wiatrowa
1.857.699
1.390.054
-
(3.247.753)
-
796.974
-
-
(796.974)
-
Bukowsko
1.974.515
Eviva Gizalki
602.432
-
-
(602.432)
-
IWP
574.545
-
-
(574.545)
-
Premium Management
200.267
-
(1.208)
(199.060)
-
6.000
-
-
(6.000)
-
Martifer Renewables Brazil
Eviva Bippen
3.000
-
-
(3.000)
-
21.290.493
(308.816)
1.364.583
(20.371.745)
1.974.515
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foram registadas, neste segmento, perdas por
imparidades nas diferenças de consolidação no valor de Euro 20.371.745. O reconhecimento desta perda
deve-se ao facto de ter sido efectuada uma avaliação do portfólio de projectos em virtude da instabilidade
macroeconómica, em geral, e da turbulência nos mercados financeiros, em particular.
Como se pode verificar pelo detalhe das diferenças de consolidação apresentado acima, as perdas
de imparidade foram registadas, essencialmente:
• em diversas participadas na Europa de Leste devido a: (a) dificuldades no desenvolvimento e
licenciamento de alguns projectos; (b) redução das taxas internas de rentabilidade resultantes
das actuais condições de financiamento em Project finance; e (c) indefinição e instabilidade
regulatória por parte dos reguladores locais. Desta forma, foi tomada a decisão de reconhecer
imparidades no goodwill da Polónia, no valor de Euro 12,6 milhões e na Roménia no valor de
Euro 0,2 milhões (Euro 11,5 milhões em 2009);
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
DISCOUNT RATE
TERMINAL VALUE
PERIOD
Polónia
8,72%
20%
20 years
Roménia
10,41%
20%
20 years
Brasil
9,67%
20%
20 years
Austrália
8,63%
20%
20 years
O valor de uso corresponde à estimativa do valor presente dos fluxos de caixas futuros, tendo
os mesmos sido apurados com base em business plans, devidamente aprovados pelo Conselho
de Administração do Grupo.
Os principais pressupostos utilizados no apuramento do valor de uso incluíram, essencialmente: (i) as tarifas de venda de electricidade e certificados verdes, (ii) o valor do recurso eólico
medido até ao momento (número de horas equivalentes à potência nominal); (iii) as alterações
regulamentares que possam vir a influenciar a actividade da empresa; e (iv) o nível de investimento
necessário. A quantificação dos pressupostos acima referidos foi efectuada tendo por base dados
históricos, bem como a experiência do Conselho de Administração do Grupo. Contudo, tais pressupostos poderão ser afectados por fenómenos de natureza política, económica ou legal que neste
momento são imprevisíveis.
17. ACTIVOS INTANGÍVEIS
A informação relativa aos valores brutos do activo intangível, com referência aos exercícios findos em
31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode ser analisada como se segue:
SOFTWARE
E OUTROS
DIREITOS
ACTIVOS
INTANGÍVEIS
EM CURSO
ADIANTAMENTOS
POR CONTA DE ACTIVOS INTANGÍVEIS
Aumentos
Alienações e abates
Diferenças cambiais
Variação de perímetro
Perdas de imparidade (nota 10)
Transferências e outros movimentos
TOTAL
Aumentos
Saldo inicial
5.826.513
-
-
5.826.513
Aumentos
3.729.307
-
-
3.729.307
(6.701)
58.966.178
Alienações e abates
(6.701)
-
-
1.088.727
8.186.045
4.735.551
14.010.323
Diferenças cambiais
4.478
-
-
4.478
(41.420)
-
-
(41.420)
(24.125)
(31.804)
-
(55.929)
1.107.262
(261.162)
(36.431)
809.669
(860.121)
(18.946)
-
(879.067)
(9.694.648)
-
-
(9.694.648)
9.972.382
(7.260.796)
(1.041.233)
1.670.354
46.579.990
13.461.339
4.785.551
64.826.880
Variação de perímetro
Transferências e outros movimentos
(539)
-
-
(539)
9.511.639
-
-
9.511.639
Saldo inicial
9.511.639
-
-
9.511.639
Aumentos
3.859.662
-
-
3.859.662
Alienações e abates
(5.848)
-
-
(5.848)
Diferenças cambiais
10.381
-
-
10.381
(7.041.507)
-
-
(7.041.507)
31 Dezembro 2010
Variação de perímetro
46.579.990
13.461.339
4.785.551
64.826.880
1.707.107
3.507.309
1.976.113
7.190.528
(17.299)
(4.194)
-
(21.493)
229.655
918.696
-
1.148.351
(31.876.378)
(783.961)
(836.670)
(33.497.008)
-
(4.851.537)
-
(4.851.537)
Transferências e outros movimentos
TOTAL
1.127.664
Diferenças cambiais
Perdas de imparidade (nota 10)
ADIANTAMENTOS
POR CONTA DE ACTIVOS INTANGÍVEIS
12.848.001
Alienações e abates
Variação de perímetro
ACTIVOS
INTANGÍVEIS
EM CURSO
44.990.513
31 Dezembro 2010
Saldo inicial
SOFTWARE
E OUTROS
DIREITOS
31 Dezembro 2009
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do activo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode
ser analisada como se segue:
976
246.001
(50.000)
196.977
16.624.051
12.493.653
5.874.994
34.992.699
As perdas de imparidade registadas nos activos intangíveis em curso estão relacionadas com a
incorporação nas perspectivas futuras dos projectos em curso, no segmento RE Developer, das
recentes alterações de comportamento nos mercados financeiros mundiais, em particular nos
projectos dos EUA.
O aumento do activo intangível em curso, relativo a 31 de Dezembro de 2010, resulta, essencialmente, da capitalização de projectos em desenvolvimento nos segmentos RE Developer e Solar.
O aumento registado em ‘Adiantamentos por conta de activos intangíveis’ está relacionado com os
desembolsos efectuados pela Ventinveste, S.A., consórcio no qual o Grupo se insere, para a constituição de um Fundo de Incentivo à Inovação estabelecido no âmbito do Contrato de Atribuição de
Capacidade de Injecção de Potência na Rede do Sistema Eléctrico de Serviço Público para Energia
Eléctrica Produzida em Centrais Eólicas, assinado com o Estado Português.
Transferências e outros movimentos
-
-
-
-
6.334.327
-
-
6.334.327
31 Dezembro 2009
37.068.351
13.461.339
4.785.551
55.315.241
31 Dezembro 2010
10.289.724
12.493.653
5.874.994
28.658.372
Valor líquido:
87
18. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
A informação relativa aos valores brutos de terrenos e edifícios, equipamentos, activos fixos
tangíveis em curso e de outros activos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2010 e 2009
pode ser analisada como se segue:
TERRENOS E
EDIFÍCIOS
EQUIPAMENTOS
ACTIVOS
FIXOS
TANGÍVEIS EM
CURSO
OUTRAS ACTIVOS FIXOS
TANGÍVEIS
TOTAL
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
95.510.504
134.166.435
121.041.577
54.363.349
405.081.864
Aumentos
9.897.796
10.592.000
63.256.462
5.153.141
88.899.398
Alienações e abates
(189.418)
(3.234.925)
-
(130.737)
(3.555.079)
Diferenças cambiais
320.791
3.879.514
(3.824.771)
491.140
866.675
(232.046)
(332.528)
(5.661.627)
(596.692)
(6.822.894)
(4.951.625)
Perdas de imparidade (nota 10)
Variação de perímetro
Transferências e outros movimentos
(443.431)
(1.497.163)
(2.995.548)
(15.483)
25.061.583
15.927.583
(74.375.032)
33.373.599
(12.267)
129.925.778
159.500.917
97.441.061
92.638.317
479.506.073
31 Dezembro 2010
129.925.778
159.500.917
97.441.061
92.638.317
479.506.073
Aumentos
Saldo inicial
3.617.418
8.201.954
26.975.876
8.829.729
47.624.977
Alienações e abates
(174.926)
(2.346.930)
(574.608)
(945.700)
(4.042.164)
Diferenças cambiais
828.371
2.943.686
883.575
364.592
5.020.225
(1.016.001)
(60.641.566)
(1.617.206)
(62.206)
(63.336.979)
(12.518.916)
Variação de perímetro
Perdas de imparidade (nota 10)
Transferências e outros movimentos
-
-
(12.518.916)
-
7.009.515
2.258.727
(12.130.205)
687.720
(2.174.243)
140.190.155
109.916.789
98.459.577
101.512.453
450.078.974
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
O decréscimo verificado no investimento em activos fixos tangíveis, face ao período homólogo,
justifica-se na medida em que ficaram concluídos grande parte dos investimentos iniciados durante
o exercício de 2009, tal como mencionado na nota 4 acima. O investimento registado no exercício
de 2010 foi canalizado principalmente para a construção da nova fábrica de torres no Texas, EUA, no
segmento de Equipamentos para Energia, para o desenvolvimento de parques eólicos no segmento
RE Developer na Roménia, Polónia, Portugal e Brasil bem como para a conclusão das unidades fabris
em Angola, no segmento da Construção Metálica.
O valor registado em ‘Diferenças cambiais’ respeita à transposição dos activos tangíveis expressos
em moeda diferente do Euro que, com as valorizações das moedas locais face ao Euro, tiveram um
impacto positivo aquando da reexpressão desses activos para a moeda de relato.
As perdas de imparidade em activos fixos tangíveis registadas no exercício de 2010 resultaram principalmente de write-offs de activos no segmentos de RE Developer (Euro 12.383.700).
A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas de terrenos
e edifícios, equipamentos, activos fixos tangíveis em curso e de outros activos fixos tangíveis para os
exercícios findos em 2010 e 2009 pode ser analisada como se segue:
OUTRAS
ACTIVOS
FIXOS TANGÍVEIS
TOTAL
TERRENOS
E EDIFÍCIOS
EQUIPAMENTOS
ACTIVOS FIXOS
TANGÍVEIS EM
CURSO
18.815.908
42.323.498
-
1.143.094
62.282.501
4.146.585
13.143.461
-
2.917.279
20.207.325
Alienações e abates
-
(1.088.076)
-
(4.682)
(1.092.758)
Diferenças cambiais
38.323
154.839
-
34.790
227.953
-
(310.574)
-
(215)
(310.789)
valor dos imóveis não inclui qualquer imposto ou custos que o comprador tenha de vir a incorrer com
a compra do imóvel e foi apurado, no caso dos terrenos, tendo em conta os preços praticados no
mercado em activos semelhantes e no caso das edificações, no custo actual de proceder à construção dos mesmos. A localização, os acessos, o tamanho e a forma dos imóveis foi também tida em
conta no apuramento do justo valor das mesmas.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, excepto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, em regime de Project Finance e para os bens mencionados na Nota 36, não existiam outros
activos fixos tangíveis que se encontrassem penhorados ou hipotecados a instituições financeiras como
garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo. Durante o ano, o Grupo estimou a quantia recuperável
de alguns activos fixos tangíveis tendo em conta factores internos e externos que indicavam que os
mesmos poderiam estar contabilizados por um valor superior à sua quantia recuperável. Com base
nesta análise foi calculada uma perda por imparidade no valor de Euro 12.518.916, que foi reconhecida nos resultados do exercício, na rubrica de provisões e perdas de imparidade. Este valor reflecte a
perda estimada na potencial venda de alguns activos do segmento da RE Developer, essencialmente
na Roménia, apesar de não haver ainda uma decisão formal.
A quantia recuperável dos activos fixos mais significativos foi determinada com base no seu valor de
uso. A taxa de desconto usada variou entre 8,72% e 11,14%, dependendo dos riscos inerentes aos
diversos negócios e países. A aferição da existência de imparidade para os activos fixos tangíveis e
intangíveis do Grupo foi efectuada tendo por base os business plans das diversas empresas cujos
pressupostos se encontram detalhados na nota 16.
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
Aumentos
Variação de perímetro
88
Transferências e outros movimentos
(21.515)
16.199
-
5.313
(3)
22.979.302
54.239.347
-
4.095.579
81.314.229
Saldo inicial
22.979.302
54.239.347
-
4.095.579
81.314.229
Aumentos
4.910.206
12.603.471
-
4.695.625
22.209.303
-
(1.054.389)
-
(2.309)
(1.056.697)
81.877
346.225
-
51.691
479.793
(43.862)
(19.910.926)
-
(46.658)
(20.001.446)
31 Dezembro 2010
Alienações e abates
Diferenças cambiais
Variação de perímetro
Transferências e outros movimentos
(344.601)
1.053
-
(5.482)
(349.029)
27.582.922
46.224.782
-
8.788.447
82.596.151
31 Dezembro 2009
106.946.476
105.261.570
97.441.061
88.542.737
398.191.844
31 Dezembro 2010
112.607.233
63.692.008
98.459.577
92.724.006
367.482.823
Valor líquido:
19. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
A rubrica ‘Propriedades de investimento’ respeita às seguintes propriedades detidas pelo Grupo
Martifer: Centro Empresarial de Benavente e Armazéns de Albergaria-a-Velha, destinados ao arrendamento e projecto imobiliário de Szczecin (Polónia) destinado a valorização do capital.
Estes activos encontram-se registados ao valor de mercado de acordo com a avaliação independente
efectuada pela Cushman & Wakefield – Consultoria Imobiliária, Unipessoal, Lda, de acordo com os padrões internacionais do ‘RICS Valuation Standards’ (RICS Red Book). O Grupo Martifer irá efectuar avaliações regulares a estes imóveis, sendo as eventuais variações no justo valor registadas em resultados.
O movimento ocorrido nos exercícios de 2010 e 2009 na rubrica de ‘Propriedades de Investimento’
foi como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
Saldo inicial
Aquisições
O crescimento das amortizações do exercício em ‘Outros activos fixos tangíveis’ à data de 31
de Dezembro de 2010 resulta dos investimentos realizados em activos de geração eléctrica, nos
períodos anteriores.
Os critérios valorimétricos adoptados e as taxas de amortização utilizadas estão referidos nas alíneas iv)
e v) dos principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas, na Nota 1. Políticas Contabilísticas.
Os terrenos e edifícios estão registados ao seu valor de mercado de acordo com avaliações independentes, com referência a evidência no mercado de transacções recentes de propriedades similares.
As avaliações efectuadas estão em conformidade com os padrões internacionais de avaliação e
foram efectuadas pela Cushman & Wakefield – Consultoria Imobiliária, Unipessoal, Lda.
O método de avaliação utilizado pelos avaliadores imobiliários, quer em Portugal, Polónia e Roménia
para valorizar ao justo valor os imóveis do Grupo, foi o método do custo de reposição depreciado,
tendo as avaliações sido efectuadas de acordo com os padrões internacionais de avaliação. O justo
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Transferências
Variações de justo valor
31 DEZEMBRO 2009
57.013.000
9.505.000
-
44.767.598
5.476.893
-
-
2.740.402
Alienações
(47.508.000)
-
Saldo final
14.981.893
57.013.000
A alienação registada em ‘Propriedades de Investimento’ respeita à venda do Centro Comercial
Tavira Gran Plaza, concretizada no passado dia 2 de Agosto pelo valor total de 44.3 milhões de euros.
22. INVENTÁRIOS
20. INVESTIMENTOS FINANCEIROS
EM EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A informação relativa a existências com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010
e 2009, pode ser analisada como se segue:
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição dos valores referentes a investimentos
financeiros em equivalência patrimonial é como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
Grupo Prio Energy
6.495.894
-
MTSK1
4.250.462
-
Home Energy
1.207.934
-
WHS Energy Services
-
1.968
Power Blades
-
88.501
11.954.290
90.469
A 31 de Dezembro de 2010 o Grupo transferiu as subsidiárias MTSK1 e Home Energy para ‘Investimentos financeiros em equivalência patrimonial’ pelo montante correspondente aos seus
contributos para o consolidado do Grupo. Na base destas transferências estão os contratos de
compra e venda já celebrados com a Origis e EDP, respectivamente, os quais impõem importantes limitações à gestão destas sociedades, por parte do Grupo Martifer.
21. INVESTIMENTOS FINANCEIROS
DISPONÍVEIS PARA VENDA
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Produtos e trabalhos em curso
Mercadorias
Produtos acabados e intermédios
31 DEZEMBRO 2009
22.479.990
21.017.753
7.590.210
10.804.318
23.395.603
16.954.342
2.901.464
2.395.056
56.367.267
51.171.469
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, o Grupo não procedeu à constituição de
perdas de imparidade em inventários, tendo revertido o montante de Euro 27.124 no segmento de
Equipamentos para Energia.Em 31 de Dezembro de 2010, estão incluídos na rubrica ‘Produtos e trabalhos em curso’, Euro 4.754.459 referentes aos projectos imobiliários em curso desenvolvidos pelo
Grupo no âmbito de contratos de locação financeira relativos ao segmento da Construção Metálica,
designadamente na actividade imobiliária e incluem os seguintes projectos:
- Amarante Gran Plaza;
- Taveiro Gran Plaza.
Para permitir a comparabilidade, o valor relativo a 2009, que estava apresentado em ‘Adiantamentospor conta de compras, de Euro 4.646.590, foi igualmente reclassificado para a rubrica de ‘Produtos e
trabalhos em curso’.
Com excepção destes activos, cujo prazo de realização pode ser superior a um ano, todos os outros
activos classificados na rubrica de ‘Inventários’ serão realizáveis no curto prazo e não foram dados
como garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo.
89
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros
disponíveis para venda é como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
Aplicação financeira não corrente
EDP - Energias de Portugal, S.A.
Outros
31 DEZEMBRO 2009
20.030.000
-
-
55.011.600
156.393
34.968
20.186.393
55.046.568
Durante o exercício de 2010, o Grupo alienou as 17.700.000 acções que detinha na EDP – Energias
de Portugal, S.A., pelo contravalor de Euro 45.202.282 e com uma mais valia de Euro 342.600.
23. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os activos financeiros detidos pelo Grupo, para além dos mencionados na Nota 21 acima, são os a seguir apresentados.
A informação relativa a ‘Clientes e outros Devedores’ com referência aos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009 pode ser analisada como se segue:
NÃO CORRENTES
O movimento ocorrido nos exercícios de 2010 e 2009 na rubrica de ‘Investimentos financeiros disponíveis para venda’ foi como se segue:
Clientes, conta corrente
ANO 2009
2.838.433
-
203.726.089
195.003.315
Clientes, títulos a receber
-
-
14.268.562
7.650.369
Clientes de cobrança duvidosa
-
-
9.242.706
8.210.419
2.838.433
-
227.237.358
210.864.103
80.447.533
14.556.138
2.897.353
2.356.824
5.702
6.526
15.180.108
19.815.618
Saldo inicial
55.046.568
48.394.186
Aquisições
20.030.000
-
Alienações
(55.011.600)
-
-
7.310.100
Outros devedores:
121.425
(657.718)
Empresas associadas, participadas e participantes
20.186.393
55.046.568
Os investimentos financeiros disponíveis para venda não têm uma maturidade definida.
ANO 2010
Clientes:
31 DEZEMBRO 2009
Outras variações
ANO 2009
Valor bruto:
31 DEZEMBRO 2010
Variações de justo valor
CORRENTES
ANO 2010
Total ‘clientes’
Adiantamentos a fornecedores
Outros
Total ‘outros devedores’
TOTAL
59.171
5.712
19.640.303
7.585.160
80.512.405
14.568.377
37.717.764
29.757.602
83.350.838
14.568.377
264.955.122
240.621.705
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
As perdas de imparidade acumuladas em contas a receber são como se segue:
NÃO CORRENTES
ANO 2010
CORRENTES
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
7.817.020
Perdas de imparidade acumuladas:
Clientes de cobrança duvidosa
-
-
8.352.871
178.641
4.727.091
3.323.120
2.984.274
178.641
4.727.091
11.675.990
10.801.294
2.838.433
-
218.884.487
203.047.084
80.333.764
9.841.286
34.394.644
26.773.327
Outros devedores
Valor líquido - Clientes
Valor líquido - Outros devedores
O movimento das perdas de imparidade acumuladas em contas a receber é como se segue:
CLIENTES DE COBRANÇA DUVIDOSA
ANO 2010
ANO 2009
Saldo inicial
7.817.020
6.601.765
Aumento (nota 10)
2.026.647
2.337.159
Redução
1.488.216
1.106.507
Variações de perímetro, diferenças cambiais e transferências
(2.580)
(15.397)
8.352.871
7.817.020
OUTROS DEVEDORES
ANO 2010
ANO 2009
Saldo inicial
7.711.365
1.666.097
Aumento (nota 10)
1.763.630
180.199
Redução
Variações de perímetro, diferenças cambiais e transferências
90
77.772
11.129
(5.895.462)
5.876.198
3.501.761
7.711.365
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, antes de
perdas de imparidade acumuladas, pode ser detalhada como se segue:
24. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
ACTIVO
31 DEZEMBRO 2009
Clientes, conta corrente
TOTAL
NÃO
VENCIDO
VENCIDO
ATÉ
90 DIAS
90 A 180
DIAS
180 A 360
DIAS
MAIS DE 360
DIAS
13.960.066
195.003.315
65.945.377
88.495.976
10.445.743
16.156.151
Clientes, títulos a receber
7.650.369
7.606.381
43.988
-
-
-
Clientes de cobrança duvidosa
8.210.419
-
-
-
-
8.210.419
44.325.979
41.561.823
624.179
206.091
1.664.743
269.141
255.190.082
115.113.582
89.164.143
10.651.835
17.820.895
22.439.627
Outros devedores
A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de
imparidade acumuladas para cobrança duvidosa, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a
sua experiência e com base nos condicionantes e na envolvente económica existente.
Dos créditos sobre clientes que se encontram registados na rubrica ‘Clientes de cobrança duvidosa’, em 31 de Dezembro de 2010, Euro 8.352.871 encontram-se em imparidade. Relativamente aos
restantes Euro 889.835 existem acordos de recuperação para os mesmos sendo expectável o seu
recebimento.
Para os restantes valores vencidos, o Grupo considera não ter havido deterioração da qualidade
creditícia da contraparte, pelo que não se encontram em risco de incobrabilidade.
O prazo médio de recebimentos das contas a receber do Grupo situou-se, em 2010, nos 149 dias,
tendo em muito contribuído a actual conjuntura económica. Não obstante este enquadramento, o
Grupo continua empenhado no cumprimento rigoroso da política de crédito definida, nomeadamente ao nível da selecção criteriosa do crédito concedido, quer em quantidade quer em qualidade,
bem como na respectiva cobrança.
É convicção do Conselho de Administração do Grupo de que o valor pelo qual os Empréstimos e
contas a receber estão registados no balanço se aproxima do seu justo valor.
O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em
média 90 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem
definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá
a ocorrer só em situações extremas.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas,
participadas e participantes dizem respeito, essencialmente, a prestações acessórias concedidas, as
quais não vencem juros.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Grupo não possui investimentos financeiros detidos até ao
vencimento nem investimentos registados ao justo valor através de resultados.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm
a seguinte composição:
31 DEZEMBRO 2010
Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas
Imposto sobre o valor acrescentado
Impostos em outros países
Outros impostos
31 DEZEMBRO 2010
TOTAL
Clientes, conta corrente
Clientes, títulos a receber
Clientes de cobrança duvidosa
Outros devedores
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
NÃO
VENCIDO
VENCIDO
ATÉ
90 DIAS
90 A 180
DIAS
180 A 360
DIAS
MAIS DE 360
DIAS
17.334.758
206.564.523
97.119.150
65.141.561
19.730.978
7.238.076
14.268.562
14.265.118
-
-
3.444
-
9.242.706
1.888.188
188.224
238.527
422.631
6.505.136
118.230.169
112.344.534
212.416
105.231
5.291.367
276.620
348.305.960
225.616.990
65.542.202
20.074.736
12.955.518
24.116.514
31 DEZEMBRO 2009
914.149
3.531.030
17.719.888
40.734.118
1.675.502
823.977
469.973
264.026
20.779.512
45.353.151
25. OUTROS ACTIVOS CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a informação sobre os contratos de construção em curso é
como se segue:
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica ‘Outros activos correntes’ pode ser analisada
como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
- Construção Metalomecânica
646.451.059
581.988.332
- Equipamentos para Energia
160.403.504
190.187.479
- Solar
207.006.492
95.440.896
- Construção Metalomecânica
336.229.748
316.047.146
- Equipamentos para Energia
47.638.384
78.358.343
116.723.694
86.773.496
- Construção Metalomecânica
716.020.235
633.253.028
- Equipamentos para Energia
148.813.468
196.316.925
- Solar
239.664.986
108.568.436
- Construção Metalomecânica
312.851.674
344.353.366
- Equipamentos para Energia
37.807.010
100.027.422
141.436.412
99.165.265
GASTOS TOTAIS INCORRIDOS EM CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
31 DEZEMBRO
2010
31 DEZEMBRO
2009
Acréscimos de rendimentos
Trabalhos em curso (contratos de construção)
158.844.792
76.799.761
215.323
33.850
1.940.445
3.146.472
161.000.560
79.980.083
791.921
824.887
Rendas pagas antecipadamente
1.679.377
970.318
Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente
1.915.685
4.298.910
4.386.983
6.094.115
165.387.543
86.074.198
Juros a receber
Outros acréscimos de rendimentos
Gastos diferidos
Seguros
A variação ocorrida na rubrica ‘Trabalhos em curso (contratos de construção)’ respeita, por um lado,
ao maior nível de actividade ocorrido no segmento Construção Metálica e Solar e, por outro lado,
ao valor dos trabalhos de construção da fábrica de extracção na Roménia que, em resultado da
perda de controlo do Grupo na participada Prio Extractie, deixou de ser eliminado no processo de
consolidação.
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica ‘Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente’ inclui,
essencialmente, os desembolsos efectuados pelo Grupo associados a trabalhos especializados, os
quais irão ser prestados/utilizados no decorrer do exercício de 2011.
GASTOS INCORRIDOS NO ANO EM CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Solar
RENDIMENTOS TOTAIS INCORRIDOS EM CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
RENDIMENTOS INCORRIDOS NO ANO EM CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Solar
ADIANTAMENTOS RECEBIDOS PARA A EXECUÇÃO DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Construção Metalomecânica
489.218
2.129.477
- Equipamentos para Energia
-
154.708
- Solar
-
-
4.449.465
4.388.350
91
RETENÇÕES EFECTUADAS POR CLIENTES EM CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Construção Metalomecânica
- Equipamentos para Energia
5.223
-
-
-
- Construção Metalomecânica
61.639.478
24.577.605
- Equipamentos para Energia
16.524.307
9.854.644
5.779.855
12.836.544
- Construção Metalomecânica
89.295.637
52.874.822
- Equipamentos para Energia
19.550.127
7.666.224
- Solar
49.999.028
16.258.715
- Construção Metalomecânica
12.275.542
13.756.634
- Equipamentos para Energia
2.597.286
3.166.973
511.417
1.744.483
- Solar
GARANTIAS PRESTADAS A CLIENTES RELATIVAS A CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Solar
ACRÉSCIMOS DE RENDIMENTOS RELATIVOS A CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
RENDIMENTOS DIFERIDOS RELATIVOS A CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM CURSO:
- Solar
Chama-se a atenção para o facto de as garantias prestadas a donos de obra referidas na
Nota 36 dizerem respeito a obras em curso e a obras encerradas, para as quais a duração
média é de cinco anos.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo
de ‘Acréscimos de rendimentos – trabalhos em curso’ são como se segue:
por cada acção. Durante os exercícios de 2010 e 2009 não ocorreram quaisquer movimentos no
número de acções representativas do capital social do Grupo.
ANO 2010
ANO 2009
Fábrica Renault Tanger Mediterranee (Martifer Construções)
21.422.891
2.577.101
Fábrica de Extracção Prio (Martifer Constructii e Martifer Energia Roménia)
Durante o exercício de 2010, a Martifer SGPS adquiriu, através de compras realizadas em bolsa,
553.841 acções próprias, correspondentes a 0,554% do seu capital social. Em 31 de Dezembro de
2010, o capital social do Grupo é detido em 41,76% pela I’M SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil
SGPS, S.A., 0,55% em acções próprias, encontrando-se os restantes 20,19% dispersos em Bolsa.
14.540.599
-
Parque Fotovoltaico Borox (Martifer Solar)
9.889.830
-
Alstom - Mannheim 9 (Martifer Construções)
6.919.056
-
Sede Repsol YPF (Martifer Construções)
5.601.144
7.146.810
Ponte da Ulla (Martifer Construções)
4.699.931
3.208.300
Parque Fotovoltaico Fideco Ambiente (Martifer Solar Itália)
3.452.565
-
Ferry Transtejo (Navalria)
2.780.787
1.928.678
Parque Fotovoltaico Monreale (Martifer Solar Itália)
2.457.785
-
Fábrica de pás Riablades (Martifer Energia)
2.331.721
2.240.146
Parque Fotovoltaico Fideco Ambiente II (Martifer Solar Itália)
1.697.298
-
Parque Fotovoltaico Pozzo D'Adda (Martifer Solar Itália)
1.579.198
-
Artenius Mega PTA (Martifer)
1.384.430
1.867.610
Parque solar Moratalla (Martifer Solar)
-
6.471.552
Aeroporto de Luanda (Martifer Angola)
-
2.385.293
Universidade Gregório Semedo (Martifer Angola)
-
2.073.858
Basarab Bridge (Martifer Constructii)
-
1.931.353
VGP Park 3 MW (Martifer Solar)
-
1.857.375
Golden Horn Bridge Piles (Martifer Construções)
-
1.454.969
Torre Zero Zero (Martifer Alumínios)
-
1.383.615
Opções exercidas
Viaduco de los Tramposos (Martifer Construções)
-
1.353.496
Opções atribuídas
-
Opções expiradas
(64.913)
3,84
339.857
3,84
OPÇÕES SOBRE ACÇÕES
Está em vigor um plano de remunerações em opções sobre acções, nos termos aprovados pela
Assembleia Geral, aplicável a alguns colaboradores, com vista a incentivar a criação de valor.
As opções atribuídas caducarão automaticamente, sempre que o colaborador deixe de estar ao
serviço de qualquer uma das empresas do Grupo.
Todas as opções atribuídas à data de 31 de Dezembro de 2010 são consideradas com liquidação
com base em acções.
O movimento do plano de remunerações em opções sobre acções é analisado como segue:
Saldo em 1 de Janeiro de 2010
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
92
26. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
MOVIMENTO NAS
OPÇÕES
PREÇO MÉDIO DE
EXERCÍCIO POR ACÇÃO
404.770
3,84
-
As opções sobre acções em aberto no final do exercício têm as seguintes data de termo
e preço de exercício:
A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:
DATA DE TERMO
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
74.250.903
22.961.895
Caixa e seus equivalentes:
Depósitos bancários
Caixa
Outras aplicações de tesouraria
396.359
112.930
2.019.169
1.769.385
76.666.431
24.844.210
Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo Grupo e os depósitos bancários de
curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de
alteração de valor não é significativo. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existiam quaisquer
restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.
27. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS, ACÇÕES
PRÓPRIAS E INTERESSES NÃO CONTROLADOS
CAPITAL SOCIAL
O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de Dezembro de 2010,
ascende a Euro 50.000.000 e é representado por 100.000.000 de acções ao portador com um valor
nominal de 50 cêntimos cada. Todas as acções têm os mesmos direitos, correspondendo um voto
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
PREÇO DE EXERCÍCIO
OPÇÕES
2011
3,84
2012
3,84
84.964
84.964
2013
3,84
169.929
339.857
Na demonstração dos resultados, foi registado o custo de Euro 96.147 na rubrica ‘Gastos com o pessoal’.
RESERVAS
Prémios de emissão
Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De
acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime
estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de
liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras
reservas, e para incorporação no capital.
Reserva legal
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem
que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital
social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para
absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
Este valor encontra-se incluído na rubrica de ‘Outras Reservas’ e ascende a Euro 7.696.844.
Reservas de justo valor – Reavaliações de activos fixos tangíveis
As reservas de justo valor – Reavaliações de activos fixos tangíveis não podem ser distribuídas aos
accionistas, excepto se se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respectivos bens objecto de
reavaliação tiverem sido alienados.
Reservas de justo valor – Investimentos disponíveis para venda
As reservas de justo valor - Investimentos disponíveis para venda reflectem as variações de justo valor
dos instrumentos financeiros detidos para venda e não são passíveis de serem distribuídas ou serem
utilizadas para absorver prejuízos.
Reserva de justo valor - Derivados
As Reservas de justo valor - Derivados reflectem as variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de cash flow que se consideram eficazes e não são passíveis de serem distribuídas
ou serem utilizadas para absorver prejuízos.
Reservas de conversão cambiais
As reservas de conversão cambiais reflectem as variações cambiais ocorridas: (i) na transposição das
demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do Euro; (ii) na actualização do investimento
líquido nas subsidiárias; e (iii) na actualização de diferenças de consolidação as quais não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.
Reservas relativas a opções sobre acções
As reservas relativas a opções sobre acções reflectem o justo valor dos serviços prestados pelos
colaboradores corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original em
resultado da determinação do número de opções que se espera que se tornem exercíveis.
Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo
com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Assim, as únicas reservas da Martifer SGPS, S.A., que,
pela sua natureza, se consideram distribuíveis, são as relativas a resultados transitados no montante
de Euro 21.780.119 (ver nota 14).
INTERESSES NÃO CONTROLADOS
A evolução desta rubrica pode ser apresentada da seguinte forma:
Saldo Inicial
50.957.635
Resultado Liquido do período
2.509.792
Outras variações no capital próprio
4.100.230
Aumento de capital em empresas participadas
Alterações no perímetro de consolidação (Prios)
Transacções com interesses não controlados
Outros
8.750.000
(27.989.408)
(7.685.704)
345.634
30.988.178
As ‘transacções’ com interesses não controlados dizem respeito, essencialmente à aquisição dos 45%
do capital social da Martifer Alumínios, S.A..
O saldo final diz respeito, essencialmente, aos interesses não controlados na Martifer Solar, Martifer
Renováveis S.A., Solar Parks, Martifer Solar Itália, Martifer Construções Metálicas Angola, Martinox,
S.A., Martifer Aluminios Angola, S.A. e Rosa dos Ventos.
28. EMPRÉSTIMOS
Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2010 e 2009, são como se segue:
ATÉ 1 ANO
A 2 ANOS
ENTRE
3 E 5 ANOS
A MAIS
DE 5 ANOS
TOTAL
Empréstimos bancários
58.301.844
21.043.200
45.284.545
29.580.783
154.210.371
Descobertos bancários
29.924.500
-
-
-
29.924.500
Contas caucionadas
22.647.000
-
-
-
22.647.000
128.000.000
31 DEZEMBRO 2009
Dívidas a instituições de crédito:
Outros empréstimos obtidos:
Emissões de papel comercial
128.000.000
-
-
-
23.072.776
413.056
413.056
74.524.577
98.423.466
261.946.120
21.456.256
45.697.601
104.105.360
433.205.337
ATÉ 1 ANO
A 2 ANOS
ENTRE
3 E 5 ANOS
A MAIS
DE 5 ANOS
TOTAL
Empréstimos bancários
25.303.626
38.320.395
58.019.128
14.072.851
135.716.000
Descobertos bancários
30.239.050
-
-
-
30.239.050
Contas caucionadas
94.660.204
-
-
-
94.660.204
60.500.000
14.250.000
22.500.000
-
97.250.000
1.951.640
826.944
2.381.024
17.072.695
22.232.303
212.654.520
53.397.339
82.900.152
31.145.546
380.097.557
Outros empréstimos
31 DEZEMBRO 2010
Dívidas a instituições de crédito:
Outros empréstimos obtidos:
Emissões de papel comercial
Outros empréstimos
93
Em 31 de Dezembro de 2010 o net debt do Grupo ascendeu a Euro 343.777.003. De notar que para
o cálculo do net debt, para além dos empréstimos acima evidenciados, consideram-se os leasings,
derivados e caixa e seus equivalentes.
OUTROS EMPRÉSTIMOS
Os outros empréstimos em 2010 com vencimento superior a 5 anos, no valor de Euro 17.072.695,
referem-se a contratos de locação financeira de pré-financiamento, os quais não têm prazo definido
de reembolso. Aproximadamente, Euro 4 milhões correspondem a operações de locação financeira
imobiliária (afectas ao financiamento dos projectos imobiliários registados na rubrica de Adiantamentos por conta de compras – Nota 22) as quais, em caso de alienação dos acima referidos projectos
imobiliários terão de ser liquidadas nesse momento e não de acordo com o plano de reembolso
definido, que contratualmente ocorre após 2011.
Os montantes considerados em ‘Outros empréstimos’ incluem, ainda, empréstimos obtidos junto da
Agência Portuguesa para o Investimento (API) e da Agência para o Investimento e Comércio Externo
de Portugal (AICEP) Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI)
como apoio ao investimento efectuado pelo Grupo, no valor de Euro 3,4 milhões. Estes empréstimos
não vencem juros, à excepção do empréstimo concedido pela API à Martifer Energia, o qual prevê
um período de carência de quatro semestres, findo o qual vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de um spread de 0,95%.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os montantes relativos a empréstimos estão denominados nas
seguintes moedas:
INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO
OUTROS EMPRÉSTIMOS
OBTIDOS
TOTAL
Euros
174.314.313
226.423.466
400.737.778
Reais
18.863.640
-
18.863.640
5.570.001
31 DEZEMBRO 2009
MOEDA
ORIGINAL
CONTRATO
DATA CONTRATO
PRAZO
PERÍODO
DE
CARÊNCIA
PERIODICIDADE DAS
RENDAS
MONTANTE
DO PRIMEIRO
REEMBOLSO
FIRST
INSTALMENT
AMOUNT
MONTANTE
DO ÚLTIMO
REEMBOLSO
Martifer SGPS
EUR
26.250.000
Ago-10
5 Anos
1 Ano
Trimestral
1.640.625
1.640.625
Martifer Metallic
Constructions
EUR
20.000.000
Set-10
5 Anos
1 Ano
Trimestral
1.250.000
1.250.000
Novo Leu
5.570.001
-
Zlotis
4.563.743
-
4.563.743
Martifer Solar
EUR
18.500.000
Out-08
7 Anos
2 Anos
Trimestral
792.986
792.986
Outros
3.470.174
-
3.470.174
Eurocab FV 21
EUR
11.500.000
Dez-08
4 Anos
4 Anos
Semestral
-
11.500.000
206.781.872
226.423.466
433.205.337
Eurocab FV 22
EUR
10.400.000
Fev-09
3 Anos
3 Anos
Semestral
-
10.400.000
Gebox
EUR
6.500.000
Fev-08
7 Anos
2 Anos
Trimestral
325.000
325.000
Martifer Construções
EUR
5.500.000
Mar-04
7 Anos
-
Trimestral
200.000
100.000
INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO
OUTROS EMPRÉSTIMOS
OBTIDOS
TOTAL
Martifer Energia
EUR
5.250.000
Nov-05
7 Anos
2 Anos
Trimestral
262.500
262.500
Euros
219.699.645
119.482.303
339.181.948
Reais
20.657.939
-
20.657.939
Martifer Energy
Systems
EUR
5.250.000
Set-10
5 Anos
-
Trimestral
76.924
99.372
Zlotis
8.947.285
-
8.947.285
31 DEZEMBRO 2010
Dólar americano
5.030.251
-
5.030.251
Novo Leu
4.506.567
-
4.506.567
Dólar australiano
1.773.566
-
1.773.566
260.615.254
119.482.303
380.097.557
As taxas de juro médias suportadas em descobertos e empréstimos bancários são as seguintes:
31 DEZEMBRO 2009
TAXAS
MÉDIAS (%)
INTERVALO
DE TAXAS (%)
Dívidas a instituições de crédito:
94
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais empréstimos bancários obtidos pelo Grupo são
como se segue:
Empréstimos bancários
4,24
[1,71; 23,0]
Descobertos bancários
3,51
[1,73; 15,0]
Contas caucionadas
3,13
[2,09; 5,72]
Emissões de papel comercial
2,09
[1,01; 3,50]
Outros empréstimos
2,46
[1,96; 3,65]
Outros empréstimos obtidos
TAXAS
MÉDIAS (%)
INTERVALO
DE TAXAS (%)
Empréstimos bancários
4,89
[3,29; 10,00]
Descobertos bancários
5,31
[2,33; 7,55]
Contas caucionadas
4,04
[1,23; 14,00]
Emissões de papel comercial
3,13
[2,10; 5,64]
Outros empréstimos
2,76
[1,89; 4,89]
31 DEZEMBRO 2010
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais Project Finance obtidos pelo Grupo são como se segue:
Rosa dos
Ventos
MOEDA
ORIGINAL
CONTRATO
DATA CONTRATO
PRAZO
PERÍODO
DE
CARÊNCIA
PERIODICIDADE DAS
RENDAS
MONTANTE
DO PRIMEIRO
REEMBOLSO
BRL
13.453.629
Jun-08
20 Anos
1 Ano
Mensal
FIRST
INSTALMENT
AMOUNT
MONTANTE
DO ÚLTIMO
REEMBOLSO
39.359
86.343
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais programas de papel comercial do Grupo passíveis de
renovação são como se segue:
MONTANTE
MÁXIMO DO
CONTRATO (EUROS)
DATA
CONTRATO
PRAZO DE
VENCIMENTO
DO CONTRATO
MONTANTE
UTILIZADO
Martifer SGPS
50.000.000
Set-08
5 Anos
50.000.000
Martifer SGPS
22.500.000
Nov-10
3 Anos
19.750.000
Martifer SGPS
15.000.000
Mai-10
5 Anos
15.000.000
Martifer SGPS
5.000.000
Set-10
5 Anos
5.000.000
Martifer Metallic Constructions SGPS
7.500.000
Abr-10
5 Anos
100.000.000
7.500.000
97.250.000
Dívidas a instituições de crédito:
Outros empréstimos obtidos
Para parte dos empréstimos acima referidos e no âmbito da política de gestão de risco de taxa de
juro, o Grupo contratou os instrumentos financeiros derivados mencionados na Nota 35 convertendo
dessa forma em taxas fixas as taxas variáveis contratadas nos empréstimos.
Em 31 de Dezembro de 2010 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro
pode ser analisada como segue:
As taxas de juro suportadas nos empréstimos bancários, por geografia, são as seguintes:
PAÍS
Austrália
Brasil
INDEXANTE
BBSY
IMPACTO ESTIMADO
2010
SPREAD
2,00
CDI
[1,00 a 5,00]
Espanha
Euribor
[0,30 a 2,75]
Itália
Euribor
2,25
Portugal
Euribor
[1,50 a 4,50]
Polónia
Wibor
[1,60 a 4,15]
Roménia
Euribor
[1,59 a 4,50]
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Variação nos resultados financeiros pela alteração de 1 p.p na taxa de juro aplicada à totalidade do
endividamento
4.158.053
Protecção por taxa fixa
(349.148)
Protecção por instrumentos derivados de taxa juro
(404.500)
Sensibilidade do resultado financeiro a variações da taxa de juro
3.404.405
A adopção da política de gestão de risco de taxa de juro tem como objectivo reduzir a exposição
do Grupo às taxas de juro variáveis através da contratação de swaps. Durante o ano de 2010, e
decorrente da evolução das taxas de juro nos mercados financeiros, esta política conduziu à perda
evidenciada no seguinte quadro:
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o valor das rendas associadas a contratos
de locação operacional é como se segue:
RENDAS VINCENDAS DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO OPERACIONAL
ANO 2010
EMPRESA
INSTRUMENTO DE
COBERTURA
Martifer Construções
Martifer Energia
GANHO/(PERDA)
DECORRENTE DO
INSTRUMENTO DE
COBERTURA
JURO LÍQUIDO
JURO DO
EMPRÉSTIMO
Interest Rate SWAP
33.293
17.356
(15.937)
Interest Rate SWAP
251.371
80.237
(171.134)
Martifer Solar
Interest Rate SWAP
1.301.681
1.054.323
(247.358)
PE Vale Grande
Interest Rate SWAP
21.077
37.405
16.328
ANO 2009
Até 1 ano
441.153
709.417
Entre 1 e 5 anos
606.221
1.100.699
1.047.374
1.810.116
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foram reconhecidos na rubrica de
‘Fornecimentos e serviços externos’ Euro 954.636 e Euro 866.618, respectivamente, relativos a rendas
de contratos de locações operacionais.
(418.101)
Em Janeiro de 2011 foi contratada, na Martifer SGPS, S.A., uma operação de cobertura de taxa de
juro com o Barclays Bank Plc, para cobertura de um empréstimo no montante de Euro 19.750.000. A
maturidade deste instrumento financeiro é Novembro de 2013.
30. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS
A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2010 e 2009, pode ser analisada como se segue:
29. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA
Os contratos de locação financeira mais significativos em vigor em 31 de Dezembro de 2010, são
resumidos como se segue:
NÃO CORRENTES
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
33.442
-
197.532.331
162.194.213
Fornecedores
Credores diversos:
Fornecedores de imobilizado
DESCRIÇÃO DO BEM
Fornecimento de Equipamento Parque
Eólico Vila Franca de Xira
Fornecimento de Equipamento Parque
Eólico Baião
Empresas associadas e outros accionistas
PERÍODO
DO
CONTRATO
VALOR DO
CONTRATO
144 meses
18.205.554
Final do contrato
Livrança em branco
144 meses
9.007.897
Final do contrato
Livrança em branco
TERMO DE OPÇÃO
DE COMPRA
VALOR DA
OPÇÃO DE
COMPRA
GARANTIAS
Edificio de Escritórios da Martifer Energia
72 meses
8.850.000
Final do contrato
177.000
Livrança em branco
Máquinas Fixas da Martifer
72 meses
6.000.000
Final do contrato
120.000
Livrança em branco
Estrutura Metálica e Equipamentos para
linha de montagem
84 meses
5.973.592
Final do contrato
119.472
Livrança em branco
103.708
Livrança em branco
101.811
Livrança em branco
Estrutura Metálica Amovível
72 meses
5.185.415
Opção de compra
antecipada
Equipamento diverso
84 meses
5.090.531
Opção de compra
antecipada
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o valor das rendas e o valor actual das rendas associados a
contratos de locação financeira era como se segue:
CORRENTES
ANO 2010
-
7.328
1.913.028
3.562.839
10.930.665
7.135.950
7.199.519
2.151.113
-
-
32.062.114
5.882.722
556.804
3.632
22.446.502
13.931.299
11.487.469
7.146.910
63.621.163
25.527.973
Adiantamentos de clientes e por conta de vendas
Credores diversos
Total
95
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da
actividade operacional do Grupo e de aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis. O Conselho
de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor
contabilístico e que o efeito da actualização desses montantes não é material.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a maturidade contratual remanescente dos saldos registados
nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:
31 DEZEMBRO 2009
VENCIDO
RENDAS VINCENDAS DE
CONTRATOS DE LEASING
VALOR ACTUAL DAS RENDAS
DE CONTRATOS DE LEASING
ANO 2010
ANO 2009
ANO 2010
ANO 2009
9.601.096
8.940.816
8.573.620
8.102.374
Entre 1 e 5 anos
25.390.154
26.529.659
23.538.086
25.180.697
Mais de 5 anos
8.498.578
2.023.003
7.860.319
1.993.874
43.489.828
37.493.478
39.972.025
35.276.946
(3.517.803)
(2.216.533)
39.972.025
35.276.945
39.972.025
35.276.946
Até 1 ano
Juros incluídos nas rendas
Valor actual das rendas de contratos de leasing
Dos quais registados como:
- Credores por locações financeiras correntes
- Credores por locações financeiras não correntes
8.573.620
8.102.374
31.398.405
27.174.571
39.972.025
35.276.945
Fornecedores
Credores diversos
TOTAL
NÃO
VENCIDO
ATÉ 90
DIAS
90 A 180
DIAS
180 A 360
DIAS
MAIS
DE 360 DIAS
162.194.213
105.073.556
37.779.112
14.475.912
1.952.027
2.913.606
32.674.883
28.502.832
1.304.705
326.995
1.258.239
1.282.112
194.869.096
133.576.388
39.083.817
14.802.907
3.210.266
4.195.718
TOTAL
NÃO
VENCIDO
ATÉ 90
DIAS
90 A 180
DIAS
180 A 360
DIAS
MAIS
DE 360 DIAS
197.565.772
147.739.456
26.744.033
11.418.460
2.173.339
9.490.484
75.108.633
33.505.528
33.827.875
6.023.530
1.045.485
706.215
272.674.405
181.244.984
60.571.908
17.441.990
3.218.824
10.196.699
31 DEZEMBRO 2010
VENCIDO
Fornecedores
Credores diversos
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
O prazo médio de pagamento das compras e dos serviços obtidos pelo Grupo ronda os 141 dias.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas e outros accionistas dizem respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos por empresas
consolidadas pelo método proporcional, os quais vencem juros à Euribor a 3 meses acrescida
de um spread de 4%.
Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 28 e 29 acima, o Grupo não apresenta outros passivos financeiros.
31. PROVISÕES
A informação relativa a provisões, com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010
pode ser detalhada como se segue:
Garantias de qualidade
Processos judiciais em curso
Aplicação de equivalência patrimonial
Contratos onerosos
Outras
96
SALDO
INICIAL
AUMENTO
REDUÇÃO
VARIAÇÕES DE PERÍMETRO,
DIFERENÇAS CAMBIAIS E
TRANSFERÊNCIAS
SALDO
FINAL
3.376.088
2.442.213
(372.412)
(55.781)
5.390.108
322.294
-
-
262
322.556
2.859.853
261.403
-
(2.615.868)
505.388
-
1.393.000
-
-
1.393.000
957.121
8.235.430
-
(215.266)
8.977.285
7.515.356
12.332.046
(372.412)
(2.886.653)
16.588.337
As provisões para garantias de qualidade destinam-se a fazer face a eventuais problemas de qualidade nas obras efectuadas pelo Grupo, as quais contemplam, em média, um período de garantia de 5
anos. As provisões são constituídas por uma percentagem do valor da construção, que varia entre os
0,05% e os 0,5%, dependendo do segmento e empresa. O aumento contabilizado na rubrica ‘Outras
provisões’ diz, essencialmente, respeito ao montante expectável de perda que o segmento RE Developer espera vir a incorrer com o abandono do mercado norte-americano. Este valor resulta dos saldos intra-grupo a receber que se estima, não sejam recuperados. A saída do perímetro de consolidação da Nova Eco, ProWind e RiaBlades, justificam, praticamente todo o montante registado relativo
à variação da provisão por aplicação do método de equivalência patrimonial. O grupo não registou
provisões para desmantelamento de parques eólicos ou solares, uma vez que não tem, actualmente,
qualquer obrigação legal ou contratual para desmantelar esses activos e estima que, qualquer gasto
de desmantelamento que venha a ter de incorrer seja recuperado pelo valor residual dos equipamentos. Dada a imprevisibilidade do momento de reversão das provisões e dada a natureza a que se
destinam, o Grupo não procedeu à actualização financeira das mesmas.
da obra, que, na opinião da Martifer é totalmente improcedente e ineficaz. No dia 17 de Dezembro
de 2010, a Martifer entrou com uma acção em Tribunal contra a Energomontaz, exigindo um valor
de aproximadamente 12,6 milhões de euros, valor que inclui juros, custo de capital envolvido e dano
total causado à Martifer por falta de cooperação.
b) A Eviva Energy SRL (Roménia) solicitou o pedido de reembolso de IVA, no montante de Euro
3.530.000, o qual foi objecto de recusa por parte das autoridades fiscais romenas, encontrando-se actualmente em curso o processo de reclamação junto das mesmas de forma a reaver a totalidade do valor.
c) A subsidiária Martifer Solar Sistemas Solares (Espanha) desenvolveu o contrato de construção
de parques solares para os clientes Cañaverosa Renovables, S.L. e Cañaverosa Fotovoltaica, S.L.,
encontrando-se actualmente em divida pelos clientes 42,3 milhões de euros. A recuperação deste
valor está dependente da obtenção de financiamento por parte dos clientes, processo este que está
em curso e a ser objecto de acompanhamento por parte da Martifer, assim como de outras operações. Entretanto os recebimentos estão a ocorrer à medida que os clientes procedem à recuperação do IVA, valores que serão canalizado para a redução da sua divida, vem como das receitas de
exploração dos parques.
É expectativa da empresa que destes processos não ocorram perdas, pelo que não registou qualquer provisão para esse efeito.
33. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICO
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a
seguinte composição:
31 DEZEMBRO 2010
Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas
31 DEZEMBRO 2009
4.201.347
4.104.502
11.582.094
6.891.879
Contribuições para a segurança social
1.530.330
1.492.148
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
1.420.385
1.313.100
Imposto sobre o valor acrescentado
Outros impostos
662.971
75.992
2.481.467
46.324
21.878.594
13.923.945
Impostos em outros países
34. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
A informação relativa aos outros passivos correntes, com referência aos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
Encargos com férias e subsídios de férias
6,177,510
6,073,039
Juros a liquidar
1,683,749
860,774
ACRÉSCIMOS DE GASTOS
32. PASSIVOS CONTINGENTES
A 31 de Dezembro de 2010, existiam os seguintes passivos contingentes:
a) Em 29 de Outubro de 2009, a Martifer Polska, em consórcio com a ‘Ocekon Engenharia sro’ (Eslováquia) celebrou, com a sociedade Energomontaz - Poludnie SA (Energomontaz), um acordo para
as obras, cujo objecto era a fabricação, execução, entrega e instalação de telhado de aço do estádio
Baltic Arena, em Gdańsk, na Polónia, no valor de aproximadamente 11,3 milhões de euros. Em 2 de
Setembro de 2010, a Martifer recebeu da Energomontaz um aviso de rescisão imediata do contrato,
sem qualquer aviso prévio. O motivo indicado para a quebra do contrato foi os atrasos na execução
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Produção efectuada por subempreiteiros não facturada
Outros acréscimos de gastos
11,441,138
593,354
6,254,874
6,643,405
25,557,271
14,170,571
15,384,245
18,668,090
RENDIMENTOS DIFERIDOS
Facturação antecipada (relativa a contratos de construção)
Subsídios ao investimento (nota 38)
1,725,855
1,063,716
Outros rendimentos diferidos
1,217,197
4,929,436
18,327,297
24,661,242
43,884,568
38,831,813
A variação ocorrida na na rubrica ‘Outros rendimentos diferidos’ justifica-se na medida em que no exercício de 2009 a mesma ter, essencialmente, reflectida a facturação antecipada da Martifer Energia, efectuada por conta de encomendas de torres e outros componentes metálicos.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Rendimentos diferidos – Facturação antecipada’
são como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
Nova Unidade da Cemengal Bélgica (Martifer Construções)
1.831.548
-
Parque Eólico Barão de S. João (Repower)
1.343.523
1.831.548
Douro Spirit (Navalria)
1.339.613
-
Parque Eólico Mingorubio (Repower)
443.171
-
Aeroporto de Dublin (Martifer Construções Irlanda)
-
1.718.115
Retail Park Barreiro (Martifer Construções)
-
686.750
Escritórios Camama (Martifer Angola)
-
598.930
Aeroporto Internacional de Luanda (Martifer Aluminios)
-
595.723
Parque Eólico Alto do Folgorosa (Repower)
-
577.591
Edifício sede da Chevron (Martifer Aluminios)
-
573.916
Edifícios Unitel (Martifer Aluminios)
-
570.622
Parque Eólico Sobrado (Repower)
-
512.091
Reconversão Refinaria Sines fase 2 (Martifer Construções)
-
469.349
35. DERIVADOS
O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes nos
seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foram estabelecidos os seguintes contratos de derivados:
97
31 DEZEMBRO 2009
TIPO
PARTICIPADA
CONTRAPARTE
Interest Rate SWAP
Martifer Construções
Banco Espírito Santo
NACIONAL
900.000
Paga Taxa Fixa [3,45%] e Recebe Euribor 3M
TIPO
VENCIMENTO
Março de 2011
JUSTO VALOR
15.409
Interest Rate SWAP
Martifer Energia
Banco Espírito Santo
3.150.000
Paga Taxa Fixa [4,39%] e Recebe Euribor 3M
Novembro de 2012
246.873
Interest Rate SWAP
Holleben
HSH Nordbank AG
16.133.333
Paga Taxa Fixa [3,40%] e Recebe Euribor 6M
Dezembro de 2017
339.752
Interest Rate SWAP
Bippen
Bremer Landesbank
7.165.000
Paga Taxa Fixa [3,35%] e Recebe Euribor 6M
Dezembro de 2018
145.592
Interest Rate SWAP
Bippen
HSH Nordbank AG
7.165.000
Paga Taxa Fixa [3,35%] e Recebe Euribor 6M
Dezembro de 2018
160.432
908.058
31 DEZEMBRO 2010
TIPO
PARTICIPADA
CONTRAPARTE
Interest Rate SWAP
Martifer Construções
Banco Espírito Santo
100.000
Paga Taxa Fixa [3,45%] e Recebe Euribor 3M
Março de 2011
606
Interest Rate SWAP
Martifer Energia
Banco Espírito Santo
2.100.000
Paga Taxa Fixa [4,39%] e Recebe Euribor 3M
Novembro de 2012
132.064
18.500.000
Paga Taxa Fixa [2,24%] e Recebe Euribor 3M
Outubro de 2015
250.479
5.040.000
Paga Taxa Fixa [2,19%] e Recebe Euribor 6M
Junho de 2015
Interest Rate SWAP
Martifer Solar
Santander Totta
Interest Rate SWAP
PE Vale Grande
Banco Espírito Santo
NACIONAL
TIPO
VENCIMENTO
JUSTO VALOR
(9.297)
373.852
O justo valor dos instrumentos financeiros acima referidos, avaliados pelas contrapartes, por se tratarem de cash-flow hedges foram registados por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Reservas de justo valor – Derivados’ e em ‘Derivados’ no passivo.
O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo (essencialmente, swaps de taxa de juro) foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem celebramos tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no
método dos Cash Flows descontados, i.e, utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou
Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto, que servem para descontar os cash flows
fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs, dá o NPV (Net Present Value ou Valor Actualizado Líquido dos cash
flows futuros ou justo valor dos derivados).
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
36. COMPROMISSOS
Em 31 de Dezembro de 2010, os compromissos com créditos documentários à importação
eram os seguintes:
GARANTIAS FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as garantias bancárias prestadas pelo Grupo a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a
cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda eram como se segue:
ANO 2010
131.778.420
Zloti
4.375.719
99.852
Dólar Americano
Dólar Australiano
Dirham Marroquino
Dinar Tunisino
ANO 2010
Martifer Construções, SA
857.754
Martifer Alumínios, SA
4.643.727
Martifer Inox, SA
2.245.172
Martifer Solar, SA
12.910.668
ANO 2009
Euro
Novo Leu
EMPRESA
20.657.321
Adicionalmente, apresentam-se os principais valores de outras garantias operacionais:
2.035.066
1.356.053
566.600
160.197
-
89.917
-
148.581.927
138.855.657
EMPRESA
ANO 2010
ANO 2009
135.131.204
129.736.216
Martifer Metallic Constructions SGPS
64.913.176
59.245.577
Martifer Solar, SA
32.643.218
-
232.687.598
188.981.793
Martifer SGPS
O detalhe por empresa do Grupo é como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
Martifer Construções
43.947.524
50.030.468
Repower
17.650.955
10.954.372
Martifer Metallic Constructions SGPS
15.656.545
7.383.843
Martifer Solar Srl
13.889.203
-
8.568.505
12.319.053
Martifer Solar
98
Navalria
7.014.207
4.228.890
Martifer Alumínios
6.239.411
6.310.940
Martifer Solar Sistemas Solares
5.646.601
20.793.876
Martifer Construcciones Metalicas Espanha
4.523.749
2.622.805
Martifer Solar NV
4.317.183
-
Martifer Polska
3.807.602
2.774.632
2.290.840
Martifer Constructii
3.725.477
Solar Parks Construccion Parques Solares
3.000.000
-
Parque Solar Seseña I, S.L.
2.448.200
-
Na Martifer SGPS o valor apresentado inclui uma fiança a favor da BP Portugal, para garantir pagamentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A., bem como outras garantias
no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares. Em Fevereiro de
2011 foram canceladadas garantias assumidas de Euro 40,8 milhões em virtude de terem sido assinados os certificados de aceitação final de quatro parques solares em Espanha.
Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou
empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de
performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a
Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento
integral das obrigações contratuais. Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem recurso à Holding.
O valor apresentado para a Martifer Metallic Constructions, SGPS respeita aos compromissos assumidos com a realização das obras em carteira, das quais se destacam as obras da fábrica ‘Renault
Tanger’, ‘Artenius Mega PTA’ e ‘Alstom’. O valor apresentado de responsabilidades assumidas pela
Martifer Solar, SA respeita a garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de
parques solares em Itália.
Martifer Energia Srl
1.456.256
-
Martifer Energia
1.454.602
5.290.203
Sassal Aluminium PTY LTD
1.356.053
566.600
Martifer Renovables ETVE SA
1.100.000
1.502.190
Martifer Konstrukcje
892.128
1.761.159
Martifer Aluminios Espanha
836.517
407.198
Martifer Inox
661.952
1.776.572
Promoquatro
192.073
1.317.072
Gesto Energia
60.000
60.000
Eviva Nalbant SRL
28.880
29.035
EUROCAB FV 1 SL
27.378
27.378
EUROCAB FV 8 SL
11.227
11.227
EMPRESA
GARANTIA
EUROCAB FV 9 SL
11.227
11.227
Martifer Metallic Constructions SGPS
Penhor de acções da Martifer Aluminios SA
EUROCAB FV 10 SL
11.227
11.227
Martifer SGPS
Penhor de acções da Martifer Solar SA
EUROCAB FV 11 SL
11.227
11.227
Martifer Construções, SA
Hipoteca
6.062.637
100.000
EUROCAB FV 12 SL
11.227
11.227
EUROCAB FV 17 SL
11.227
11.227
Martifer Polska
Hipoteca
6.940.280
4.607.780
EUROCAB FV 18 SL
11.227
11.227
50.727.917
50.957.780
2.337
-
MGI
-
4.013.039
WPT
-
1.535.000
Martifer SGPS
-
287.500
Eviva Hidro SRL
-
287.500
Martifer Renewables PLN
-
206.903
148.581.927
138.855.657
Home Energy
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
GARANTIAS REAIS
Em 31 de Dezembro de 2010 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como se segue:
VALOR DO
ACTIVO SUBJACENTE
VALOR
EM DÍVIDA
225.000
20.000.000
37.500.000
26.250.000
No que respeita aos activos fixos tangíveis adquiridos chama-se a atenção para os seguintes
compromissos contratuais:
No âmbito do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injecção de Potência na Rede do
Sistema Eléctrico de Serviço Público para Energia Eléctrica Produzida em Centrais Eólicas
estabelecido entre a Ventinveste, S.A. e o Estado Português, o consórcio no qual o Grupo se
insere, ficou obrigado a contribuir em Euro 41.833.493 para o financiamento (através do Fundo
de Inovação) de investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação, que ficará
sob a orientação e supervisão de uma entidade pública. Deste montante já se encontra liquidado o valor de Euro 12.550.047 (ver nota 17). A responsabilidade do Grupo, relativamente a esta
situação, será no máximo de 46,6% do valor que ainda não foi liquidado.
37. COMPLEMENTOS DE REFORMA
O Grupo não assumiu quaisquer responsabilidades com planos de reforma. No entanto, existe uma
apólice, contratada com a Companhia de Seguros Global, que funciona como um fundo de capitalização, para complemento de reforma dos colaboradores do Grupo.
São abrangidos por este fundo todos os colaboradores com contrato de trabalho sem termo.
Anualmente, sempre que o Conselho de Administração do Grupo assim o deliberar, é depositado
um montante equivalente a um salário base em nome de cada um dos colaboradores. O exercício
do direito ao referido complemento ocorre no momento da passagem ao estado de reforma. Cada
colaborador pode então, optar pela transformação do fundo numa pensão mensal, ou em alternativa, resgatar 50% do valor acumulado e converter o restante numa renda mensal.
39. TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
a) Saldos e transacções
As participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes
relacionadas. Todas estas transacções são efectuadas a preços de mercado.
Nos procedimentos de consolidação estas transacções são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se
de uma única empresa se tratasse.
Os saldos e transacções com empresas associadas, contabilizadas pelo método da equivalência
patrimonial, não são eliminadas, e ascenderam aos seguintes montantes:
GASTOS
EMPRESA
Prio Foods SGPS, SA
O detalhe dos subsídios ao investimento atribuídos ao Grupo com impacto no exercício findo em 31
de Dezembro de 2010 é como se segue:
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
VALOR DOS
ACTIVOS
VALOR DO
SUBSÍDIO
SALDO EM
RENDIMENTOS DIFERIDOS (NOTA 34)
Edifícios e outras construções
9.564.691
1.015.618
617.411
62.798
Equipamento básico
8.193.555
766.248
87.527
65.802
156.228
25.251
1.510
1.307
-
1.019.407
1.019.407
-
17.914.474
2.826.524
1.725.855
129.907
Equipamento administrativo
Outros subsídios ao investimento
EFEITO NA
DEMONSTRAÇÃO
DOS RESULTADOS
O detalhe dos subsídios à exploração registados na demonstração dos resultados do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2010, na rubrica de outros rendimentos / (gastos) operacionais é
como se segue:
EMPRESA
DESIGNAÇÃO
Martifer SA
Formação
Home Energy France SAS
Apoio à Contratação
Martifer II Inox SA
Apoio à Contratação
MT Energia, SA
Investigação
Martifer Inovação e Gestão, SA
Apoio à Contratação
Martifer Inovação e Gestão, SA
Formação
Martifer - Hirschfeld Energy Systems
Apoio à Contratação
Repower
Apoio à Contratação
RENDIMENTOS
2009
2010
CONTAS A RECEBER
2009
2010
CONTAS A PAGAR
2009
2010
2009
-
-
292.081
-
51.899.159
-
5.967.102
-
1.154
-
358.012
-
10.835.937
-
-
-
Prio Energy SGPS, SA
-
-
-
-
5.341.000
-
-
-
Parque Solar Seseña I, S.L.
-
-
-
-
1.445.250
-
-
-
Prio Biocombustiveis, SA
20.043
-
456.390
-
761.672
-
64.287
-
Prio Biocombustibil s.r.l.
7.389
-
-
-
462.841
-
18.078
-
-
-
-
-
399.542
-
1.196.592
-
Prio Foods, SA
12.868
-
330.828
-
372.484
-
919.469
-
Prio Energy, SA
643.784
-
979.434
-
246.287
-
2.326.797
-
Prio Extractie s.r.l.
-
-
10.211.224
-
72.249
-
377
-
Agrozootechnia Facaeni, SA
-
-
-
-
54.400
-
-
-
Prio Agricultura, SA
(Moçambique)
-
-
-
-
41.845
-
-
-
Veiga & Seabra, SA
-
-
5.525
-
17.440
-
-
-
Mondefin, SA
-
-
23.016
-
7.881
-
-
-
Prio Agricultura e Extracção, Ltda
-
-
-
-
1.768
-
-
-
Agromec Balaciu, SA
-
-
957
-
-
-
-
-
5.714
-
2.544
-
-
-
25.808
-
Proempar
-
-
-
2.012
-
9.267
5.000
82.681
WHS
-
-
-
-
-
380
-
2.250
-
-
-
-
-
-
5.000
-
690.952
-
12.660.011
2.012
71.959.755
9.647
10.528.510
84.931
Liszki Green Park Sp z o.o.
Prio Agricultura s.r.l
38. SUBSÍDIOS
2010
Prio Biopaliwa
Parque Tecnológico
do Tâmega
99
As contas a receber da Prio Foods, SGPS, S.A., relacionam-se com as prestações acessórias de
capital, as quais não vencem juros e não têm prazo de reembolso e encontram-se deduzidas de Euro
4.957.673 relativos à aplicação do método de equivalência patrimonial no exercício de 2010.
VALOR DO SUBSÍDIO
2.641
244
961
19.000
90.533
273.501
46.648
2.480
436.008
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Para além dos valores mencionados, nos quadros apresentados acima e abaixo, não existem quaisquer outros saldos ou transacções mantidas com partes relacionadas do Grupo.
GASTOS
EMPRESA
CONTAS A PAGAR
2010
2010
2009
2010
Estia
Development, Lda.
6.141
564.778
8.240
81.112
6.108
6.753
547.714
7.057.050
Estia R&W, SRL
1.099
2.625
24.984
79.535
10.009
31.092
3.692
6.225
114
-
4.566
-
5.952
-
-
-
-
-
-
-
88.343
-
185.044
-
GreenVouga
3.500
-
-
1.829.008
2.217.309
2.194.809
-
12.474
HSF SGPS, SA
3.719
-
-
-
-
-
9.170.106
-
I'M SGPS, SA
8.979
32.861
-
8.217
-
37.261
402.013
377.747
Estia SGPS, S.A.
2009
CONTAS A RECEBER
2010
Estia RO, SRL
100
RENDIMENTOS
2009
não foram reconhecidas perdas de imparidade relativamente a contas a receber de partes relacionadas.encontram cobertas por garantias. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2010 e 2009 não foram reconhecidas perdas de imparidade relativamente a contas a receber
de partes relacionadas.
2009
Kozielska Sp. z o.o.
-
-
-
74.258
-
1.539.999
-
-
LusoLisboa Auto-Estradas
da Grande
Lisboa, S.A.
-
-
20.798
-
-
-
-
-
Lusoscut –
Auto-Estradas do
Grande Porto, S.A.
-
-
-
1.148
-
1.378
-
-
Lusoscut – AutoEstradas das Beiras
Litoral e Alta, S.A.
-
Mamaia Investments, SRL
-
-
5.136
3.326
4.064
2.752
-
-
Manvia, S.A.
-
-
-
-
-
-
2.102
-
M-City Szczecin,
Sp. z o.o.
-
-
1.148
-
1.378
-
-
-
-
2.067
-
211
-
-
-
Mota-Engil Betão
e Pré-Fabricados,
Sociedade Unipessoal, Lda.
56.405
-
-
-
-
49.560
60.764
-
Mota-Engil Central
Europe SGPS, S.A.
37.305
18.989
-
55.099
4.683
4.292
14.536
9.312
Mota-Engil
Engenharia e
Construção, S.A.
729.740
-
15.443.348
14.340.585
14.771.967
8.233.282
1.477.587
1.176.244
35
-
-
-
-
1.305
1.403
-
-
6.474
-
5.660
-
-
MTO GMBH
Nana Fundulea
Project Dev., BV
PowerBlades
1.078
71.587
-
6.809
5.176
219.669
-
-
283.610
Promodois, S.A.
-
-
2.021
1.210
-
-
-
6.542
Promodoze, S.A.
-
-
-
57
-
-
-
-
Promojeden, S.A.
74
25
18.111
19.696
1.077
7.259
-
1.243
Quartzolita, S.A.
-
Rentaco, Lda.
1.046
Ria Blades
-
-
107
-
-
-
-
77.662
-
-
-
-
-
9.914
96.602
-
8.995.123
6.149.858
7.445.541
801.108
371.454
3.030.721
RO Sud, SRL
-
-
4.566
3.989
3.899
3.319
-
-
Severis SGPS, S.A.
-
-
-
-
3.750.000
-
-
-
SOSEL Correctores de
Seguros, S.A.
-
-
-
-
-
6.680
-
-
Suma, S.A.
-
42.762
-
-
267.209
-
-
9.761
Tavira
Gran-Plaza, S.A.
Vicaima GMBH
68
1.017.459
-
-
-
6.228
-
-
-
287
-
-
-
-
1.254
5.626
740.024
24.535.771
22.660.003
28.802.269
12.926.583
12.237.572
11.987.871
As contas a receber e a pagar a empresas relacionadas serão liquidadas em numerário e não se
encontram cobertas por garantias. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
b) Compensações da administração e de outros gestores chave
As compensações atribuídas aos membros da administração e a outros gestores chave durante os
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ascenderam a Euro 3.038.469 e Euro 4.310.624,
respectivamente.
Estas compensações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho.
As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser
resumidas como se segue (valores em Euro):
ANO 2010
ANO 2009
2.631.099
3.869.643
Remunerações variáveis
177.500
149.548
Complementos de reforma (Nota 37)
133.723
115.825
2.942.322
4.135.017
Remunerações fixas
Atribuível à unidade operacional detida para venda
-
576.722
2.942.322
3.558.295
A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer
SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida
pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de
Governo Societário.
Adicionalmente, e para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 2), procede-se à apresentação de uma listagem das partes relacionadas do Grupo Martifer:
Almina - Minas do Alentejo, S.A.
Ambigere, S.A. (“Ambigere”)
Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM. (“Ambilital”)
Aqualevel - Gestão de Sistemas de informação, Soc. Unipessoal, Lda. (“Aqualevel”)
Áreagolfe - Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golf, S.A. (“Áreagolfe”)
Ascendi - Concessões de Transportes, SGPS, S.A. (“Ascendi SGPS”)
Ascendi - Serviços de Assessoria, Gestão e Operação, S.A. (“Ascendi SA”)
Ascendi Beiras Litoral e Alta - Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A. (“Ascendi Beiras Litoral e Alta”)
Ascendi Costa de Prata – Auto-Estradas da Costa de Prata, S.A. (“Ascendi Costa de Prata”)
Ascendi Douro - Estradas do Douro Interior, S.A. (“Ascendi Douro”)
Ascendi Grande Lisboa - Auto-Estradas da Grande Lisboa, S.A. (“Ascendi Grande Lisboa”)
Ascendi Grande Porto – Auto-Estradas do Grande Porto, S.A. (“Ascendi Grande Porto”)
Ascendi Group, SGPS, S.A. (“Ascendi Group SGPS”)
Ascendi Norte – Auto-Estradas do Norte, S.A. (“Ascendi Norte”)
Ascendi O&M, S.A. (“Ascendi O&M”)
Ascendi Operadora BLA – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora BLA”)
Ascendi Operadora CP – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora CP”)
Ascendi Operadora DI - Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora DI”)
Ascendi Operadora GL - Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora GL”)
Ascendi Operadora GP – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora GP”)
Ascendi Operadora NT – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. (“Ascendi Operadora NT”)
Ascendi Operadora PI - Operação e Manutenção Rodoviária, S.A (“Ascendi Operadora PI”)
Ascendi Pinhal Interior - Estradas do Pinhal Interior, S.A. (“Ascendi Pinhal Interior”)
Ascendi-Serv. de Assessoria Gestão e Operação, S.A. (“Ascendi SA”)
Asinter – Comércio Internacional, Lda. (“Asinter”)
Aurimove – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Aurimove”)
Auto Sueco Angola, S.A. (“Auto Sueco Angola”)
Bay 6.3 Kft. (“Bay 6.3”)
Bay Office Kft. (“Bay Office”)
Bay Park Kft. (“Bay Park”)
Bay Tower Kft. (“Bay Tower”)
Bay Wellness Kft. (“Bay Wellness”)
Beiratir - Terminais da Covilhã, Lda. (“Beiratir”)
Berd - Projecto Investigação e Engenharia de Pontes, SA (“Berd”)
Bergamon, A.S. (“Bergamon”)
Bicske Plaza Kft. (“Bicske Plaza”)
Bohdalecká Project Development s.r.o. (“Bohdalecká”)
Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda. (“Calçadas do Douro”)
Carlos Augusto Pinto dos Santos & Filhos S.A. (“Capsfil”)
CGR Catanduva - Centro de Gerenciamento de Resíduos, Ltda. (“CGR Catanduva”)
CGR Guatapará - Centro de Gerenciamento de Resíduos, Ltda. (“CGR Guatapará”)
CGR Jardinópolis - Centro de Gerenciamento de Resíduos, Ltda. (“CGR Jardinópolis”)
CGR Participações S.A. (“CGR Participações”)
Chinalog - Serviços Logísticos e Consultadoria, Lda. (“Chinalog”)
Cimertex & Companhia- Comércio Equip. e Ser. Técnicos, Lda. (“Cimertex & Companhia”)
Cimertex Angola – Sociedade de Máquinas e Equipamentos, Lda. (“Cimertex Angola”)
Citrave - Centro Integrado de Resíduos de Aveiro, S.A. (“Citrave”)
Citrup – Centro Integrado de Resíduos, Lda. (“Citrup”)
City Profit - Inv. Imobiliários e Turísticos, Lda.
Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários e Construções, S.A. (“CPTP”)
Concesionaria Autopista Perote Xalapa, S.A. DE C.V. (“Concesionaria Perote Xalapa”)
Construcciones Crespo, SA (“Crespo”)
Constructora Autopista Perote Xalapa, S.A. de C.V. (“Constructora Perote Xapala”)
Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda. (“Corgimobil”)
Correia & Correia, Lda. (“Correia & Correia”)
Detalhes Urbanos, S.A.
Devonská Project Development A.S. (“Devonská”)
Dmowskiego Project Development (“Dmowskiego”)
Domínio Reservado, Lda.
E.A.Moreira - Agentes de Navegação, S.A. (“E.A. Moreira”)
Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para o Tratamento de Resíduos Sólidos, E. I. M. (“Ecolezíria”)
Edifício Mota Viso – Soc. Imobiliária, Lda. (“Mota Viso”)
Edipainel – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. (“Edipainel”)
Ekosrodowisko Spólka z.o.o. (“Ekosrodowisko”)
Emocil – Empresa Moçambicana de Construção Imobiliária (“Emocil”)
EMSA – Empreendimentos e Exploração de Estacionamentos, S.A. (“EMSA”)
Engber Kft. (“Engber”)
Enviroil – Resíduos e Energia, Lda. (“Enviroil”)
EPDM - Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, S.A.
Estia Development, Lda.
Estia R&W, SRL
Estia RO, SRL
Estia SGPS, S.A.
Estialiving Residência Aveiro, S.A.
Estialiving Residência Viana S.A.
Estialiving, S.A.
Estradas do Zambeze, S.A. (“Estradas do Zambeze”)
Expertoption, SGPS S.A.
Ferreiros & Almeida, S.A.
Ferrovias e Construções, S.A. (“Ferrovias”)
Fibreglass Sundlete (Moç), Lda. (“Fibreglass”)
Geo Vision, Soluções Ambientais e Energia, S.A. (“Geo Vision”)
Gestiponte - Operação e Manutenção das Travessias do Tejo, S.A. (“Gestiponte”)
Glan Agua, Ltd (“Glanagua”)
Grossiman, S.L. (“Grossiman”)
GT - Investimentos Internacionais SGPS, SA (“GT SGPS”)
Haçor, Conc. Edifício do hospital da ilha terceira, SA (“Haçor”)
Hifer Construcción Conservación y Servicios, S.A. (“Hifer”)
HL - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. (“HL - Sociedade Gestora do Edifício”)
HSF SGPS, S.A.
Hungária Hotel Kft. Achat (“Hotel Achat Hungria”)
Ibercargo Rail, S.A. (“Ibercargo”)
Icer – Indústria de Cerâmica, Lda. (“Icer”)
I’M Mining SGPS, SA
I’M Serviços de Gestão, Lda.
I’M SGPS, SA
Indaqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A. (“Indaqua”)
Indaqua Fafe – Gestão de Águas de Fafe, S.A. (“Indaqua Fafe”)
Indaqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. (“Indaqua Feira”)
Indaqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. (“Indaqua Matosinhos”)
Indaqua Santo Tirso – Gestão de Águas de Santo Tirso, S.A. (“Indaqua Sto. Tirso”)
Indaqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. (“Indaqua Conde”)
Invespor Holding, BV
InvestAmbiente - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A. (“Investambiente”)
Jeremiasova Project Development, s.r.o. (“Jeremiasova”)
Kilińskiego Project Development Sp. z o.o. (“Kilin”)
Kordylewskiego Project Development Sp. z o.o. (“Kord”)
Kozielska Sp. z o.o. (“Kozielska”)
Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. (“Largo do Paço”)
Leão Ambiental, S.A. (“Leão Ambiental”)
Liscont - Operadores de Contentores, S.A. (“Liscont”)
Lisprojecto - Consultoria e Soluções Informáticas, S.A. (“Lisprojecto”)
Logz - Atlantic Hub, S.A. (“Logz”)
Lokemark - Soluções de Marketing (“Lokemark”)
Luma - Limpeza Urbana e Meio Ambiente, Ltda. (“Luma”)
LusoLisboa - Auto-Estradas da Grande Lisboa, S.A. (“LusoLisboa”)
Lusoponte - Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A. (“Lusoponte”)
Lusoscut – Auto-Estradas do Grande Porto, S.A. (“Lusoscut GP”)
Lusoscut – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A. (“Lusoscut BLA”)
Magnum Cap, Lda.
Mamaia Investments, SRL (“Mamaia”)
Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construção, S.A. (“Manvia”)
M-City Szczecin, Sp. z o.o.
101
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
102
MESP Central Europe Sp. z o. o. (“MESP Central Europe”)
MESP-Mota Engil , Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A. (“Mota-Engil Serviços
Partilhados”)
Metroepszolg, Zrt (“Metroepszolg”)
Mil e Sessenta – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Mil e Sessenta”)
M-Invest Bohdalec, A.S., v likvidaci (“M-Invest Bohdalec”)
M-Invest Devonska, s.r.o. (“M-Invest Devonska”)
M-Invest Slovakia Mierova , s.r.o. (“Mierova”)
M-Invest Slovakia Trnavska, s.r.o. (“Trnavska”)
M-Invest Slovakia, s.r.o. (“M-Invest Slovakia”)
M-Invest, sro (“M-Invest”)
MK Contractors, LLC (“MKC”)
Mota Internacional – Comércio e Consultadoria Económica, Lda. (“Mota Internacional”)
Motadómus - Sociedade Imobiliária, Lda. (“Motadómus”)
Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados, Sociedade Unipessoal, Lda. (“Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados”)
Mota-Engil Brand Management B.V. (“Mota-Engil Brand Management”)
Mota-Engil Brasil Participações, Ltda. (“Mota-Engil Brasil”)
Mota-Engil Central Europe Česka Republika (“Mota-Engil Central Europe República Checa”)
Mota-Engil Central Europe Magyaroszág Kft. (“Mota-Engil Central Europe Magyaroszág”)
Mota-Engil Central Europe Romania S.R.L. (“Mota-Engil Central Europe Roménia”)
Mota-Engil Central Europe Slovenská Republika (“Mota-Engil Central Europe Eslováquia”)
Mota-Engil Central Europe, S.A. (“Mota-Engil Central Europe Polónia”)
Mota-Engil Central Europe, SGPS, S.A. (“Mota-Engil Central Europe SGPS”)
Mota-Engil Energia, S.A. (“Mota-Engil Energia”)
Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. (“Mota-Engil Engenharia”)
Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. (“MEAS II”)
Mota-Engil Investitii AV s.r.l. (“Mota-Engil Investitii”)
Mota-Engil Ireland Construction Limited (“Mota-Engil Irlanda”)
Mota-Engil Ireland Services Ltd. (“MEIS”)
Mota-Engil Krusziwa S.A. (“Mota-Engil Krusziwa”)
Mota-Engil Lublin Sp. z o. o. (“Mota-Engil Lublin”)
Mota-Engil Magyarország Zrt. (“Mota-Engil Magyarország”)
Mota-Engil Pavimentações, S.A. (“Mota-Engil Pavimentações”)
Mota-Engil Project 1 Kft. (“GOD”)
Mota-Engil Property Investments Sp. z o.o. (“Mota-Engil Property”)
Mota-Engil Real Estate Hungary Kft (“Mota-Engil Real Estate Hungria”)
Mota-Engil Real Estate Management (“Mota-Engil Real Estate Management”)
Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A. (“Mota-Engil Real Estate Portugal”)
Mota-Engil S.Tomé e Principe (“Mota-Engil S.Tomé”)
Mota-Engil Srodowisko, Sp. z.o.o. (“MES”)
Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. (“Mota-Engil Ambiente e Serviços”)
Mota-Engil, Brands Development Limited (“Mota-Engil Brands Development”)
Mota-Engil, SGPS, S.A., Sociedade Aberta (“Mota-Engil SGPS”)
MTO GmbH
Multiterminal - Soc. de Estiva e Tráfego, S.A. (“Multiterminal”)
Nádor Öböl Kft. (“Nádor Obol”)
Nana Fundulea Project Dev., BV
NGA - Núcleo de Gerenciamento Ambiental, Ltda. (“NGA”)
NGA Jardinópolis - Núcleo de Gerenciamento Ambiental, Ltda. (“NGA Jardinópolis”)
NGA Ribeirão Preto - Núcleo de Gerenciamento Ambiental, Ltda. (“NGA Ribeirão Preto”)
Norcargas - Cargas e Descargas, Lda. (“Norcargas”)
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
Nortedómus, Lda. (“Nortedómus”)
Nova Beira - Gestão de Resíduos, S.A. (“Nova Beira”)
Novaflex - Técnicas do Ambiente, S.A. (“Novaflex”)
Novicer-Cerâmicas de Angola, Lda. (“Novicer”)
Öböl Invest Kft. (“Obol Invest”)
Öböl XI Kft. (“Obol XI”)
Operadora das Estradas do Zambeze, S.A. (“Operadora Estradas do Zambeze”)
Operport - Sociedade Portuguesa de Operadores Portuários, Lda. (“Operport”)
Padrão Invulgar, Lda.
Park Charge - Energy Systems, Lda.
Parquegil - Planeamento e Gestão de Estacionamento, S.A. (“Parquegil”)
Pentele-Alisca Autópálya - Uzemeleto Kft. (“Pentele-Alisca”)
Piastowska Project Development Sp. z o.o. (“Piastowska”)
Planinova – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Planinova”)
Plaza Center, S.A.
Prefal – Préfabricados de Luanda, Lda. (“Prefal”)
Probigalp Ligantes Betuminosos, S.A. (“Probigalp”)
Promodois, S.A.
Promodoze, S.A.
Promojeden, S.A.
Promovinte, S.A.
Przedsiebiorstwo Robót Drogowo - Mostowych w Lublinie Sp z o.o. (“PRD-M Lublin”)
Quartzolita - Minas, Geotecnia e Construções, S.A.
Real Verde - Técnicas de Ambiente, S.A. (“Real Verde”)
Realmota, sro (“Realmota”)
Rentaco - Equipamentos de Construção, Transportes, Combustíveis e Serviços, Sociedade Unipessoal,
Lda. (“Rentaco”)
Rentaco Angola (“Rentaco Angola”)
Resiges - Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda. (“Resiges”)
Resilei – Tratamento de Resíduos Industriais, Lda (“Resilei”)
Rima – Resíduos Industriais e Meio Ambiente, S.A. (“Rima”)
RO Sud, SRL
RTA - Rio Tâmega, Turismo e Recreio, S.A. (“RTA”)
Rumo Soberano, Unipessoal Lda.
Sadomar - Ag. de Naveg. e Trânsitos, S.A. (“Sadomar”)
Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A. (“Sadoport”)
Sampaio Kft. (“Sampaio”)
Sealine - Navegação e Afretamentos (“Sealine”)
Sedengil – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Sedengil”)
Serurb Brasil Participações Ltda. (“Serurb Brasil”)
Severis SGPS, S.A.
SGA – Sociedade de Golfe de Amarante, S.A. (“SGA”)
SIGA - Serviço Integrado Gestão Ambiental (“Siga”)
Símbolo Abstracto, Lda.
SLPP - Serviços Logísticos de Portos Portugueses, S.A. (“SLPP”)
Socarpor - Soc. Cargas Port. (Aveiro), S.A. (“Socarpor Aveiro”)
Socarpor - Soc. Gestora de Participações Sociais (Douro e Leixões), S.A. (“Socarpor SGPS”)
Sociedade de Terminais de Moçambique, Lda (“STM”)
Sołtysowska Project Development Sp. z o.o. (“Soltysowska”)
Sonauta - Sociedade de Navegação, Lda. (“Sonauta”)
SOSEL - Correctores de Seguros, S.A.
Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. (“Sotagus”)
SRI - Gestão de Resíduos, Lda (“SRI”)
Steinerova Project Development A.S. (“Steinerova”)
Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. (“Suma”)
Suma (Douro) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. (“Suma Douro”)
Suma (Esposende) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. (“Suma Esposende”)
Suma (Matosinhos) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. (“Suma Matosinhos”)
Suma (Porto) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. (“Suma Porto”)
Suma Brasil Participações Ltda. (“Suma Brasil”)
Tabella Holding, BV (“Tabella”)
Takargo-Trasporte de Mercadorias, S.A. (“Takargo”)
Tavira Gran-Plaza, S.A.
TCL - Terminal de Contentores de Leixões, S.A. (“TCL”)
Tecnocarril – Sociedade de Serviços Industriais e Ferroviários, Lda. (“Tecnocarril”)
Terminais Portuários Euroandinos (“Terminais Portuários México”)
Ternor - Sociedade de Exploração de Terminais, S.A. (“Ternor”)
Tersado - Terminais Portuários do Sado, S.A. (“Tersado”)
Tertir - Concessões Portuárias, SGPS, S.A. (“Tertir SGPS”)
Tertir - Terminais de Portugal, S.A. (“Tertir”)
Tertir - Tráfego e Estiva, SGPS, Lda. (“Tertir - Tráfego e Estiva”)
Tetenyi Project Development Kft (“Tetenyi”)
Tracevia – Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. (“Tracevia”)
Tracevia Angola - Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. (“Tracevia Angola”)
Transitex - Trânsitos de Extremadura, S.A. (“Transitex Portugal”)
Transitex - Trânsitos de Extremadura, S.L. (“Transitex Espanha”)
Transitex México, S.A. de C.V. (“Transitex México”)
Transitex Moçambique, Lda (“Transitex Moçambique”)
Transitos de Extremadura S.L. Transitex Lietuvos filialas (“Transitex Lituânia”)
Translei, S.A. (“Translei”)
Transporlixos - Transportes de Lixos, S.A. (“Transporlixos”)
Tratofoz - Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A. (“Tratofoz”)
Traversofer - Industrie et Services Ferroviaires SARL (“Traversofer”)
Triu - Técnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, S.A. (“Triu”)
TTRM, Transferência e Triagem de Resíduos da Madeira ACE (“TTRM”)
Turalgo-Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, S.A. (“Turalgo”)
VBT - Projectos e Obras de Arquitectura Paisagística, Lda (“VBT”)
Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A. (“Vibeiras”)
Vic, GmbH
Vicaima, GmbH
Vista Energy Environment & Services (“Vista SA”)
Vista Waste Management, Lda (“Vista Waste”)
Vista Water, Lda. (“Vista Water”)
Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, S.A. (“Vortal”)
Wideland Vision, Lda.
Wilanow Project Development SP. z o.o. (“Wilanow”)
Wilenska Project Development Sp. z o.o. (“Wilenska”)
Zöld-Project 2 Kft. (“GOD 2”)
Zsombor Utcai Kft. (“Zsombor”)
Adicionalmente, procede-se à apresentação dos Administradores da Martifer SGPS:
i.Carlos Manuel Marques Martins
ii.Jorge Alberto Marques Martins
iii. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
iv. Luís Filipe Cardoso da Silva
v. Mário Jorge Henriques Couto
vi. Luís Valadares Tavares
vii. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha
40. JOINT VENTURES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o contributo das empresas conjuntamente controladas para as
demonstrações financeiras consolidadas anexas, antes de eliminações intra-grupo, é como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
Activos correntes
24.671.524
30.715.268
Activos não correntes
66.553.039
50.400.839
Passivos correntes
15.894.415
29.819.597
Passivos não correntes
62.869.935
44.767.865
ANO 2010
ANO 2009
Total de rendimentos
14.444.290
30.657.887
Total de gastos
15.333.293
34.335.926
Contribuição para o resultado líquido do exercício
(1.033.415)
(4.053.097)
103
41. EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 3 de Fevereiro de 2011, a Martifer vendeu a sua participação de 50% na REpower Portugal à REpower Systems AG, que assim passa a deter a empresa na sua totalidade. Adicionalmente a Martifer
também vendeu a sua participação de 10% da Powerblades, uma joint venture para o fabrico de pás,
à REpower, que agora detém 100% da empresa.
Em 21 de Fevereiro foi aprovada pela Autoridade da Concorrência, sem imposição de condições ou
obrigações, a transação de venda da Home Energy à EDP Serviços. O contrato de venda da Home
Energy foi celebrado a 30 de Dezembro de 2010 tendo ficado condicionado à referida autorização.
Destas transacções resultou um ganho de, aproximadamente, Euro 6,3 milhões.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
42. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS
DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Os recebimentos e pagamentos de investimentos financeiros ocorridos nos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2010 e de 2009 podem ser analisadas como segue:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
Alienação da participação financeira na EDP
45.202.282
-
Alienação do PE Holleben
15.711.000
-
Alienação do PE Bippen
10.639.000
-
Redução do interesse económico na PRIO
10.000.000
-
Alienação de 50% do PE Penha da Gardunha
5.149.002
-
Alienação da Home Energy
2.050.814
-
Alienação da GreenVouga
1.750.000
-
-
179.496.973
Recebimentos
Alienação da participação financeira na Repower Systems AG
Outros
2.135.610
3.637.910
92.637.708
183.134.883
Pagamentos
Aquisição da Martifer Alumínios
104
11.250.000
-
Milestones Wiatrowa
1.624.082
-
Milestones SPEE2
1.375.000
-
Aquisição do PE Penha da Gardunha
-
3.476.538
Milestones Macquarie Capital Wind Fund
-
2.903.938
Aquisição de 25% da Ground Investment
-
1.687.500
Outros
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
2.500
1.023.856
14.251.582
9.091.832
43. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Fevereiro de 2011. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de Dezembro de 2010,
estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o Conselho de
Administração do Grupo entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
Oliveira de Frades, 24 de Fevereiro de 2011
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
A ADMINISTRAÇÃO
Rui Miguel Alexandre
Carlos Manuel Marques Martins
(Presidente)
Jorge Alberto Marques Martins
(Vice-Presidente)
105
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Filipe Cardoso da Silva
(Vogal do Conselho de Administração)
Mário Jorge Henriques Couto
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Valadares Tavares
(Vogal do Conselho de Administração)
Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha
(Vogal do Conselho de Administração)
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
INFORMAÇÃO
FINANCEIRA
INDIVIDUAL
Natura Towers | PORTUGAL
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS
Demonstrações individuais dos resultados
por naturezas para os
exercícios findos em
31 de dezembro de
2010 e 2009
Demonstrações individuais do rendimento integral para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2010 e 2009
Resultado líquido do exercício
NOTAS
110
ANO 2010
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
IFRS (AUDITADO)
2
4.139.631
1.887.381
Justo valor de investimentos financeiros disponíveis para venda, líquido de imposto
Fornecimentos e serviços externos
3
(972.859)
(603.061)
Reserva de reavaliação de activos fixos tangíveis, líquido de imposto
Gastos com o pessoal
4
(2.047.753)
(1.818.612)
104.634
10.225
Outros gastos e perdas
(38.952)
(193.770)
1.184.701
(717.838)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento
e impostos
Amortizações
Provisões e perdas de imparidade
10 e 11
5
Resultado operacional
(47.480)
(19.257)
(65.776.190)
(61.674.144)
(64.638.969)
(62.411.239)
Juros e rendimentos similares obtidos
6
6.895.828
3.391.691
Juros e gastos similares suportados
6
(4.271.434)
(3.439.105)
Ganhos/perdas em investimentos financeiros
7
(7.990.165)
179.762.397
(70.004.740)
117.303.744
(831.798)
(3.787)
(70.836.538)
117.299.956
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento
8
Resultado líquido do exercício
Resultado líquido por acção
básico
9
(0,7089)
1,1730
diluído
9
(0,7089)
1,1730
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
(70.836.538)
117.299.956
-
-
(70.836.538)
117.299.956
Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto
Vendas e prestações de serviços
Outros rendimentos e ganhos
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
Resultados reconhecidos directamente no capital próprio
Rendimento integral do exercício
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Demonstrações da posição financeira individual
em 31 de dezembro de
2010 e 2009 e em 1 de
janeiro de 2009
NOTAS
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
1 JANEIRO 2009
IFRS (AUDITADO)
IFRS (AUDITADO)
IFRS (AUDITADO)
Activo
Não corrente
Activos fixos tangíveis
11
98.529
107.160
Activos intangíveis
10
4.061
7.071
756
Participações financeiras - outros métodos
12
180.348.429
277.122.646
304.462.946
Empresas do Grupo
13
129.876.000
82.807.567
9.312.630
1.304.196
2.054.196
2.056.319
311.631.215
362.098.640
315.888.659
619.779
Activos por impostos diferidos
56.007
Corrente
Clientes
14
2.024.835
2.463.077
Estado e outros entes públicos
15
295.533
411.517
456.646
Empresas do Grupo
13
64.773.283
51.266.352
14.088.719
Outras contas a receber
14
4.617.604
6.804.279
34.249.275
1.280.225
839.536
1.568.092
-
-
1.231.380
235.312
873.152
114.031
73.226.793
62.657.912
52.327.922
384.858.008
424.756.553
368.216.580
50.000.000
Diferimentos
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
16
Total do Activo
Capital Próprio
Capital realizado
17
50.000.000
50.000.000
Acções/quotas próprias
17
(852.587)
-
-
Prémios de emissão
17
186.500.000
186.500.000
186.500.000
Reservas legais
17
7.696.844
2.713.238
2.508.169
Outras reservas
17
966.082
17.347
-
92.616.657
(8.847.106)
(12.860.823)
Resultados transitados
Outras variações no capital próprio
Resultado líquido do período
Total do Capital Próprio
-
-
(12.030)
(70.836.538)
117.299.956
4.101.392
266.090.458
347.683.436
230.236.708
111
Passivo
Não corrente
Provisões
Financiamentos obtidos
18
-
-
117.394
53.859.375
-
1.196.242
53.859.375
-
1.313.636
Corrente
Fornecedores
19
345.028
279.568
467.369
Estado e outros entes públicos
15
207.753
298.556
202.141
-
22.223
22.223
Empresas do Grupo
Financiamentos obtidos
18
63.310.625
76.051.867
135.062.956
Outras contas a pagar
19
1.044.769
420.902
897.395
64.908.175
77.073.116
136.666.237
Total do Passivo
118.767.550
77.073.116
137.979.872
Total do Capital Próprio e do Passivo
384.858.008
424.756.553
368.216.580
Instrumentos Financeiros Derivados
14.153
The accompanying notes are part of these financial statements
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
Demonstrações individuais das alterações
no capital próprio para os exercícios findos
em 31 de dezembro de 2010 e 2009
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO DE 2009
CAPITAL
REALIZADO
PRÉMIOS DE
EMISSÃO
ACÇÕES/
QUOTAS
PRÓPRIAS
AJUSTAMENTOS
EM ACTIVOS
FINANCEIROS
RESERVAS LEGAIS
OUTRAS
RESERVAS
RESULTADOS
TRANSITADOS
OUTRAS
VARIAÇÕES NO
CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO
LÍQUIDO DO
PERÍODO
TOTAL
50.000.000
186.500.000
0
4.225.677
2.508.169
0
27.196.982
0
4.101.392
274.532.221
(40.057.805)
(12.030)
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adopção de novo referencial contabilístico
(4.225.677)
(44.295.513)
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
0
Ajustamentos por impostos diferidos
0
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
RESULTADO INTEGRAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
117.299.956
117.299.956
117.299.956
117.299.956
Realizações de capital
0
Realizações de prémios de emissão
0
Distribuições
0
Entradas para cobertura de perdas
112
0
Aplicação do resultado líquido do período anterior
205.070
3.896.323
(4.101.392)
Aquisição/alienação de acções/quotas próprias
0
0
Outras operações
17.347
117.394
12.030
146.771
0
0
0
0
205.070
17.347
4.013.717
12.030
(4.101.392)
146.771
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2009
50.000.000
186.500.000
0
0
2.713.238
17.347
(8.847.106)
0
117.299.956
347.683.436
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO DE 2010
50.000.000
186.500.000
0
0
2.713.238
17.347
(8.847.106)
0
117.299.956
347.683.436
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adopção de novo referencial contabilístico
0
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
0
Ajustamentos por impostos diferidos
0
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
0
0
0
0
0
0
0
0
0
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
RESULTADO INTEGRAL
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
(70.836.538)
(70.836.538)
(70.836.538)
(70.836.538)
Realizações de capital
0
Realizações de prémios de emissão
0
Distribuições
(10.000.000)
(10.000.000)
Entradas para cobertura de perdas
0
Aplicação do resultado líquido do período anterior
4.983.606
Aquisição/alienação de acções/quotas próprias
(852.587)
Outras operações
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2010
(117.299.956)
-852.587
0
(852.587)
96.147
96.147
0
0
(852.587)
0
4.983.606
948.734
101.463.763
0
(117.299.956)
-10.756.440
50.000.000
186.500.000
(852.587)
0
7.696.844
966.082
92.616.657
0
(70.836.538)
266.090.458
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
112.316.350
852.587
Demonstrações individuais dos fluxos de caixa
para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2010 e 2009
NOTAS
ANO 2010
ANO 2010
IFRS (AUDITADO)
IFRS (AUDITADO)
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
9.164.543
45.290
Pagamentos a fornecedores
(817.100)
(818.697)
(1.959.712)
(1.696.541)
6.387.731
(2.469.949)
Pagamentos ao pessoal
Fluxos gerados pelas operações
Pagamento de imposto sobre o rendimento
397.606
41.342
Outros recebimentos /(pagamentos) de actividades operacionais
683.361
272.080
7.468.697
(2.156.526)
(244.212.600)
(171.088.040)
(108.153)
(96.879)
Fluxos das actividades operacionais (1)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos provenientes de:
Investimentos financeiros
12
Activos fixos tangíveis
(624)
Activos intangíveis
(244.321.376)
(171.184.919)
209.491.821
234.163.155
113
Recebimentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
12
Activos fixos tangíveis
72.298
Juros e proveitos similares
Fluxos das actividades de investimento (2)
1.776.753
3.913.351
211.340.872
238.076.506
(32.980.505)
66.891.587
350.909.904
836.726.325
350.909.904
836.726.325
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
(310.041.771)
(896.933.655)
Juros e gastos similares
(5.272.984)
(3.768.610)
Dividendos
(9.871.178)
-
Aquisição de acções próprias
Fluxos das actividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
(850.004)
-
(326.035.937)
(900.702.265)
24.873.967
(63.975.940)
(637.840)
759.121
Caixa e seus equivalentes no início do período
16
873.152
114.031
Caixa e seus equivalentes no fim do período
16
235.312
873.152
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
Fundação Champalimaud | PORTUGAL
NOTAS ÀS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS
Nota introdutória
A Martifer SGPS, S.A. (“Empresa”) é uma sociedade anónima, com sede na Zona Industrial,
Apartado 17, Oliveira de Frades - Portugal, constituída em 29 de Outubro de 2004 e que tem
como actividade principal a gestão das participações sociais por si detidas e prestação de serviços de suporte às empresas do Grupo.
A partir de Junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição a Martifer SGPS, S.A. passou a ter as suas acções cotadas na Euronext Lisboa.
A Empresa encontra-se obrigada, nos termos do Artº 4º do Regulamento nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, a elaborar as suas demonstrações financeiras
consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal
como adoptadas pela União Europeia nos termos do Artº 3º do referido regulamento.
A empresa adoptou pela primeira vez, no exercício de 2010, as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia.
Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro, salvo se
expressamente referido em contrário.
1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
BASES DE APRESENTAÇÃO
116
As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras individuais da Martifer,
SGPS, SA e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’),
tal como adoptadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de
Janeiro de 2010. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo
International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adoptadas na União Europeia.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da
Empresa, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico,
excepto para a reavaliação de certos activos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que
se encontram registados pelo justo valor.
Para a Empresa, não existem diferenças entre os IFRS adoptados pela União Europeia e os IFRS
publicados pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB).
A Empresa adoptou pela primeira vez no exercício de 2010 as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, de acordo com a IFRS 1 – ‘Adopção
pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro’, pelo que a informação comparativa apresentada foi preparada segundo os IFRS. A reconciliação e descrição dos efeitos
de transição de POC para IFRS, nos capitais próprios e resultados do exercício da Empresa, são
apresentadas na Nota 25.
Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de
Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados
(Nota 1 xvii)). Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram
efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em
Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração entende que as mesmas serão
aprovadas sem alterações.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS
Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras individuais da Empresa, nos exercícios apresentados, são os seguintes:
i) Activos não correntes classificados como detidos para venda
Os activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for
recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado ou quando a Empresa
perde o controlo sobre uma unidade operacional significativa. Contudo, tal classificação exige que a
transacção de venda seja altamente provável, que o activo se encontre disponível para venda imediata,
que o Conselho de Administração da Empresa esteja comprometido com a alienação do mesmo e que
a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no prazo de um ano).
Os activos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor
contabilístico, ou do seu valor de realização, deduzido dos gastos com a sua alienação, sendo a amortização dos activos fixos afectos à unidade operacional detida para venda interrompida durante tal período.
ii) Activos intangíveis
Os activos intangíveis adquiridos pela Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos
se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para a Empresa, se possa medir
razoavelmente o seu valor e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos.
Os activos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial,
sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.
iii) Activos tangíveis
Os activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e
perdas de imparidade acumuladas.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Equipamentos:
Equipamento de transporte | 4 anos
Equipamento administrativo | 3 a 5 anos
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis, são registadas como gasto
do exercício em que ocorrem.
iv) Activos e passivos financeiros
Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a
Empresa se torna parte contratual do respectivo instrumento financeiro.
a) Instrumentos financeiros
A Empresa classifica os investimentos financeiros nas seguintes categorias: ‘Investimentos registados
ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao
vencimento’ e ‘Investimentos disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.
A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.
- Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘activos financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor
através de resultados’. Um activo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for
adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também
classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos
para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data da
demonstração da posição financeira;
- Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não derivados,
com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;
- Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta
categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de
alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.
Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como investimentos não correntes,
excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.
Os investimentos registados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes.
A Empresa classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como
investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até
à maturidade. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção
de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado como
sendo o valor pago, incluindo despesas de transacção, no caso de investimentos disponíveis para venda.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e
os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao
seu valor de mercado à data do balanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente),
sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os
investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu
justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis
para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimento
ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se
situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados.
Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados
ao justo valor através de resultados são registados nas demonstrações dos resultados na rubrica de
resultados financeiros.
Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, através da taxa de
juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os investimentos em partes de capital em empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
b) Clientes e outros devedores
As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu
valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de
imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
c) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efectiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
d) Contas a pagar e outras dívidas de terceiross
As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.
e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a
substância contratual da transacção. São considerados pela Empresa instrumentos de capital próprio
aqueles em que o suporte contratual da transacção evidencie que a Empresa detém um interesse
residual num conjunto de activos após dedução de um conjunto de passivos.
f) Instrumentos derivados
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como
forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente
aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa.
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura
de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de
empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos
de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro
são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que
configuram relações perfeitas de cobertura.
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados
pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo
valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efectiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo transferidos
para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta os resultados.
A parcela de cobertura não efectiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no
momento em que é apurada.
A reavaliação dos instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é
vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento
de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do
rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são transferidas para resultados
do exercício, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.
117
v) Caixa e seus equivalentes
Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa,
depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a
três meses) para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.
vi) Rédito e especialização de exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento
em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outras contas a receber’, ‘Diferimentos’ e ‘Outras contas a pagar’’.
O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito da Empresa ao recebimento dos mesmos for estabelecido.
O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o valor do capital mutuado e a taxa de juro efectiva da operação.
vii) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de
apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças
de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em
vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da
demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na
demonstração dos resultados do exercício.
viii) Impostos sobre o rendimento
118
O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respectivos resultados tributáveis, de
acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede da Empresa.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e
referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns
créditos fiscais atribuídos à Empresa.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando
as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das
diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira
é efectuada uma reapreciação dos impostos diferidos activos, sendo os mesmos desreconhecidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
O montante de imposto diferido que resulte de transacções ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio, é registado directamente nessas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício.
ix) Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do
exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
x) Provisões
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente
(legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de
modo a reflectir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa
futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.
xi) Imparidade de activos
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e
sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montan-
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
te pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante
pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma
perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas
por imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso.
O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção
ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à alienação. O valor
de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso
continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada
para cada activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à
qual o activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os
motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o activo
deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade
é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer
através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.
xii) Benefícios aos empregados
COMPLEMENTOS DE REFORMA
Conforme mencionado na Nota 22, a a Empresa contratou junto de uma empresa de seguros uma
apólice, que se traduz num fundo de capitalização, para fazer face aos complementos de reforma a
atribuir no futuro aos seus colaboradores.
As dotações de capital efectuadas para a referida apólice de seguro, mantida na Companhia de Seguros Global, são efectuadas anualmente, sempre que o Conselho de Administração da Empresa assim o delibere, e caso venham a ter lugar, traduzem-se num montante equivalente a um salário base
por colaborador e são registadas como gasto, na demonstração dos resultados, na rubrica ‘Gastos
com o pessoal’. Adicionalmente, o direito a receber tal seguro na idade de reforma apenas ocorrerá
se o colaborador terminar a sua carreira no Grupo, caso contrário perderá o direito ao mesmo.
OPÇÕES SOBRE ACÇÕES
A Empresa remunera os serviços prestados por alguns dos seus colaboradores, através de um plano
de atribuição de opções sobre acções, liquidado com base em capital próprio. O justo valor dos
serviços recebidos é registado como um gasto na demonstração dos resultados, por contrapartida
de um incremento nos capitais próprios, ao longo do período de aquisição de direitos pelos colaboradores. O valor total a registar como gasto foi determinado com base no justo valor das opções atribuídas, que foi estimado apenas com recurso a condições de mercado. As condições de aquisição
que não são as condições de mercado foram consideradas para estimar o número de opções que
no final do período de aquisição terão direitos adquiridos. Em cada data de relato, a Empresa revê a
estimativa do número de opções que se espera que se tornem exercíveis e reconhece o impacto da
revisão da estimativa original na demonstração dos resultados por contrapartida da demonstração
das alterações no capital próprio.
xiii) Classificação na demonstração da posição financeira
Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da
posição financeira são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.
Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados
como activos e passivos não correntes.
xiv) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos
divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota.
Um activo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo
quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
xv) Demonstração dos fluxos de caixa
a) Risco de taxa de câmbio
O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de
variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio da
Empresa resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente
do Euro e das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo.
A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela Empresa tem como objectivo último
diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.
A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo.
A Empresa classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais, de financiamento e de investimento. As actividades operacionais englobam os recebimentos de clientes,
pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a actividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas actividades de investimento incluem, nomeadamente,
aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos
decorrentes da compra e da venda de activos tangíveis e intangíveis.
Os fluxos de caixa abrangidos nas actividades de financiamento incluem, designadamente, os
pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e
pagamento de dividendos.
b) Risco de taxa de juro
xvi) Eventos subsequentes
c) Risco de liquidez
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (adjusting events) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração
da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da
demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às
demonstrações financeiras.
xvii) Julgamentos e estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da Empresa baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando
determinados pressupostos relativos a eventos futuros.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 incluem:
- testes de imparidade realizados aos investimentos financeiros;
- registo de provisões e perdas de imparidade;
- reconhecimento de activos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais;
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação
das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes
que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas
estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em
resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
xviii) Gestão dos riscos financeiros
A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos
quais as actividades do Grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de preço,
risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.
O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.
A Empresa recorre a financiamentos externos no decurso da sua actividade, estando exposto
ao risco de taxa de juro já que grande parte da dívida financeira da Empresa está indexada a
taxas de juro de mercado.
Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, a Empresa recorre a empréstimos de
taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição
a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos
de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa
de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.
O risco de liquidez traduz a capacidade da Empresa fazer face às suas responsabilidades financeiras
tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.
A Empresa procura garantir que a estrutura de financiamento é adequada à natureza das suas obrigações. Investimentos realizados em activos fixos, incluindo investimentos financeiros, são financiados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não correntes),
enquanto que responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de curto prazo. Os
empréstimos de médio e longo prazo são contratados geralmente por prazos de 5 a 7 anos, normalmente com períodos de carência de reembolso de capital de 1 a 2 anos.
119
d) Risco de crédito
O risco de crédito, na Empresa, resulta maioritariamente do seu relacionamento com Instituições
financeiras, no decurso normal da sua actividade, associado ao potencial incumprimento, por parte
de Instituições financeiras, com as quais a Sociedade tenha contratado, no decurso normal das suas
operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.
Para mitigar este risco, a Empresa diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração
excessiva de risco de crédito e priviligia a contratação de intrumentos financeiros pouco complexos,
em detrimento de instrumentos cuja estrutura não seja completamente conhecida.
2. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
referem-se, maioritariamente, aos fees de gestão (management fees) debitados às participadas:
Prestações de serviços
ANO 2010
ANO 2009
4.139.631
1.887.381
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
O aumento das prestações de serviços deve-se ao facto de terem aumentado os serviços de suporte
que a Holding presta às restantes empresas do Grupo.
As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
são como se segue:
3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Perdas de imparidade em investimentos financeiros
A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2010 e de 2009 é a seguinte:
ANO 2010
ANO 2009
Trabalhos especializados
412.788
264.623
Rendas e alugueres
190.001
42.499
Honorários
166.771
176.254
Deslocações e estadas
74.133
40.800
Seguros
73.838
56.926
Comunicação
18.116
13.642
Conservação e reparação
11.969
2.465
Material de escritório
9.196
384
Contencioso e notariado
1.775
1.237
Artigos para oferta
1.385
125
405
2.318
Despesas de representação
Publicidade e propaganda
Outros
386
-
12.096
1.788
972.859
603.061
120
4. GASTOS COM O PESSOAL
Os gastos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:
Remunerações
ANO 2010
ANO 2009
1.719.417
1.493.158
-
58.188
Encargos sociais:
Pensões e outros benefícios concedidos
Outros
328.335
267.267
2.047.753
1.818.612
A rubrica ‘Pensões e outros benefícios concedidos’ inclui os valores depositados nos respectivos exercícios no fundo gerido pela Companhia de Seguros Global, conforme descrito nas
Notas 1 xii) e 22.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os custos suportados com a Segurança Social, com os subsídios de refeição e de doença e com os seguros de
acidentes de trabalho.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
5. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE
ANO 2010
ANO 2009
(65.776.190)
(61.674.144)
Até 31 de Dezembro de 2009, as demonstrações financeiras da Empresa foram apresentadas de
acordo com o Plano Oficial de Contabilidade, sendo os investimentos financeiros em empresas do
grupo e associadas registados pelo método de equivalência patrimonial. Com a adopção das IFRS
em 2010, estes investimentos financeiros passaram a ser registados ao custo, desde 1 de Janeiro de
2009, sendo testados anualmente quanto à imparidade, conforme descrito na Nota 1 iv a).
Assim, com a transição para IFRS, na preparação da informação comparativa, foi registada uma perda
de imparidade de 43,3 milhões de euros na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA. A
instabilidade macroeconómica em geral e à turbulência nos mercados financeiros em particular, justificou a avaliação do portfolio de projectos eólicos detidos por aquela subsidiária, da qual resultou o
reconhecimento de perdas por imparidade, durante o ano de 2009, com destaque para os projectos
eólicos da Alemanha (9,7 milhões de euros), de diversos projectos na Europa de Leste (24,2 milhões
de euros) e da Austrália (9,5 milhões de euros). Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2009, foi
registada uma perda de imparidade na referida participação, no valor de 18,4 milhões de euros,
resultante do teste de imparidade efectuado àquele activo.
No final de 2010, foram registadas perdas de imparidade, igualmente na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA, resultantes do teste de imparidade efectuado àquele activo, no valor de
65,8 mihões de euros. Uma parte significativa da redução do valor daquele investimento financeiro,
resulta de perdas de imparidade registadas, relacionadas com a incorporação nas perspectivas futuras dos projectos em curso, das recentes alterações de comportamento nos mercados financeiros
mundiais, em particular nos projectos dos EUA, Polónia, Roménia e Austrália.
Na elaboração dos testes de imparidade aos vários projectos, a Empresa utilizou os seguintes
pressupostos base:
TAXA DE DESCONTO
VALOR TERMINAL
PERÍODO UTILIZADO
Polónia
8,72%
20%
20 anos
Roménia
10,41%
20%
20 anos
Brasil
9,67%
20%
20 anos
Austrália
8,63%
20%
20 anos
O valor de uso corresponde à estimativa do valor presente dos fluxos de caixas futuros, tendo os
mesmos sido apurados com base em business plans, devidamente aprovados pelo Conselho de
Administração do Grupo.
A Empresa considerou um valor terminal após o vigésimo ano de uso dos parques eólicos de modo
a reflectir a potencial manutenção das licenças de exploração dos parques após esse período e o valor adicional relacionado com a restante vida útil dos parques eólicos para além do período referido.
Os principais pressupostos utilizados no apuramento do valor de uso incluíram, essencialmente: (i) as tarifas de venda de electricidade e certificados verdes, (ii) o valor do recurso eólico
medido até ao momento (número de horas equivalentes à potência nominal); (iii) as alterações
regulamentares que possam vir a influenciar a actividade da empresa; e (iv) o nível de investimento necessário. A quantificação dos pressupostos acima referidos foi efectuada tendo por
base dados históricos, bem como a experiência do Conselho de Administração do Grupo. Contudo, tais pressupostos poderão ser afectados por fenómenos de natureza política, económica
ou legal que neste momento são imprevisíveis.
6. RESULTADOS FINANCEIROS
DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS DEDUTÍVEIS
Prejuízos fiscais
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser
analisados como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
6.895.828
3.309.666
Juros e rendimentos similares obtidos
Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)
- Juros obtidos
Outros rendimentos e ganhos financeiros relativos a outros activos financeiros
- Diferenças de câmbio favoráveis
-
249
- Outros proveitos e ganhos financeiros
-
81.485
6.895.828
3.391.691
ANO 2009
Juros e gastos similares suportados
- Juros suportados em empréstimos bancários
3.053.899
2.750.830
188
-
Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros
- Diferenças de câmbio desfavoráveis
- Outros gastos e perdas financeiros
1.217.347
688.275
4.271.434
3.439.105
7. GANHOS / (PERDAS) EM INVESTIMENTOS
FINANCEIROS
Imposto corrente
Alienação de 11% da participação na Prio
ANO 2010
ANO 2009
81.798
3.787
750.000
-
Imposto diferido
750.000
-
Imposto do exercício
831.798
3.787
-1.3%
0.0%
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a reconciliação entre a taxa normal e efectiva de imposto
é como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
Resultado antes de impostos
(70.004.740)
117.303.743
Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 26,5%)
(18.551.256)
31.085.492
(2.117.394)
(42.660.699)
121
Resultados isentos de tributação:
Alienação de investimentos financeiros
Gastos não dedutiveis para efeitos fiscais:
Os ganhos e as perdas em investimentos financeiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:
ANO 2010
13.694.641
A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:
Taxa de imposto efectiva
Empréstimos e contas a pagar
ANO 2009
8.694.641
Em 31 de Dezembro de 2010, os activos por impostos diferidos ascendiam a Euro 1.304.196 (2009:
Euro 2.054.196), sendo o efeito na demonstração dos resultados negativo de Euro 750.000 (2009:
efeito nulo). A redução do imposto diferido activo deve-se ao ajustamento efectuado no valor deste
activo para o adequar à expectativa de existência de lucro tributável futuro no qual a diferença temporária dedutível possa ser usada.
Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias
ANO 2010
ANO 2010
Imparidade de activos
ANO 2009
(7.990.165)
-
Alienação da participação da Repower Systems AG
-
179.762.214
Outros
-
183
(7.990.165)
179.762.397
A perda registada em 2010, refere-se à alienação de 11% das participações detidas na Prio Energy,
SGPS, SA e Prio Foods, SGPS, SA no primeiro trimestre do ano.
Os ganhos registados em 2009, referem-se essencialmente à mais-valia registada na venda da participação detida pela Empresa no capital social da Repower Systems AG, a qual ficou concluída no
2º trimestre daquele ano. A alteração do valor desta mais-valia, face ao valor divulgado no relatório
e contas de 2009, tem a ver com a anulação dos efeitos da aplicação do método de equivalência
patrimonial, decorrente da adopção dos IFRS.
8. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O detalhe dos activos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em
31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode ser analisado da seguinte forma:
17.430.690
-
Provisões não aceites
-
3.505.987
Outros
-
(171.052)
-
7.121.623
3.237.960
813.689
-
-
Resultados em associadas em equivalência patrimonial
Utilização de prejuízos fiscais reportáveis que não geraram em exercícios
anteriores activos por impostos diferidos
Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido
imposto diferido activo
Reversão de activos por impostos diferidos no exercicio
750.000
-
Tributação autónoma
81.798
3.787
Outros ajustamentos
-
304.960
831.798
3.787
Imposto efectivo sobre o rendimento
A Martifer SGPS, S.A. é tributada individualmente e encontra-se sujeita a impostos sobre lucros em
sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 25%, sendo a
matéria colectável até ao montante de €12.500,00 tributada à taxa de 12,5%. Sobre o lucro tributável
da sociedade incide ainda derrama municipal, no caso à taxa de 1%, e, apenas sobre lucro tributável
superior a €2.000.000,00, incide derrama estadual, com taxa de 2,5%.
Contudo, em virtude de a sociedade se localizar em Oliveira de Frades, a sociedade beneficia de uma
redução de taxa de IRC para 15%, até ao limite de Euro 200.000 durante um período de três exercícios, ao abrigo dos auxílios “de minimis”. Estes auxílios concedidos ao abrigo do Regulamento (CE)
n.º 1998/2006, da Comissão, de 15 de Dezembro, viram o seu limite aumentar para Euro 500.000, aplicável a todos os apoios concedidos desde 1 de Janeiro de 2009 até 31 de Dezembro de 2011, conforNOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
me disposto na Portaria n.º 184/2009 de 20 de Fevereiro e na Portaria 70/2011, de 9 de Fevereiro.
Nos termos do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a sociedade encontra-se, adicionalmente, sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos
às taxas previstas no referenciado normativo.
De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança
social), excepto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais,
ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo
das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos
anos de 2007 a 2010, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras
a 31 de Dezembro de 2010.
10. ACTIVOS INTANGÍVEIS
A informação relativa aos valores brutos do activo intangível, com referência aos exercícios findos em
31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode ser analisada como se segue:
SOFTWARE
E OUTROS
DIREITOS
OUTROS
ACTIVOS
INTANGÍVEIS
ADIANTAMENTOS
POR CONTA DE
INTANGÍVEIS
TOTAL
1.265
-
-
1.265
-
9.586
-
9.586
1.265
9.586
-
10.851
1.265
9.586
-
10.851
84
540
-
624
1.349
10.126
-
11.475
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
Aumentos
31 Dezembro 2010
Saldo inicial
Aumentos
9. RESULTADOS POR ACÇÃO
122
A Martifer SGPS emitiu apenas acções ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos
especiais de dividendo ou voto.
A Martifer tem apenas um tipo de potenciais acções ordinárias diluitivas: as opções sobre acções.
Para efeitos de cálculo do resultado por acção diluído é necessário determinar se estas opções,
independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando
o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das acções.
Na medida em que o preço médio de mercado das acções da Martifer, no período compreendido
entre 1 de Janeiro de 2010 e 31 de Dezembro de 2010, se situou nos Euro 2,19, inferior ao preço de
exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não diluitivas porque o seu exercício
daria lugar a uma redução do número de acções ordinárias em circulação.
Assim, em 31 de Dezembro de 2010 não existe dissemelhança entre o cálculo dos resultados por
acção básicos e o cálculo dos resultados por acção diluídos.
O capital social da Martifer SGPS SA é representado por 100.000.000 de acções ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.
O número médio ponderado de acções em circulação encontra-se deduzido de 70.908 acções
correspondente a um volume de acções próprias adquiridas pela Martifer SGPS, durante o exercício
de 2010, de 553.841 acções.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o cálculo do resultado por acção básico e diluído pode ser
demonstrado como se segue:
Resultado líquido do exercício (I)
Número médio ponderado de acções em circulação (II)
Resultado por acção básico e diluído (I) / (II)
ANO 2010
ANO 2009
(70.836.538)
117.299.956
99.929.092
100.000.000
(0,7089)
1,1730
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a empresa procedeu ao pagamento de
Euro 10.000.000 de dividendos.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do activo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode
ser analisada como se segue:
SOFTWARE
E OUTROS
DIREITOS
OUTROS
ACTIVOS
INTANGÍVEIS
ADIANTAMENTOS
POR CONTA DE
INTANGÍVEIS
TOTAL
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
509
-
-
509
Aumentos
371
2.900
-
3.271
880
2.900
-
3.780
Saldo inicial
880
2.900
-
3.780
Aumentos
304
3.330
-
3.634
1.184
6.230
-
7.414
31 Dezembro 2009
385
6.686
-
7.071
31 Dezembro 2010
165
3.896
-
4.061
31 Dezembro 2010
Valor líquido:
11. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
A informação relativa aos valores brutos de equipamento de transporte, equipamento administrativo e de outros activos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2010 e 2009 pode ser
analisada como se segue:
EQUIPAMENTO
DE TRANSPORTE
EQUIPAMENTO
ADMINISTRATIVO
OUTRAS ACTIVOS
FIXOS TANGÍVEIS
TOTAL
EMPRESA
Saldo inicial
62.542
1.445
-
63.986
Prio Foods SGPS
Aumentos
71.774
16.993
-
88.767
Martifer Renewables, SGPS
(30.800)
(454)
-
(31.254)
103.516
17.984
-
121.500
31 Dezembro 2010
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
VALOR DA
AQUISIÇÃO
PRESTAÇÕES
SUPLEMENTARES
PERDA DE
IMPARIDADE
TOTAL
31 de Dezembro de 2009
31 Dezembro 2009
Alienações e abates
% DETIDA
103.516
17.984
-
121.500
38.613
13.732
-
52.345
(21.347)
(2.192)
-
(23.539)
120.781
29.525
-
150.307
60%
10.819.256
68.460.000
100%
99.764.468
115.301.173
Eviva Hidro
Martifer Metallic Constructions, SGPS
79.279.256
(61.674.144)
153.391.497
1%
47
2.006.564
2.006.611
100%
12.189.413
1.544.359
13.733.773
Martifer Inovação e Gestão
100%
100.323
8.987.941
9.088.264
Martifer GMBH
100%
21.800
100.219
122.019
Ventinveste SA
5%
2.500
100%
6.069.650
3.903.000
9.972.650
60%
2.956.077
6.540.000
9.496.077
Martifer Energy Systems SGPS
Prio Energy SGPS
Powerblades
CEC
2.500
5.000
5.000
25.000
25.000
131.953.534
206.843.256
(61.674.144)
277.122.646
(127.450.334)
41.916.474
31 de Dezembro de 2010
A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas de
equipamento de transporte, equipamento administrativo e de outros activos fixos tangíveis
para os exercícios findos em 2010 e 2009 pode ser analisada como se segue:
EQUIPAMENTO
DE TRANSPORTE
EQUIPAMENTO
ADMINISTRATIVO
OUTRAS ACTIVOS
FIXOS TANGÍVEIS
TOTAL
7.778
201
-
7.979
Aumentos
14.377
1.609
-
15.986
Alienações e abates
(9.625)
-
-
(9.625)
12.530
1.810
-
14.340
49%
0
56.459.000
100%
99.765.635
69.601.173
Eviva Hidro
Martifer Metallic Constructions, SGPS
1%
47
2.006.564
2.006.611
100%
12.228.848
1.544.359
13.773.207
Martifer Inovação e Gestão
100%
101.291
8.187.941
8.289.232
100%
21.800
101.011
122.811
Ventinveste SA
5%
2.500
100%
6.079.142
14.826.000
20.905.142
5.341.000
10.576.168
Prio Energy SGPS
49%
5.235.168
100%
1.265
1.265
Martifer Solar SGPS
100%
26.266.020
26.266.020
Powerblades
CEC
5.000
5.000
25.000
25.000
149.731.715
12.530
1.810
-
14.340
Aumentos
30.235
13.630
-
43.865
(5.822)
(606)
-
(6.428)
36.943
14.833
-
51.777
31 Dezembro 2009
90.986
16.174
-
107.160
31 Dezembro 2010
83,838
14,692
-
98,529
Alienações e abates
2.500
Martifer Gestiuni si Servicii
31 Dezembro 2010
Saldo inicial
Valor líquido:
12. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e em 31 de Dezembro de 2009 o detalhe dos investimentos em empresas do grupo e associadas era o abaixo indicado:
56.459.000
Martifer GMBH
Martifer Energy Systems SGPS
31 Dezembro 2009
Saldo inicial
Prio Foods SGPS
Martifer Renewables, SGPS
158.067.048
(127.450.334)
180.348.429
As principais variações nesta rubrica referem-se:
• à alienação de 11% das participações que a Empresa tem na Prio Energy, SGPS e Prio Foods, SGPS,
tendo reduzido, deste modo, o interesse económico naqueles Grupos. A alienação aconteceu no
primeiro semestre de 2010, gerando uma menos valia de Euro 7.990.165 (Nota 8).
• ao registo de perdas por imparidades na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, no valor
de 65,8 milhões de euros, conforme descrito na Nota 6 acima.
123
13. EMPRESAS DO GRUPO
Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, as posições em aberto referentes a contratos de suprimentos e outras operações financeiras, são as seguintes:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
SUPRIMENTOS
OUTRAS
OPERAÇÕES
FINANCEIRAS
TOTAL
SUPRIMENTOS
OUTRAS
OPERAÇÕES
FINANCEIRAS
-
2.514
2.514
-
-
-
Martifer Renewables, SGPS
90.939.000
35.215.613
126.154.613
45.239.000
39.212.150
84.451.150
Martifer Metallic Constructions
25.000.000
15.944.495
40.944.495
25.000.000
10.298.012
35.298.012
Martifer Inovação e Gestão
-
73.587
73.587
3.991.567
320.687
4.312.254
Martifer GMBH
-
-
-
-
2.677
2.677
1.178.460
6.683.976
7.862.435
8.577.000
1.119.303
9.696.303
12.758.540
6.532.765
19.291.305
-
-
-
-
212.216
212.216
-
205.406
205.406
EMPRESA
Prio Foods SGPS
Martifer Energy Systems SGPS
Martifer Solar SGPS
Powerblades
Outras
TOTAL
-
108.117
108.117
-
108.117
108.117
129.876.000
64.773.283
194.649.283
82.807.567
51.266.352
134.073.920
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
14. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS
17. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS
E ACÇÕES PRÓPRIAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber,
pode ser detalhada como se segue:
31 DEZEMBRO 2009
VENCIDO
TOTAL
NÃO VENCIDO
ATÉ 90 DIAS
90 A 180 DIAS
MAIS DE
360 DIAS
180 A 360 DIAS
Clientes, conta corrente
2.463.077
1.435.797
74.439
454.725
498.116
-
Outros devedores
6.804.279
6.804.095
-
183
-
-
9.267.356
8.239.892
74.439
454.909
498.116
-
31 DEZEMBRO 2010
VENCIDO
TOTAL
NÃO VENCIDO
ATÉ 90 DIAS
90 A 180 DIAS
MAIS DE
360 DIAS
180 A 360 DIAS
Clientes, conta corrente
2.024.835
1.254.296
407.896
-
360.094
Outros devedores
4.617.604
38.110
826.362
3.752.949
-
183
6.642.440
1.292.406
1.234.257
3.752.949
360.094
2.733
2.550
A Empresa considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que os
saldos que apresentam alguma antiguidade não se encontram em risco de incobrabilidade.
15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
124
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm
a seguinte composição:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
295.533
411.517
Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas
Retenções de impostos
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a Segurança Social
(27.943)
(21.502)
(150.425)
(255.188)
(29.386)
(21.742)
Outros impostos
-
(125)
(207.753)
(298.556)
16. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:
31 DEZEMBRO 2010
31 DEZEMBRO 2009
235.312
873.152
Caixa e seus equivalentes:
Depósitos bancários
Caixa e seus equivalentes incluem os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais
iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas
rubricas de Caixa e seus equivalentes.
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
CAPITAL SOCIAL
O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de Dezembro de 2010,
ascende a Euro 50.000.000 e é representado por 100.000.000 de acções ao portador com um valor
nominal de 50 cêntimos cada. Todas as acções têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por
cada acção. Durante os exercícios de 2010 e 2009 não ocorreram quaisquer movimentos no número
de acções representativas do capital social da Empresa.
Durante o exercício de 2010, a Martifer SGPS adquiriu, através de compras realizadas em bolsa,
553.841 acções próprias, correspondentes a 0,554% do seu capital social.
Em 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Empresa é detido em 41,76% pela I’M SGPS, S.A.,
37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A., 0,55% em acções próprias, encontrando-se os restantes 20,19%
dispersos em Bolsa.
OPÇÕES SOBRE ACÇÕES
Está em vigor um plano de remunerações em opções sobre acções, nos termos aprovados pela Assembleia Geral, aplicável a alguns colaboradores, com vista a incentivar a criação de valor.
As opções atribuídas caducarão automaticamente, sempre que o colaborador deixe de estar ao serviço de qualquer uma das empresas do Grupo.
Todas as opções atribuídas à data de 31 de Dezembro de 2010 são consideradas com liquidação com
base em acções.
RESERVAS
Prémios de emissão
Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De
acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime
estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas,
e para incorporação no capital.
Reserva legal
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que
ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social.
Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver
prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
Outras reservas
As reservas relativas a opções sobre acções reflectem o justo valor dos serviços prestados pelos
colaboradores corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original
em resultado da determinação do número de opções que se espera que se tornem exercíveis.
Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de
acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com
as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Assim, as únicas reservas da Martifer
SGPS, S.A., que, pela sua natureza, se consideram distribuíveis, são as relativas a resultados
transitados no montante de Euro 21.780.119.
18. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
20. COMPROMISSOS
Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, são como se segue:
Garantias Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as principais garantias operacionais prestadas pela Empresa são como se segue:
31 DEZEMBRO 2009
ATÉ 1 ANO
ENTRE
3 E 5 ANOS
A 2 ANOS
A MAIS
DE 5 ANOS
TOTAL
EMPRESA
Dívidas a instituições de crédito:
Empréstimos bancários
1.196.242
-
-
-
1.196.242
Descobertos bancários
355.626
-
-
-
355.626
-
-
-
-
-
74.500.000
-
-
-
74.500.000
76.051.867
-
-
-
76.051.867
Contas caucionadas
Outros empréstimos obtidos:
Emissões de papel comercial
31 DEZEMBRO 2010
ATÉ 1 ANO
ENTRE
3 E 5 ANOS
A 2 ANOS
A MAIS
DE 5 ANOS
TOTAL
Dívidas a instituições de crédito:
Empréstimos bancários
1.640.625
13.125.000
11.484.375
-
Descobertos bancários
-
-
-
-
-
1.170.000
-
-
-
1.170.000
Contas caucionadas
26.250.000
Outros empréstimos obtidos:
Emissões de papel comercial
60.500.000
14.250.000
15.000.000
-
89.750.000
63.310.625
27.375.000
26.484.375
-
117.170.000
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais programas de papel comercial da Empresa passíveis
de renovação são como se segue:
MONTANTE MÁXIMO
DO CONTRATO (EUROS)
DATA CONTRATO
PRAZO DE
VENCIMENTO
DO CONTRATO
MONTANTE UTILIZADO
Martifer SGPS
50.000.000
Set-08
5 Anos
50.000.000
Martifer SGPS
22.500.000
Nov-10
3 Anos
19.750.000
Martifer SGPS
15.000.000
Mai-10
5 Anos
15.000.000
Martifer SGPS
5.000.000
Set-10
5 Anos
92.500.000
5.000.000
89.750.000
19. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS
A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, pode ser analisada como se segue:
Fornecedores
ANO 2010
ANO 2009
345.028
279.568
Credores diversos
131.692
Acréscimos de gastos
909.854
Outros
Outras contas a pagar
Martifer SGPS
ANO 2010
ANO 2009
135.131.204
129.736.216
O valor apresentado, em 2010 e 2009, inclui uma fiança a favor da BP Portugal, para garantir
pagamentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A., bem como outras
garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares. Em
Fevereiro de 2011 foram canceladadas garantias assumidas de Euro 40,8 milhões em virtude de
terem sido assinados os certificados de aceitação final de quatro parques solares em Espanha.
Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer
Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a
garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de
determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS
comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais.
Neste momento, considera-se que a Matrifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem o recurso à Holding.
Garantias reais
Em 31 de Dezembro de 2010 as garantias reais prestadas pela Empresa são como se segue:
125
EMPRESA
Martifer SGPS
GARANTIA
VALOR DO ACTIVO SUBJACENTE
Penhor de acções da Martifer Solar SA
37.500.000
VALOR EM DÍVIDA
26.250.000
21. COMPLEMENTOS DE REFORMA
A Empresa não assumiu quaisquer responsabilidades com planos de reforma. No entanto, existe uma apólice, contratada com a Companhia de Seguros Global, que funciona como um fundo
de capitalização, para complemento de reforma dos colaboradores do Grupo.
São abrangidos por este fundo todos os colaboradores com contrato de trabalho sem termo.
Anualmente, sempre que o Conselho de Administração da Empresa assim o deliberar, é depositado um montante equivalente a um salário base em nome de cada um dos colaboradores. O
exercício do direito ao referido complemento ocorre no momento da passagem ao estado de reforma. Cada colaborador pode então, optar pela transformação do fundo numa pensão mensal, ou em
alternativa, resgatar 50% do valor acumulado e converter o restante numa renda mensal.
420.698
3.223
204
1.044.769
420.745
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes
da actividade operacional da Empresa e de aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis. O
Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do
seu valor contabilístico e que o efeito da actualização desses montantes não é material.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
22. COMPENSAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO,
CONSELHO FISCAL E ROC
As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue:
ANO 2010
ANO 2009
693.627
1.176.763
Remunerações variáveis
-
121.000
Complementos de reforma (Nota 22)
-
30.550
693.627
1.328.313
Remunerações fixas
A remuneração dos membros do Conselho Fiscal em 2010 foi de Euro 14.400 (2009: Euro 14.400) e a
remuneração paga ao Revisor Oficial de Contas foi de Euro 114.400 (2009: Euro 94.360)
A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração
auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado
no Relatório de Governo Societário.
23. EVENTOS SUBSEQUENTES
126
Resultado Líquido do Exercício de 2009 de acordo com o POC
a.
Desreconhecimento de Activos Intangíveis
b.
Investimentos em Subsidiárias, ECC e Associadas - Reversão do MEP
Resultado Líquido do Exercício de 2009 de acordo com as IAS/IFRS
99.672.120
2.374.865
15.252.971
117.299.956
JUSTIFICAÇÃO DOS AJUSTAMENTOS DE TRANSIÇÃO
a. As imobilizações incorpóreas, que compreendiam, essencialmente, as despesas incorridas
com a Oferta Pública de Subscrição ocorrida em 26 de Junho de 2007, registadas ao custo e
amortizadas pelo método das quotas constantes, foram anuladas, já que, pela IAS 38, estas
despesas não cumprem a definição de activo intangível.
O impacto no resultado liquido do exercício de 2009, corresponde à amortização que tinha sido
registada nesse exercício.
b. Corresponde ao principal impacto da transição das demonstrações financeiras da Empresa
para IFRS: a reversão dos efeitos do método de equivalência patrimonial. De acordo com a IAS
27, quando são preparadas demonstrações financeiras separadas, os investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas que não estejam classificadas como
detidas para venda devem ser contabilizados pelo justo valor ou pelo custo, de acordo com a
IAS 39. A Empresa optou pelo método do custo.
Não existem eventos subsequentes a reportar.
A reversão dos efeitos da aplicação do método da equivalência patrimonial provocou uma redução
do Capital Próprio da Empresa, em 1 de Janeiro de 2009, de 40,7 milhões de euros – sendo este
efeito proveniente, essencialmente, da participação na Martifer Metallic Constructions.
24. IMPACTOS NAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2009
RESULTANTES DA TRANSIÇÃO PARA
NORMATIVO IFRS
Adicionalmente, este ajustamento provocou um impacto positivo no Resultado Liquido do
Exercício de 2009 de 15,3 milhões de Euros. Para este impacto no Resultado liquido do Exercicio de 2009 contribuiu essencialmente o efeito da participação na RPW, já que essa empresa
foi vendida no exercício de 2009, tendo a mais-valia gerada nessa transação aumentado 18,8
milhões de euros (Nota 8). Por outro lado, o impacto positivo da reversão do MEP, na Martifer
Renewables SGPS, foi mais do que compensado pelo registo de perdas de imparidade elevadas conforme descrito na Nota 6.
CONCILIAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO EM 01.01.2009
A conciliação do Capital Próprio do balanço de abertura, isto é, do balanço em 1 de Janeiro de
2009, pode ser resumida como se segue:
Capital Próprio em 01/01/2009 de acordo com o POC
a.
Desreconhecimento de Activos Intangíveis
b.
Investimentos em Subsidiárias, ECC e Associadas - Reversão do MEP
c.
Reconhecimento de Instrumentos Financeiros Derivados | Operações de Cobertura
Capital Próprio em 01/01/2009 de acordo com as IAS/IFRS
274.532.221
-3.593.664
-40.689.818
-12.030
230.236.708
CONCILIAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DE 2009
A conciliação do Resultado Líquido do Exercício de 2009, apresentado no relatório e contas referente
a esse exercício, preparado de acordo com o Plano Oficial de contabilidade, e o Resultado Líquido
do Exercício de 2009, apresentado como comparativo, pode ser resumida como se segue:
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
c. Em 01/01/2009 a MARTIFER SGPS, S.A. tinha em aberto posições em instrumentos financeiros derivados de taxa de juro destinados a gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de
juro vigentes nos seus contratos de financiamento. O ajustamento efectuado foi para registar o
justo valor desse derivado à data de 1 de Janeiro de 2009.
25. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de
Fevereiro de 2011. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de Dezembro
de 2010, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o
Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem
alterações significativas.
Oliveira de Frades, 24 de Fevereiro de 2011
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
A ADMINISTRAÇÃO
Rui Miguel Alexandre
Carlos Manuel Marques Martins
(Presidente)
Jorge Alberto Marques Martins
(Vice-Presidente)
127
Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Filipe Cardoso da Silva
(Vogal do Conselho de Administração)
Mário Jorge Henriques Couto
(Vogal do Conselho de Administração)
Luís Valadares Tavares
(Vogal do Conselho de Administração)
Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha
(Vogal do Conselho de Administração)
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
RELATÓRIOS
DE AUDITORIA
130
Grupo Martifer | Relatório e Contas 2010
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137
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